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Apresentação Cadeias Globais de Valor

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Cadeias Globais de Valor
DEFINIÇÃO DE CADEIAS GLOBAIS DE VALOR (CGV)
Podem ser definidas como o conjunto de atividades necessárias a produção e entrega do produto ao consumidor final. (FGV-EESP)
Uma cadeia de valor representa todas as empresas e pessoas envolvidas na produção de um bem ou serviço, desde a sua concepção até o consumo final. O termo CGV designa a dispersão das cadeias de valor pelo mundo. (IEDI)
Forma de analisar a expansão internacional e a fragmentação geográfica das cadeias de suprimento e de criação de valor contemporâneas (Gary Gereffi e Jookoo Lee)
SURGIMENTO DAS CADEIAS GLOBAIS DE VALOR
As CGV’s não são um fenômeno novo e acompanham a globalização desde o princípio.
Fatiamento das cadeias de suprimentos nos EUA em meados de 1960.
“Global outsourcing” - Simples montagem de partes e peças.
FACILITADORES AO SURGIMENTO DAS CGV’	s
Novas tecnologias da informação e comunicação.
Integração em escala global dos processos de gerenciamento e produção.
Localização dos locais ondem possam obter lucro máximo.
Redução de custos, acesso a mercados, tecnologias e matérias-primas
Redução nos custos logísticos.
Melhoria da infraestrutura de portos e aeroportos
Uso de contêineres e navios porta-contêineres de grande porte
Uso de novos materiais e nanotecnologia x redução do volume e peso das mercadorias
Criação da Organização Mundial do Comércio (OMC), em 1994
Redução de tarifas e barreiras não-tarifárias 
Inclusão nos acordos de livre-comércio de temas como: maior proteção à propriedade intelectual, aos investimentos e liberalização do comércio de serviços.
VANTAGENS DAS CGV’s
Vantagens específicas que cada país possui;
Custo logístico;
Disponibilidade de mão de obra;
Outras vantagens de localização.
CONSEQUÊNCIAS DAS CGV’s. 
O fim do mercantilismo.
Riqueza de um país x Produção de saldos comerciais e acumulação reservas.
Mudanças estruturais no comércio mundial tornaram o protecionismo contraproducente para proteger empregos
Barreiras comerciais ao comércio de insumos penalizam as exportações e reduzem o conteúdo tecnológico da produção destinada ao mercado interno.
CONSEQUÊNCIAS DAS CGV’s. 
O Sistema multilateral de comércio precisa mudar.
A dimensão de acesso a mercados da Rodada Doha está paralisada.
Acordos preferenciais de comércio e iniciativas “mega-regionais” de preferências de comércio.
Nenhumas das grandes economias emergentes fazem parte de acordos mega-regionais.
PAÍSES QUE LIDERAM AS CGV’s
Economicamente Desenvolvidos: Estados Unidos, Alemanha, Inglaterra, Países Europeus, Japão, e depois dos anos 2000 a China;
Onde estão alocadas essas cadeias? Estão localizadas em países no entorno dessas grandes economias; Contudo com os avanços tecnológicos está sendo incorporado países de várias regiões distintas do mundo;
80% dos fluxos comerciais do mundo são dominados por transnacionais desses países.
PAÍSES QUE LIDERAM AS CGV’s
O comércio internacional passou por diversas transformações nos últimos anos. Em 1947 a fração de mercadorias apresentava apenas 7% do total da produção mundial. Em 2001 mais de um quarto da população era transacionada internacionalmente;
Faz 20 anos, 60% do comércio mundial ocorria entre os países desenvolvidos, 30% entre países desenvolvidos e emergentes e restante 10% entre os demais. A expectativa para 2015 é que esse comércio ocorra por igual entre todos os países;
Nas últimas décadas os fluxos comerciais e as trocas internacionais intra e entre empresas se tornaram mais dinâmicas.
MUDANÇAS NAS RELAÇÕES DE TRABALHO
As tecnologias permitem fragmentar o trabalho. Exerce determinada função para quem tem um menos custo e mais produtividade. Melhorando dessa maneira a vida de quem consume;
Muda-se as formas de contratação, de remuneração e de promoção de trabalho;
Muda-se também a maneira de remuneração.
INSERÇÃO DA OMC NAS CGV’s
As CGVs trouxeram mudanças importantes no sistema multilateral de comércio, não apenas no que diz respeito à sua estrutura, mas também ao papel da OMC.
O funcionamento das CGVs desafia muitas das regras da OMC,que insistem em tratar dos problemas isoladamente, e não dentro de um sistema integrado. 
 OMC pode desempenhar uma função na redução da fragmentação do sistema multilateral de comércio, por meio da designação de políticas que auxiliem a incorporação de regiões em desenvolvimento a esse novo fenômeno comercial.
