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Exames contrastados

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Cronograma de conteúdo a ser estudado 
 
Módulo I 
1. História dos exames contrastados. 
2. Avaliação abdominal. 
3. Anatomia, topografia anatômica, fisiologia, patologias e análise visual dos raios X. 
4. Angiografia (conceito geral) 
5. Angiografia cerebral (Panangiografia) 
6. Angiografia seletiva 
7. Arteriografia 
8. Artrografia 
9. Broncografia 
10. Cistografia 
11. Colangiografia venosa 
12. Colangiopancreátografia retrógrada endoscópica (CPRE) 
13. Colangiografia trans-operatório e ou intra-operatória e pós-operatório por dreno. 
14. Colecistograma oral ou colecistografia 
15. Dacriocistografia (DCG) 
16. Defecografia 
17. EED (esôfago – estômago – duodeno) 
18. Enema opaco ou baritado (clister opaco) 
19. Esôfago contrastado 
20. Fístulografia 
 
Módulo II 
21. Flebografia ou venografia 
22. Galactografia 
23. Histerossalpingografia (HSG) 
24. Invertografia ou invertograma 
25. Mielografia 
26. Planigrafia, estratigrafia e ou tomografia linear (técnica) 
27. Pielografia 
28. Pneumografia (técnica) 
29. Sialografia 
30. Trânsito intestinal (Intestino Delgado) 
31. Uretrocistografia 
32. Urografia venosa ou excretora 
33. Cavernosografia ou cenografia peniana 
34. Linfografia 
35. Meios de contraste 
 
 
Dicas importantes para realização dos EXAMES CONTRASTADOS 
1. Anamnese 
2. Localização e ou topografia anatômica 
3. Órgãos envolvidos 
4. Indicações clínicas 
5. Objetivo para realização do exame 
6. Verificar o preparo 
7. Uso do contraste 
8. Tipos de contrastes 
9. Via de administração 
10. Observação pós-procedimento 
 3 
História dos exames contrastados 
 
Introdução 
Como nosso corpo não é transparente, olhar para seu interior 
geralmente constitui um processo doloroso. No passado, a 
cirurgia exploratória era uma forma comum de examinar o 
interior do organismo, mas graças a métodos modernos que se 
têm à disposição atualmente uma enorme variedade de técnicas 
não invasivas. 
Alguns desses métodos incluem os raios X, 
Tomografia computadorizada – TC ressaltando “angiotomografia” 
Ressonância magnética – RMN, 
Ultra-sonografia – US ecodoppler, 
Medicina nuclear – MN, 
Hemodinâmica – HDCA onde se realiza vários tipos de exames 
contrastados em diversas áreas clínicas. 
Cada uma dessas técnicas tem vantagens e desvantagens que as 
tornam úteis para diferentes condições e necessidade específica 
dos pacientes, e as determinadas estruturas do organismo a 
serem examinadas. 
No final do século XIX, mais precisamente no dia 8 de novembro 
de 1895 foi descoberto os Raios X pelo físico alemão. 
 
Wilhelm Conrad Roentgen 
 
Ao observar alterações luminescentes projetadas numa tela 
enquanto trabalhava com radiações catódicas. Logo imaginou que 
de um tubo em que ele trabalhava deveria responsável pela 
emissão de um tipo especial de onda (espectro eletromagnético – 
radiação ionizante) que tinha a capacidade de atravessar o corpo 
humano. 
Em seguida, resolveu realizar uma documentação para provar sua 
descoberta, sendo assim efetuou a primeira radiografia, usando a 
mão esquerda de sua esposa. Por ser uma radiação invisível e até 
então desconhecida, ele a chamou de Raios X. 
 
 
 
Sua descoberta valeu-lhe o prêmio Nobel de Física em 1901. 
Desde esta época até os dias de hoje surgiram várias 
modificações nos aparelhos iniciais a fim de se reduzir a radiação 
ionizante usada nos pacientes, pois acima de certa quantidade 
sabemos atualmente o prejuízo que pode causar à saúde. 
Surgindo assim tubos de Raios X específicos, diafragmas, 
colimadores, grades antidifusoras, cilindros, cones e divisores, a 
fim de diminuir a quantidade de Raios X e otimizar a radiação 
secundária que, além de expor desnecessariamente o paciente, 
prejudica a imagem final do exame sem o devido manuseio 
correto. 
 
 
 
Breve histórico 
Apenas um ano após a descoberta dos raios-x por Roentgen, foi 
publicado o primeiro estudo conhecido usando realce do 
contraste. 
Era uma radiografia do estômago e intestino de um porco, com os 
órgãos cheios com subacetato de chumbo foi possível observar as 
estruturas dos órgãos e destacar o a substância contrastada em 
relação a outras estruturas adjacentes. Desde aquele dia 
substâncias capazes de realçar os órgãos passaram a ser 
conhecidas como agentes de contraste ou meios de contraste. 
Em 1897, o primeiro estudo comparado a radiopacidade de 
diversos agentes de contraste incluiu o iodeto de potássio, 
brometo de potássio, subnitrato de bismuto, e diversos outros. 
O subnitrato de bismuto mostrou-se capaz de absorver a maior 
porcentagem de Raios-x, dentre todas as substâncias testadas, 
tendo sido realizados muitos estudos quanto a sua aplicação. 
No início do século XX, o subnitrato de bismuto, adicionado a 
alimentos em quantidades precisas, criou um alimento 
padronizado de teste, que revela a fisiologia e atividade do trato 
alimentar à medida que ele era digerido. 
Em novembro de 1912, Lackett e Stenvard descobriram ar nos 
ventrículos cerebrais ocasionados por uma fratura do crânio. 
 4 
 
Em 1918 o cirurgião americano Walter E. Dandy (1886-1946) 
descobre que, ao injetar ar por uma agulha, diretamente nos 
ventrículos cerebrais, estes se destacavam na radiografia, 
permitindo assim um grau adicional de referência espacial, além 
dos acidentes ósseos pneumo-encefalografia. Dandy Baltimore 
desenvolve a ventrículografia cerebral, substituindo o líquor por 
ar (grande contribuição no diagnóstico dos tumores cerebrais). 
O contraste iodado foi utilizado pela primeira vez por E. H. Weld. 
Administrado por via intravenosa em 1918, a substância era iodeto 
de sódio, a partir daí vários tipos de substâncias passaram por 
testes e evoluções até que em 1960, Wallindford em um de seus 
testes descobriu o uso de ácido metrizóico, triiodado e metal 
acetamido benzóico, esses três compostos são os agentes de 
contraste iodado padrão. 
 
 
Em julho de 1927, Egaz Moniz (Neurocirurgião Português) 
desenvolveu a angiografia cerebral pela introdução de contraste 
na artéria carótida com punção cervical. 
Ao apresentar seu trabalho na Sociedade de Neurologia de Paris, 
ele disse: "Nós tínhamos conquistado um pouco do desconhecido, 
aspiração suprema dos homens que trabalham e lutam no domínio 
da investigação". 
Por volta de 1931, J. Licord desenvolveu a mielografia com a 
introdução de um produto radiopaco no espaço subaracnóideo 
lombar. 
Em 1952 desenvolveu-se a técnica da angiografia da artéria 
vertebral por punção da artéria femoral na coxa passando um 
cateter que ia até a região cervical, pela aorta. 
Em 1960 a ultra-sonografia começa a ser usada como método 
diagnóstico. 
Por volta de1970 através de cateteres para angiografia, começou-
se a ocluir (embolização) os vasos tumorais e ou aneurismáticos 
surgindo assim à radiologia intervencionista e terapêutica. Assim, 
nos dias de hoje, usam-se cateteres que dilatam e desobstruem 
coronárias, simplesmente introduzindo por punção pela artéria 
femoral, braquial e ou radial do paciente, com anestesia local. 
Evitando nesses casos cirurgias complexas e circulação 
extracorpóreas para desobstrução de artérias (famosas pontes 
de safena). 
Ao longo dos anos, grande número de agentes foi testado em 
lugar daquelas primeiras substâncias experimentais – desde o 
ferro, em diversas formas, até o Tântalo (Ta) Número atômico 73 
e massa atômica 180,9479 metal de transição externa, um pó 
explosivo. 
Em 1970 surge a radiologia intervencionista e terapêutica; J. 
Hounsfield, desenvolve a Tomografia Computadorizada, acoplando 
o Raio X a um computador. 
Em 1971 realiza-se o primeiro estudo de um crânio, em Londres. 
Em 1972 é introduzido o novo método para a formação de imagens 
a partir de Raios X a tomografia. 
Em 1973 são instalados nos EUA e em alguns países da Europa os 
primeiros aparelhos detomografia computadorizada para exames 
de crânio. 
 
 
Em 1974 tem início o uso da tomografia computadorizada para 
exames dos demais segmentos do corpo; 
Hoje, a variedade e aplicação dos meios de contraste são 
estonteantes, e o campo continua a se desenvolver rapidamente, 
com trabalhos sendo realizados sobre agentes altamente 
específicos para aplicações ilimitadas. 
Há muito tempo os métodos de exame por imagem incorporarão 
os chamados exames contrastados, utilizando um meio de 
contraste, seja iodado iônico ou não iônico e o baritado, sendo 
este último usado somente em área gastrointestinal. 
O meio de contraste faz com que a imagem se destaque melhor, 
com boa qualidade e visibilidade obtendo melhor resultado do 
diagnóstico para os pacientes. 
Por serem substâncias radiopacas destacam o local desejado no 
raio-x aparecendo na cor branca. 
 5 
Administrados nos pacientes por via ora ou venosa, em certos 
casos podem ocorrer às chamadas reações adversas que alteram 
o sistema do organismo do paciente. 
Variando de leves alergias com ou sem a verificação de náuseas a 
convulsões ou choque anafilático e óbito. 
 
