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Aula 5 Sistema Remuneratório

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DIREITO ADMINISTRATIVO II 
11.3. Sistema Constitucional de Remuneração:
1) Remuneração (genericamente): é a contraprestação paga aos servidores em razão da prestação do serviço público.
Distinção terminológica:
- remuneração: é o conjunto de todas as parcelas percebidas pelos servidores. É o montante de vencimento + vantagens pecuniárias recebidas em razão da sua situação funcional.
- vencimento: é a retribuição em razão do exercício do cargo. É a chamada parte fixa da remuneração. Pode ser chamada de vencimento-base ou vencimento-padrão. É valor previamente determinado na lei, não variando. 
* A remuneração normalmente é composta de parte fixa (vencimento) igual para todos os servidores que ocupam aquele cargo + vantagens pecuniárias específicas, relacionada à situação funcional do servidor (ex. quinquênio).
- subsídio: é a importância paga, em parcela única, pelo Estado, a determinadas categorias de agentes públicos como retribuição pelo serviço prestado (substitui remuneração). 
* Quem recebe: agentes políticos, magistrados, MP, advocacia pública, defensoria pública, polícias (- guardas municipais e polícia civil), ministros e secretários estaduais e municipais (§ 4º, § 8º do art. 39 + § 9º do art. 144) e servidores organizados em carreira (art. 39, § 8º)
* Segundo § 4º do art. 39, o recebimento do subsídio em PARCELA ÚNCA, veda o recebimento de quaisquer outras parcelas REMUNERATÓRIAS (adicionais, abonos, prêmios) e não indenizatórias. As parcelas INDENIZATÓRIAS são devidas, vez que decorrentes do exercício do cargo (diárias de viagem). 
* A intenção é reduzir o valor gasto, na medida em que reduz possibilidade de pagamentos de adicionais, DERROGANDO para esses agentes quaisquer outras normas com previsão de vantagens pecuniárias como parte da remuneração.
* Contudo, apesar de prever a parcela única, em outros dispositivos, a CR/88 estabelece vantagens aos ocupantes de cargos públicos (- ocupantes de mandatos eletivos), aplicando-se o que dispõe o art. 39, § 3º: 13º, adicional noturno, hora-extra, salário família, férias, entre outros. E, referindo-se genericamente ao ocupante de cargo, dá margem para interpretação, incluindo os ocupantes de cargo que recebem subsídios, como o magistrado, MP e advogado público.
2) Fixação do valor da remuneração: somente por meio de LEI – art. 37, X da CR/88, observado a iniciativa para cada caso. Executivo: art. 61, § 1º, II, a; Judiciário: art. 96, II, b; MP: 127, § 2º; Legislativo: cada casa art. 51, IV e 52, XIII.
* Empregado público também devem ser observadas as regras quando se tratar de autarquias e fundações. As outras Pessoas Jurídicas de Direito Privado só se receberem recursos públicos para pagamento de pessoal, porque irão precisar de prévia dotação orçamentária para o custeio.
* A fixação do valor do subsídio se dá por meio de lei específica.
* Competência exclusiva do Congresso Nacional: deputados, senadores, presidente, vice-presidente, ministros de estado (art. 49, VII e VIII). É dispensável a sanção do presidente porque é competência exclusiva do Congresso. Decreto Legislativo
Ministros do STF: competência do seu presidente para a iniciativa do projeto de lei.
3) Vantagens pecuniárias: são parcelas pecuniárias acrescidas ao vencimento em decorrência de fato previsto em norma pertinente e relacionada a vida funcional do servidor. Ex. implementação de tempo de serviço: biênio, quinquênio, férias-prêmio, exercício de função especial (gratificação pó de giz, insalubridade, adicional noturno). São condições anormais de trabalho, entre outros fatos.
- HL fala que podem ser classificadas em adicionais e gratificações:
a) adicionais: se referem ao tempo de serviço ou desempenho de funções especais, além da rotina (=).
b) gratificações: são compensações por serviços comuns executados em situações anormais ou ajuda pessoal em face de situações que agravam orçamento servidor. Ex. doença de algum dependente ou vencimento muito baixo.
