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AGROPECUÁRIA E AS CONSEQUÊNCIAS DA UTILIZAÇÃO DE TRANSGÊNICOS PARA MELHORAMENTO GENÉTICO

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS
CENTRO DAS ENGENHARIAIS – CEng
CURSO DE ENGENHARIA AMBIENTAL E SANITÁRIA
DISCIPLINA DE POLUIÇÃO AMBIENTAL
PROFESSOR BRUNO VIEIRA
AGROPECUÁRIA E AS CONSEQUÊNCIAS DA UTILIZAÇÃO DE TRANSGÊNICOS PARA MELHORAMENTO GENÉTICO
Larissa Aldrighi
Larissa Loebens
Maria Vargas
Mariana Rachinhas
Marlon Valentini
Pelotas, março de 2017
INTRODUÇÃO
Com o crescimento populacional cada vez mais rápido e constante, a procura e o consumo de alimentos para suprir a demanda nutricional da população aumentou significativamente, fazendo com que o ser humano consuma quase tudo aquilo que o planeta tem para oferecer, sendo assim as práticas ligadas a agricultura e a pecuária tomaram uma proporção extremamente superior à de anos atrás. Com números tão elevados de população é dificil imaginar uma produção suficiente de alimentos sem causar algum tipo de impacto ao meio.
Dentro desse contexto, já é possível notar que a agricultura e a pecuária são de certa forma grandes causadores da poluição do planeta. A agropecuária tem uma significativa importância para a humanidade e principalmente para a economia, tendo em vista que sua produção tem como destino o consumo humano, assim consequentemente a venda desses produtos. A expansão da agropecuária esta desencadeando inúmeros problemas ambientais, pela utilização de métodos para cultivo e criação de animais.
Para aumentar a produção de grãos utiliza-se as sementes transgênicas que possuem resistência a pragas e doenças, os transgênicos mais utilizados na agricultura são de dois tipos: os que contêm genes que oferecem resistência ao glifosato, como o RoundUP, cuja patente pertence à Monsanto; e os que possuem o gene da bactéria Bacillus thuringiensis (Bt), que faz as plantas em crescimento, como o milho, liberarem uma toxina que mata certas lagartas, funcionando como um pesticida. (LACEY, 2006).
DANOS AO SOLO CAUSADOS PELA AGROPECUÁRIA
Desmatamento
O desmatamento é o mais frequentemente usado, principalmente para a realização da agropecuária, consiste em retirar a cobertura vegetal, que provoca a redução da biodiversidade, extinção de espécies animais e vegetais, desertificação, erosão, redução dos nutrientes do solo, contribui para o aquecimento global entre outros danos.
Queimadas
As queimadas são utilizadas para a retirada da vegetação original de um determinado local, para abrir espaço para as plantações de subsistência (a chamada agricultura de corta-e-queima) e para as pastagens de gado. O fogo destrói as áreas naturais, fazendo com que se intensifique a poluição atmosférica, além de reduzirem os nutrientes do solo, sendo necessário usar uma quantidade maior de produtos químicos (fertilizantes) durante o cultivo de determinados alimentos, provocando a poluição do solo.
Agrotóxicos
Agrotóxicos são produtos utilizados na agricultura para controlar insetos, doenças ou plantas daninhas que causam danos às plantações. Os agrotóxicos também podem ser chamados de defensivos agrícolas sem alterar seu significado. Podendo dividir-se em 3 grupos: inseticidas; fungicidas e herbicidas. Essa contaminação ´pde ocorrer em razão da aplicação direta dos produtos nas plantas ou por intermédio da utilização de água contaminada, além do contato com embalagens descartadas incorretamente. 