 
 
Egaz Moniz, brilhante médico português, realizou a primeira 
punção carotídea, sendo um expoente, o que permitiu o estudo de 
doenças da circulação cerebral. 
Em 1929, Reinaldo dos Santos realiza sua técnica de aortografia 
abdominal com punção translombar. 
A partir de 1933, foram desenvolvidos novos meios de contraste, e 
por volta de 1950 iniciaram-se estudos que chegaram a um meio 
de contraste derivado da aceptilação do grupo amina, de menor 
toxicidade, evoluindo para os meios de contraste que são 
utilizados até hoje. 
Outro marco importante, descrito por Seldinger em 1953, foi o que 
permitiu progredir com um cateter pela árvore arterial, também 
apresentando grande evolução de materiais e técnicas que 
tornaram possível navegar em regiões antes não alcançadas. 
Toda essa evolução de conhecimentos e materiais apresentou 
resultado promissor na década de 1980, com a introdução da 
angiografia digital. Porém, apesar da grande evolução, com 
redução da morbidade e da mortalidade, ainda se apresentavam 
algumas complicações relacionadas aos meios de contraste, que 
nos desafiaram na busca de um método adequado. 
A nefrotoxicidade e a reação alérgica são os dois principais 
fenômenos indesejáveis quando são utilizados os contrastes à 
base de iodo. Apesar do uso de contrastes não-iônicos 
apresentarem uma diminuição desses efeitos, a procura de meios 
de contraste que não apresentassem tais fenômenos indesejáveis 
tornou-se constante. 
A utilização de gás carbônico como meio de contraste em 
radiologia iniciou-se em 1914 com Rautemberg. 
Em 1971, Hawkins utiliza o gás carbônico no estudo vascular 
periférico. 
Esse meio de contraste vem sendo estudado por muitos 
pesquisadores, o que permitiu seu emprego em vários territórios, 
não sendo nefrotóxico e nem produtor de efeitos alérgicos, 
apresentando, ainda, vantagens e desvantagens. 
 
Exames Radiológicos Contrastados 
 
Nos exames de RX, algumas estruturas anatômicas são facilmente 
visualizadas devido à opacidade dos tecidos. 
 
Exemplo: tecidos ósseos. 
 
Outros órgãos apresentam densidade semelhante em toda 
estrutura anatômica, impedindo sua perfeita visualização. 
Exemplo: rins, estômago, intestinos, cápsulas articulares, etc. 
 
 
Para esses exames é necessário o uso de contrastes radiológicos, 
que são substâncias químicas que servem para opacificar o 
interior de órgãos, que não são visíveis no RX simples. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O método evoluiu desde 1896, quando Haschek e Lindenthal, 
introduziram uma mistura de bismuto, chumbo e bário em uma 
mão amputada, realizando a primeira arteriografia. 
Consideramos com relação histórica o primeiro exame 
contrastado observando que não foi realizado em um indivíduo 
vivo. 
 1
Análise e avaliação do exame convencional e 
contrastado do abdômen 
 
Radiografia do Abdômen 
É realizada nas seguintes incidências: 
Decúbito dorsal (ou simples) 
Posição ortostática 
Decúbito lateral direito ou esquerdo 
Com contraste (via oral ou retal) 
 
Não há padronização para avaliação da qualidade 
de uma radiografia de abdome. 
No mínimo, a imagem deve conter todo o abdome 
sem cortes na sua periferia. 
 
É importante notar a distribuição do gás presente 
no intestino, e esta varia muito em indivíduos 
normais. 
É importante notar a presença de gás na ampola 
retal. Normalmente o reto contém gás na maioria 
dos indivíduos normais. 
Quanto à presença de gás no cólon, esta é muito 
variável. 
Distribuição de gás normal 
No adulto, o cólon contém gás e fezes, na maioria 
dos adultos não visualizamos ar no delgado. 
Na criança normalmente há imagem 
correspondendo à presença de gás em todo 
intestino delgado, além do cólon. 
 
Radiografia do abdômen simples 
Fontes de ar: 
Ar deglutido 
Produção de gás pelas bactérias do cólon. 
 
Presença de ar no fundo gástrico gerando a imagem 
da “bolha gástrica” em quadrante superior 
esquerdo em posição ortostática. 
 
Visualização dos órgãos abdominais 
Fígado: sua borda inferior do lobo direito contrasta 
com a gordura peri-cólica e omental adjacente 
Baço: tem 10 a 12 cm de comprimento, seu 
contorno pode ou não ser visualizado. 
Rins: seu contorno é mais nítido visto quanto maior 
a quantidade de gordura peri-renal 
 
O pâncreas não é visto, mas na pancreatite 
crônica pode haver calcificações que ocupam a 
região epigástrica e hipocôndrio esquerdo. 
Músculos psoas: suas bordas externas contrastam 
com a gordura vizinha. 
Bexiga pode ser vista e também o útero nas 
mulheres. 
Linha do flanco: corresponde à camada de gordura 
junto ao peritônio, indica o limite lateral da 
cavidade peritoneal. 
 
Esta linha desaparece quando fica tão densa quanto 
à musculatura adjacente, e isso acontece em 
processos inflamatórios, por exemplo, abscesso de 
apêndice. 
 
Calcificações podem ser vistas: 
Calcificações nodulares esplênicas e hepáticas em 
pessoas com antecedente de histoplasmose. 
Calcificações em fossa ilíaca direita (à direita da 3ª 
e 4ª vértebras lombares) ou hipogástrio: linfonodos 
mesentéricos calcificados. 
Histoplasmose 
A histoplasmose é uma infecção micótica causada 
por um fungo originário do solo Histoplasma 
capsulatum. Este microrganismo tem uma ampla 
distribuição por todas as regiões temperadas e 
tropicais do mundo e prefere condições de solo 
úmido ou intensamente úmido. 
É considerada uma zoonose e sua ocorrência está 
associada aos locais com alta concentração de 
fezes de aves e morcegos. 
A histoplasmose é adquirida através da inalação 
dos micro-aleuriosporos, que se convertem à fase 
de levedura no pulmão. 
A ativação do sistema imune celular rapidamente 
faz com que a infecção fique sob controle. Porém, 
se o sistema imune estiver comprometido, poderá 
ocorrer grave moléstia clínica. A gravidade da 
lesão depende da quantidade de esporos inalados. 
Como ocorre em outras micoses sistêmicas, é 
difícil determinar a verdadeira taxa de infecção 
para o H. capsulatum em animais de companhia, 
porque a maioria das infecções são subclínicas. 
Os gatos tendem a exibir maiores evidências de 
envolvimento pulmonar, enquanto que os cães 
freqüentemente desenvolvem graves sintomas 
intestinais. 
 
Radiografia do abdome simples 
Cálculos biliares: 10% contêm cálcio e podem ser 
vistos. Tem superfície facetada. 
Cálculos de vias urinárias: a maioria é calcificada 
(exceto cálculos de ácido úrico). 
Fecalito: conteúdo intestinal pode calcificar se 
localizado em região de apêndice, pode causar 
apendicite aguda. 
 2
Enterólitos: podem se localizar no divertículo de 
Meckel, em lesões crônicas e parcialmente 
oclusivas de intestino delgado. 
Calcificaçãode supra-renais: pode ser seqüela de 
tuberculose e infarto hemorrágico (no lactente). 
Cistos de baço, fígado glândulas supra-renais, rins, 
mesentério podem calcificar. 
Teratomas ovarianos podem conter calcificações 
que simulam dentes e ossos. 
Leiomioma uterino pode calcificar. 
Calcificação em região pélvica (leiomioma 
calcificado) 
Calcificação em região de fossa ilíaca direita 
Pancreatite crônica 
Cálculo de ureter 
 
Abdômen Agudo 
Quadro de dor abdominal de caráter agudo que 
obriga o doente a procurar ajuda médica. 
Nessa situação um dos exames obrigatórios é a 
avaliação radiográfica do abdome, chamada 
ROTINA DE ABDOME AGUDO. 
Então o quadro de abdômen agudo significa 
literalmente um quadro de dor abdominal 
aparentemente sem diagnostico inicial 
 
Exame de abdômen agudo 
A rotina de abdome agudo inclui: 
Radiografia de abdome em decúbito dorsal 
(simples) 
Radiografia de abdome em ortostática 
Radiografia decúbito lateral esquerdo 
 
Obstrução Mecânica do Intestino Delgado 
Quadro Clínico: dor abdominal, distensão 
abdominal e vômito. 
Devem ser solicitadas: radiografia de abdome em 
posição ortostática, em decúbito dorsal (simples) e 
do tórax (em ortostática). 
Causas: hérnias, neoplasia, brida, cálculos biliares. 
No exame radiográfico: 
Alças intestinais distendidas e com níveis 
hidroaéreos. 
Alças de delgado localizam-se centralmente, 
aparecem suas pregas típicas, aspecto em 
“empilhamento de moedas”. 
Se a obstrução do intestino delgado for completa, 
não é observada a presença de gás nos cólons, 
inclusive reto. 
Na obstrução avançada, pode ser vista imagem em 
“colar de pérolas”. 
 
Obstrução Mecânica do Cólon 
Causas: neoplasia, diverticulite, vôlvulo, hérnia, 
impactação de fezes. 
À radiografia: vê-se ar desde o ceco até o ponto da 
obstrução e distensão gasosa. 
Se a válvula ileocecal for incompetente, a distensão 
não será tão evidente. 
No vôlvulo de sigmóide: 2 alças colônicas 
paralelas e distendidas por gás saindo da pelve. 
No vôlvulo cecal: geralmente aparece como 
imagem hipotransparente ovalada, com a ponta 
voltada para cima e para a direita. Ou distensão 
gasosa no hipocôndrio esquerdo, simulando o 
estômago cheio de ar. 
Pode haver distensão de delgado associada. 
Obstrução mecânica de intestino grosso (Volvo ou 
vôlvulo de sigmóide) 
 
Íleo Paralítico (Adinâmico) 
Comprometimento da motilidade intestinal por: 
Laparotomia 
Traumatismos 
Hipotiroidismo 
Hipopotassemia 
Drogas que inibem a motilidade. 
Íleo Paralítico 
Presença de distensão abdominal tanto de intestino 
delgado como do cólon, às vezes só de cólon. 
Nível líquido é insignificante, diferente da 
obstrução mecânica. Não se detecta um ponto de 
obstrução. 
Pode evoluir para perfuração do ceco (se distensão 
maior que 12 cm). 
Tratamento: colonoscopia ou cecostomia p/ 
descompressão. 
 
Pneumoperitôneo 
Ar livre intraperitoneal. 
Aparece na perfuração de vísceras ocas que é 
complicação das seguintes doenças: úlcera péptica, 
diverticulite, apendicite, doença inflamatória 
intestinal, infarto mesentérico, neoplasia de cólon e 
colecistite aguda. 
Radiografia de tórax em ortostática: 
pneumoperitôneo se perfuração de víscera oca, 
como intestino, estômago. 
Pneumoperitôneo (decúbito lateral) 
Pneumatose Intestinal 
Gás na parede intestinal 
Causas: pneumatose intestinal benigna (idiopática, 
sem quadro clínico agudo, presença de gás na 
parede intestinal em grande extensão), ou necrose 
 3
intestinal (quadro clínico grave) secundária à: 
colagenose, traumatismo abdominal, obstrução 
intestinal. 
 
