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DA APURAÇÃO DE ATO INFRACIONAL ATRIBUÍDO A ADOLESCENTE Quais providências o MP pode tomar após a oitiva informal? (art. 180) I - ARQUIVAMENTO: fato inexistente, atipicidade do fato, autoria não é do adolescente, pessoa tem mais de 21 anos no momento da oitiva informal etc.; II - REPRESENTAÇÃO: Se visualizando presentes indícios de autoria e materialidade delitiva. Obs: Toda ação socioeducativa é pública incondicionada, e o MP é o seu titular exclusivo, não havendo que se falar em “ação socioeducativa privada” ainda que em caráter “subsidiário” (ou seja, não se aplicam as disposições do art.29 do CPP e art.5º, inciso LIX, da CF). DA APURAÇÃO DE ATO INFRACIONAL ATRIBUÍDO A ADOLESCENTE Há prazo para oferta da Representação do MP? • Não! O ECA não fixou prazo, embora deva ocorrer da forma mais célere possível, havendo inclusive a previsão de sua dedução oral, em sessão diária instalada pela autoridade judiciária (art.182, §1º, 2º do ECA). Há necessidade de prova pré-constituída para a oferta da representação? • Não. Tendo em vista a celeridade do procedimento (art.182, §2º do ECA). A prova pré-constituída de autoria e materialidade da infração somente será necessária ao término do processo, para que possa ser imposta alguma medida socioeducativa ao adolescente (conforme art.114 do ECA). Em caso de dúvida, é preferível a devolução dos autos à D.P. de origem para realização de diligências complementares. DA APURAÇÃO DE ATO INFRACIONAL ATRIBUÍDO A ADOLESCENTE III – REMISSÃO: Como forma de exclusão do processo, atendendo às circunstâncias e consequências do fato, ao contexto social, bem como à personalidade do adolescente e sua maior ou menor participação no ato infracional (art. 126 do ECA). LEMBRE-SE: A remissão não implica necessariamente o reconhecimento ou comprovação da responsabilidade, nem prevalece para efeito de antecedentes, podendo incluir eventualmente a aplicação de qualquer das medidas previstas em lei, exceto a colocação em regime de semi- liberdade e a internação (art. 127 do ECA). DA APURAÇÃO DE ATO INFRACIONAL ATRIBUÍDO A ADOLESCENTE FASE JUDICIAL • Recebimento da representação pelo o juiz – Ato que inicia o processo, decidindo o juiz, desde logo, sobre a decretação ou manutenção da internação, bem como designará audiência de apresentação do adolescente ordenando a notificação (citação) do adolescente E seus pais ou responsável, para que compareçam ao ato acompanhados de advogado, dando-lhe ciência da imputação de ato infracional efetuada (art.184, caput e §1º, e art.111, inciso I, do ECA). DA APURAÇÃO DE ATO INFRACIONAL ATRIBUÍDO A ADOLESCENTE É possível o adolescente ser processado à revelia? • Não. Se os pais ou responsável não forem localizados, o Juiz designa curador especial ao adolescente (art.184, §2º, do ECA). Se não é localizado o adolescente, expede-se mandado de busca e apreensão e susta-se o processo até sua localização (art.184, §3º do ECA). • Estando o adolescente internado, será requisitada a sua apresentação, sem prejuízo da notificação dos pais ou responsável (§4º, art. 184 do ECA). DA APURAÇÃO DE ATO INFRACIONAL ATRIBUÍDO A ADOLESCENTE • Audiência de apresentação - Comparecendo o adolescente e seus pais ou responsável, serão colhidas as declarações de todos (art.186, do ECA), podendo ser solicitada a ouvida de profissionais habilitados (se disponível, a própria equipe técnica interprofissional a serviço do Juizado da Infância - cf. art.151, do ECA, ou os técnicos da unidade onde o adolescente estiver internado). Remissão judicial? 