2.4. Compactação do solo
A compactação do solo é a consequência de um processo de adensamento do solo gerado por pressão sobre sua superfície. Essa pressão pode ser exercida por rodados de máquinas agrícolas, bem como por ação frequente de implementos como o arado e grade que levam a destruição dos agregados reduzindo a porosidade do solo. Para correção desse problema, uma aração simples basta, já que a região de concentração das camadas adensadas, geralmente e encontra localizada até 20 cm.
2.5. Infertilidade do solo
Deve-se principalmente por práticas agrícolas incorretas. O uso excessivo do solo, sem o tratamento adequado e para apenas um tipo de cultura (esgotamento), pode provocar a sua infertilidade gerando grandes consequências, tais como: acelaração do processo de desertificação em determinadas áreas; desfiguração de paisagens naturais, além de dificultar a prática agrícola. 
A UTILIZAÇÃO DE TRANSGÊNICOS PARA AUMENTAR O CULTIVO
Primeiramente precisamos esclarecer a diferente entre organismos geneticamente modificados (OGM) e transgênicos. O OMG é um ser biológico que sofreu alguma modificação em seu material genético (DNA) ocorrendo apenas uma mudança estrutural ou na função do próprio material genético; quando há introdução de material genético de outra espécie o organismo além de OMG passa a ser transgênico. (eCycle, 2013)
Um dos primeiros estudos na área da transgenia ocorreu para a produção comercial da insulina onde genes humanos foram inseridos em bactérias que produzem a substância humana. A técnica se desenvolveu principalmente pela grande quantidade de ataques de pragas e doenças nas culturas agrícolas e alto custo e periculosidade de inseticidas e fungicidas agrícolas, com isso ocorreu redução ou erradicação do ataque de pragas em várias culturas. (Cultivando, 2017)
Entre os transgênicos mais consumidos no mundo estão o milho e a soja. (BBC, 2013). Empresas como a Monsanto que lideram o mercado de transgênicos afirmas que essas sementes possuem vantagens como enriquecimento nutricional, tempo de cultivo acelerado e diminuição do uso de agrotóxicos. (Gestão no campo, 2017) 
As consequências dos transgênicos ainda são imprevisíveis, porém, sabe-se que o empobrecimento do solo e da biodiversidade podem ser afetados pelo uso de sementes transgênicas, afetando negativamente o equilíbrio ecológico e a segurança alimentar. Foi possível notar, que um dos principais motivos para a utilização de sementes transgênicas é o fato de se ter uma planta mais resistentes a pragas, porém, nos três primeiros anos, o uso de herbicidas nos EUA, foi realmente reduzido, contudo, do sexto ano em diante o uso de agrotóxicos aumentou assustadoramente (Benbrook, C. M), devido ao surgimento de superpragas.
A questão de os transgênicos serem necessários para aumentar a produtividade agrícola ainda não foi completamente esclarecida. De um lado aqueles que dizem que a agricultura tradicional não será capaz e prover alimentos suficientes paras as próximas gerações, de outro, aqueles que dizem que na verdade a longo pra tais organismos poderiam diminuir a produtividade do solo. Uma coisa é certa, a taxa de crescimento populacional é muito maior do que a taxa de produção de alimentos, mas a questão de como resolver esse problema é extremamente complexa.
Uma alterativa ao uso dos transgênicos seria o incentivo de formas mais naturais de cultivo, como a agroecologia. A agroecologia é uma nova abordagem que integra os princípios agronômicos, ecológicos e socioeconômicos à compreensão e avaliação do efeito das tecnologias sobre os sistemas agrícolas e a sociedade como um todo. Uma abordagem agroecológica incentiva os pesquisadores a penetrar no conhecimento e nas técnicas dos agricultores e a desenvolver agro ecossistemas com uma dependência mínima de insumos agroquímicos e energéticos externos. 
Estudos sobre os impactos desses organismos a longo prazo na saúde humana e no ambiente são necessários para que essa “solução” para o a questão da produtividade não acarrete mais problemas. Deve-se, sobretudo, respeitar o princípio da precaução, que nos diz que se uma ação pode originar danos irreversíveis, seja ao homem ou ao ambiente, cabe aqueles que pretendem praticar tal ação provar que esses danos não ocorrerão.