Diagnóstico Diferencial do Abdome Agudo 
Apendicite aguda 
Víscera perfurada (principalmente por úlcera 
péptica ou divertículo de cólon, e também 
carcinoma de cólon e isquemia aguda). 
Obstrução aguda de intestino delgado 
Coledocolitíase, colecistite, colangite hepatite 
aguda. 
Obstrução ureteral 
Infecção do trato urinário, pielonefrite. 
Gastroenterite infecciosa aguda 
Obstrução pilórica 
Gravidez tubária rota, cisto de ovário (ruptura ou 
torção). 
Pneumonia (bases pulmonares) 
Ruptura de aneurisma de aorta abdominal 
Dissecção da aorta abdominal 
Pancreatite aguda 
Diverticulite 
Infarto pulmonar, infarto agudo do miocárdio, 
pericardite. 
Outras: anemia falciforme, porfiria intermitente 
aguda, intoxicação por metal pesado (chumbo), 
neuropatia diabética. 
“Sempre” são solicitados: 
Hemograma: leucocitose com desvio à esquerda 
Exame de urina: piúria, hematúria. 
Amilase sérica 
 
ROTINA do exame de ABOME AGUDO 
A radiografia de tórax é essencial para: 
Revelar ar intraperitoneal livre abaixo do 
diafragma (pneumoperitôneo) 
Evidenciar pneumonia 
Evidenciar diafragma elevado com ou sem derrame 
pleural e atelectasia. 
Ultra-sonografia de abdome e Tomografia 
computadorizada de tórax também pode auxiliar o 
diagnóstico diferencial. 
Exames contrastados de abdome são pouco 
utilizados nessa situação. 
Pneumoperitôneo: perfuração de víscera oca (80% 
por úlcera péptica, divertículo, apendicite 
perfurada). 
Doença calculosa em via biliar ou trato urinário 
Estômago dilatado (obstrução) 
Massas de tecidos moles (cistos ou abscessos) 
Diagnóstico do Abdome Agudo 
Imagem de “alça sentinela” 
Imagem de “amputação do cólon” 
Árvore biliar delineada por ar 
Calcificação pancreática (pancreatite crônica) 
Cálculos em fossa ilíaca direita (apendicite aguda) 
 
Apendicite Aguda 
Inflamação aguda do apêndice vermiforme, que 
pode evoluir com necrose e perfuração. 
Idade: maioria entre 5 e 30 anos. 
Doença comum e curável. 
Causa mais comum: cálculos (fecalitos). 
E também: Enterobius vermicularis, sarcoma de 
Kaposi, linfoma, adenocarcinoma, 
esquistossomose, tumores carcinóides. 
Quadro clínico: dor (95%) em região epigástrica ou 
peri-umbilical vaga e leve no início, tipo cólica 
(por estiramento do órgão), que depois se localiza 
em região de quadrante inferior direito (quando 
atinge serosa e peritônio). 
Exceções: apendicite retrocecal e pélvica. 
Anorexia, náuseas, vômitos, febre, constipação 
intestinal. 
 
Pancreatite Aguda 
Causas: álcool (com pancreatite crônica), doenças 
do trato biliar, traumatismo, infecções, metabólica, 
fármacos, vascular, mecânica, úlcera duodenal, 
familiar. 
Quadro clínico: dor abdominal epigástrica ou no 
hipocôndrio esquerdo, pode passar a ser difusa que 
irradia para o dorso, que melhora com a flexão do 
tronco. Vômitos (70 a 90%), febre. 
Exame físico: dor abdominal à palpação epigástrica 
ou difusa, com ou sem defesa, com ou sem 
descompressão brusca. Febre, taquicardia, 
hipotensão. 
Sinal de Grey Turner (flancos) 
Sinal de Cullen (peri-umbilical) na pancreatite 
hemorrágica. 
Radiografia de abdome: pode ser normal, pode 
haver imagem de íleo paralítico. 
Procurar calcificações em região epigástrica em 
pacientes alcoólatras. 
Tomografia computadorizada é excelente para 
estudo do pâncreas, mas nem sempre é necessária. 
 
 
 6 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
EXAMES CONTRASTADOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1 – Angiografia (conceito geral) 
É um exame contrastado que proporciona a visualização dos 
vasos sangüíneos arteriais. Ou seja, angiografia no seu verdadeiro 
sentido é a representação dos vasos sangüíneos por intermédio 
de uma injeção de um meio de contraste em uma artéria, com a 
observação do pleno enchimento e trajeto do vaso. 
Outra definição do exame contrastado refere todos os vasos 
sanguíneos, arteriais, venosos e capilares que irrigam o cérebro. 
 
 
 
2 - Angiografia cerebral 
Representação dos vasos sangüíneos por injeção de um meio de 
contraste. A angiografia é capaz de representar visualmente 
alteraçõese malformações artério-venosas (MAV) principalmente 
cerebrais, onde por intermédio de injeção de um meio de 
contraste para observação do pleno enchimento das artérias, 
veias e capilares. 
Exame contratado dos vasos sanguíneos, arteriais e venosos que 
irrigam o cérebro. Na realização deste exame existe a 
necessidade da visualização dos chamados tempos vasculares. 
Que é respectivamente tempo: 
Arterial 
Venoso 
Capilar 
Sempre evidenciando esta seqüência. 
No setor de radiologia convencional este exame tem 
particularidades em sua realização. A sala deverá ser preparada 
para acompanhamento de médico anestesista, neurologista e ou 
radiologista. 
Na realização da angiografia cerebral será necessária a utilização 
do escamoteador acessório indispensável para otimização do 
exame. 
 
 
 
(Panangiografia) 
É o exame contrastado dos vasos sanguíneos cerebrais para 
visualização de patologias e anormalidades das artérias, veias e 
capilares cerebrais em tempo real. 
A principal diferença deste exame e relação à ANGIOGRAFIA 
CEREBRAL convencional é que não pode ser realizado no setor de 
Radiologia convencional, mas somente nos setores de 
hemodinâmica e tomografia computadorizada. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 8 
3 – Angiografia seletiva 
 
 
 
Exame contrastado específico de determinada artéria ou veia. 
Exemplo carótidas e ou basilares cerebrais. 
 
Na angiografia cerebral convencional as imagens, são visualizadas 
do estudo dos vasos cerebrais onde é puncionada bilateralmente 
ou unilateralmente a carótida interna D e ou carótida interna E. 
Realiza-se no setor de hemodinâmica angiografia cerebral a qual 
se chama panangiografia, com aquisição digital. O método digital 
substitui o antigo método fotográfico. Com a tecnologia digital, é 
possível realizar a subtração óssea. 
O contraste é uma substância a base de iodado não iônico e 
hidrossolúvel devido a sua baixa osmolaridade e ao risco reduzido 
de reação alérgica. A quantidade necessária dependerá do vaso a 
ser examinado, sendo em torno de 10ml por injeção. 
 
Contra indicações 
Os pacientes que serão submetidos ao exame de angiografia: 
podem apresentar alergia ao contraste, função renal prejudicada, 
distúrbios de coagulação sanguínea, o uso de medicamentos 
anticoagulantes e antidiabéticos pelo paciente também deve ser 
observado com cuidado e função cardiopulmonar instável. 
Angiografia convencional 
 
São utilizados filmes: 
24x30 longitudinais AP 
24x30 longitudinais Perfil 
 
Também existe a possibilidade da realização de incidências 
oblíquas por solicitação excepcional do médico assistente. 
 
Cuidados pós-procedimentos 
Após os procedimentos da angiografia o cateter é removido e 
realização compressão manual no local para hemostasia por 20 
minutos. O paciente permanece em repouso no leito por no 
mínimo 4 horas, mantendo a cabeceira do leito elevada 30°. 
Durante esse período o paciente fica monitorizado, verificam-se 
sinais vitais, o pulso no local da punção deve ser conferido 
regularmente. 
As extremidades também são avaliadas quanto à temperatura, cor 
e sensibilidade para garantir que a circulação não seja 
interrompida. 
Devem ser dadas instruções aos pacientes em caso de 
sangramentos espontâneos no local da punção: aplicar pressão e 
procurar socorro. 
 
 
 
4 – Arteriografia 
É o estudo radiológico do sistema arterial, através da injeção de 
substâncias contrastantes geralmente iodados não iônicos, as 
quais permitem a visualização das áreas acometidas de patologias 
vasculares. Por convenção podemos considerar arteriografia 
todos os vasos sanguíneos do sistema vascular que são estudados 
com excessão dos vasos cerebrais que adotam outra 
nomenclatura. 
 
 
 
 
 
 9 
 
 
5 – Artrografia 
Representação contrastada das cavidades articulares. Existindo a 
possibilidade do uso da técnica de duplo contraste positivo 
(iodado) e negativo (ar) injetado diretamente no local. 
Particularidade, devido à compressão intra-articular da cápsula o 
paciente poderá sentir muita dor ocasionando desconforto e 
dificultando a realização do exame. Por esse motivo existe a 
possibilidade desse exame ser realizado com sedação. 
 
 
 
 
 
 
A artrografia é realizada para demonstrar e avaliar patologias 
das articulações e estruturas de tecidos moles associados. 
Estas estruturas são visualizadas após introdução de um meio de 
contraste na cápsula articular com seriografia fluoroscópica e ou 
imagens radiológicas de rotina, utilizadas para registrar uma 
imagem permanente. 
 
Indicações 
Esse exame é indicado quando a suspeita de rupturas de tecidos 
moles. As articulações são submetidas consideravelmente a 
estresse diário, principalmente durante as atividades esportivas. 
Portanto, grande parte das patologias observadas pode ser 
causada por traumatismo. Há também patologias atraumáticas, 
um exemplo como o cisto de Baker no joelho, que se comunica 
com a cápsula articular na área poplítea. 
 
Contra-indicações 
Em geral, a artrografia de qualquer articulação é contra-indicada 
quando se sabe que o paciente é alérgico a o meio de contraste 
iodado ou a anestésicos locais. 
 
Condrólise 
É a destruição do tecido cartilaginoso, que sobrevém 
normalmente durante a formação do osso. Patologia que pode 
indicar a realização do exame de artrografia. 
 
