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Cont. Geral História da contabilidade

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Sumário 
1. INTRODUÇÃO .............................................................................................................................. 1 
2. PESQUISA BIBLIOGRÁFICA ....................................................................................................... 2 
2.1 Contabilidade do mundo antigo ............................................................................................... 2 
2.2 Contabilidade do mundo medieval .......................................................................................... 3 
2.3 Contabilidade do mundo moderno .......................................................................................... 4 
2.4 Contabilidade do mundo científico .......................................................................................... 6 
2.5 Contabilidade na atualidade ..................................................................................................... 7 
2.5.1 Legislação brasileira ........................................................................................................... 8 
2.5.2 Aderência brasileira às normas internacionais contábeis ............................................ 9 
2.5.3 Requisitos para o exercício da profissão de contabilista ........................................... 10 
2.5.4. As exigências éticas e profissionais ............................................................................. 10 
2.5.5 Desafios para o contador moderno................................................................................ 12 
3. CONCLUSÃO ................................................................................................................................. 14 
REFERÊNCIAS .................................................................................................................................. 15 
APÊNDICE A - BALANÇO PÓS LEI 11.638/07 ........................................................................... 17 
 
1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1 
 
 
1. INTRODUÇÃO 
Como toda ciência a contabilidade surgiu através da necessidade. Com 
a prática em agricultura e pastoreio, o homem, aos poucos criou o senso de 
propriedade, e o controle de seus bens se tornou necessário. A ambição humana de 
produzir mais riqueza, e ao mesmo tempo protegê-la, demandou sistemas eficazes 
para controle de seus bens, criando o conceito de patrimônio, objeto de estudo da 
contabilidade atual. 
O desenvolvimento da contabilidade, acompanhou a ascensão 
econômica e social, durante todo o desenvolvimento político-econômico mundial. 
Sendo ciência social, é diretamente ligada ao meio em que atua, agindo como 
ferramenta de controle e gerenciamento de entidades. É perceptível a influência da 
legislação no meio contábil, pois o Estado é um dos principais usuários da 
contabilidade, emitindo os princípios e padrões a serem seguidos no exercício da 
profissão. 
Com a globalização, a procura pela unificação das normas contábeis, 
tornou o mercado mais competitivo, trazendo desafios à contabilidade brasileira para 
se renovar e se adaptar às novas tecnologias e métodos utilizados em outros países. 
A demanda pela uniformidade das normas entre os países, possibilita a 
comparabilidade das demonstrações contábeis, e o desenvolvimento no processo de 
comunicação de entidades em países diferentes. 
Através do trabalho será possível analisar que ao longo de sua história, 
é notável a gradativa valorização da contabilidade como ciência, e a ávida busca por 
melhora nas práticas e sistemas contábeis, a fim de aprimorar as informações para 
os usuários e a tomada de decisões. 
 
 
 
 
 
 
 
2 
 
2. PESQUISA BIBLIOGRÁFICA 
Através deste trabalho será possível identificar a evolução da 
contabilidade e sua importância para humanidade, mostrando também a atual 
situação legislativa e profissional contábil. 
2.1 Contabilidade do mundo antigo 
A contabilidade do mundo antigo surgiu da necessidade do homem de 
ter o controle do que possuía. Após o abandono das práticas nômades e da caça, o 
homem pré-histórico começou a ter noção de patrimônio, objeto da contabilidade 
atual, através da organização de agricultura e pastoreio. Os primeiros registros se 
deram de forma rudimentar, apenas utilizando da memória do homem, porém eram 
necessárias formas mais eficientes de controle. 
De acordo com Schmidt (2000), entre 8000 e 3000 a.C. foram 
encontrados em sítios arqueológico na região do Oriente Próximo, materiais que 
seriam utilizados por civilizações pré-históricas como forma de sistema contábil. Este 
sistema era constituído de artefatos de barro, como caixas, contendo pequenas 
fichas de barro, para identificar os devedores ou outras pessoas. Ainda segundo 
Schmidt (2000, p. 16) “ As fichas contábeis foram antecessoras e propulsoras da 
escrita e da contagem no sentido abstrato (...)”. 
A contagem se deu em fases, dentre elas, a fase concreta, que se 
caracteriza pela utilização de fichas de barro com símbolos, que identificavam um 
conjunto de coisas específicas. A contagem abstrata foi marcada pelo 
desenvolvimento do símbolo numérico que possibilitou a manipulação de dados. 
Trabalhos arqueológicos na região de Uruk, antiga cidade da Mesopotâmia, mostram 
que foram elaborados dois sinais: os numerais (para representar números abstratos) 
e os pictográficos (utilizados para designar conjunto de mercadorias). 
A partir de 3250 a.C., houve o surgimento de envelopes de barro e selos 
para proteger as fichas de barro (que indicavam produtos agrícolas) e amarras como 
forma de preservar fichas perfuradas (que representavam produtos manufaturados). 
O uso de fichas e envelopes explicita a função que este sistema possuía: 
representar a realidade social e física das transações, refletindo a entrada ou saída 
física de ativos. Para representar, por exemplo, a transferência de um carneiro de 
um pastor para outro, era necessário transferir a ficha de um envelope para outro, 
3 
 
