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Tipo doloso e tipo culposo

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DIREITO PENAL I – TIPO DOLOSO E TIPO CULPOSO
Prof. Yuri Serra Teixeira
TIPO OBJETIVO E TIPO SUBJETIVO
Tipo
Objetivo
Subjetivo
Autor da ação;
Ação ou omissão;
 Resultado;
Nexo causal
Dolo
O tipo objetivo descreve todos os elementos objetivos que identificam e limitam o teor da proibição penal: o sujeito ativo, a conduta proibida, o objeto da conduta, as formas e os meios de ação, o resultado, a relação de causalidade, as circunstância do fato e etc.
O tipo subjetivo abrange todos os aspectos subjetivos do tipo de conduta proibida que, concretamente, produzem o tipo objetivo. O tipo subjetivo é composto de um elemento geral – o dolo -, que, por vezes, é acompanhado por elementos especiais – intenções e tendências -, que são elementos acidentais conhecidos como elementos subjetivos especiais do injusto ou do tipo penal.
ELEMENTO SUBJETIVO DO TIPO
Definições de dolo: 
“É a consciência e a vontade de realização da conduta descrita em um tipo penal.” (Bitencourt)
“Dolo, em sentido técnico penal, é somente a vontade de ação orientada à realização do tipo de um delito.” (Welzel)
“Dolo é a vontade de realizar o tipo, guiada pelo conhecimento dos elementos do tipo objetivo necessários para a sua configuração”. (Zaffaroni)
“O dolo, aqui, se situaria na cabeça do autor. Ou seja, o dolo é uma realidade ontológica e existe como dado psicológico que compete ao jurista identificar.” (Paulo César Busato)
“Dolo é a vontade e consciência dirigidas a realizar a conduta prevista no tipo penal incriminador”. (Rogério Greco)
 Art. 18 - Diz-se o crime: 
I - doloso, quando o agente quis o resultado ou assumiu o risco de produzi-lo;
O DOLO NO CÓDIGO PENAL BRASILEIRO
Direto
Eventual
DOLO DIRETO E DOLO EVENTUAL
Dolo direto: O agente quer o resultado representado como fim de sua ação. A vontade do agente é dirigida à realização do fato típico. O objeto do dolo direto é o fim proposto, os meios escolhidos e os efeitos colaterais representados como necessários à realização do fim pretendido. 
Representação do resultado;
Querer a ação;
Anuir com as consequências.
Dolo eventual: Haverá dolo eventual quando o agente não quiser diretamente a realização do tipo, mas aceitá-la como possível ou até possível, assumindo o risco da produção do resultado, isto é, não se importando com sua ocorrência. No dolo eventual o agente prevê o resultado provável ou, ao menos, como possível, mas, apesar de prevê-lo, age aceitando o risco produzido, por considerar mais importante sua ação que o resultado. 
TEORIAS DO DOLO
Teoria da vontade: Dolo seria a vontade livre e consciente de querer praticar a infração penal, isto é, de querer levar a efeito a conduta prevista no tipo penal incriminador.
Teoria do assentimento: Atua com dolo aquele que, antevendo como possível o resultado lesivo com a prática de sua conduta, mesmo não o querendo de forma direta, não se importando com a sua ocorrência.
Teoria da representação: Podemos falar em dolo toda vez que o agente tiver tão-somente a previsão do resultado como possível e, ainda assim, decidir pela continuidade de sua conduta. Para os adeptos dessa teoria, não se deve perquirir se o agente havia assumido o risco de produzir o resultado, ou se, mesmo o prevendo como possível, acreditava sinceramente na sua não-ocorrência.
Teoria da probabilidade: Trabalha com dados estatísticos, ou seja, se de acordo com determinado comportamento praticado pelo agente, estatisticamente, houvesse grande probabilidade de ocorrência do resultado.
OUTRAS CLASSIFICAÇÕES DE DOLO
Dolo genérico: É aquele em que o tipo penal não indicou algum elemento subjetivo do agente, ou melhor dizendo, não havia indicação alguma da finalidade da conduta do agente.
(Ex.: Art. 121 do CP)
Art. 121. Matar alguém:
        Pena - reclusão, de seis a vinte anos.
Dolo específico: É aquele em que no tipo penal podia ser identificado o que denominamos de especial fim de agir. 
(Ex.: Art. 159 do CP).
Art. 159 - Seqüestrar pessoa com o fim de obter, para si ou para outrem, qualquer vantagem, como condição ou preço do resgate: 
        Pena - reclusão, de oito a quinze anos.
TIPO CULPOSO
Conceito: “...culpa é a inobservância do dever objetivo de cuidado manifestado numa conduta produtora de uma resultado não querido, mas objetivamente previsível”. (Bitencourt) “A conduta humana voluntária (ação ou omissão) que produz resultado antijurídico não querido, mas previsível, e excepcionalmente previsto, que podia, com a devida atenção ser evitado”. (Mirabete)
Art. 18 - Diz-se o crime: 
II - culposo, quando o agente deu causa ao resultado por imprudência, negligência ou imperícia.
Parágrafo único - Salvo os casos expressos em lei, ninguém pode ser punido por fato previsto como crime, senão quando o pratica dolosamente. 
MODALIDADES DE CULPA
Imprudência: Seria a conduta positiva praticada pelo agente que, por não observar o seu dever de cuidado, causasse o resultado lesivo que lhe era previsível.
Ex: Dirigir em alta velocidade em uma rodovia, ou, passar no sinal vermelho.
Negligência: É um deixar de fazer aquilo que a diligência normal impunha.
Ex: O médico que, ao invés de atender o paciente em estado emergencial, faz uma parada na sala de café.
Imperícia: Quando ocorre uma inaptidão, momentânea ou não, do agente para o exercício de arte, profissão ou ofício. Diz-se que a imperícia está ligada, basicamente, à atividade profissional do agente.
Ex.: Um médico que realiza, comprovadamente, um erro médico relevante, em uma cirurgia que levou o paciente a óbito.
CULPA CONSCIENTE E CULPA INCONSCIENTE
Culpa inconsciente/comum: Quando o agente deixa de prever o resultado que lhe era previsível.
Culpa consciente: É aquela em que o agente, embora prevendo o resultado, não deixa de praticar a conduta acreditando, sinceramente, que este resultado não venha ocorrer. O resultado, embora previsto, não é assumido ou aceito pelo agente, que confia na sua não-ocorrência.
Dolo
Culpa
Culpa consciente
Dolo eventual
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