 
 
 
6 – Broncografia 
Exame contrastado que representa visualmente os brônquios com 
introdução de um meio de contraste por intermédio de um cateter 
(sonda) colocado por via oral ou nasal, chegando a Carina 
traqueal. 
Esse exame deverá ser realizado sempre o acompanhamento do 
médico pneumologista ou radiologista. E com acompanhamento de 
equipe de Enfermagem treinada em manobras de parada 
cardiorespiratória (PCR), devido à possibilidade de estimulo 
cardíaco alterado ocasionado por dispnéia durante a realização 
do exame. 
 10 
 
 
 
 
 
 
 
 
7 – Cistografia 
Exame contrastado não funcional da bexiga, geralmente feminina. 
Para investigação de alterações na parede do órgão ocasionadas 
por traumas ou patologias. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Não há preparo específico do paciente, o paciente esvaziar a 
bexiga antes da sondagem vesical. 
O cateterismo vesical deve seguir a rotina de condições 
assépticas, e deverá ser realizada por Enfermeiro (a) qualificado. 
O profissional Técnico em Radiologia deverá saber qual diluição 
exata do contraste que utilizou no exame. Deve-se deixar que o 
contraste flua apenas pela ação da gravidade. 
Nunca se deve ter pressa e tentar introduzir o contraste sob 
pressão, pois pode haver ruptura da bexiga com o uso de pressão 
desnecessária. 
Após a bexiga cheia serão realizadas radiografias de rotina em AP 
com inclinação cauda l de 15°, OBD e OBE. Filmes: 24 x 30. 
 11 
No caso da radiografia miccional que pode ser realizada após as 
outras incidências o exame de cistografia da rotina, passará a ser 
considerado um exame de estudo funcional da bexiga e uretra. 
 
As indicações clínicas mais comuns são 
Traumatismo ou perda involuntária da urina. 
 
 
 
 
ANATOMIA DO FÍGADO 
 
8 – Colangiografia venosa ou endovenosa 
Representação das vias biliares por meio de injeção intravenosa 
de meio de contraste evidenciando a função biliar da vesícula por 
esvaziamento na 2ª porção do duodeno, o trajeto do canal 
colédoco até a papila de vater e também a árvore biliar 
projetada no interior hepático. 
 
 
 
Indicações clínicas 
Uma vesícula biliar não visualizada durante o exame de 
colecistograma oral 
Pacientes colecistectomizados 
Vômito ou diarréia intensa que impediu a absorção do meio de 
contraste prévio para realização de colecistograma. 
Suspeita de cálculos biliares ou colelitos (diminutos restos de 
cálculos biliares em forma de pó) 
 
Contra-indicaçõesA contra-indicação a colangiografia venosa é devido à elevada 
incidência de reações ao meio de contraste. 
 
Preparo do paciente 
Os laxativos são evitados num período de 24hs antes do exame. 
A sua utilização fica a critério médico. 
A refeição na véspera do exame deve ser leve e não conter 
qualquer gordura e respeitando um período de 12horas de jejum e 
ou NPO (nada por via oral). 
Ao chegar o paciente poderá ser submetido a dois tipos de 
procedimento: 
Infusão contínua: receber a infusão venosa lentamente 
observando término em até 10 minutos no mínimo. 
Ou gotejamento: consiste em diluir 2 ampolas de meglumina 
(reliev) em 150ml de soro fisiológico, infundidos em no mínimo 60 
minutos no máximo 120 minutos. 
 
9 – Colangiopancreátografia retrógrada endoscópica (CPRE) 
É o exame contrastado em que a injeção do contraste ocorre 
através de um cateter posicionado diretamente no trajeto dos 
ductos biliares principalmente o colédoco através da papila de 
vater, por via endoscópica e com acompanhamento do médico 
gastroenterologista (endoscopista). 
 
 
 
A CPRE é uma técnica especializada utilizada para o estudo dos 
canais da vesícula, pâncreas e o fígado (esses ductos são 
chamados de canais biliares e canais pancreáticos). 
O endoscópio (tubo flexível com uma micro-câmera na 
extremidade e permite ao médico visualizar o trato 
 12 
gastrointestinal em seu interior) é introduzido pela cavidade oral 
e progride até a 2ª porção do duodeno até uma pequena válvula 
chamada de Papila de vater. Nesse ponto é colocado um cateter 
através da papila e injetado contraste para realizar o estudo dos 
canais. 
 
 
 
O que acontece durante o procedimento? 
Você receberá uma descrição detalhada do procedimento, a 
potencialidade de complicações e as alternativas diagnósticas e 
terapêuticas por parte do médico examinador. 
O paciente realiza o exame sedado evitando dor e desconforto. 
A análise é feita com o paciente deitado em uma mesa radiológica. 
O endoscópio não provoca dor ou problemas respiratórios. A 
duração do exame é em torno de 1 a 2 horas, o paciente deve ser 
monitorizado e acompanhado por um médico anestesista. 
 
Possíveis complicações da colangiografia endoscópica retrógrada 
A CPRE em geral é muito bem tolerada quando realizada por 
profissionais treinados e com experiência nessa técnica. 
Complicações que podem ocorrer são menos freqüentes quando 
se trata de exame diagnóstico. A mais freqüente é a pancreatite, 
raramente acontece sangramento, infecções e perfurações. 
Outro risco inclui às reações adversas de sedativos. 
Os riscos do procedimento também variam. Condições de saúde 
como distúrbios cardíacos, respiratórios ou renais, podem, da 
mesma forma, influenciar nas complicações. 
 
Preparo para o exame: 
NPO de 8 a 12 horas antes do exame. 
 
Cuidados após o exame: 
Verificar sintomas adversos. 
 
10 – Colangiografia trans-operatório e ou intra-operatório 
por dreno 
É realizado no centro cirúrgico. Antes de começar a cirurgia é 
colocada uma caixa entre a mesa e o colchão com a borda inferior 
da caixa na altura da crista ilíaca. A mesa em que é realizada a 
trans-operatória deve ser uma mesa especial para ser feito este 
exame. O paciente em decúbito dorsal, onde o médico introduz a 
sonda uretral. São realizadas duas incidências conforme o médico 
solicitar. 
Chassi deve ser colocado dentro da caixa previamente colocada 
na mesa e quando o médico injetar o contraste o técnico realizará 
o exame, quando o exame estiver sendo realizado o anestesista 
deverá realizar uma apnéia parcial no paciente. 
Estudo do colédoco no trans-operatório para que o médico tenha 
uma visualização se existe algum cálculo que por ventura tenha 
passado da vesícula para o ducto e também no pós-operatório 
para visualizar alguma outra anormalidade no pós-cirúrgico. 
Também visualizar cálculos residuais e demonstrar pequenas 
lesões, estreitamentos ou dilatações nos mesmos. 
 13 
 
 
É realizado de dois a três dias após a intervenção cirúrgica para 
se ter o controle. Sempre lavar o dreno injetando água destilada e 
aspirar de volta para tirar qualquer bolha de ar e alguma 
secreção. 
Este exame é realizado com o paciente em decúbito dorsal com os 
braços ao longo do corpo e pernas estendidas, e também é 
utilizada a radioscopia. 
É posicionada sobre o hipocôndrio direito na saída do dreno para 
uma melhor visualização. 
Faz-se uma incidência simples em AP para ver o regime e a 
posição do dreno. 
Uma Segunda incidência injetando-se de 15 a 20ml de contraste no 
dreno de KHER. 
Após realizar três incidências: 
Para ver o enchimento da árvore biliar; 
O canal do colédoco terminal; 
O trânsito para o delgado. 
Após 15 minutos é realizada uma última incidência para ver o 
esvaziamento. 
 
11 – Colecistograma ou Colecistografia oral 
Exame contrastado feito para detecção de cálculos biliares e para 
avaliar a capacidade da vesícula biliar de distensão e contração. 
Exame tem com principal objetivo o estudo radiológico da 
anatomia e da função do sistema biliar. 
 
 
 
 
 
Indicações clínicas 
O critério médico conforme a história clínica do paciente; 
Para avaliação das funções biliares; 
Na presença de cálculos biliares; 
Neoplasias na região biliar e áreas próximas; 
Estenose biliar; 
Colecistite aguda ou crônica; 
Anomalias congênitas. 
 
 
 IMAGEM NEGATIVO 
 
IMAGEM POSITIVO 
 
Preparo para o exame 
Orientar o paciente sobre o procedimento que será realizado e 
fazer uma anamnese relacionada a alguma alergia. 
Administrar em doses orais se o exame for realizado com 
contraste em comprimidos, nesse caso não utilizando BOID. 
Iniciando às 20 horas do dia anterior ao exame. Esta 
administração deve ser feita de 6 a 12 comprimidos conforme o 
peso do paciente; 
NPO após a administração deste contraste até a realização do 
exame. 
 
Procedimento 
Vestir o paciente com o avental aberto para trás; Serão 
realizadas múltiplas incidências radiográficas conforme o 
solicitado. 
Se não houver a presença de cálculos biliares nos ductos ou na 
própria vesícula o paciente deverá ingerir um preparado 
denominado BOID, que consiste em uma mistura de açúcar e ou 
mel, margarina e ou manteiga e uma gema de ovo; 
 14 
Após 40 minutos é realizada uma nova incidência radiográfica 
para avaliar a função da vesícula biliar. 
OBS.: é de grande importância que o técnico fique atento nas 
primeiras incidências, se existir algum cálculo biliar visível, deve-
se interromper o exame. Prevenindo que alguns destes cálculos 
entrem no ducto colédoco e tenha-se que fazer uma nova 
intervenção cirúrgica. 
 
Termo geral litíase ou cálculo são termos utilizados para 
designar formações pétreas de composições diversas 
(cálcio, colesterol, urato, etc.) no organismo humano em 
especial nas vias urinárias e biliares. 
 
Litíase 
Cálculos encontrados na pelve renal, ureteres e bexiga. 
 
Colelitíase 
Cálculos encontrados dentro da vesícula biliar. 
 
Coledocolitíase 
Cálculos encontrados no trajeto do canal colédoco e ou na 
ampola da papila de vater. 
 
12 – Dacriocistografia (DCG) 
A DCG é uma técnica diagnóstica clínica valiosa e que submete o 
paciente a um mínimo de complicações ou riscos, fornecendo 
preciosas informações que não podem ser obtidas com outros 
métodos diagnósticos. 
Exame realizado geralmente por médico oftalmologista após 
anestesia tópica com colírio anestésico, passando um cateter 
através dos canalículos lacrimais e efetuamos a realização das 
incidências necessárias. 
Estudo radiográfico contrastado dos ductos lacrimal direito ou 
esquerdo para investigar dilatações ou estenoses dos ductos 
lacrimais, ou seja, se os ductos estão pérvios a passagem de 
contraste. 
 
 
 
Incidências 
AP do crânio, estudando sempre as duas órbitas 
comparativamente no momento da injeçãode contraste. 
 
Contraste: Lipídico ou à base de óleo 0,5ml. 
 
 
 
Particularidade do exame esta no Técnico em Radiologia demarcar 
a localização especifica delineando com um fio de estranho 
(melhor devido ser flexível). Os pontos a serem radiografados. 
 