1) Sim – O juiz ouvirá o representante do MP e proferirá decisão, extinguindo ou suspendendo o processo. DA APURAÇÃO DE ATO INFRACIONAL ATRIBUÍDO A ADOLESCENTE 2) Não - Em caso de fato grave, passível de aplicação de medida de internação ou colocação em regime de semi-liberdade, o juiz, verificando que o adolescente não possui advogado constituído, nomeará defensor. O Juiz irá designar audiência em continuação determinando a realização de diligências e estudo do caso. • Defesa prévia - O advogado constituído ou o defensor nomeado, no prazo de 03 dias contado da audiência de apresentação, oferecerá defesa prévia e rol de testemunhas (§3º, art. 186 do ECA). DA APURAÇÃO DE ATO INFRACIONAL ATRIBUÍDO A ADOLESCENTE • Audiência em continuação – É uma verdadeira audiência de instrução e julgamento em que são ouvidas as testemunhas da representação, da defesa prévia, juntado relatório (estudo psicossocial) de equipe interprofissional, dando-se a seguir a palavra ao MP e ao advogado para razões finais orais, por 20 minutos, prorrogáveis por mais 10, decidindo em seguida o Magistrado (art.186, §4º do ECA). • Estando o adolescente internado, será requisitada sua apresentação, sem prejuízo da notificação de seus pais ou responsável, que deverão estar presentes ao ato (art.111, VI c/c art.184, §4º, do ECA). Se o adolescente, apesar de citado, não comparece ao ato, é este redesignado, determinando o juiz sua condução coercitiva, expedindo-se o mandado respectivo (art.187, do ECA). DA APURAÇÃO DE ATO INFRACIONAL ATRIBUÍDO A ADOLESCENTE • Estando o adolescente em internação provisória, o prazo máximo e improrrogável para conclusão de todo o procedimento é de 45 dias, computados da data da apreensão (inclusive) - arts.108, caput e 183, do ECA. • Sentença - Tecnicamente não há que se falar em “condenação” ou “absolvição” do adolescente acusado da prática de ato infracional, devendo a sentença acolher ou não a pretensão socioeducativa. DA APURAÇÃO DE ATO INFRACIONAL ATRIBUÍDO A ADOLESCENTE • Sentença procedente - aplica-se a(s) medida(s) sócio-educativa(s) mais adequadas, de acordo com as necessidades pedagógicas específicas do adolescente e demais normas e princípios próprios do Direito da Criança e do Adolescente (observando-se o disposto nos arts.112, §1º e 113 c/c 99 e 100, todos do ECA), com fundamentação quanto prova de autoria e materialidade e adequação da(s) medida(s) aplicada(s). • Como dito anteriormente, apenas para aplicação da MSE de advertência, bastam “indícios suficientes” de autoria e prova de materialidade (art.114 do ECA). DA APURAÇÃO DE ATO INFRACIONAL ATRIBUÍDO A ADOLESCENTE • Sentença improcedente - Não será possível a aplicação de qualquer medida socioeducativa (art.189 do ECA - não configuração do ato infracional - conduta atípica ou acobertada pelas excludentes de antijuridicidade; inexistência do fato ou de provas quanto ao fato; ausência de provas quanto à materialidade; inexistência de provas quanto à autoria). • ATENÇÃO: Mesmo improcedente a representação, em havendo necessidade, a autoridade judiciária pode aplicar ao adolescente medidas unicamente protetivas (sem carga coercitiva, portanto), nos moldes do art.101 estatutário, ou encaminhar o caso para atendimento pelo Conselho Tutelar. DA APURAÇÃO DE ATO INFRACIONAL ATRIBUÍDO A ADOLESCENTE • Intimação da sentença - Se o juiz impõe ao adolescente medida socioeducativa privativa de liberdade (semiliberdade ou internação), a intimação da sentença deve ser feita pessoalmente ao adolescente e ao defensor, sendo que na hipótese do primeiro não ser encontrado, aos pais ou responsável, bem como e ao defensor (art.190, incisos I e II, do ECA). • Recaindo intimação na pessoa do adolescente, deverá este manifestar se deseja ou não recorrer da decisão (art.190, §2º, do ECA). DA APURAÇÃO DE ATO INFRACIONAL ATRIBUÍDO A ADOLESCENTE (FCC / JUIZ TJ-RR /2015) Segundo o Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei n° 8.069/90), sob pena de responsabilidade, a) não poderá o