OPORTUNIDADES E DESAFIOS
Empresas que desenvolvem atividades de comércio exterior tendem a ser maiores, ter lucros maiores, gastar mais em P&D e pagar salários mais altos;
O acesso a uma gama de bens intermediários estrangeiros a preços competitivos tem sido crucial para alcançar maior produtividade;
CGV’s podem criar barreiras à aprendizagem e levar ao desenvolvimento desigual, mesmo quando geram desenvolvimento industrial e modernização, devido a distinções geográficas e organizacionais que muitas vezes podem existir entre inovação e produção.
OPORTUNIDADES E DESAFIOS
Maiores lucros revertem para “empresas líderes” na cadeia de valor, que controlam marca e concepção do produto (p.ex., Apple) e pra “líderes de plataformas”, que fornecem tecnologias de núcleo e componentes avançados (p.ex., a Intel).
Empresas que desenvolvem tarefas rotineiras de montagem e fornecem serviços simples dentro das CGV’s ganham menos, pagam menos aos seus trabalhadores e são mais vulneráveis aos ciclos de negócios;
Os mais importantes fornecedores e prestadores de serviços nas CGV’s tendem a ser, eles mesmos, grandes multinacionais (“fornecedores globais”), diminuindo, assim, as oportunidades para as empresas locais.
O CASO DO BRASIL
O Brasil tem uma participação nas CGV ainda marginal, ele é fornecedor de matérias primas, alimentos, produtos com baixo valor agregado. Em contra ponto tem um grande mercado consumidor desses produtos produzidos nas CGV;
O Brasil possui algumas empresas líderes mundiais em seus respectivos setores de atividades, tais como a Vale do Rio Doce, no setor de mineração; a Embraer, na fabricação de jatos regionais de médio porte, entre outras;
Ainda assim, a participação do Brasil nas cadeias globais de valor tem se dado, na maioria das vezes como fornecedor de insumos para empresas de outras origens adicionarem mais valor na cadeia produtiva e menos como exportador de produtos com maior valor adicionado;
Mesmo em setores nos quais o Brasil tem não apenas vantagens comparativas, mas vantagens absolutas sobre os demais concorrentes, como o agronegócio, o País tem encontrado dificuldade em sair dos estágios mais baixos da cadeia de valor, em parte devido ao uso da escalada tributária pelos importadores com o objetivo de transferir para si as etapas mais nobres da cadeia produtiva.
O CASO DO BRASIL
Há pelo menos quatro canais que exemplificam as dificuldades do Brasil se inserir nas cadeias globais de valor:
O primeiro é o do acesso a tecnologias e conhecimento. O Brasil impõe barreiras relevantes à importação de conhecimento e serviços. A tributação é superior a 46% e onera a indústria prestadora de serviços e de maior valor agregado.
O segundo canal é o da atração do investimento direto para cadeias de valor. As barreiras citadas de acesso a serviços são também um obstáculo à atração de investimentos;
O terceiro são as exportações. Os novos padrões que reformulam o conceito de Estabelecimento Permanente devem ter impactos sobre a tributação das empresas brasileiras que desenvolvem as suas atividades utilizando essa modalidade de inserção, com efeitos negativos sobre o fisco e as empresas;
O quarto canal são os investimentos diretos no exterior. As empresas brasileiras são penalizadas pelas regras de tributação nos lucros no exterior- tributação antecipada dos lucros reinvestidos - que são únicas no mundo e tornam as empresas menos competitivas.
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REFERÊNCIAS
Carta IEDI - O Lugar do Brasil nas Cadeias Globais de Valor: Disponível
em <http://www.iedi.org.br/cartas/carta_iedi_n_578.html>. Acesso em 09 de Fevereiro de 2018.
FGV- EESP - Centro de Estudos do Comércio Global e Investimento - Cadeias Globais de Valor: Disponível em < http://ccgi.fgv.br/pt-br/cadeias-globais-de-valor >. Acesso em 09 de Fevereiro de 2018.
NEVES, Leonardo Paz; et al. A Inserção do Brasil nas Cadeias Globais de Valor. Volume 2, Rio de Janeiro: CEBRI, 2014. Disponível em <http://midias.cebri.org/arquivo/BrasilCadeiasValor.pdf>. Acesso em 09 de Fevereiro de 2018. 
FERNANDES, José Augusto Coelho; A inserção do Brasil nas cadeias globais de valor. http://www.portaldaindustria.com.br/agenciacni/noticias/2016/07/artigo-a-insercao-do-brasil-nas-cadeias-globais-de-valor/. Acesso em 09 de Fevereiro de 2018.

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