caracterizando este sistema como método das partidas dobradas, pois há um 
registro de dupla entrada. 
De 3100 a 3000 a.C., com o surgimento da escrita cuneiforme arcaica, 
usando de símbolos idênticos inutilizou-se as fichas impressas. Os sumérios para 
uma melhor compreensão, começaram a utilizar uma forma mais simples de 
demonstrar as transações através de tabelas de barro, as fichas de barro entraram 
em desuso e serviam apenas como molde para a impressão nas tabelas. 
É importante ressaltar que a influência e o progresso das civilizações 
árabes foram importantes para o surgimento das futuras escolas de contabilidade, 
pois de acordo com Hendriksen (1999) no oriente já existia uma economia 
sofisticada, antes da Europa emergir e ainda que nessa região é que nasceu a 
contabilidade. 
O marco do fim da contabilidade do mundo antigo é a publicação do livro 
Liber Abaci, de Leonardo Fibonaci, o Pisano, que traz o início dos números arábicos 
ao ocidente. 
2.2 Contabilidade do mundo medieval 
Conforme visto no item 2.1, no período antigo o homem já utilizava o 
método das partidas dobradas através das fichas de barro, porém de acordo com 
Schmidt (2000) o uso desse sistema de registro contábil só foi implementado após a 
revolução comercial no século XII. Responsável mais tarde por resultar na escola 
italiana de contabilidade. 
A substituição dos números romanos (I, II, X), pelos números arábicos 
(1, 2, 3) no séc. XII, proporcionaram melhor compreensão dos valores, e a 
possibilidade de calcular os saldos em valores numéricos e não apenas simbólicos. 
Com o surgimento dos pensamentos renascentistas no fim da Idade 
Média, (que além de renovar os conceitos de artes plásticas e letras, procurou 
aperfeiçoar a organizaçãopolítica e econômica) e o crescimento do capitalismo, que 
permitia o acúmulo de bens e riquezas, criando novas condições sociais, gerou um 
crescimento no pensamento contábil, pois era necessário um desenvolvimento 
econômico. 
De acordo com Hendriksen (1999), a sociedade foi de extrema 
importância para o desenvolvimento da contabilidade, pois proporcionou a 
4 
 
separação entre firma como entidade, e as pessoas como proprietários. A criação da 
moeda em 859 a.C., fez com que o sistema se tornasse completo, possibilitando 
atribuir valores a grupos específicos de mercadorias. 
O aperfeiçoamento do método das partidas dobradas, débito e crédito, 
também foi importante para o desenvolvimento de escrituração contábil, conforme 
Schmidt (2000), o desenvolvimento econômico das cidades de Veneza, Gênova e 
Florença, impulsionou o desenvolvimento contábil na medida que o nível comercial 
se tornou mais complexo, demandando por sistemas mais sofisticados. O primeiro 
registro do uso do método em sistemas contábeis, foi em 1340 na cidade Gênova, 
desenvolvido por um funcionário público responsável pela tesouraria da cidade. 
 O período medieval terminou, com a publicação do livro de Luca Pacioli, 
em 1494, “Tractatus de Computis Et Scripturis”, que explicava e demonstrava como 
deveriam ser feitos os registros contábeis, a partir do método de partidas dobradas. 
 