adolescente a quem se atribua autoria de ato infracional ser algemado ou transportado em compartimento fechado de veículo policial. • R: ERRADA. O ECA não aborda a questão das algemas,mas veda a condução ou transporte em compartimento fechado de veículo policial (Art. 178). O uso das algemas deve seguir a Súmula 11 do STF. DA APURAÇÃO DE ATO INFRACIONAL ATRIBUÍDO A ADOLESCENTE b) deverá a autoridade judiciária transferir a criança disponível à adoção para serviço de acolhimento institucional sediado na comarca de residência dos pretendentes habilitados conforme indicação do cadastro nacional. • R: ERRADA. O ECA não estabelece que a criança deve realizar o estágio de convivência na comarca de residência dos pretendentes. Realizar o estágio de convivência no domicílio dos adotantes poderia implicar na impossibilidade da equipe técnica do Juízo onde se processou a habilitação em avaliar o estágio de convivência. Além disso, o art. 101, § 7º estabelece que "o acolhimento familiar ou institucional ocorrerá no local mais próximo da residência dos pais ou do responsável". DA APURAÇÃO DE ATO INFRACIONAL ATRIBUÍDO A ADOLESCENTE c) deverão as entidades que mantenham programa de acolhimento comunicar ao Conselho Tutelar, até o segundo dia útil imediato, o acolhimento de criança ou adolescente realizado em caráter excepcional sem prévia determinação da autoridade competente. • R: ERRADA. A comunicação deve ser feita ao Juiz da infância e juventude, em até 24 (vinte e quatro) horas, sob pena de responsabilidade (art. 93 ECA). DA APURAÇÃO DE ATO INFRACIONAL ATRIBUÍDO A ADOLESCENTE d) não poderá ser ultrapassado o prazo máximo de cinco dias para remover, para entidade adequada, adolescente internado provisoriamente que se encontre recolhido em seção isolada dos adultos dentro de repartição policial. • R: CORRETA. Art. 185, §2º, do ECA. Lembrar que a regra é que a internação não poderá ser cumprida em estabelecimento prisional. DA APURAÇÃO DE ATO INFRACIONAL ATRIBUÍDO A ADOLESCENTE e) deverá o juiz examinar a possibilidade de internação imediata, em estabelecimento educacional, de criança ou adolescente autores de ato infracional que vivenciem condição peculiar de vulnerabilidade pessoal e social decorrente do abandono familiar. • R: ERRADA. Há dois erros. 1) Criança não pode ser internada, só adolescente (art. 112); 2) Condição de vulnerabilidade pessoal e social não gera a internação, mas a prática de ato infracional nos termos do art. 122 do ECA. DA APURAÇÃO DE ATO INFRACIONAL ATRIBUÍDO A ADOLESCENTE (FGV / Analista TJ-RJ/2014) Ao passar pela rua e observar que um adolescente furtou a bolsa de uma senhora, o Comissário corre e o apreende. Em seguida, deverá o Comissário: a) encaminhar o infrator diretamente ao fórum local, para ser apresentado ao Juiz de Direito competente; b) encaminhar o adolescente ao Ministério Público; c) dirigir-se ao Conselho Tutelar; d) encaminhar o adolescente à autoridade policial; • R: CORRETA. Art. 172 do ECA. e) entregar o adolescente aos seus pais ou responsáveis, que firmarão o compromisso de apresentá-lo oportunamente em juízo. DA APURAÇÃO DE ATO INFRACIONAL ATRIBUÍDO A ADOLESCENTE (FCC / Defensor Público PB/2014) Tomando por base as disposições trazidas pelo Estatuto da Criança e do Adolescente com relação à apuração de ato infracional praticado por adolescente, pode-se afirmar: a) Se a autoridade policial que receber a ocorrência entender não ser caso de apreensão do adolescente em flagrante, mas ainda houver indícios de sua participação na prática de ato infracional, fará ela o encaminhamento de relatório de investigação e demais documentos ao representante do Ministério Público. • R: CORRETA. Art. 177 do ECA. DA APURAÇÃO DE ATO INFRACIONAL ATRIBUÍDO A ADOLESCENTE b) Em caso de não liberação do adolescente