13 – Defecografia 
É método radiológico de estudo da defecação que fornece imagens 
das alterações morfofuncionais da pelve e do segmento anorretal. 
Observando a dinâmica pélvica durante a evacuação obtendo 
informações detalhadas relacionadas a patologias. 
Constipação 
Diarréias intermitentes 
Dor no assoalho pélvico 
Algum tipo de disfunção relatado pelo paciente 
 
 
 15 
Incidência exame contrastado defecografia 
 
 
 
1 
14 – EED (Esôfago – Estômago – Duodeno) 
REED (Radiografia de Esôfago – Estômago – Duodeno) 
SEED (Seriografia de Esôfago – estômago – Duodeno) 
O objetivo da EED é estudar radiologicamente a forma e a função 
do esôfago distal, estômago e duodeno, bem como detectar 
condições anatômicas e funcionais anormais. 
 
Indicações Clínicas 
Algumas indicações clínicas para o EED incluem: 
Úlceras pépticas 
Hérnia de hiato 
Gastrite aguda ou crônica 
Tumores invasivos e não invasivos. 
Divertículos 
Bezoares 
 
Métodos de exame: 
O exame contrastado da parte proximal do intestino com uma 
suspensão de sulfato de bário. O exame com um único contraste 
usa 180 a 300ml de bário de densidade média. O método de duplo 
contraste possibilita melhor visualização da superfície mucosa. 
De grande importância para detectar erosões superficiais e 
pequenas lesões polipóides. 
Usa-se contraste hidrossolúvel quando há suspeita da perfuração 
do estômago ou do duodeno. 
O uso de pequenas doses de glucagon para inibir 
temporariamente a motilidade pode ser valioso. 
 
Anatomia do estômago 
 
 
Exame contrastado de esôfago com estenose 
 
 
 16 
 
 
 
 
15 – Enema opaco e ou Enema baritado (Clister opaco) 
O objetivo do enema opaco é estudar radiologicamente a forma e 
a função do intestino grosso, bem como detectar quaisquer 
condições anormais. 
Tanto o enema baritado com contraste simples quanto com duplo 
contraste incluem um estudo de todo o intestino grosso. 
 
As indicações clínicas do enema baritado incluem 
Diverticulose / diverticulite 
Volvo 
Intussuscepção 
Hérnia estrangulada 
Apendicite 
 
 
 
 
 
Diverticulose 
É a formação de um ou vários divertículos. É uma saliência 
parecida com um apêndice, que pode localizar-se em diferentes 
áreas do trato gastrintestinal, se manifesta com mais freqüência 
entre as fibras musculares das paredes do intestino grosso. Nos 
divertículos devido à sua conformação de cavidade oca pode 
penetrar e ficar retida pequena quantidade do conteúdo fecal 
podendo alojar-se colônias de bactérias. 
 
Diverticulite 
A diverticulite se instala quando os divertículos ficam inflamados 
ou infectados, podendo apresentar abscesso ou perfuração. 
Nesses casos, é maior o risco de os resíduos intestinais 
escaparem para a cavidade abdominal e provocarem uma 
complicação chamada peritonite. 
 
 
 
 17 
Volvo 
É a torção completa de uma alça intestinal ao redor da sua fixação 
mesentérica, produzindo obstrução intestinal e infarto 
mesentérico. Os sintomas constituem de dores em cólica no 
abdome e distenção abdominal importante. 
O vôlvulo ou volvo é uma emergência médica que necessita de 
tratamento cirúrgico imediato, pelo risco de morte. 
O volvo é mais comum no cólon sigmóide obstrução do intestino 
grosso, a parede do intestino fica cada vez mais congestionada, 
hemorrágica e, por fim, gangrenosa. 
Pode ocorrer em conseqüência de um tumor do intestino grosso 
ou uma aderência surgida na parede intestinal depois de uma 
inflamação ou de uma cirurgia. 
O volvo do intestino delgado é raro. 
Os volvos gástricos, em geral, são associados a uma grande 
hérnia para-esofágica, nestes casos o paciente pode apresentar-
se com forte dor epigástrica e náuseas e possíveis vômitos. 
 
Intussuscepção 
A invaginação intestinal, que consiste na migração distal de um 
segmento do intestino para o lúmen intestinal adjacente, 
manifesta-se geralmente por um quadro de obstrução intestinal. 
É uma patologia relativamente comum na idade pediátrica 
constituindo a causa mais freqüente de oclusão intestinal em 
crianças com idades entre os três meses e os seis anos de idade. 
Na idade adulta, a invaginação intestinal é uma situação bastante 
rara. Geralmente está associada a lesões orgânicas patológicas 
da parede intestinal nomeadamente aderências, divertículo de 
Meckel, hiperplasia linfóide, adenite ou traumatismo abdominal. 
Quanto à localização, a invaginação ileo-cólica é a mais freqüente, 
seguida pela ileo-ileal e colo-cólica. 
 
Hérnia estrangulada 
Hérnia é a protrusão de uma alça do intestino através de um 
orifício que se formou na parede abdominal. As hérnias 
acontecem por descuido da natureza na formação dessa parede, 
que tem de suportar pressões muito altas. 
As hérnias podem ainda ser consideradas congênitas, quando 
surgem antes do nascimento, e adquiridas, quando surgem mais 
tarde. Uma hérnia pode ser redutível ou irredutível conforme a 
massa visceral regressa ou não ao seu estado normal 
momentaneamente. As hérnias irredutíveis são também 
conhecidas como encarceradas. 
As hérnias encarceradas podem se tornar estranguladas, quando 
existe uma obliteração da circulação sanguínea. Este tipo de 
hérnia, extremamente perigoso, pode causar a necrose da região 
visceral envolvida (normalmente intestino) e sérias complicações, 
inclusive fatais, em poucas horas, caso não seja tratado 
cirurgicamente. 
 
Apendicite 
Apendicite é a inflamação do apêndice, um pequeno órgão linfático 
localizado no ceco a primeira porção do intestino grosso. 
Na maioria dos casos, o problema ocorre por obstrução da luz 
dessa pequena saliência do ceco pela retenção de materiais 
diversos com restos fecais. 
O quadro inflamatório-infeccioso característico da apendicite é 
mais freqüente entre 20 e 30 anos e pode ser extremamente 
grave e levar à morte se o paciente não for tratado a tempo. 
 
Método técnico 
Realizar sempre um abdômen simples, e introduzir o contraste 
até atingir o nível do ângulo hepático (flexura), posteriormente 
submete-se o paciente a algumas manobras abdominais, afim de 
que o contraste alcance a região do ceco. 
Com as alças intestinais cheias de contraste, radiografa-se em 
projeção AP (abdome panorâmico). 
Retira-se somente o excesso de contraste e injeta-se ar através 
do insuflador até causar certo desconforto ao paciente (cólica), 
obtendo assim o duplo contraste (Prova de Fisher), radiografando 
o paciente em projeção PA, (todo o intestino grosso). 
Logo em seguida, coloca-se o paciente em projeção P (perfil), 
visualizando assim o reto em perfil. 
Depois são realizadas as projeções: 
OAD para visualização detalhada da flexura esplênica 
OAE para visualização detalhada da flexura hepática 
AP com uma angulação no RC entre 20 e 30 graus cranial (axial 
de sínfise púbica), para estudo do cólon sigmóide de frente. 
 
 
 
 18 
 
 
16 – Esôfago contrastado 
O exame contrastado de Raios-X é indicado quando há 
necessidade de se investigar órgãos e estruturas que não sejam 
visualizados pela técnica radiográfica simples. Esses órgãos e 
estruturas tornam-se visíveis pela ingestão de contraste. 
Para a visualização da área a ser examinada é necessária à 
ingestão (solução de sulfato de bário). 
À medida que o contraste progride nesse segmento do aparelho 
digestivo, são obtidas imagens seqüenciais. 
 
 
 
 
 
17 – Fístulografia 
Exame contrastado que se realiza com a introdução de uma 
pequena quantidade de contraste através do orifício cutâneo da 
fístula são feitas radiografias seriadaspara definir o trajeto, a 
profundidade e a existência de eventuais lojas ou comunicações 
associadas. 
 
Não precisa preparo 
Exame realizado apenas com pedido médico. 
Esse exame utiliza contraste. 
Trazer resultados anteriores 
 
 
 
18 – Flebografia ou venografia 
Consiste na introdução de contraste em uma veia para avaliar o 
trajeto dessa veia (flebografia direta), ou da artéria 
correspondente (flebografia indireta). 
 
 
 
19 – Galactografia 
Representação dos canais ou ductos lactíferos da mama feminina 
por injeção de um meio de contraste na entrada do canal a 
examinar. 
 
 
 
 19 
 
 
20 – Histerossalpingografia 
Exame contrastado da cavidade uterina e das tubas uterinas por 
injeção de um meio de contraste através da endocervix para 
visualização da perviedade da tuba uterina através de um 
instrumento especial. 
 
 
 
 
 
 
 
 
21 – Invertografia 
Exame feito em criança recém-nascida com a ausência do ânus. 
O paciente fica de cabeça para baixo e localiza-se com um pedaço 
de chumbo a região onde deveria estar o ânus. Realizar uma 
primeira incidência para ver se a localização está correta. 
 
 
 
22 – Mielografia 
Representação das cavidades subaracnóideas (entre a aracnóide 
e a pia-máter) na altura da medula espinhal, por injeção de um 
meio de contraste positivo, de vez em quando também negativo, 
através de punção do canal da medula espinhal na altura da 
coluna lombar (punção lombar) ou limito do pescoço com a 
cabeça (punção suboccipital). 
 
 
 
 20 
 
 
 
23 – Planigrafia (técnica radiológica) 
Método de radiografia de planos de corte por um movimento 
paralelo recíproco dos tubos de raios X e do filme. 
 