2.3 Contabilidade do mundo moderno 
O período entre 1494 e 1840, foi o período de consolidação do sistema 
contábil de partidas dobradas, devido a obra de Luca Pacioli, “Tractatus de Computis 
Et Scriptus”. Para iniciantes de conhecimento contábil, é apresentado Luca Pacioli 
como criador das partidas dobradas, porém o método teve origem na Arábia, e 
apenas coincidiu a época de sua obra com surgimento da impressão na Itália, sendo 
assim o primeiro grande divulgador desse sistema de registro contábil. 
O crescimento econômico promovido pelas grandes navegações, o 
mercantilismo, o surgimento da burguesia que estavam em ascensão durante o 
período, também influenciaram a consolidação da contabilidade como um ramo de 
conhecimento humano, importante socialmente. 
De acordo com Schmidt (2000): 
A partir do advento dos primeiros livros contábeis impressos e da 
consequente disseminação das técnicas de registros em partidas dobradas, 
(os registros) se tornaram um instrumento de controle administrativo para 
todo tipo de empresa Schmidt (2000 pg. 29). 
Após a disseminação da técnica por toda a Europa, através da 
publicação de livros contábeis, houve a primeira corrente de pensamento contábil: o 
5 
 
pensamento contista na Escola Italiana, influenciado por vários contistas franceses, 
principalmente Benedetto Cotrugli e Frei Luca Pacioli. Aos contistas foi atribuído o 
papel de fortalecer a Contabilidade como atividade social de suma importância. 
Tinham o objetivo de controlar o patrimônio a partir da apuração saldos em contas, 
segundo a teoria contista as contas representam pessoas, (comerciantes, 
proprietários) e seus saldos indicam débitos e créditos de seus titulares. 
Os contistas seguiam a regra de “ quem recebe deve e quem entrega 
tem a haver”, regra criticada por não representar a origem de todas as transações. A 
criação da conta de capital, surgiu a partir dos contistas. O número crescente de 
sociedades por ações, gerou a necessidade de separação entre o patrimônio da 
empresa e dos proprietários. 
O historiador Raymond de Roover, considerava o período de 1494 a 
1800, como um período de estagnação do desenvolvimento contábil, devido a 
decadência das cidades italianas comercialmente e politicamente. Hendriksen (1999, 
p. 45) explica a queda do comércio italiano: “Com o descobrimento do Novo Mundo 
e a abertura de novas rotas de comércio, os centros comerciais deslocaram-se para 
Espanha e Portugal, e posteriormente para Antuérpia e aos Países baixos. ” 
Hendriksen (1999 pg. 45) contrapõe Roover afirmando que “Essa caracterização é 
um pouco injusta, porque esse período se iniciou como uma era de descobrimento e 
encerrou-se como uma era de revolução.” Schmidt (2000) completa acreditando que 
este foi um período não de estagnação, mas sim de consolidação. 
Em 1673, o Código Comercial francês exigia que as empresas 
apresentassem um balanço pelo menos a cada dois anos. Viabilizando o papel do 
investidor, principal usuário da prática contábil atual. 
Schmidt (2000) explica a contabilidade moderna: 
(...)pode ser vista, portanto, como o resultado de uma mudança social e 
econômica vivida por cidades do norte da Itália. O sistema de partidas 
dobradas foi uma resposta dada pela Contabilidade aos novos e complexos 
problemas enfrentados pelos novos homens de negócios surgidos a partir do 
século XII. (SCHMIDT,2000, p.27). 
O período moderno, teve como característica a ascensão do comércio 
mundial, e as novas relações de empresa que se estabeleciam e necessitavam de 
registro próprio, com a Escola Italiana, desenvolvendo novos conceitos e técnicas de 
registro contábil, a Contabilidade pode dar um grande salto, e mostrar sua 
6 
 
