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11 MEC-SETEC INSTITUTO FEDERAL DE MINAS GERAIS – CAMPUS AVANÇADO PIUMHI Engenharia Civil RELATÓRIO QUÍMICA GERAL E EXPERIMENTAL Aula experimental - 2 Camila Ferreira Faria Guilherme dos Santos Barbosa Marina Molinar Gonzales Ricardo Junio dos Santos Piumhi 2016 Camila Ferreira Faria Guilherme dos Santos Barbosa Marina Molinar Gonzales Ricardo Junio dos Santos RELATÓRIO QUÍMICA GERAL E EXPERIMENTAL Aula Experimental - 2 Relatório sobre determinação e cátions e ânions em experimentos de via úmida e seca. Professor (a): Evelisy C. O. Nassor Piumhi 2016 RESUMO Neste trabalho foram realizados experimentos ligados a determinação de cátions e ânions em experimentos de via úmida e seca. Foi possível observar a mudança de coloração na chama do fogo quando adicionado à combustão um determinado sal a ser analisado. Observou-se também cátions e ânions determinados a partir de soluções aquosas e reações químicas. 1 INTRODUÇÃO A teoria de Bohr descreve os elétrons como tendo somente órbitas e energias específicas. Se um elétron se move de um nível de energia para o outro, então a energia deve ser absorvida ou liberada. Essa ideia permitiu a Bohr relacionar as energias dos elétrons e o espectro de emissão dos átomos de hidrogênio. A energia pode ser fornecida aos átomos por uma descarga elétrica ou por aquecimento. Dependendo da quantidade de energia que é adicionada, alguns átomos têm seus elétrons excitados do estado n=1 para o estado n=2, 3 ou outros ainda mais elevados. Depois de absorver energia, esses elétrons podem retornar para o nível menor de energia liberando energia. Observamos essa energia liberada como fótons de radiação eletromagnética e, como somente certos níveis de energia são possíveis, apenas fótons com determinadas energias e comprimentos de ondas são emitidos. De um modo geral as reações por via úmida são as reações mais usuais, aquelas onde o reagente e a amostra estão no estado físico líquido ou em solução. No caso de amostras sólidas, o primeiro passo é dissolvê-las. O solvente usual é a água, ou um ácido se a amostra for insolúvel em água por exemplo. Nas reações por via úmida não se detecta o sal, mas o íon deste sal. 2 OBJETIVOS 2.1 Objetivo Geral Realizar experimentos por via seca e em solução aquosa (via úmida) para identificação de cátions e ânions e íons metálicos. 2.2 Objetivos Específicos Realizar o teste de chama para observação das colorações características de determinados íons metálicos. Realizar a identificação em solução aquosa de alguns cátions e ânions através de reações químicas. 3 EXPERIMENTAL 3.1 Materiais Fio (arame); Bico de Bunsen (Lamparina); Tubo de ensaio; Pipeta de Pasteur de plástico; Seringa; 3.2 Reagentes Cloreto de sódio (NaCl); Sulfato de potássio (K2SO4); Nitrato de lítio (LiNO3); Cloreto de bário (BaCl2); Cloreto de cálcio (CaCl2); Sulfato de cobre (CuSO4); Cloreto de estrôncio (SrCl2); Iodeto de potássio (Kl); Amônia (NH3); Nitrato de Prata (AgNO3); 3.3 Procedimentos 3.3.1 Teste da chama Para realizar o teste da chama, usou-se o fio (arame) e colocou-se uma pequena porção do sal a ser analisado na ponta do fio. Segurou-se o fio nas bordas da chama da lamparina. Observou-se e anotou-se a cor. Quadro 1: Teste de Chama Sal Cátions Presente Cor da Chama Observada Corda da Chama Esperada K2SO4 (Sulfato de Potássio) Lilás LiNO3 (Nitrato de Lítio) Vermelho NaCl (Cloreto de Sódio) Amarelo Intenso BaCl2 (Cloreto de Bário) Verde Amarelado CaCl2 (Cloreto de Cálcio) Vermelho Laranja CuSO4 (Sulfato de Cobre) Verde com Centro Azul SrCl2 (Cloreto de Estrôncio) Vermelho Carmesim Fonte: Arquivo Pessoal 3.3.2 Identificação de cátions Procedimento 1: Adicionou-se aproximadamente 5 ml da solução de CuSO4(aq). Em seguida, adicionou-se 5 gotas de KI(aq). Deixou-se em repouso por 30 minutos e anotou-se as observações. Procedimento 2: Adicionou-se aproximadamente 5 ml da solução de CuSO4(aq). Em seguida adicionou-se 5 gotas da solução de NH3(aq). Anotou-se as alterações observadas. Em seguida, adicionou-se excesso de NH3(aq) e anotou-se as alterações observadas. Procedimento 3: Adicionou-se aproximadamente 5 ml da solução de NaCl(aq). Em seguida, adicionou-se 5 gotas da solução de AgNO3(aq). Anotou-se as alterações observadas. Procedimento 4: Adicionou-se aproximadamente 5 ml da solução de KI(aq). Em seguida, adicionou-se 5 gotas da solução de AgNO3(aq). Anotou-se as alterações observadas. 