acusado da prática de ato infracional, a autoridade policial o encaminhará ao representante do Ministério Público e, em não sendo possível a apresentação imediata e não houver entidade de atendimento na região a recebê-lo, o mesmo permanecerá na repartição policial em local apropriado e separado dos demais, no período máximo de uma semana. • R: ERRADA. Em caso de não liberação a autoridade policial encaminhará o adolescente ao MP juntamente com cópia do auto de apreensão ou boletim de ocorrência. Não sendo possível a apresentação imediata e se não houver entidade de atendimento na região a recebê-lo, o mesmo permanecerá na repartição policial em local apropriado e separado dos demais, no período máximo de 24 horas (art. 175). DA APURAÇÃO DE ATO INFRACIONAL ATRIBUÍDO A ADOLESCENTE c) Em caso de flagrante por ato infracional não cometido com violência ou grave ameaça à pessoa, a autoridade policial deverá lavrar auto de apreensão em flagrante, não podendo substituí-lo por registro de boletim de ocorrência circunstanciado, remetendo-o à autoridade competente. • R: ERRADA. Se não houver violência ou grave ameaça a lavratura do auto poderá ser substituída por boletim de ocorrência circunstanciada (§único do art. 173). DA APURAÇÃO DE ATO INFRACIONAL ATRIBUÍDO A ADOLESCENTE d) Em caso de apreensão em flagrante envolvendo co-autoria entre adolescente e maior, mesmo onde houver repartição policial especializada para atendimento do primeiro, prevalecerá a repartição policial comum, haja vista que, nesse caso, deverá ser lavrado o auto de prisão em flagrante delito. • R: ERRADA. Havendo repartição policial especializada para atendimento de adolescente e em se tratando de ato infracional praticado em co-autoria com maior, prevalecerá a atribuição da repartição especializada (§único do art. 172). DA APURAÇÃO DE ATO INFRACIONAL ATRIBUÍDO A ADOLESCENTE e) Apresentado o adolescente ao representante do Ministério Público, este procederá à sua oitiva informal, sempre que estiver acompanhado de seus pais ou responsável e, em caso de ausência destes no ato, procederá à redesignação de data. • R: ERRADA. O art. 179 do ECA não prevê a possibilidade de redesignação de data. Apresentado o adolescente, o representante do MP, no mesmo dia e à vista do auto de apreensão, boletim de ocorrência ou relatório policial procederá imediata e informalmente à sua oitiva e, em sendo possível, de seus pais ou responsável, vítima e testemunhas. DA APURAÇÃO DE ATO INFRACIONAL ATRIBUÍDO A ADOLESCENTE (FEPESPE/ Analista DPE-SC/2013) Assinale a alternativa correta de acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente. a) Na apuração de ato infracional atribuído a adolescente, a autoridade policial poderá conceder a remissão ao menor infrator, caso o crime não tenha sido cometido mediante violência ou grave ameaça. • R: ERRADA. Quem poderá conceder remissão extrajudicial será o MP atendendo às circunstâncias e consequências do fato, ao contexto social, bem como à personalidade do adolescente e sua maior ou menor participação no ato infracional (art. 126). DA APURAÇÃO DE ATO INFRACIONAL ATRIBUÍDO A ADOLESCENTE b) A representação contra a criança ou o adolescente infrator depende de prova pré-constituída da autoria e materialidade. • R: ERRADA. A representação independe de prova pré-constituída da autoria e materialidade (Art 182, § 2º do ECA). c) A remissão, como forma de extinção ou suspensão do processo, poderá ser aplicada em qualquer fase do procedimento, antes da sentença. • R: CORRETA. Conforme art. 188 do ECA. DA APURAÇÃO DE ATO INFRACIONAL ATRIBUÍDO A ADOLESCENTE d) O prazo máximo e improrrogável para a conclusão do procedimento de apuração de ato infracional será de quarenta e cinco dias. • R: ERRADA. O prazo máximo e improrrogável para a