importância social. 
2.4 Contabilidade do mundo científico 
O início do período científico se deu após a publicação da obra “La 
Contabiitá Apllicatta Alle Administrazioni Private e pubbiche” de Fracesco Villa, que 
permitiu a compreensão da Contabilidade gerencial. 
A obra de Villa, resultou na criação de diversas novas Escolas com 
diferentes olhares sobre as informações contábeis. A Revolução Industrial foi grande 
propulsora da criação das novas escolas. De acordo com Hendriksen (1999): 
Os efeitos sobre a contabilidade foram tantos diretos quanto indiretos. (...), o 
advento do sistema fabril e da produção em massa resultou na 
transformação de ativos fixos em custo significativo do processo de 
produção e distribuição, tornando o conceito de depreciação mais 
importante. À medida que aumentava a necessidade de informação 
gerencial sobre os custos de produção e os custos a serem atribuídos à 
avaliação de estoques, o mesmo acontecia com a necessidade de sistemas 
de contabilidade de custo. (HENDRIKSEN, 1999, p.47). 
A escola Lombarda ou Administrativa, a partir da influência de Villa, 
possuía uma visão maior sobre a Contabilidade, interligando fatores contábeis, 
administrativos, tecnológicos e econômicos. O maior mérito da escola foi a 
vinculação entre administração e Contabilidade. Villa é considerado o precursor da 
Contabilidade como fonte de informação gerencial. 
Fundada na metade do séc. XIX, a escola Personalista, teve um impulso 
extraordinário com as obras de Cerboni, que constituiu a teoria personalista das 
contas. Apesar de no passado já existir a teoria de que as contas representavam 
pessoas, apenas representavam uma forma de explicar o mecanismo de partidas 
dobradas, não considerado de cunho científico. Para os personalistas as contas 
deveriam ser abertas em nome de pessoas jurídicas ou físicas, e representavam 
seus débitos e créditos. Houve grande preocupação da parte de Cerboni pelo 
aspecto jurídico das relações entre proprietário e entidade. 
A escola Controlista, afirmou a distinção entre administração geral e 
administração econômica. Administração geral sendo o controle dos fenômenos, e 
de negócios de diversas naturezas, e administração econômica, a administração do 
patrimônio das empresas para obter lucro. Os controlistas enfatizavam ao processo 
7 
 
de continuidade das empresas, Fabio Besta, um de seus principais mentores, que 
define que o patrimônio deve ser “ retratado por uma soma de valores positivos (os 
bens de propriedade da entidade e os créditos que constituem o ativo) e negativos 
(dívidas que constituem o passivo), em uma concepção eminentemente econômica” 
(SCHMIDT, 2000, p. 75). 
 Para Besta, a contabilidade é a ciência que estuda a organização de 
empresasa partir princípios e preceitos, de forma a realizar racionalmente as 
funções de conhecimento. 
Com a ascensão econômica e cultural americana no fim do séc. XX, e a 
Europa enfrentando diversos fatores desfavoráveis, foi inevitável a entrada da 
influência americana nos registros contábeis. O surgimento de empresas maiores e 
o novo cenário econômico após duas grandes guerras, e o início da guerra fria, 
configuraram uma maior necessidade de controle, propiciando a evolução da 
contabilidade. A escola Americana é usada atualmente, por diferente das escolas 
Europeias, utilizar uma visão mais prática da Contabilidade. 
 
 2.5 Contabilidade na atualidade 
A contabilidade tem se mostrado cada vez mais importante. Com a 
constante evolução de tecnologias e desenvolvimentos econômicos progressivos, se 
tornou necessária a constante procura por novos métodos, e transformação de 
aprendizado em práticas, para que o mercado possa receber informações completas 
e hábeis para tomada de decisões. 
A atividade contábil passa por variações de acordo com o 
desenvolvimento social e econômico do período em que se encontra. Como explica 
Iudícibus (2009): 
(...) O grau de desenvolvimento das teorias contábeis e de suas práticas 
está diretamente associado, na maioria das vezes, ao grau de 
desenvolvimento comercial, social e institucional das sociedades, cidades e 
nações. (IUDÍCIBUS, 2009, p.16) 
Com o surgimento das novas tecnologias, a Contabilidade se tornou 
mais prática, e fácil para compreensão, facilitando a tomada de decisões. Porém, a 
entrada da tecnologia no ramo contábil, e a constante mudança nas práticas de 
acordo com o desenvolvimento, exige que o profissional contábil seja a cada dia 
8 
 
