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2 ¦ Direito Penal 2 FACIG

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FACULDADE DE CIENCIAS HUMANAS E SOCIAIS DE IGARASSU - FACIG 
 Autorizada pela Portaria nº 584 de 26.06.1998 - DOU de 29.06.1998
CURSO: Bacharelado em Direito/ DISCIPLINA: Direito Penal 2 / 3º PERÍODO
PROFESSOR; Eduardo Gomes da Costa
Código Penal = Decreto-lei nº 2848/1940 
Direito Penal: ramo do Direito Público que estabelece como e quando e sob que condição deve aplicar uma pena, sendo certo que se pode origem etimológica da palavra pena: Ponos (grego)= dor; Poena (latim) = sofrimento; Ponya (Sânscrito) = purificação. A palavra pena indica uma reprovação da conduta por parte do Estado que é uma ação querida pelo Ordenamento Jurídico. Sem adentrar no âmago da temática do presente semestre é importante pensar que existe três maneiras do Estado intervir na conduta humana, qual seja, (1) restabelecimento da coisa ao estado anterior; (2) indenização; e (3) pena como castigo pela desobediência para ou como modo e prevenir delito.[1: A palavra “castigo” deve ser compreendida e entendida como sendo tanto retribuição quanto repressão. Detalha-se as teorias mais abaixo.]
Lei Penal 
Características A lei penal deve ser precisa e clara. Compõe-se de duas partes: o comando principal (ou preceito primário) e a sanção (ou preceito secundário), sendo certo que a lei penal apresenta as seguintes características: (a) é imperativa porque a violação do prescrito primário acarreta a pena; (b) é geral porque é destinada a todos; é impessoal por não se referir a pessoas determinadas; (d) é exclusiva porque somente ela poderá definir crimes e cominar sanções; e (e) aplica-se a fatos futuros a não ser quando aplicadas em benefício do agente criminoso.
LEMBRANDO: incidindo a prática do crime, o direito de punir do estado, que era abstrato, se concretiza, surgindo a punibilidade entendida como a possibilidade jurídica do Estado impor sanção. Assim, a prática do crime é causa e a jurídica do Estado impor sanção vem a ser uma consequência.
 Teoria do Crime Teoria da Pena 
	
Na zona de interseção existe o CRIME
	
Na zona de interseção existe a PENA
	
LEMBRANDO: a culpabilidade, para a teoria tripartida (ou tripartite), represente um critério de dosimetria da pena. É a maior ou menor culpabilidade que se pode aferir a quantificação da pena aplicada ao agente no delito. Assim, o caput do art 29 do CP diz que “quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a este cominadas, na medida de sua culpabilidade” (sic), sendo ainda certo que estabelece o § 1º do CP o gráfico.
	