4 RESULTADOS E DISCUSSÃO 4.1 Teste da Chama Quadro 2: Teste de Chama com os resultados observados Sal Cátions Presente Cor da Chama Observada Corda da Chama Esperada K2SO4 (Sulfato de Potássio) K+ Não foi possível observar Lilás LiNO3 (Nitrato de Lítio) Li+ Vermelho Vermelho NaCl (Cloreto de Sódio) Na+ Amarelo Forte Amarelo Intenso BaCl2 (Cloreto de Bário) Ba2+ Verde amarelado Verde Amarelado CaCl2 (Cloreto de Cálcio) Ca2+ Vermelho alaranjado Vermelho alaranjado CuSO4 (Sulfato de Cobre) Cu2+ Verde Verde com Centro Azul SrCl2 (Cloreto de Estrôncio) Sr2+ Vermelho Vermelho Carmesim Fonte: Arquivo Pessoal 4.2 Identificação de cátions e ânions Quadro 3: Identificação de cátions com os resultados observados Solução Cátion presente Solução reagente Alterações observadas CuSO4 (sulfato de cobre) CU2+ K+ Tubo 1: Adicione aproximadamente 5 ml da solução de CuSO4(aq). Adicione em seguida 5 gotas de KI(aq), centrifugue e descarte o sobrenadante. Anote suas observações Formou-se uma solução homogênea na cor azul claro. CuSO4 (sulfato de cobre) CU2+ H+ Tubo 2: Adicione aproximadamente 5 ml da solução de CuSO4(aq). Adicione em seguida 5 gotas da solução de NH3(aq). Formou-se uma solução heterogênea com precipitado na cor azul claro. Em seguida, adicione excesso de NH3(aq) ao tubo 2. Formou-se uma solução homogênea na cor azul escuro. Fonte: Arquivo Próprio Foto 1: Tubo 1 Foto 2: Tubo 2 Fonte: Arquivos pessoais Fonte: Arquivos pessoais Quadro 4: Identificação de ânion com os resultados observados Solução Ânion presente Solução reagente Alterações Observadas NaCl (cloreto de sódio) Cl- NO3- Tubo 3: Adicione aproximadamente 5 ml da solução de NaCl(aq). Adicione 5 gotas da solução de AgNO3(aq). Formou-se um precipitado branco, com o tempo sofreu fotólise, mudando para a cor cinza. KI (Iodeto de potássio) I- NO3- Tubo 4: Adicione aproximadamente 5 ml da solução de KI(aq). Adicione 5 gotas da solução de AgNO3(aq). Anote suas observações. Formou-se um precipitado amarelo claro, com o tempo sofreu fotólise, mudando para a cor verde amarelado. Fonte: Arquivos pessoais Foto 3: Tubo 3 antes da fotólise Foto 4: Tubo 3 após fotólise Fonte: Arquivos pessoais Fonte: Arquivos pessoais Foto 5: Tubo 4 Foto 6: Tubos 1, 2, 3 e 4 Fonte: Arquivos pessoais Fonte: Arquivos pessoais Resposta do questionário: Quando aquecemos o sal, o elétron absorve energia e salta para um nível mais externo, de maior energia. Dizemos que o elétron realizou um salto quântico e que está em um estado excitado. Porém, esse estado é instável e logo ele retorna para sua órbita anterior, mas quando o elétron salta de um nível até o outro que seja mais próximo do núcleo, ele libera energia. Essa liberação ocorre na forma de luz visível, por isso os íons metálicos colorem a chama. A cor observada em cada chama é característica do elemento presente na substância aquecida. As cores são ondas eletromagnéticas, cada uma com um comprimento de onda diferente e que ficam na região do visível. Como os átomos de cada elemento possuem órbitas com níveis de energia diferentes, a luzliberada em cada caso será em um comprimento de onda também diferente, o que corresponde a cada cor. O teste da chama não pode ser aplicado a todos os metais. Alguns metais podem difundir a mesma cor entre si, ou a cor da chama, não sendo possível identificá-los através deste teste. 5 CONCLUSÃO Através dos experimentos por via seca, observou-se que há diferentes colorações na chama de acordo com cada íon metálico utilizado. Quando colocado sulfato de potássio na chama, não foi possível observar nenhuma coloração pois a chama utilizada não sofria combustão completa, não sendo a ideal para o experimento. Observou-se também que através dos experimentos por via úmida (solução aquosa), é possível a identificação de cátions e ânions. REFERÊNCIAS RUSSELL, John Blair. Química geral. 2. ed. São Paulo: Makron Books, c1994. v. 1, xl, 621 p. BROWN, Lawrence S.; HOLME, Thomas A. Química geral aplicada à engenharia. São Paulo: Cengage Learning, c2016 xxiv, 628 p. ISBN 978852218205. KOTZ, John C.; TREICHEL, Paul M; WEAVER, Gabriela C. Química geral e reações químicas: vol. 2. São Paulo: Cengage Learning, 2010. v. 2, xxvii, 613-1018 p. ISBN 9788522107544 (v. 2).
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