mais capacitado e habilitado a se adaptar às novas situações. De acordo com CFC 
(2008): 
A atuação dos profissionais contábeis tem se mostrado cada vez mais 
imprescindível à sociedade, pois é fato notório que a contabilidade é capaz de 
assegurar a veracidade e de atestar a confiabilidade de informações que 
dizem respeito ao interesse coletivo. A credibilidade para atuar como guardiã 
dos bens públicos, porém, não chegou à classe contábil por imposição e, 
muito menos, por obra do acaso. O agir ético e fundamentado nos preceitos 
legais vigentes é um dos principais responsáveis pela posição a que foi 
alçada a nossa profissão. 
Podemos entender que a contabilidade atual é o resultado de todas as 
influências das escolas contábeis e décadas de conhecimento, adaptada às 
necessidades atuais do mercado, e dos usuários da Contabilidade. 
 
2.5.1 Legislação brasileira 
A legislação brasileira de Contabilidade é regulamentada pelo CFC. A 
edição da Lei 6.404, sociedades por ações, em 1976, impulsionou a Contabilidade. 
Em contrapartida limitou as práticas em relação às normas internacionais já 
existentes, pois vários órgãos financeiros e contábeis introduziam padrões e 
princípios, que muitas vezes divergiam entre si. 
Houve então a necessidade de um órgão específico, para centralizar a 
normatização no Brasil, a solução partiu da resolução da lei 1.055/05, com a criação 
do CPC, responsável por fazer a adaptação das normas internacionais emitidas pelo 
IASB às normas brasileiras. 
 Em 2007, com a aprovação da lei 11.638 que alterou a lei 6.404/76, 
houveram alterações na estrutura do balanço patrimonial, a fim de propiciar a 
harmonização da contabilidade brasileira, às normas internacionais. Dentre as 
mudanças: passou a existir o “Ativo não circulante”, e no “Imobilizado” adicionado o 
subgrupo“ Intangível”, a extinção da reavaliação de ativos, e no grupo do “Patrimônio 
Líquido” foram inseridas as “Ações em tesouraria” e “Prejuízos acumulados” (cf. 
apêndice A). E tornou-se necessária a interpretação das demonstrações contábeis, a 
partir da essência sobre a forma, conceito que considera a essência econômica 
prevalece sobre a forma jurídica. 
9 
 
A medida provisória 449/2008, foi incluída integralmente na lei 
11.941/09, fazendo modificações na lei da Sociedades por Ações: o ativo diferido, e 
o resultado de exercícios futuros, foram excluídos das demonstrações. Houve 
também a desvinculação do fisco e a contabilidade. Habilitando a prática da 
contabilidade sem influências diretas ou indiretas de natureza fiscal. Promovendo a 
interação entre as práticas contábeis e a Receita Federal, sem que haja interferência 
mútua. 
2.5.2 Aderência brasileira às normas internacionais contábeis 
A contabilidade como ciência social, acompanha o ambiente em que 
atua, sendo assim, há o surgimento de práticas distintas de acordo com a cultura e o 
desenvolvimento econômico-social de cada local. As diferenças nas práticas 
contábeis geram problemas para a compreensão e comparabilidade nas 
informações econômico-financeiras entre as entidades, demandando a convergência 
das normas no mundo, facilitando o processo de comunicação. 
Com a criação do CPC, em 2006, pela resolução CFC 1.055/05, em 
razão convergência internacional das normas contábeis, da centralização de 
emissão das normas, a representação e processos democráticos das informações, 
envolvendo os principais usuários da contabilidade, o governo, investidores, 
administradores. O CPC traduz e adapta as normas emitidas pelo IASB, as IFRS, 
para a inclusão perante a legislação brasileira, é constituída por órgãos não 
governamentais, são eles: 
● ABRASCA; 
● APIMEC NACIONAL; 
● CFC; 
● BOVESPA; 
● FIPECAFI e; 
● IBRACON 
E tem como objetivo, o estudo, e a emissão de Pronunciamentos 
Técnicos sobre as práticas contábeis, e a divulgação de informações pertinentes à 
profissão, para a emissão de normas pelas entidades reguladoras brasileiras, 
viabilizando a centralização dos processos de produção, levando em conta a 
convergência da Contabilidade Brasileira aos padrões internacionais. 
10 
 
Até o ano 2010, o CPC praticamente concluiu o processo de 
convergência através das edições dos Pronunciamentos, a partir do ano 2011, o 
CPC se tornou mais ativo, colaborando na elaboração e edição das normas 
internacionais. 
 
