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FREIRE, Paulo. Alfabetização de adultos e bibliotecas populares – uma introdução. In: _____. A importância do ato de ler: em três artigos que se completam. 3. ed. São Paulo: Cortez, 1983. cap. 2. P. Citação Assunto 25 “A compreensão crítica da alfabetização, que envolve a compreensão igualmente crítica da leitura, demanda a compreensão crítica da biblioteca.” A correlação entre a alfabetização, a leitura e a biblioteca 27 “Entendemos então, facilmente, não ser possível pensar, sequer, a educação, sem que se esteja atento à questão do poder.” Educação e Politica andam juntas 27 “ A educação burguesa a que criou ou enformou a burguesia, mas a burguesia que, chegando ao poder, teve o poder de sistematizar a educação. Os burgueses, antes da tomada do poder, simplesmente não poderiam esperar da aristocracia no poder que pusesse em prática a educação que lhes interessavam.” A sistematização da burguesia 29 “A questão da coerência entre a opção proclamada e a prática é um das exigências que educadores críticos se fazem a si mesmos. É que sabem muito nem que não é o discurso que ajuíza a prática, mas a prática que ajuíza o discurso.” Coerência do que se fala com o que se faz 30 “Cada um de nós é um ser no mundo, com o mundo e com os outros. Viver ou encarnar esta constatação evidente, enquanto educador ou educadora, significa reconhecer nos outros o direito de dizer a sua palavra.” Reconhecimento dos educadores que cada ser tem a sua sabedoria. 30 “Quem apenas fala e jamais ouve; quem “imobiliza” o conhecimento e o transfere a estudantes, não importa se de escolas primárias ou universitárias; quem ouve o eco, apenas, de suas próprias palavras, numa espécie de narcisismo oral; quem considera petulâncias da classe trabalhadora reivindicar seus direitos; quem pensa, por outro lado, que classe trabalhadora é demasiado inculta e incapaz, necessitando, por isso, de ser libertada de cima para baixo, não tem realmente nada a ver com libertação nem democracia. Pelo contrário, quem assim atua e assim pensa, consciente ou inconscientemente, ajuda a preservação das estruturas autoritárias.” Falta de humildade de alguns educadores preserva o autoritarismo 31 “Temos de respeitar os níveis de compreensão que os educandos – não importa quem sejam – estão tendo de sua própria realidade.” Respeito com o tempo de compreensão de cada educando 32 “ É preciso que quem sabe saiba sobretudo que ninguém sabe tudo e que ninguém tudo ignora.” Humildade por parte dos educadores 32 “É na intimidade das consciências, movidas pela bondade dos corações, que o mundo se refaz. E, já que a educação modela as almas e recria os corações, ela é a alavanca das mudanças sociais.” A educação é a chave para as mudanças sociais do mundo 34 “Desde o começo, na prática democrática e crítica, a leitura do mundo e a leitura da palavra estão dinamicamente juntas. O comando de leitura e de temas significativos à experiência comum dos alfabetizandos e não de palavras e de temas apenas ligados à experiência do educador.” A leitura do mundo do alfabetizando transforma a leitura da palavra do mesmo. 35 Se antes a alfabetização de adultos era tratada e realizada de forma autoritária, centrada na compreensão mágica da palavra, palavra doada pelo educador aos analfabetos; se antes os textos geralmente oferecidos como leitura aos alunos escondiam muito mais do que desvelavam a realidade, agora, pelo contrário, a alfabetização como ato de conhecimento, como ato criador e como ato político é um esforço de leitura do mundo e da palavra”. Temas do cotidiano para o educando ajuda a compreender melhor a leitura do mundo e da palavra 38 “ Daí a necessidade que tem uma biblioteca popular centrada nesta linha de estimular a criação de horas de trabalho em grupo, em que se façam verdadeiros seminários de leitura, ora buscando o adentramento crítico do texto, procurando aprender a sua significação mais profunda, ora propondo aos leitores uma experiência estética, de que a linguagem popular é intensamente rica.” Incentivo a biblioteca popular 39 “Dentro de algum tempo se teria um acervo de estórias que, no fundo, fariam parte viva da história da área. Acervo com base na rica cultura do povo 41 “ O Brasil foi “inventado” de cima para baixo, autoritariamente. Precisamos reinventa-lo em outros termos. Reinventar o Brasil para ser um país de todos
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