CONCLUSÃO
Com o aumento da população a demanda por alimentos cresceu, tornando a agricultura e pecuária muito importantes, por consequência, houve uma grande escala de produção que acarreta em problemas ambientais, sendo estes, os grandes responsáveis pela poluição do planeta. A agropecuária, resultou na produção de sementes geneticamente modificadas (OMG) e sementes transgênicas, onde as OMG sofrem mudanças apenas
no seu material genético e nas transgênicas é inserido material genético de outras espécies. Embora haja poucos estudos sobre os transgênicos, foi possível observar que houve empobrecimento do solo e da biodiversidade. 
Contudo, se incentivarmos a agroecologia é possível conscientizar os agricultores e obter um ecossistema com pouca dependência de insumos agrícolas. 
REFERÊNCIAS
ECYCLE. Quais as diferenças entre organismos geneticamente modificados (OGM) e transgênicos?. Disponível em: < http://www.ecycle.com.br/component/content/article/63-meio-ambiente/3791-organismos-geneticamente-modificado-transgenicos-definicoes-engenharia-genetica-alimentos-selecao-diferencas-conceito-ogm-transgenincos-nao-sinonimos-biologia-agricultura-genoma-dna-transgene-semente-plantas-animais-material-genetico-biotecnologia.html?lb=no>. Acesso em 01 de março de 2017.
CULTIVANDO. O que são transgênicos?. Disponível em: < http://www.cultivando.com.br/o-que-sao-transgenicos/>. Acesso em 01 de março de 2017.
BBC. Conheça 10 transgênicos que já estão na cadeia alimentar. Disponível em < http://www.bbc.com/portuguese/noticias/2013/02/130207_transgenicos_lista_tp.shtml>. Acesso em 01 de março de 2017.
GESTÂO NO CAMPO. Transgênicos- Organismos geneticamente modificados. Disponível em: < http://www.gestaonocampo.com.br/biblioteca/transgenicos-organismos-geneticamente-modificados/>. Acesso em 01 de março de 2017.
Altieri, M. (1998). Agroecologia: a dinâmica produtiva da agricultura sustentável. Porto Alegre: UFRGS, 2009. 120 p.
LACEY, H. A Controvérsia sobre os Transgênicos: questões científicas e éticas. 1.ed. Aparecida, SP: Ideias & Letras, 2006
BRASIL. Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional. Presidência da República. Cientistas de 82 países pedem o fim dos transgênicos. Disponível em <http://www4.planalto.gov.br/consea/comunicacao/noticias/2015/julho/cientistas-de-82-paises-pedem-o-fim-dos-transgenicos> Acesso em: 03 de março de 2017.
CULTIVANDO. O que são agrotóxicos? Disponível em <http://www.cultivando.com.br/o-que-sao-agrotoxicos/>. Acesso em 02 de março de 2017.
SANTOS, Vanessa Sardinha dos. "Contaminação ambiental por agrotóxicos"; Brasil Escola. Disponível em <http://brasilescola.uol.com.br/biologia/contaminacao-ambiental-por-agrotoxicos.htm>. Acesso em 02 de março de 2017.
MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE, Agrotóxicos. Disponível em <http://www.mma.gov.br/seguranca-quimica/agrotoxicos> Acesso em 4 de março de 2017.
PEREIRA, Caio. Compactação de solos. 2016. Escola Engenharia. Disponível em: <http://www.escolaengenharia.com.br/compactacao-de-solo/>. Acesso em: 03 de março de 2017.
PEREIRA, Julia Rossi. Compactação do solo: causas e indicadores. Disponível em <https://gespianos.wordpress.com/2015/11/01/compactacao-do-solo-causas-e-indicadores/> . Acesso em 02 de março de 2017

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