2.5.3 Requisitos para o exercício da profissão de contabilista 
Para exercer a profissão deve-se obter o registro junto ao CRC. Para a 
solicitação de registro é necessária a aprovação no Exame de Suficiência, que tem o 
objetivo de comprovar o conhecimento médio em ciências contábeis. A prova possui 
50 questões de matérias diversas, para a aprovação é necessário 50% de acertos. 
Os alunos que estão no último ano de formação podem se inscrever para a prova. 
Os tipos de registro são: 
- Registro Definitivo Originário: concedido pelo CRC, com jurisdição 
domicílio profissional do contabilista; 
- Registro Definitivo Transferido: concedido pelo CRC, com jurisdição no 
novo domicílio profissional em que o contador passe a exercer a profissão; 
- Registro Provisório: concedido pelo CRC, ao contando que ainda não tem 
posse do diploma ou certificado registrado no órgão competente; 
- Registro Provisório Transferido: concedo pelo CRC, com jurisdição no novo 
domicílio profissional em que o contador com registro provisório passe a 
exercer a profissão; 
- CNAI - Cadastro Nacional de Auditores Independentes: destinado a 
profissionais na categoria de contador, que pretendem atuar na área de 
auditoria independente no âmbito de mercado de capitais, em instituições 
financeiras reguladas pelo BCB ou em instituições reguladas pela 
Superintendência de Seguros Privados. 
Até junho/2015, os profissionais técnicos em contabilidade podiam 
obter o certificado junto ao CRC, após a data, apenas bacharéis em contabilidade 
podem solicitar o registro, no entanto, profissionais técnicos registrados até a data 
poderão continuar exercendo a profissão. 
2.5.4. As exigências éticas e profissionais 
O papel do contador se torna cada vez mais abrangente por se tratar11 
 
de um profissional que se adequada às novas necessidades econômica-sociais. O 
contador antes preocupado apenas com suas demonstrações, hoje se vê 
incentivado pelo mercado a ter a habilidade de diálogo com outras áreas. 
A convergência das normas internacionais, traz ao profissional contábil 
a necessidade do conhecimento, ou domínio de línguas estrangeiras, especialmente 
o inglês e o espanhol. Raciocínio lógico, organização e facilidade de interpretação, 
são umas das principais características do profissional de Ciências Contábeis. 
Por ser um profissional com contato a informações privilegiadas das 
entidades, é essencial que o contador seja ético em suas atividades, e acima de 
tudo que preze a honestidade em suas demonstrações, cabendo ao contador um 
contínuo cargo de respeito e confiança dentro das organizações. 
É esclarecido na NBC PG 100 (Norma Brasileira de Contabilidade), os 
aspectos éticos e profissionais a serem seguidos pelos profissionais contábeis, são 
eles: 
- Competência: elaborar demonstrativos completos, desenvolvimento 
contínuo de conhecimento e realizar suas atividades de acordo com os 
princípios e normas vigentes; 
- Sigilo: não utilizar de informações confidenciais para obter vantagens 
ilicitamente, de interesse pessoal ou de terceiros, monitorar suas atividades 
a fim de manter o sigilo, não evidenciar informações confidenciais obtidas, 
exceto quando autorizado ou quando for legalmente obrigado a tal; 
- Integridade: reconhecer e comunicar suas limitações profissionais, 
comunicar as informações favoráveis e desfavoráveis assim como opiniões 
profissionais, recusar favores e presentes que possam influenciar as 
decisões; 
- Objetividade: evidenciar aos usuários informações relevantes que, 
interferem na compreensão de demonstrativos, notas explicativas e 
recomendações apresentadas; 
- Comportamento Profissional: cumprir leis e regulamentos pertinentes à 
profissão de modo a evitar qualquer prática que desacredite a profissão. 
O profissional contábil deve exercer suas atribuições com o uso da 
ética de acordo com o Código de Ética Profissional Contábil editado pelo CFC. O 
CEPC estabelece regras de conduta, a partir dos seguintes tópicos: 
12 
 
