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UNIVERSIDADE SANTA CECÍLIA CONTROLE AMBIENTAL II VOCs compostos orgânicos voláteis Profª Eleni Stark Rodrigues Principais atividades: Indústria química orgânica Petroquímica Refinarias Terminais de armazenagem de produtos químicos líquidos a granel Terminais de armazenagem de produtos químicos líquidos a granel PRINCIPAIS OPERAÇÕES tanque tanque terminal; tanque navio-pier de atracação; tanque caminhão plataforma de carga e de descarga; tanque vagão – desvio ferroviário Tanque entamboramento. Terminais de armazenagem de produtos químicos líquidos a granel PRINCIPAIS FONTES DE POLUIÇÃO DO AR Eleni Stark Rodrigues Carga/descarga de navios; Carga/ descarga de caminhões; Armazenagem em tanques; Transferência de produtos entre tanques; Desgaseificação de tanques; Abertura de tanques (medições, coleta de amostra, etc); Introdução e retirada de “pigs” em linhas de transferência; Sopragem de linhas com ar comprimido ou nitrogênio; Conexão e desconexão de mangotes; Enchimento de tambores (entamboramento). Terminais de armazenagem de produtos químicos líquidos a granel Cada tanque normalmente possui os seguintes acessórios: 2 (duas) válvulas para entrada e saída de produto do tipo gaveta ou esfera “fire safe”; 1 (uma) válvula de dreno do tipo gaveta ou esfera “fire safe”; 3 (três) bocas de inspeção/medição, sendo duas laterais e uma no teto do tanque; 1 (uma) válvula reguladora de nitrogênio; 1 (uma) rede de hidrantes e lançadores de espuma; 1 (uma) instrumentação de nível- sistema radar; 1 (uma) instrumentação de pressão; 1 (uma) instrumentação de temperatura; 1 (uma) válvula de alívio e de pressão - PVRV Tipos de tanques Tanques horizontais com teto fixo Tanques verticais com teto fixo Tanques verticais com teto flutuante externo Tanques verticais com teto flutuante interno Vasos cilíndricos Válvula de Pressão e Vácuo Blanketing – Sistemas de Segurança Válvula Inertizadora Válvula PSV Válvula de Emergência Sistema de inertização A inertização com nitrogênio evita que se forma a massa explosiva no interior do tanque. TUBULAÇÕE E MANGOTES – interface terminal- navio Modal de transporte ferroviário: Os principais métodos utilizados para carregamento de tanques de carga de caminhões, trens e embarcações são: método de carregamento com tubo não submerso; método de carregamento com tubo submerso; e método de carregamento com tubo fixado no fundo do tanque de carga; Balanço de vapor. As operações de carregamento dependem dos seguintes parâmetros: − Características físico-químicas do produto da última carga/descarga; − Método para descarregamento utilizado na operação anterior (ex.: se havia sistema de balanço de vapor); − Método para carregamento do novo produto; − Características físico-químicas do novo produto a ser carregado; − Temperatura ambiente. SOFTWARE Cálculo de emissões para carga e descarga de caminhões: L= “Loading Loss” (perda por carregamento) - quantidade de produto orgânico emitido, em libras por 1000 galões (lb/103 gal) de líquido carregado; S = Fator de saturação – dado pela tabela 1; P = Pressão de vapor verdadeira do líquido carregado, em libras por polegada ao quadrado (psia) – obtida no anexo B ou tabela 2; M = Peso molecular do vapor, em libras por libra-mol (lb/lb-mol) T = Temperatura do líquido carregado, em ºR (ºF+460). Emissões de VOCs fugitivas Emissões de VOCs fugitivas S = Fator de saturação Carregamento com tubo não submerso: O líquido é lançado no tanque num nível próximo ao topo. Isto causa grande turbulência e contato líquido/vapor, resultando em altos níveis de geração de vapores orgânicos e emissões. Carregamento com tubo submerso A extremidade do tubo é posicionada próximo ao fundo do tanque de carga, ficando mergulhado no líquido. Este é então carregado quase que sem turbulência, diminuindo em muito as emissões. Carregamento com tubo fixado no fundo do tanque Retorno de vapor em sistema fechado ou “gas balancing” Retorno de vapor em sistema fechado