 
Ziedes des plantes 
Logo descobriram que se tirassem várias radiografias em 
diferentes incidências e planos, podiam combinar essas imagens 
para obter uma localização espacial mais específica dentro do 
cérebro. 
Foi criada, então uma tecnologia específica, denominada de 
planigrafia linear, desenvolvida primeiramente em 1931 pelo 
holandês Plantes (1902-1993). 
Ela se baseia no movimento linear simultâneo do filme e da fonte 
de raios X, em direções opostas. Isso mantém o foco sobre a 
estrutura que se quer obter a imagem, no interior do corpo, que 
aparece mais nítida, em contraste com as estruturas distantes 
desta, que aparece desfocada. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 21 
Pielografia Anterógrada e Retrógrada 
Visualização da pelve renal e ureter 
Anterógrada: punção renal (procedimento de punção percutânea 
renal). 
Retrógrada: meato ureteral 
Método invasivo, indicado quando há falha dos exames anteriores. 
Pode promover infecções graves 
 
24 – Pielografia ou Urografia Retrógrada 
Ao contrário da urografia excretora, este é um exame não-
funcional do sistema urinário. É realizado através de um 
cistoscópio com entrada para pinças ou cateter de acordo com a 
necessidade do procedimento, pelo urologista. Geralmente é 
realizado em centro cirúrgico, onde o urologista, após sedação ou 
anestesia do paciente, introduz um cistoscópio através da uretra 
até a bexiga. Também chamada de pielografia retrógrada, durante 
o qual o meio de contraste é introduzido diretamente por via 
retrógrada (contra o fluxo). O médico urologista faz a 
cateterização previa do ureter e coloca uma espécie de cateter, 
para se injetar o contraste iodado. Após o cateterismo, é feito: 
1ª radiografia simples, que serve para que o técnico em radiologia 
verifique técnica e posicionamento, e também para o urologista 
cheque o posicionamento do cateter. 
2ª radiografia é feita após o urologista injetar de 3 a 5 ml de 
contraste iodado diretamente na pelve renal, sendo que o mesmo 
vai determinar a hora exata da exposição. 
3ª radiografia e última na série habitual feita quando o urologista 
retira o cateter e simultaneamente injeta o contraste. 
Incidência – AP / Filmes – 35 x 43. 
 
Ao contrário da urografia excretora, este é um exame não-
funcional do sistema urinário. 
 
 
Visualizar a porção coletora do sistema urinário. 
Avaliar a capacidade funcional dos rins 
 
Indicações clínicas 
Massa abdominal ou pélvica. 
Cálculos renais ou ureterais. 
Traumatismo renal. 
Dor no flanco. 
Hematúria ou sangue na urina. 
Hipertensão. 
Insuficiência renal. 
Infecções do trato urinário (ITU). 
 
25 – Pneumografia (Técnica radiográfica) 
Representação contrastada com um meio de contraste negativo 
(designação generalizada). Radiografia de um órgão após injeção 
de ar ou de um gás nas suas cavidades. 
Pneumo-Encefalografia ou Cisternografia 
Representação das cavidades com líquido no interior e na 
periferia do cérebro por injeções de um meio de contraste 
negativo no canal da medula espinhal. 
 
 
 
 
 
26 – Sialografia 
Representação das glândulas salivares por injeção de um meio de 
contraste positivo através de seus canais de saída. 
Sialografia de glândula parótida 
Demonstra pequenas áreas de obstrução no ducto parotídeo. 
Sialografia de glândula parótida: significante dilatação do ducto de 
Stenon 
 
 22 
 
 
 
 
27 – Trânsito intestinal (Intestino Delgado) 
Neste exame como foi dito antes, raramente é necessário à 
presença do radiologista. O objetivo deste exame é visualizar o 
fluxo de contraste pelo intestino delgado, daí o nome de transito 
intestinal. 
O preparo do paciente é o mesmo prescrito para EED. 
O paciente inicia tomando 200ml de bário, sendo a primeira 
radiografia realizada 10 minutos após a ingestão. A seguir é 
ministrado mais 200ml de bário, sendo as radiografias 
posteriores realizadas de 30 em 30 minutos, sempre com o 
paciente e decúbito ventral, até que se visualize a válvula 
ileocecal, quando então o exame é dado por encerrado. 
Este é o protocolo, porém algumas vezes o radiologista pode 
assumir posições obliquas e até ortostáticas para definir o 
diagnóstico. 
 
Visão radiográfica 
Corpo do estômago. 
Passagem pela óstio pilórica. 
Enchimento do duodeno. 
Flexura duodeno-jejunal. 
Toda porção jejunal. 
Porção do íleo, até a visualização do início do colo ascendente do 
intestino grosso. 
Indicações clínicas 
Enterites; estenose; megacolon; tumores; pólipos; divertículos; etc. 
Filmes usados: 
35 x 43 para panorâmica. 
18 x 24 para válvula ileocecal. 
 
 
 
 
 
 
28 – Urografia excretora ou venosa 
Representação dos rins, pelve renal, ureteres e bexiga, por 
injeção de um meio de contraste positivo que é eliminado pelos 
rins. 
 
 23 
 
 
29 – Uretrocistografia miccional 
Este exame é realizado no paciente do sexo masculino para 
demonstrar todo o comprimento da uretra. 
A injeção do meio de contraste é feita através de dispositivos 
específicos denominados 
Clampe de Brodney 
Pinça de knutsen 
Clampe de Brodney, que é fixado ao pênis distal. 
Posiciona-se o paciente em obliqua posterior direita a +ou- 30° 
centra-se o RC na síntese púbica. Introduz-se a ponta da seringa 
na uretra distal e procede-se a injeção. 
Radiografa-se então após o início da injeção de contraste para 
pesar o contraste enchendo amplamente a uretra. Faz-se também 
um posicionamento em obliqua anterior esquerda. 
Após completa-se o enchimento da bexiga, retira-se o Clampe e 
com o paciente em ortostática. 
Realizam-se as radiografias miccionais. 
Realiza-se um AP após o paciente eliminar todo o contraste da 
bexiga (pós miccional). Filmes: 24 x 30 
 
 
 
 
 
30 – Variações (Linfografia) 
Exame radiológico dos vasos e dos gânglios linfáticos após injeção 
de um meio de contraste num canal linfático ou diretamente no 
tecido intersticial. 
Visualização do sistema linfático localizado. 
Linfangiografia relacionada ao sistema linfático em geral. 
Linfodenografia relacionado aos linfonodos de regiões específicas 
como cervical (pescoço), axilar e pélvica(trapézio de fletcher) 
pela radiografia, após a injeção de um meio de contraste lipídico. 
 
 
 
 24 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MEIOS DE CONTRASTE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 25 
Introdução 
Os meios de contraste iodados são substâncias radiodensas 
capazes de melhorar a definição das imagens obtidas em exames 
radiológicos. São essenciais para o estudo vascular. 
 
Meios de contraste 
 
O que são meios de contraste? 
São substâncias capazes de melhorar a definição das imagens 
obtidas em exames radiológicos 
 
Qual objetivo de uso? 
Fornecer os conceitos relacionados aos fármacos utilizados na 
prática radiológica cujo objetivo é evidenciar tecidos e processos 
biológicos 
 
Qual a diferença entre osmolaridade e osmolalidade e qual o 
seu significado? 
Ambos refletem a concentração de partículas osmoticamente 
ativas na solução, sendo que: 
Osmolaridade refere-se diretamente a diluição por litro de 
solução. 
Osmolalidade refere-se diretamente a diluição por quilo de 
solução em água. 
 
Meio de contraste ideal 
NÃO EXISTE, mas teria as seguintes propriedades: 
Hidrossolúvel 
Inerte 
Estabilidade química e térmica 
Baixa viscosidade 
Hipo ou isosmolar em relação ao plasma 
Excreção seletiva renal 
Seguro e barato 
 
Organograma dos tipos de contraste 
 
 
 
 
 
Composição 
A estrutura básica dos meios de contraste iodados hidrossolúveis 
deriva do ácido benzóico, onde estão fixados três átomos de iodo 
com a associação de dois radicais orgânicos. 
Os radicais orgânicos conferem um caráter hidrofílico á molécula. 
 A molécula pode ser composta por um anel benzênico 
denominado monômero triiodado. 
 
 
 
 
 
 
 26 
Características gerais das manifestações adversas ao uso 
dos contrastes 
Quanto maior a osmolalidade, maior a vasodilatação periférica. 
Redução aguda da PA 
Aumento da freqüência cardíaca e maior consumo de O² 
Quanto maior a viscosidade, maior dificuldade terá a solução para 
se misturar ao plasma e aos fluídos corpóreos. 
 
Decisões antes de injetar o contraste 
Avaliar risco, situação custo benefício. 
Avaliar alternativas 
Ter certeza precisa da indicação do contraste 
Estabelecer procedimentos de informação ao paciente 
Determinar previamente a política de complicações 
 
Reações adversas aos meios de contraste 
Classificação e incidência 
Reações adversas aos meios de contraste são inevitáveis 
Podem variar em severidade 
Podem ocorrer após única administração ou múltiplas 
A verdadeira incidência é desconhecida 
Pode ser subdividido quanto: 
Mecanismos etiológicos que as desencadeiam. 
Gravidade dos seus efeitos. 
Tempo de início dos sintomas após administração do agente. 
 
Quanto ao mecanismo etiológico 
Reações anafilactóides ou idiossincráticas 
Reações não-idiossincráticas 
Reações combinadas 
 
Idiossincrasia 
Significado de Idiossincrasia 
Maneira de ver, sentir, reagir peculiar a cada pessoa. (É uma 
disposição do temperamento, da sensibilidade que faz com que 
um indivíduo sinta, de modo especial e muito seu, a influência 
de diversos agentes). 
Anafilaxia 
Significado de Anafilaxia 
Aumento da sensibilidade do organismo diante de determinada 
substância, provocado pela aplicação prévia (injeção ou 
ingestão) de uma dose, embora mínima, dessa substância. 
 
Reações anafilactóides ou idiossincráticas 
Anafilaxia � Reação alérgica aguda, caracterizada pela presença 
de urticária, angioedema, hipotensão com taquicardia, 
broncoespasmo e edema de glote. 
Todo quadro clínico acontece em conseqüência da liberação 
maciça de mediadores químicos de mastócitos e basófilos, em 
resposta à exposição a um antígeno específico. 
 
O que é alergia? 
O sistema imunológico pode falhar e não cumprir com sua 
obrigação ou até voltando-se contra o indivíduo. Isto pode 
acontecer de duas maneiras, funcionando de forma 
insuficiente (imunodeficiência) ou exagerada em relação a 
substâncias que normalmente são bem toleradas pela maioria, 
acontecendo com isto o que se conhece pelo nome de ALERGIA. 
 
Reações não-idiossincráticas 
1 – Efeitos tóxicos diretos 
Osmotoxicidade 
Quimiotoxicidade 
Órgão-específico 
2 – Reações vasomotoras (vagais) 
1 – Efeitos tóxicos diretos 
Podem estar relacionados à dose ou à concentração do meio de 
contraste. 
Têm um órgão-alvo específico. 
Varia com a velocidade de infusão e via de administração. 
Osmotoxicidade 
Fenômenos não-específicos relacionados à concentração elevada 
desses agentes. 
 