* Na prática, cada ente federado adota uma nomenclatura diferente, às vezes até para situações iguais – a distinção não é tão importante e sim a natureza jurídica da vantagem.
* Essas parcelas muitas vezes são uma saída para a Administração que não quer aumentar vencimento, porque muitas vezes elas não incorporam na remuneração para fins de aposentadoria, desonerando o Estado e mantendo o servidor “feliz” por um tempo. 
* Em regra não podem ser acrescidas ao subsídio. Se hoje ainda existem várias parcelas a tendência a transformarem em uma única, mantendo o valor total.
* Em alguns casos de acordo com a previsão legal, certa vantagem pode ser incorporada ao vencimento-base, configurando verdadeiro aumento, depois da implementação de requisitos. Ex. tempo de serviço: apostilamento.
* Não podem ser consideradas base de cálculo para a percepção de outra vantagem. A base de cálculo se for o caso, será sempre o vencimento básico. Nem podem ser acumulados, porque geraria o chamado efeito cascata remuneratório, que era permitido antes da CR/88, sobre a remuneração e não sobre o vencimento, art. 37, XIV da CR/88.
4) Revisão remuneratória (assegurar o poder aquisitivo):
- art. 37, X: assegura revisão de remuneração dos servidores e dos subsídios, §4º, art. 39 da CR/88;
- Requisitos para a concessão:
a) requisito formal: lei específica;
b) requisito da generalidade: revisão deve ser geral, para todo o funcionalismo. Alguns entendem, inclusive no âmbito dos 3 poderes (JS), outros no âmbito de cada poder (mais razoável).
c) requisito anualidade: a revisão deverá ser periódica – anual, de acordo com a fixação de cada ente federativo (no mínimo);
d) requisito da isonomia: em relação aos índices, o mesmo deve ser aplicado para todas as carreiras.
Obs. Na União: Lei 10331/01 estabeleceu revisão no mês de janeiro, observando-se:
- índice fixado por lei específica;
- previsão orçamentária (lei de diretrizes orçamentárias);
- previsão da despesa – fonte de custeio;
- limites de despesa com pessoal, art. 169 da CR/88;
- adequação do índice com o mercado de trabalho.
* Ideia de revisão geral era para preservar o servidor das perdas inflacionárias, ao contrário do aumento remuneratório específico, que beneficia apenas certas carreiras, tentando igualar o serviço público com a iniciativa privada. Pode ocorrer independentemente do aumento geral.
5) Irredutibilidade de vencimentos: tornou-se garantia constitucional tão somente com a CR/88 (antes disso, era permitida a redução), art. 37, XV – vedando a irredutibilidade para qualquer agente público (servidores e empregados). - XV - o subsídio e os vencimentos dos ocupantes de cargos e empregos públicos são irredutíveis, ressalvado o disposto nos incisos XI e XIV deste artigo e nos arts. 39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I.
- Era uma garantia apenas aos magistrados para garantir independência funcional, junto com a inamovibilidade e vitaliciedade.
- Agora é garantia funcional estendida a todos os agentes públicos;
- Âmbito de incidência: previsão é constitucional – é vedada a redução direta, aquela que reduz o valor do vencimento básico do cargo, emprego ou função;
- Redução indireta é possível:
a) quando o vencimento não acompanha o índice inflacionário, se desvalorizando com o tempo;
b) ou quando reduzido em razão da incidência de impostos, é permitida segundo entendimento dos tribunais (IR).
- Não incluem na vedação as outras parcelas que integram a remuneração: vantagens pecuniárias podem ser extintas, resguardando o direito adquirido dos servidores. Se implementa os requisitos tem direito à parcela, os valores que já recebe foram incorporados e servidor continuará recebendo. Só não adquire mais a partir da data da lei.
* Não pode haver redução com alteração do regime funcional (CLT e estatuto).
* O mesmo se aplica aos subsídios, além do teto remuneratório que também pode ser aplicado para os servidorespúblicos.