conclusão do procedimento, estando o adolescente internado provisoriamente, será de quarenta e cinco dias (art. 183 do ECA). e) Se o adolescente, devidamente notificado, não comparecer à audiência de apresentação, a autoridade judiciária nomeará curador especial. • R: ERRADA. A autoridade judiciária designará nova data,determinando sua condução coercitiva (Art. 187 do ECA). DA APURAÇÃO DE ATO INFRACIONAL ATRIBUÍDO A ADOLESCENTE (CESPE / Juiz TJ-CE / 2012) A respeito do procedimento de apuração de ato infracional atribuído a adolescente, assinale a opção correta. a) Concedida a remissão pelo representante do MP, mediante termo fundamentado, os autos serão conclusos à autoridade judiciária, que, discordando, deve remeter os autos ao procurador-geral de justiça, por meio de despacho fundamentado. • R: CORRETA. § 2º do art. 181 do ECA. DA APURAÇÃO DE ATO INFRACIONAL ATRIBUÍDO A ADOLESCENTE b) Oferecida a representação, cabe à autoridade judiciária designar audiência de apresentação do adolescente, independentemente da intimação de seus pais para comparecerem à sessão. • R: ERRADA. O adolescente e seus pais ou responsáveis DEVEM ser notificados a comparecer à audiência (§ 1º do art. 184). DA APURAÇÃO DE ATO INFRACIONAL ATRIBUÍDO A ADOLESCENTE c) A internação do menor, decretada ou mantida pela autoridade judiciária, não pode ser cumprida em estabelecimento prisional, salvo se não houver, na comarca ou em todo o território do respectivo estado, entidade que preencha os requisitos previstos no ECA, não podendo ultrapassar, nesse caso, o prazo máximo de quarenta e cinco dias, sob pena de responsabilização da autoridade. • R: ERRADA. Em nenhuma hipótese a internação decretada pela autoridade judiciária poderá ser cumprida em estabelecimento prisional. Na falta deste, deverá ser ele transferido para localidade mais próxima onde possua estabelecimento adequado (Art. 185, caput e § 1º) DA APURAÇÃO DE ATO INFRACIONAL ATRIBUÍDO A ADOLESCENTE d) Independentemente da natureza do ato infracional praticado, pelo adolescente, em caso de flagrante, a autoridade policial deve lavrar boletim de ocorrência circunstanciado. • R: ERRADA. a autoridade policial, diante da apreensão em flagrante de ato infracional, pode, a depender da gravidade do ato praticado pelo adolescente, lavrar:1) Auto de apreensão (art. 173, inciso I): nas hipóteses de cometimento de ato infracional mediante violência ou grave ameaça; ou 2) Boletim de ocorrência circunstanciada (parágrafo único do art. 173): nos demais casos. DA APURAÇÃO DE ATO INFRACIONAL ATRIBUÍDO A ADOLESCENTE e) A remissão como forma de extinção ou suspensão do processo pode ser aplicada a qualquer momento do processo de conhecimento ou de execução, desde que preenchidos os respectivos requisitos legais. • R: ERRADA. A remissão somente poderá ser aplicada antes da sentença (art. 188). DOS RECURSOS Nos procedimentos afetos à Justiça da Infância e da Juventude, inclusive os relativos à execução das medidas socioeducativas, adotar-se-á o sistema recursal do CPC com as seguintes adaptações (art. 198 do ECA): • Preparo dos recursos - não é necessário. • Prazos – 1) Regra: 10 dias; 2) Exceção: 5 dias para os Embargos de declaração. • Os recursos terão preferência de julgamento e dispensarão revisor. • Ato revisional do juiz - Antes de determinar a remessa dos autos à superior instância, no caso de apelação ou de AI, o magistrado proferirá despacho fundamentado, mantendo ou reformando a decisão, no prazo de 05 dias. DOS RECURSOS • Mantida a decisão apelada ou agravada, o escrivão remeterá os autos à superior instância dentro de 24 horas, independentemente de novo pedido do recorrente; • Se o magistrado reformar a sentença, a remessa dos autos dependerá de pedido expresso da parte interessada ou do MP, no prazo de 