- Deveres e Proibições 
- Honorários Profissionais 
- Deveres em Relação aos Colegas 
- Infrações Disciplinares 
A ética profissional preza o relacionamento com seus clientes e com os 
outros profissionais, com dignidade humana, auto realização e sociabilidade. Um 
profissional, deve ter muitas qualidades e atributos indispensáveis para desenvolver 
o seu trabalho de forma a atender aos objetivos de seus clientes e da própria 
profissão. O não cumprimento das normas éticas e profissionais previstas pelo NBC, 
pode resultar na suspensão do registro junto ao CRC, o cancelamento só ocorre em 
caso de falecimento ou cassação do exercício profissional. 
2.5.5 Desafios para o contador moderno 
A partir do séc. XX, os avanços tecnológicos, têm transformado o 
mundo em que vivemos, e as relações interpessoais de forma significante, o 
desenvolvimento da tecnologia também modificou muitos dos processos contábeis, 
exigindo dos profissionais a procura em se adaptar às novas condições de trabalho, 
através da qualificação em informática. 
A convergência das normas e a competitividade do mercado, exige que 
o profissional contábil seja multidisciplinar, o empenho pelo estudo, e a valorização 
do aperfeiçoamento como profissional, proporciona ao contador um leque de 
possibilidades, podendo atuar nas diversas áreas gerenciais e financeiras. Segundo 
SÁ (2007, p. 154), “O contador que possui conhecimentos melhores em 
administração, economia, direito, sociologia, matemática e lógica está muito mais 
credenciado ao sucesso que aquele que se limita apenas ao conhecimento contábil” 
As mudanças econômicas e sociais que ocorrem a todo momento, 
também influenciam na prática contábil, de acordo com as novas normas e princípios 
Vigentes para a profissão. O maior desafio do contador moderno é se manter 
atualizado em meio às mudanças legislativas, sociais, tributárias e fiscais. A 
padronização das normas e o avanço tecnológico, requer do profissional contábil, a 
constante busca por conhecimentos, que aprimorem suas atividades e o torne um 
profissional completo, capaz de se adaptar às novas situações. 
Ainda com nossa situação social, é importante que o profissional 
13 
 
contábil saiba ser correto, e íntegro em suas atividades, prezando a qualidade das 
informações por ele produzidas. Observando os princípios éticos necessários para 
uma boa atuação no mercado, tendo em vista o aumento da demanda por 
profissionais qualificados na profissão perante as atuais mudanças o cenário 
profissional. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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3. CONCLUSÃO 
Portanto, os avanços obtidos pelos antepassados foram indispensáveis 
para a formação do sistema contábil atual. O desenvolvimento da tecnologia e das 
relações econômicas e sociais, resultaram numa ciência multidisciplinar, onde é 
possível obter as informações necessárias para a tomada de decisões, e a atuação 
em diversas áreas financeiras-econômicas. 
É uma ciência em contínuo desenvolvimento, diretamente ligada aos 
costumes e desenvolvimento de onde atua, desafiando o contador a sempre se 
atualizar com as possíveis mudanças, tributárias, legislativas e sociais. É importante 
ressaltar que a contabilidade, antes vista apenas como um “mal necessário” e 
associada à burocracia e uma infinidade de papéis, é considerada hoje a “linguagem 
universal dos negócios”, por atender as necessidades econômicas e gerenciais de 
todas em entidades. 
O processo de convergência no Brasil, tem mostrado bons resultados, 
partindo de que o CPC, hoje é participante ativo das edições de novas normas 
contábeis emitidas pelo IASB. Em contrapartida, são poucas as pesquisas que 
envolvem ciências contábeis no país, dificultando o desenvolvimento de novas 
práticas, a pouca oferta de cursos de pós-graduação na área, gera um déficit de 
profissionais habilitados e competentes para atuar no novo cenário internacional da 
contabilidade. 
O trabalho enfatiza que a constante busca por conhecimento, e a 
dedicação por especialização é imprescindível aos profissionais contábeis, para que 
seja possível a adaptação e o aperfeiçoamento de suas atividades, sempre 
observando os valores éticos imputados à profissão, tornando-se um profissional 
completo e hábil para todas as situações. 
 
 
 
 
 
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APÊNDICE A - BALANÇO PÓS LEI 11.638/07 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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