OBS: A garantia da irredutibilidade é limitada e condicionada de acordo com a própria CR/88 e construção da jurisprudência.
6) Isonomia: era a garantia prevista na redação original do art. 39, §1º da CR/88, estabelecendo a igualdade de vencimentos para os servidores que ocupassem os mesmos cargos ou cargos com as mesmas atribuições ou semelhantes em um mesmo poder ou entre o legislativo, executivo e judiciário, ressalvadas as vantagens de caráter pessoal, a fim de evitar as disparidades remuneratórias. Todos deveriam possuir o mesmo vencimento básico.
- EC n. 19/98 extinguiu o p. da isonomia de vencimento e alterou a redação do §1º do art. 39, passando a estabelecer que o padrão de vencimento deve observar a NATUREZA, GRAU DE RESPONSABILIDADE, COMPLEXIDADE DA ATIVIDADE e os REQUISITOS DE INVESTIDURA e as ESPECIFICIDADES DOS CARGOS E FUNÇÕES.
- Retornou-se à Constituição anterior, em que pese a isonomia nunca ter sido implantada efetivamente, aumentando ainda mais as possibilidades de disparidade, apesar de a própria CR/88 ainda estabelecer que os vencimentos do Legislativo e do Judiciário não podem ser superiores ao do Executivo (art. 37, XII).
Obs. É possível que servidores de carreira recebam por meio de subsídio, de acordo com §8º do art. 39, bastando que haja previsão legal do ente federado competente.
7) Teto (MS mais didática):
- previsão art. 37, XI da CR/88;
- EC n. 19/98 – teto é representado pelo subsídio do Ministro STF, igual para todos servidores dos três níveis de governo. Não foi obedecida pq o próprio STF entendeu que a norma não era auto-aplicável, mandando aplicar a norma anterior, que não existia, ou seja, não havia teto. A edição da norma dependia de lei conjunta dos três poderes, E, L e J.
- EC n. 41/03 – não depende de lei conjunta mais. Passando (iniciativa lei STF) fixar o subsídio do STF, com competência de aprovação do congresso nacional e sanção do presidente da república. Art. 48, XV da CR/88.
**Regras para aplicação do teto:
a) aplicação: todos que possuem regime remuneratório, quanto regime de subsídio;
b) abrangência: servidores que ocupam cargos, empregos e funções, independente do regime de pessoal adotado: CLT e estatutários.
c) alcance: Administração Direta, autárquica e fundacional sempre. Empresa Pública, Sociedade de Economia Mista e subsidiárias QUANDO receberem recursos das pessoas políticas União, Estados, Municípios e Distrito Federal, para pagamento de despesas com pessoal ou custeio em geral, art. 37, §9º.
d) âmbito federal: teto é o mesmo para os servidores dos três poderes, ou seja, subsídio do ministro do STF.
e) âmbito estadual: subsídio dos deputados – servidores do legislativo;
subsídio do governador - servidores do executivo;
subsídio do desembargador - servidores do judiciário + MP, procuradores públicos e defensoria pública.
até 90, 25% do STF.
f) EC n. 47/05: §12, do art. 37 – Estados e DF podem emendar CE ou Lei Orgânica e fixar como teto único o subsídio dos desembargadores do respectivo TJ (limite máximo é 90, 25% do STF). Essa alteração não pode atingir deputados estaduais e distritais:
Art. 37 (...)