05 dias, contados da intimação. • Contra ato disciplinar de magistrado, através de portaria ou alvará, caberá interposição de apelação (Art. 199 do ECA). CUIDADO: Não caberá MS segundo entendimento do STJ (RMS 8563 / MA e RMS 1343 / SP). DOS RECURSOS Recursos nos procedimentos de adoção e de destituição de poder familiar (arts. 199 A a C do ECA) • Prioridade absoluta - em face da relevância das questões serão imediatamente distribuídos, ficando vedado que aguardem, em qualquer situação, oportuna distribuição, e serão colocados em mesa para julgamento sem revisão e com parecer urgente do MP. Efeitos da apelação contra sentença que deferir adoção • Regra - exclusivamente no efeito devolutivo, produzindo a sentença efeito imediato. • Exceção - efeito suspensivo no caso de adoção internacional ou se houver perigo de dano irreparável ou de difícil reparação ao adotando. DOS RECURSOS Efeitos da apelação contra sentença que destituir poder familiar • Apenas no efeito devolutivo (Art. 199-B) DOS RECURSOS (FCC / Juiz TJ-PE / 2015) É regra prevista no Estatuto da Criança e do Adolescente, ao regular os recursos nos procedimentos afetos à Justiça da Infância e da Juventude, a) que, exceto no caso de apelação interposta contra sentença que aplica internação ao adolescente, está dispensada a figura do revisor. • R: ERRADA. Os recursos no ECA dispensam revisor e terão preferência de julgamento (art. 198, III do ECA). b) que a apelação interposta em face de sentença que defere adoção e que decreta a perda do poder familiar deve, em regra, ser recebida apenas no efeito devolutivo. • R: CORRETA. Excepcionalmente terá efeito devolutivo e suspensivo no caso de adoção internacional ou no caso de dano irreparável ou de difícil reparação (Art. 199-A. do ECA). DOS RECURSOS c) o prazo de 15 dias para a interposição de todos os recursos, exceto o agravo de instrumento e os embargos de declaração. • R: ERRADA. Regra 10 dias, exceto embargo de declaração que é de 5 dias (Art. 198, II, do ECA). d) que se aplique o sistema recursal do Código de Processo Civil, exceto no procedimento de execução de medida socioeducativa, que se rege pelas normas da Lei de Execuções Penais. • R: ERRADA. Não utiliza a LEP, mas sim a lei n 12.594 (Lei do SINASE) no procedimento de execução de medida socioeducativa. DOS RECURSOS e) a dispensa do parecer do Ministério Público em segundo grau quando se tratar de apelação interposta contra sentença proferida em ação de destituição do poder familiar cujo autor é o próprio Ministério Público. • R: ERRADA. Será necessário o parecer do urgente do MP nos procedimentos de adoção e de destituição do poder familiar (art. 199 - C). DOS RECURSOS (FCC / Promotor MP-PA / 2014) Das decisões interlocutórias no curso da execução de medidas socioeducativas caberá a) Agravo de instrumento, nos termos da legislação processual civil. • R: CORRETA. Art. 198 do ECA b) Recurso especial e extraordinário, nos termos da Constituição Federal de 1988. c) Agravo em execução, nos termos do Estatuto da Criança e do Adolescente. d) Embargos à execução, nos termos da legislação processual civil. e) Apelação, nos termos do Estatuto da Criança e do Adolescente. DOS RECURSOS (VUNESP / Juiz TJ-PA / 2014) Estabelece o Estatuto da Criança e do Adolescente que compete à autoridade judicial disciplinar, por meio de portaria, ou autorizar, mediante alvará, a participação de criança e do adolescente em espetáculos públicos e seus ensaios e certames de beleza. O recurso cabível contra decisão judicial proferida com base na portaria é: a) Mandado de Segurança. b) Medida Cautelar Inominada. c) Agravo de Instrumento. d) Apelação. • R: CORRETA. Art. 199 c/ c art. 149 do ECA. Vide Jurisprudência STJ. e) Agravo Retido.
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