Manifestações clínicas da osmotoxicidade 
Dor e desconforto no local da injeção. 
Alterações na barreira hematoencefálica. 
Hipotensão com bradicardia. 
Seu mecanismo de ação está relacionado à expansão aguda do 
volume plasmático, vasodilatação generalizada, rigidez das 
hemácias, liberação de histamina e lesão do endotélio vascular 
aumentando a possibilidade de flebite e evolução para trombose. 
 
Quimiotoxicidade 
Causada por uma reação secundária a propriedades intrínsecas 
(internas) das moléculas 
Interações não-específicas entre as moléculas do contraste e as 
macromoléculas biológicas 
Interações hidrofílicas (que necessitam de água nas interações 
com as moléculas). Diminuição do risco de reação com os agentes 
por serem hidrossolúveis. 
Interações hidrófobas (que não necessitam de água nas 
interações com as moléculas). Aumento da probabilidade de 
reações adversas devido às concentrações não se diluírem. 
 
 
 27 
Órgão-específico 
São reações diretas em determinados órgãos observando-se 
manifestações clínicas da toxicidade. 
Manifestações clínicas da toxicidade direta órgão-específico 
Pele 
Sintomas e sinais no local da aplicação 
Dor 
Inchaço 
Calor 
Eritema 
Pápulas 
 
Trato gastrintestinal 
Náuseas 
Vômitos 
Diarréia 
 
Sistema nervoso central 
Cefaléia 
Confusão 
Vertigem 
Tontura 
Convulsão 
 
Rins 
Redução do débito urinário 
Hipertensão 
 
Sistema respiratório 
Dispnéia 
Broncoespasmo 
Pacientes com história de asma podem evoluir com 
broncoespasmo sintomático para situação clinica grave, chegando 
à manifestação de hipóxia por apnéia. 
Sistema cardiovascular 
Alteração cardíaca pode ser acompanhada por: 
Dispnéia 
HAS 
Alterações no ECG 
Arritmia 
Assistolia 
 
Pode evoluir para: 
Taquicardia ventricular (Traçado de ECG revertido com 
desfibrilação) 
Fibrilação ventricular (Situação clínica mais grave. Traçado de 
ECG revertido com desfibrilação) 
Parada cardio-respiratória – PCR 
 
2 – Reações vasomotoras (vagais) 
São reações que ocorrem durante a administração dos meios de 
contraste, ou pela distensão visceral ou dor, pelo trauma da 
punção cutânea. 
E também associada à compressão arterial para hemostasia após 
um determinado procedimento. 
Manifestações clínicas 
Depressão cardíaca com bradicardia e vasodilatação 
Sudorese 
Palidez cutânea 
Confusão mental 
Diminuição do nível de consciência 
Náuseas e vômitos 
Liberação esfincteriana 
Podem evoluir a PCR 
Causa desconhecida 
Mais intensas em pacientes com medo e ansiedade 
 
Reações combinadas 
Associação entre os efeitos da toxicidade direta com as reações 
anafilactóides e vasomotoras, evoluindo de forma complexa, 
freqüentemente levando o indivíduo a manisfetações graves 
evoluindo para possível choque anafilático fatal. 
 
Quanto ao grau de severidade 
Reações adversas leves 
Geralmente não requer tratamento medicamentoso, apenas 
observação. 
Reações adversas moderadas 
Freqüentemente requer tratamento medicamentoso e observação, 
sem hospitalização. 
Reações adversas graves 
Necessita atendimento imediato, maior morbiletalidade, requer 
hospitalização. 
Reações adversas fatais 
Colapso cardio-respiratório, edema pulmonar, coma, 
broncoespasmo intratável e obstrução de via aérea. 
 
Quantoao tempo decorrido após a administração 
Agudas ou imediatas 
Ocorrem no período em que o paciente está em observação no 
serviço de radiologia 5 a 20 minutos após administração do 
agente 
Tardias 
Ocorrem após o paciente deixar o serviço de radiologia sintomas 
e sinais variados 1 hora ou mais a partir da administração do 
contraste 
 
 
 28 
Quanto ao tempo decorrido após a administração 
Acredita-se que o mecanismo fisiopatológico das reações 
imediatas aos agentes de contraste seja do tipo pseudo-alérgico, 
enquanto existem evidências de que os eventos tardios são 
verdadeiramente alérgicos. 
 
Aspectos gerais de observação das reações adversas e 
riscos 
Sinais e sintomas importantes 
URTICÁRIA pode aparecer sob a forma de pequenas regiões ou 
extensas placas avermelhadas, referida pelo paciente como 
"coceira" (prurido). 
EDEMA NAS PÁLPEBRAS é referido pelo paciente como “olho 
inchado" ou “não consegue abrir o olho“. 
EDEMA FACIAL pode ser observado através de uma vermelhidão e 
edema parcial ou de toda a face. È referido pelo paciente como 
"sensação de lábio inchado" e/ou "sensação de orelha grande”. 
TOSSE E PIGARO podem ser em função de edema da glote. 
ROUQUIDÃO pode ser observada conversando com o paciente, 
sendo percebida através da mudança do timbre da voz. Pode ser 
em função de edema da glote. 
DISPNÉIA referida pelo paciente como "falta de ar", ocorre em 
função de edema da glote ou de broncoespasmo. 
 
Antes de decidir pela utilização dos meios de contraste em 
um paciente, alguns aspectos devem ser considerados. 
Consultar e esclarecer o paciente, evitando dúvidas que possam 
gerar ansiedade. 
Avaliar sua história e condição clínica, bem como pesar as 
conseqüências do uso de contraste, considerando outras 
alternativas diagnósticas. 
Checar todos os fatores de risco, inclusive medicações em uso, 
agentes nefrotóxicos, 
Beta-bloqueadores, anti-hiperglicemiantes orais. 
 
Agentes de contraste não-iônicos 
São menos tóxicos do que os iônicos 
Menor osmolalidade 
Ausência de carga elétrica 
Maior hidrofilicidade 
Metabolicamente estáveis 
Têm baixa capacidade de ligação com proteínas 
São excretados rápida e completamente 
 
Contrastes não-iônicos são mais seguros do que os iônicos, 
porém seu custo continua restringindo sua utilização mais ampla. 
Agentes não-iônicos em pacientes de alto risco causam menor 
alteração do volume intravascular, de distúrbios cardíacos e de 
lesão renal. 
A freqüência de reações adversas é maior em indivíduos com 
história de alergia e asma e com antecedente de reação prévia 
aos meios de contraste 
 
Fatores de risco 
Hipersensibilidade ao agente de contraste 
Alergia 
Hipertireoidismo 
Desidratação 
Insuficiência cardiovascular severa 
Insuficiência pulmonar 
Insuficiência renal 
Nefropatia em pacientes diabéticos 
Doença auto-imune 
Idade avançada 
Ansiedade 
 
Apesar do risco = administrar o agente de contraste iodado 
= considerar: 
Utilizar agentes não-iônicos 
Usar substâncias com menor concentração possível 
Hidratar o paciente 
Estabilizar as condições psicológicas do paciente 
Uso de pre-medicação 
Otimizar a utilização dos equipamentos e da equipe médica 
Em caso de reações adversas (RA), estar preparado para iniciar 
medidas terapêuticas imediatamente. 
 
Medidas profiláticas 
Muita controvérsia clínica de manuseio 
Prevenir ou, pelo menos, minimizar as reações adversas aos 
meios de contraste. 
 
Profilaxia de competência do Técnico em radiologia 
Hidratação 
NPO 
 
Grau de hidratação adequado pode reduzir efeitos do contraste, 
especialmente os relacionados à nefrotoxicidade. 
Pequenas refeições até duas horas antes de utilizar agentes não-
iônicos por via endovenosa não parecem trazer prejuízos ao 
paciente e exame. 
Pacientes que não se alimentam ou ingerem líquidos por um 
período de tempo prolongado ansiosos e menos cooperativos no 
momento do exame tem maior suscetibilidade às RA. 
A informação de NPO deve ser e estar completamente esclarecida 
para paciente e ou responsável, quando ocorrer o jejum completo. 
 
 
 29 
Conclusões 
Todo paciente deve ser considerado potencialmente de risco. 
Mesmo que não apresente fator de risco. 
 
Mesmo que já tenha utilizado previamente sem efeitos colaterais. 
Todo paciente deve ser informado dos riscos potencias 
decorrentes da utilização do meio de contraste iodados e assinar 
um termo de esclarecimento. 
A documentação precisa conter anamnese, antecedentes 
pessoais, motivo do exame, indicação do contraste, agente 
escolhido, evolução imediata após administração do contraste e, 
eventualmente, evolução tardia. 
Meios de contraste iodados são agentes seguros. 
Agentes não-iônicos são mais seguros e mais bem tolerados pelos 
pacientes. 
 
 
 
 
 