§ 12. Para os fins do disposto no inciso XI do caput deste artigo, fica facultado aos Estados e ao Distrito Federal fixar, em seu âmbito, mediante emenda às respectivas Constituições e Lei Or gânica, como limite único, o subsídio mensal dos Desembargadores do respectivo Tribunal de Justiça, limitado a noventa inteiros e vinte e cinco centésimos por cento do subsídio mensal dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, não se aplicando o disposto neste parágrafo aos subsídios dos Deputados Estaduais e Distritais e dos Vereadores. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 47, de 2005)
g) âmbito municipal: teto é igual para todos os servidores, limitado ao subsídio do prefeito, com exceção dos parlamentares.
h) parlamentares estaduais e municipais: art. 37, XI c/c/ art. 27, §2º e 29, VI da CR/88 teto será inferior para seus subsídios:
- estaduais – Máximo de 75% do estabelecido para os deputados federais;
- municipais – percentual de 20 % a 75% (dependendo no número de habitantes do município) do subsídio fixado para deputado estadual. O limite máximo subsídio, art. 29, VI, só pode prevalecer enquanto não ultrapassar limite de despesa com pessoal, art. 29-A, §1º, sob pena de crime de responsabilidade prefeito.:
Art. 29 (...) 
VI - o subsídio dos Vereadores será fixado pelas respectivas Câmaras Municipais em cada legislatura para a subseqüente, observado o que dispõe esta Constituição, observados os critérios estabelecidos na respectiva Lei Orgânica e os seguintes limites máximos: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 25, de 2000)
a) em Municípios de até dez mil habitantes, o subsídio máximo dos Vereadores corresponderá a vinte por cento do subsídio dos Deputados Estaduais; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 25, de 2000)
b) em Municípios de dez mil e um a cinqüenta mil habitantes, o subsídio máximo dos Vereadores corresponderá a trinta por cento do subsídio dos Deputados Estaduais; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 25, de 2000)
c) em Municípios de cinqüenta mil e um a cem mil habitantes, o subsídio máximo dos Vereadores corresponderá a quarenta por cento do subsídio dos Deputados Estaduais; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 25, de 2000)
d) em Municípios de cem mil e um a trezentos mil habitantes, o subsídio máximo dos Vereadores corresponderá a cinqüenta por cento do subsídio dos Deputados Estaduais; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 25, de 2000)
e) em Municípios de trezentos mil e um a quinhentos mil habitantes, o subsídio máximo dos Vereadores corresponderá a sessenta por cento do subsídio dos Deputados Estaduais; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 25, de 2000)
f) em Municípios de mais de quinhentos mil habitantes, o subsídio máximo dos Vereadores corresponderá a setenta e cinco por cento do subsídio dos Deputados Estaduais; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 25, de 2000)
i) magistratura: art. 37, XI c/ 93, V da CR/88;
- teto: STF
- ministros dos tribunais superiores: até 95% do STF;
- p/ demais: escalonamento nas esferas federais e estaduais de acordo com a estrutura judiciária, sendo que a diferença entre uma e outra não pode ser superior a 10%, nem menor que 5%, respeitando teto máximo de 95% do subsídio mensal dos ministros tribunais superiores.
j) Aplica-se o teto aos proventos dos aposentados e à pensão devida aos dependentes do servidor falecido.
l) acúmulo de cargos: aplica-se o teto uma vez sobre a soma da dupla remuneração – art. 37, XVI.
Maria Sylvia é adepta da corrente de que mesmo ultrapassando o teto, as pessoas que acumulam cargos devem receber pelas duas funções pelo p. da razoabilidade:
RECURSO ORDINÁRIO EM MANDADO DE SEGURANÇA. QUESTÃO DE ORDEM. MATÉRIA SUBMETIDA AO CRIVO DA PRIMEIRA SEÇÃO DESTE SUPERIOR TRIBUNAL. CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO. CUMULAÇÃO DE CARGOS PERMITIDA CONSTITUCIONALMENTE. CARGOS CONSIDERADOS, ISOLADAMENTE, PARA APLICAÇÃO DO TETO REMUNERATÓRIO. 1. "Tratando-se de cumulação legítima de cargos, a remuneração do servidor público não se submete ao teto constitucional, devendo os cargos, para este fim, ser considerados isoladamente". (Precedentes: AgRg no RMS 33.100/DF, Rel. Ministra ELIANA CALMON, DJe 15/05/2013 e RMS 38.682/ES, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, DJe 05/11/2012). 2. Recurso Ordinário em Mandado de Segurança provido." (STJ - RMS 33.134/DF - Primeira Seção - Rel. Min. Mauro Campbell Marques - Publicação: 27/08/2013).
m) para a aplicação do teto, devem ser consideradas todas as importâncias remuneratórias recebidas pelo servidor, inclusive vantagens pecuniárias.