Culpabilidade
	 AUTOR X PARTÍCIPE 
+ ↑ x ↓, neste caso a pena é maior para o autor do que o partícipe; 
 = x =, neste caso a pena é igual para o autor e o partícipe;
- ↓ x ↑, neste caso a pena é maior para o partícipe do que o autor.
INTRODUÇÃO AO ESTUDO A TEORIA DA PENAL 
Teoria sobre o Fins da Pena
Retomando um assunto dito acima (item nº 3 sobre o Direito Penal), existe uma relação dinâmica entre o Estado e a visão dos fins da pena e por isso existe teorias que justificam a pena encontram sua motivação em conformidade com a estrutura política do estado, quais sejam: teorias absolutas (retributivas) influenciadas pelas ideias de Kant, Hegel e Carrara, entendiam que o fundamento da pena era uma simples retribuição a prática do delito. O delinquente deve sofrer castigo e a pena, então, tem um fundamento ético, como confirmação do direito e resposta ao crime, e não há, nessa concepção, a pena não possui nenhuma finalidade social útil (ex.: prevenção de delitos); teorias relativas (utilitárias ou preventivas) inspiradas pelo positivismo, concebe a finalidade de prevenir delitos como meio de proteção aos bens jurídicos. Nela a pena se fundamentava na necessidade de associação de crime e temor do castigo, qual seja, a intimidação de se impor uma pena a quem cometesse uma infração seria uma forma de prevenção geral negativa, e se, apesar dela, alguém praticasse um delito, a pena aplicada se justificaria no fato de que a sociedade precisa se defender (prevenção específica), sendo certo que função preventiva se bifurca em: Prevenção Geral intimidar a sociedade visando a evitar o surgimento de delinquentes, havendo duas vertentes, quais sejam: (a) Prevenção Geral Negativa: coação psicológica coma a qual se pretende evitar o crime, pois o Direito Penal serve para dar uma solução à criminalidade, sendo a pena uma ameaça dirigida aos cidadãos para que abstenham de cometer delitos (Feuerbach) (b) Prevenção Geral Positiva (integradora ou estabilizadora): nela a prevenção geral vem a ser uma afirmação positiva do direito seja entendida a lei penal enfatiza certos valores éticos-sociais e a atitude de respeito à vigência da norma indicando uma consciência jurídica da população com o consequente do fortalecimento da consciência jurídica protegendo o bem jurídico relevante (versão eticizante sustentada por Welzel), ou então a pena seria uma forma de estabilizar o sistema (versão sistêmica sustentada por Jakobs), pois o crime sendo entendido como um desequilíbrio social ao sistema social de modo a ser reequilibrado com a aplicação da pena, e assim a pena é uma forma de reforçar simbolicamente a confiança da população na vigência da norma assunto indispensável para a existência da vida em sociedade. (2.a.II) Prevenção Especial (Positiva ou Negativa) a prevenção especial dirige-se ao criminoso, visando, assim, a ressocializa-la e reeduca-lo, sendo certo que a pena tem a finalidade de impedir o delinquente volte a cometer crimes, havendo duas vertentes, quais sejam, a ideia de prevenção especial positiva que focaliza a importância da pena na ressocialização do condenado e a prevenção especial negativa que visa a carcerização ou inocuização do condenado quando outros meios menos lesivos não se mostrarem eficazes para sua ressocialização. (2.a.III) Teoria unificadoras, unitárias ecléticas ou mistas as quais procuram conformar suas concepções conciliando as teorias declinadas acima, sendo adotado no Código Penal, sendo estatuído no art. 59 o seguinte:
“Art. 59. O juiz, atendendo à culpabilidade, aos antecedentes, à conduta social, à personalidade do agente, aos motivos, às circunstâncias e consequências do crime, bem como ao comportamento da vítima, estabelecerá, conforme seja necessário e suficiente para REPROVAÇÃO e PREVENÇÃO do crime.” (grifamos)
Reflexões, recomenda-se pesquisar o Habeas Corpus nº 70362-3 (relator Min. Sepúlveda Pertence) no qual há grande clareza na forma de aplicação e individualização da pena e de seus autores.
Debate em Aula Alerta Cesare Beccaria (Dos delitos e das penas, p. 51):“Quanto maior for o número dos que compreenderem e tiverem entre as mãos o sagrado código das leis, menos frequentes serão os delitos, pois não há dúvida de que a ignorância e a incerteza das penas propiciam a eloquência das paixões”(sic).
Imposição Constitucional e Princípios
Há vários princípios constitucionais que devem ser observados, todos no art. 5°, CF, dentre as várias é importante destacar: (a) legalidade ou estrita legalidade Anterioridade – inc. II; (b) anterioridade – inc. XXXIX; (c) pessoalidade – inc. XLV; (d) individualização da pena – inc. XLVI; (e) personalização da pena – inc. XLV; (f) humanidade (vedação da pena de morte, penas cruéis, de caráter perpétuo ou de trabalhos forçados – inc. XLVII; (g) proporcionalidade – incs. XLVI e XLVII, registramos que esse princípio é extraído a partir do postulado normativo da conjunção do sentido constitucional e especialmente em relação ao teor dos dois incisos, os quais ainda se somam a normas infraconstitucionais (ex.: 59 do CP). Além disso, conteúdos normativos relacionados especialmente ao Princípios da Legalidade somado ao da Anterioridade se obtém o quadro denominada “função de garantia penal”, que provoca o seu desdobramento em quatro princípios: (a) “nullum crimen,nulla poena sine lege praevia” (proibição da edição de leis retroativas que fundamentam ou agravem a punibilidade); (b) “nullum crimen, nulla poena sine lege scripta” (proibição da fundamentação ou do agravamento da punibilidade pelo direito consuetudinário); (c) “nullum crimen, nulla poena sine lege stricta” (proibição da fundamentação ou do agravamento da punibilidade pela analogia); (d) “nullum crimen, nulla poena sine lege certa” (a proibição de leis penais indeterminadas).

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