ou “gas balancing” Definir logísticas de armazenagem e transporte com apenas um produto, o que é denominado de “Serviço Dedicado”. Por exemplo: tanques dedicados apenas ao transporte de um produto retornam aos terminais de carga contendo em seu interior ar totalmente ou parcialmente saturado com vapores da substância da última carga. Propriedades físicos-químicos CONVERSÃO DE TEMPERATURA Calcule a emissão de VOCs da operação de carregamento de caminhões: Os dados são de uma indústria química cuja movimentação na ilha é de cerca de 99 mil toneladas de tolueno por ano. O método de carregamento é do tipo tubo submerso. Os dados utilizados nos cálculos foram: − Volume do tanque de carga = 30m3; − Densidade do Tolueno = 864 kg/m3; − Movimentação anual de tolueno = 99.000.000 kg ÷ 864 kg/m3 = 114.583 m3 − Temperatura do tolueno (T) = temperatura ambiente = 538,5ºR (26ºC); − Peso molecular do vapor de tolueno (M) = 92,14 lb/lb- mol; − Pressão de vapor do tolueno (P) = 0,58 psia; − Fator de Saturação (S) = 0,60 (para carregamento com tubo submerso, obtido na Tabela 1). TECNOLOGIAS ADOTADAS adsorção em carvão ativado; absorção; condensação; separação através de membrana seletiva; Pós-queimador; Linha de retorno de vapor aos tanques. Absorção Neste processo, ocorre a separação de um ou mais componentes de uma mistura gasosa (gás inerte + soluto), onde as moléculas de VOCs contidos na corrente gasosa são dissolvidas, por transferência de massa, em uma corrente contendo um solvente líquido resfriado (absorvente). A força motriz para a transferência de massa é a diferença entre a pressão parcial do poluente na corrente de gás e a pressão de vapor (ou solubilidade) deste mesmo poluente na corrente líquida. Absorção A tecnologia de absorção, apesar do seu uso já consolidado na indústria, possui alguns pontos negativos: a) É mecanicamente complexa, necessitando intensa manutenção; b) Não é apropriada para tratar correntes de vapor com diferentes compostos orgânicos em sua composição, pois é improvável encontrar um solvente líquido que absorva, de forma eficiente, diferentes substâncias; Separação por Membrana Os compostos orgânicos são separados da corrente gasosa passando por um filtro de membrana Semipermeável. A força motriz para separação é devido a um gradiente de pressão estabelecido através da membrana. A membrana é projetada para permitir que as moléculas de ar ou as moléculas do poluente passem preferencialmente, resultando em uma corrente Separação por Membrana Uma membrana pode ser definida como um filme fino sólido que separa duas soluções e que atua como barreira seletiva para o transporte de componentes destas soluções. As forças externas que impulsionam a filtração em membranas são: pressão, sucção (pressão negativa) ou potencial elétrico. A seletividade de membranas é variada por meio da modificação do tamanho dos poros ou pela alteração das propriedades físico-químicas dos polímeros componentes da membrana,principalmente dos polímeros localizados na superfície Separação por Membrana Uma outra vantagem é que o processo de separação por membrana é aplicável em situações em que a adsorção não é apropriada, quando, por exemplo, os compostos têm alto peso molecular ou quando polimerizam na superfície do carbono ativado Condensação Condensação é a liquefação de contaminantes condensáveis fazendo uso de baixas temperaturas. Ou seja, os contaminantes para serem removidos da fase gasosa são resfriados para uma temperatura na qual a pressão parcial deles na corrente do gás exceda a pressão de vapor de cada um deles, passando então para o estado líquido. Condensação O processo de condensação pode ser feito de duas maneiras: por contato e sem contato entre o gás e o líquido refrigerante. O do tipo sem contato é usado na maioria dos sistemas instalados nas ilhas de carregamento e terminais marítimos dos Estados Unidos e Europa, onde as moléculas de VOCs emitidas são capturadas e condensadas na superfície fria de um trocador de