 
Organograma localizador 
 
 
Exames do modulo II
Colangiografia Venosa
Colangiopancre€tografia retrgrada 
endoscpica (CPRE)
Colangiografia trans-operatrio e ou intra-
operatrio por dreno
Colecistograma oral ou colecistografia
Dacriocistografia (DCG)
Es‚fago contrastado
EED (Es‚fago – Est‚mago – Duodeno)
REED (Radiografia de Es‚fago-Est‚mago-Duodeno) 
SEED (Seriografia de Es‚fago-est‚mago-Duodeno)
Enema opaco e ou enema baritado
(Clister Opaco)
Defecografia
F„stulografia
Flebografia ou venografia
Pâncreas
O p€ncreas produz atravs de uma secre‚ƒo 
ex„crina o suco pancre…tico que entra no 
duodeno atravs dos ductos pancre…ticos, 
esta secre‚ƒo end„crina produz glucagon e 
insulina que entram no sangue.
O p€ncreas  achatado no sentido antero-
posterior, ele apresenta uma face anterior e 
outra posterior, com uma borda superior e 
inferior e sua localiza‚ƒo  posterior ao 
est†mago.
O p€ncreas tem as seguintes fun‚‡es:
Dissolver carboidrato (amilase pancre…tica); 
Dissolver proteˆnas (tripsina, quimotripsina, 
carboxipeptidase e elast…se); 
Dissolver triglicerˆdios nos adultos (lˆpase 
pancre…tica); 
Dissolver …cidos nuclicos (ribonuclease e 
desoxirribonuclease).
Ducto Pancreático
O ducto pancre…tico principal come‚a na 
cauda do p€ncreas e corre para sua cabe‚a, 
onde se curva inferiormente e est… 
intimamente relacionada com o ducto 
coldoco. 
O ducto pancre…tico se une ao ducto coldoco 
(fˆgado e vesˆcula biliar) e entra no duodeno 
como um ducto comum chamado ampola 
hepatopancre…tica.
Icterícia
Conceito
Pigmenta‚ƒo amarelada da pele e mucosas 
por deposi‚ƒo de bilirrubina.
Escler„tica e mucosa jugal sƒo os locais onde 
a icterˆcia  detectada mais facilmente.
Deve ser distinguida de outras causas de 
pigmenta‚ƒo amarela, como carotenemia 
(colora‚ƒo amarelada da pele, mas nƒo da 
escler„tica), uso de quinacrina e exposi‚ƒo 
excessiva a fen„is.
Colangite aguda
Infec‚ƒo bacteriana do sistema biliar –
Escherichia coli, Klebsiella pneumoniae, 
Bacteriodies fragilis, enterococos.
Causa: obstru‚ƒo biliar + concentra‚ƒo 
bacteriana na bile de estase
Tríade de Charcot: icterˆcia, febre e dor 
abdominal.
Pêntade de Reynold: icterˆcia, febre, dor 
abdominal, obnubila‚ƒo mental e hipotensƒo 
– colangite t„xica.
Tratamento: ATB + desobstru‚ƒo da via biliar
Colangite bacteriana
Tríade de Charcot: c„lica biliar, icterˆcia, 
febre e calafrios (70 % dos casos)
Pressup‡e: obstru‚ƒo biliar 
Organismos predominantes na bile: E. coli, 
Klebsiella, Pseudomonas, Enterococcus e 
Proteus
Complica‚‡es: spsis
Exames complementares
US abdominal
Radiografia abdominal simples
TC abdominal
RMN abdominal 
CPRE
Cintilografia 
Colangio-ressonância
Ecoendoscopia
Colangiografia
Representação das vias biliares (árvore biliar) 
por meio da aplicação de um contraste 
injetado por uma via venosa, direto na via 
biliar ou através de um dreno previamente 
instalado cirurgicamente.
Existem também as colangiografias cirúrgicas 
(trans-operatórias) que por injeção direta deum meio de contraste no canal colédoco.
E a colangiografia pós-operatória, onde a 
injeção do meio de contraste se realiza por 
um dreno colocado no canal durante a 
cirurgia. 
Dica importante os exames de:
Colangiografia venosa
Colangiografia trans e intra-operatória 
CPRE
Tem exclusiva visualização da: 
Árvore biliar
Colecistograma ou colecistografia oral
Tem visualização da:
Vesícula biliar
Definições
Colelitíase ou Colecistolitíase ou Litíase 
Vesicular: cálculo na vesícula biliar
Coledocolitíase ou Litíase da Via Biliar 
Principal: cálculo no colédoco ou no ducto 
hepático comum
Litíase intra-hepática: cálculo na árvore biliar 
intra-hepática
Colecistite: processo inflamatório agudo ou 
crônico da vesícula biliar
Colangite: Infecção dos ductos biliares
Colecistite Aguda
Obstrução do canal cístico persistência 
vesícula distendida, com paredes inflamadas 
e edemaciadas.
Isquemia, necrose da parede vesicular, 
infecção/sepse em casos graves.
Colangiografia venosa ou endovenosa
O objetivo do exame de colangiografia venosa 
é estudar radiologicamente as vias biliares 
através de infusão endovenosa de contraste. 
Sempre realizado com meio contraste iodado.
Indicações clínicas:
Uma vesícula biliar não visualizada durante 
um colecistograma oral
Pacientes colecistectomizados
Vômitos ou diarréia intensa no caso que 
impediu a absorção do meio de contraste 
prévio para um exame de colecistograma.
Contra-indicações:
A contra-indicação a colangiografia venosa é 
devido à elevada incidência de reações ao 
meio de contraste. 
Deve ser bem avaliada pelo técnico de 
radiologia conforme a prescrição e realização 
do exame. 
Colangiopancreátografia Retrógrada 
Endoscópica (CPRE)
É um exame contrastado onde se injeta um 
contraste diretamente no trajeto do colédoco e 
ductos biliares através de um endoscópio 
introduzido por via oral para visualizar 
cálculos residuais e demonstrar pequenas 
lesões, estreitamentos ou dilatações nos 
mesmos.
Colangiografia trans e ou intra-operatório 
por dreno
É realizado no centro cirúrgico. Antes de 
começar a cirurgia é colocada uma caixa 
entre a mesa e o colchão com a borda inferior 
da caixa na altura da crista ilíaca. 
A mesa em que é realizada a trans-operatória 
deve ser uma mesa especial para ser feito 
este exame. 
O paciente em decúbito dorsal em 
procedimento cirúrgico será colocado no 
coledoco uma sonda uretral ou dreno de kher 
(dreno em T). 
Para drenagem e observação de prováveis 
formações de colelitos. Incluindo controle de 
colangiografia no setor de radiologia 
convencional. 
Chassi deve ser colocado dentro da caixa 
previamente colocada na mesa e quando o 
médico injetar o contraste o técnico realizará 
o exame, quando o exame estiver sendo 
realizado o anestesista deverá realizar uma 
apnéia parcial no paciente.
Colecistografia Oral ou Colecistograma
Exame contrastado feito para detecção de 
cálculos biliares e para avaliar a capacidade 
da vesícula biliar de distensão e contração. 
Exame tem como principal objetivo o estudo 
radiológico da anatomia e da função do 
sistema biliar.
Indicações clínicas
A critério médico conforme a história clínica 
do paciente;
Para avaliação das funções biliares;
Na presença de cálculos biliares;
Neoplasias na região biliar e áreas próximas;
Estenose biliar;
Colecistite aguda ou crônica;
Anomalias congênitas. E perviedade
Contra-indicações: 
As contra-indicações ao colecistograma oral 
são poucas, mas incluem:
(1) doença hepato-renal avançada, 
principalmente aquelas com 
comprometimento renal; 
(2) doença gastro-intestinal ativa, tal como 
vômito ou diarréia, que impediria a absorção 
de meio de contraste oral durante o exame.
(3) hipersensibilidade a composto contendo 
iodo. 
No exame de colecistografia utiliza-se uma 
técnica conhecida como: Prova de Boid ou 
Boyden
Que consiste em administrar por via oral uma 
mistura de substâncias gordurosas, 
açucaradas e contraste para estimulação, 
provocando um esvaziamento da vesícula 
biliar. 
Observar o risco em pacientes portadores de 
cálculos biliares multiformes, o que não é 
aconselhável. 
Exemplo: 
Mistura de mel com manteiga e contraste
Mistura de uma gemada com manteiga e 
contraste
Dacriocistografia (DCG)
É um exame radiológico contrastado das vias 
lacrimais e está indicado nos pacientes que 
apresentam lacrimejamento excessivo e 
persistente. É realizado por médico 
oftalmologista com conhecimento clínico e 
cirúrgico nas patologias das vias lacrimais.
A DCG é uma técnica diagnóstica clínica 
valiosa e que submete as pacientes a um 
mínimo de complicações ou riscos, nos 
fornecendo preciosas informações que não 
podem ser obtidas com outros métodos 
diagnósticos. 
Após anestesia tópica com colírio anestésico, 
cateterizamos os canalículos lacrimais e 
efetuamos a realização das películas 
radiológicas.
É útil para localizar a obstrução parcial ou 
total do sistema de drenagem lacrimal e 
identificar os fatores etiológicos 
comprometidos. É de grande utilidade para os 
pacientes com bloqueio funcional e 
permeabilidade do sistema excretor.
Com a dacriocistografia poderemos identificar:
Cálculos lacrimais, os tumores, os 
divertículos, as fístulas e as seqüelas 
traumáticas e programar corretamente o 
tratamento.
Estudo radiográfico contrastado dos ductos 
lacrimais direito ou esquerdo tem principal 
abordagem para investigar dilatações, 
estenoses ou algum tipo de oclusão 
patogênica.
Esôfago contrastado
O exame contrastado indicado quando há 
necessidade de investigação do trajeto da 
cavidade e suas estruturas não visualizadas 
no exame radiol„gico convencional do 
es†fago. 
As estruturas tornam-se visˆveis pela ingestƒo 
de um meio de contraste. Geralmente 
baritado.
Que deve ser administrado com cautela. 
O profissional respons…vel que realizar o 
exame dever… conhecer a hist„ria clˆnica do 
paciente. Chamada? ANAMNESE
Para a visualiza‚ƒo da …rea a ser examinada 
 necess…ria a ingestƒo (solu‚ƒo de sulfato de 
b…rio e ou contraste iodado) 
Š medida que o contraste progride nesse 
segmento do aparelho digestivo, sƒo obtidas 
as imagens que serƒo estudadas.
Importantˆssimo
Jamais devemos utilizar bário quando existir 
suspeita de perfuração por trauma ou 
alteração fisiológica 
EED (Es€fago- Est€mago-Duodeno)
REED 
(Radiografia de Es€fago – Est€mago – Duodeno) 
SEED 
(Seriografia de Es€fago – est€mago – Duodeno)
O objetivo do exame EED  estudar 
radiologicamente a forma e a fun‚ƒo do 
es†fago distal, est†mago e duodeno, bem 
como detectar condi‚‡es anat†micas e 
funcionais normais ou com algum tipo de 
altera‚ƒo patol„gica.
Indica‚ƒes Cl„nicas
Algumas indica‚‡es clˆnicas para realiza‚ƒo 
do
EED incluem:
- Bezoares
- Divertˆculos
- Gastrite aguda ou cr†nica
- Hernia‚‡es de hiato ou de parede esof…gica 
- Tumores invasivos e nƒo invasivos 
- ‹lceras ppticas
Bezoar  um tipo especial de “tumora‚ƒo”, 
formada no lŽmen do aparelho digestivo a 
partir da ingesta continuada e prolongada, 
intencional de materiais nƒo comestˆveis, de 
medicamentos de uso continuo ou de 
alimentos que comp‡e o dia a dia da dieta do 
paciente. 
Sƒo corpos estranhos que formam massas no 
lŽmen g…strico ou intestinal
Pacientes com distŽrbios psiqui…tricos ou 
retardo mental, 
Pacientes que apresentem altera‚‡es 
motoras do est†mago, decorrentes de 
vagotomias.
Pacientes com gastrectomias ou em 
decorrncia de patologias que cursem com 
neuropatia visceral (ex.: diabetes).
A classifica‚ƒo dos bezoares  feita de acordo 
com o conteŽdo da massa.
Que tipo de material pode acumular, 
formando o bezoar?
Cabelo humano, resultante de ingestƒo 
freqente (tricofagia), com maior incidncia 
em crian‚as e mulheres jovens com 
problemas psiqui…tricos, sendo denominado 
tricobezoar.
Os fitobezoares contendo fibras ou

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