* Antes das modificações realizadas pelas emendas, o próprio judiciário adotou o entendimento de que essas vantagens ficariam fora do teto.
** Com a EC n. 47/05: ficou expressamenteesclarecido, no §11 do art. 37, que apenas as vantagens de caráter indenizatório ficariam fora do teto, dependendo de lei especificar quais são essas parcelas. O art. 4º da EC até a publicação da referida lei, qualquer parcela de caráter indenizatório fica fora do teto.
Efeito retroativo dessa EC até EC 41/03: todos descontos efetuados deverão ser revistos.
8) Associação Sindical e direito de greve:
art. 37, VI e VII da CR/88;
a) Associação em sindicato:
- O art. 37, VI assegura ao servidor o direito de aderir ao sindicato de sua categoria – é considerado uma inovação, porque anteriormente vigorava a proibição de sindicalização.
- É direito do servidor, que tem a liberdade para decidir se quer ou não se tornar associado de acordo com enunciado no art. 8º da CR/88 e art. 5º (livre associação).
- Formação de sindicatos: observa a categoria profissional e a categoria econômica para enquadramento dos associados;
- Tipo de atuação: são entidades que reivindicam direitos dos trabalhados de sua categoria, inclusive, por melhor remuneração. Contudo, no caso da AP, a fixação remuneratória é feita por lei, o que impede negociação nesse sentido, em tese. A meu ver não porque atualmente os líderes sindicais negociam com o governo quando vai elaborar projeto de lei e depois fazem loby para votação. Não dá para ocorrer negociações imediatas como na iniciativa privada. Há atuação social.
- STF, sum. 679: estabelece que fixação de vencimentos de servidores não pode ocorrer por meio de convenção coletiva.
- Estabilidade sindical: incide a regra, art. 8º, VIII da CR/88, que veda dispensa do empregado sindicalizado a partir do requisito de sua candidatura ao cargo de direção até 1 ano depois de terminado o mandato. Aplica, mas fica vazia quando se trata de servidor estável. Não se aplica aos servidores ocupantes de cargo em comissão, em razão da transitoriedade, conforme já posicionou o próprio STF.
- Litígios que envolvam sindicatos: Justiça do trabalho, conforme art. 114, II da CR/88 c/ redação EC 45/04, já que não há qualquer restrição quando se tratou de sindicato de servidores.
b) Greve:
- Também é considerada inovação constitucional. Antes da EC 19/98, seu exercício estava condicionado à publicação de LC, depois passou a exigir apenas Lei Ordinária.
- Aliás, grande polêmica que envolve o direito de greve para os servidores é quanto à aplicabilidade do dispositivo, que recentemente foi resolvida pelo STF, com o julgamento dos MI 670 e 712, assegurando a aplicação da Lei 7783/89 até que se regulamente o dispositivo constitucional.
- Antes entendia-se pela inaplicabilidade, vez que pendente de regulamentação para ser exercido, porque somente lei ordinária poderia delimitar o “contorno” e meios pelos quais ele poderia ser exercido, observando-se a continuidade da prestação dos serviços.
- Sobre a lei regulamentadora: há entendimento majoritário de que seria lei federal aplicável a todos os entes da federação, estabelecendo os parâmetros, termos e condições para que o servidor possa usufruir o direito de greve.
- Na prática, a já é instrumento utilizado pelos servidores públicos para reivindicações de remuneração, melhores condições de trabalho, manifestação política. O ideal seria a rápida regulamentação, para melhor garantir a continuidade da prestação do serviço público e prever as punições e sanções quando se tornarem abusivas.
- Se a manifestação é reconhecida como legítima pela própria AP, é feita em comum acordo. Não lança falta para os servidores, nem descontos nos dias não trabalhados. Isso é pacífico na jurisprudência.

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