calor, cuja temperatura é a responsável direta pela eficiência do processo de recuperação. Condensação Outra variável importante na eficiência da condensação é a pressão de vapor e a concentração do poluente na corrente gasosa, e a pressão de operação do sistema. Para recuperar butano e componentes mais pesados, por exemplo, a eficiência deste processo é da ordem de 80- 90% em um estágio simples. Para uma eficiência de mais de 90% é necessário instalar um segundo estágio de condensação (ex.: condensador criogênico usando nitrogênio líquido), o que torna o processo mais custoso. Processo de Recuperação por Adsorção e Absorção Evolução no Controle da Poluição do Ar Eleni Stark Rodrigues Em função da inexistência de padrões de emissão das substâncias manipuladas foram adotados três critérios, em função das características das substâncias de interesse, quais sejam: Pressão de Vapor: Substâncias voláteis com pressão de vapor a temperatura ambiente igual ou superior a 25,8 mmHg (0,5 psig); Ponto de Fulgor: substâncias que apresentam ponto de fulgor menor ou igual a 37,8ºC (inflamáveis – Classe I); Corrosividade: substâncias que apresentam emanações de vapores ácidos ou alcalinos. Evolução no Controle da Poluição do Ar Eleni Stark Rodrigues Em função da especificidade e complexidade das fontes de emissão de COVs, alguns sistemas de controle ainda sofrem ajustes operacionais e readequação dos projetos ora implantados como pós-queimadores, selos flutuantes, absorvedores e adsorvedores. A adoção de tecnologias mais limpas é a solução mais indicada para o controle das emissões dos tanques, tais como os sistemas de recuperação de vapores: condensadores, “gas balancing” – retorno de vapores aos tanques, que vem sendo adotado com sucesso (USEPA), eliminam ou reduzem a geração de poluentes. SISTEMA ABSORVEDOR E ADSORVEDOR Eleni Stark Rodrigues PÓS-QUEIMADOR Eleni Stark Rodrigues Eleni Stark Rodrigues CONE INFLÁVEL PARA CAMINHÃO Evolução Técnológica Eleni Stark Rodrigues Os sistemas de recuperação são basicamente voltados à coleta das emissões de tanques de estocagem, as quais são convertidas para produto líquido, podendo retornar ao mesmo tanque. Esses sistemas são os mais recomendados, pois se evita custos com perdas do produto e para o monitoramento e destinação dos efluentes e resíduos gerados e, sobretudo minimizando a poluição ambiental. Tais tecnologias vêm sendo adotadas paulatinamente nos terminais e, certamente irão se destacar em médio prazo, em função do aumento das concentrações de ozônio em determinadas regiões, que poderá inviabilizar a ampliação de instalações com emissões correlatas. Evolução Tecnológica Eleni Stark Rodrigues Recomendação de realização de um estudo de custo e benefício para a escolha da melhor alternativa de controle disponível baseada na eficiência e eficácia e custo operacional. A médio prazo os sistemas de recuperação (condensadores) serão adotados pelos terminais, uma vez que é uma solução que vai ao encontro com o desenvolvimento sustentável, reduzindo ou eliminando efluentes tais como os gerados: pós-queimadores (atmosféricos); solução de lavagem saturada dos absorvedores (líquidos); carvão ativado saturado dos adsorvedores (sólidos). Porque recuperar vapores em Terminais Químicos Constituem um risco para o meio ambiente e para a saúde humana; A combinação de hidrocarbonetos e luz solar pode formar ozônio à altura do solo; Os vapores de hidrocarbonetos contribuem para o aquecimento global; Para prevenir operadores de trabalharem em um ambiente perigoso; Para recuperar recursos valiosos. DECRETO Nº 59.113, DE 23 DE ABRIL DE 2013 estabelece: critério de compensação, os novos empreendimentos e ampliações, cujo total de emissões adicionadas é igual ou superior a: a) Material Particulado (MP): 100 t/ano b) Óxidos de Nitrogênio (NOx): 40 t/ano c) Compostos Orgânicos Voláteis, exceto metano (COVs, não-CH4): 40 t/ano d) Óxidos de Enxofre (SOx): 250 t/ano
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