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PLATAO

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INICIAÇÃO Á HISTÓRIA DA FILOSOFIA: DOS P RÉ-SOCR ÁTICOS A WITTGENSTEIN – CAP. 3 PLATÃO 
A filosofia no s ensina a analisar criticamente uma cultura, em sentido amplo, uma sociedade e suas relações, questionando o conhecimento, esse método é conhecido como epistemologia. Essa pratica do rompimento com o senso comum, da o pinião para o se nso critico a descoberta da verdade através da razão usando o dialogo. Esse dialogo, visa deixar de lado a f ragilidade, a ausência de fundamento, as opiniões e preconceitos causados pelo senso comum, buscando uma transformação da realidade e dos pensamentos. O dialogo socrático busca o conhecimento verdadeiro e racional possibilitando justificações, explicações e argumentações opondo-se as opiniões e interesses através d e diálogos para descobrir a origem dos fundamentos. O foco se torna a universalidade , o discurso universal, supe rando divergências e opiniões. Platão nasceu em Atenas em 428 a.C. sendo de uma família da aristocracia ateniense. Foi discípulo de Sócrates ap roximadamente nos últimos de anos de vida do filosofo. Após a morte de Sócrates, viajou e teve contato com vários outros filósofos, voltando para Atenas e fu ndando sua escola filosófica, a Academia em 387 a. C. , viajou diversas vezes para Siracusa retornando a Atenas e falecendo em 347 a.C. Sob influencia da morte d e Sócrates, P latão começa a escrever seus diálogos. Tendo contato com os pitagóricos e eleatas, começa a de senvolver sua própria doutrina e a teo ria das formas ou ideias, justificando que um método precisa, para su a aplicação correta e eficaz de um f undamento teórico, que estabeleça critérios para a aplicação do método. Se não tiver critérios não tem como saber se o m étodo produziu o esclarecimento , o conhecimento a que se propôs, e é desses argumentos que caracteriza a te órica platônica das ideias ou das formas. Filosofia para Só crates era um método de reflexão, e que propo rcionava ao individuo uma auto ref lexão das suas experiências e da realidade em sua volta, re visão de se us valores e crenças, para Platão e f ilosofia é principalmente teoria, tem os que superar no ssas experiências e conh ecer a verdade, é a junção de teoria e prática, pois para e le toda escolha tem opções, como fazer ou não fazer a lgo, e se tem a es colha através da d ecisão, envolvendo sempre critérios como, o mais fá cil, mais econômico, menos perigoso, etc. Esses critérios são definidos através do conhecimento que chegamos através do raciocínio teórico. Nossas decisões devem se r tom adas de acordo com princípios, valores gerais, fundamentos teóricos que seguimos e não por experiências ou sim plesmente praticas, estes sentidos caracteriza a racionalidade. A reflexão teórica tem sempre a pratica co mo objetivo, f ormando um ciclo entre si. O conhecimento é considerado inato, servindo de p artida para o processo de co nhecimento. Quando nascemos já possuímos conhecimento, e através da maiêutica socrática devemos despertar esse nosso conhecimento para aprendermos por nós mesmos. A ruptura com o mito não é tota l, ela permanece como sendo uma cultura importante, ela ajuda os filósofos em suas imagens, metáforas e recurso d e estilos sendo nesse sentido que Platão usa os mitos. Platão afirma a existência de questões comp lexas e com grau de dificuldade alto para acompreensão, que utilizam esse caráter su gestivo como símbo los e imagens para f azer ta is e xplicações. Citaremos dois e xemplo s, sendo e les “Mito da Linha Dividia” e a “Alegoria” ou “Mito da caverna.” O “Mito da linha Dividida” Platão descreve o conhecimento em duas partes, que são dividida s novamente em outras duas. A primeira representa o mundo m aterial (objetos concretos) e a segunda parte é o conhe cimento inteligível. O segmento material ou visível mo stra o mundo compostos por objetos naturais, particulares, concretos, imperfeitos, perecíveis. Uma de sua subdivisão é denominada de e ikasia, visão de imagens, sombras, reflexos que o homem tem superficialmente do mundo. A outra subdivisão é chamada por Platão de p istis (crença, convicção) se ndo um conhecim ento elaborado sobre o mundo natural uma relação estável e permanente com maior clareza. Já o outro segmento aborda a realidade int eligível, o mundo de ideias ou formas, realidades abstratas, perfeitas, eternas, imutáveis, com isso a ligação com a geometria que possui formas abstratas. Na outra subdivisão para atingirmos os princípios mais elevados do ser só podem ser conhecidos se forem vividos. Platão com o “Mito da Caverna” descreve a ascensão do homem (corpo e alma) ao conhecimento, acessando o sensível e o inteligível. A morada subterrânea, a caverna, caracterizam-nos as somb ras (aparên cias), som os prisioneiros de hábitos, precon ceitos, costum es, praticas que adquirimos no decorrer de nossas vidas, que se tornam realidades parciais e distorcidas, não conseguindo pensar por si próp rio só conseguimos ver sombras. Quando estamos na caverna escutamos vozes vindas de fora, que se tornam nosso único conhecimento, sendo manipulados por essas vozes, pessoas, isso é semelhantes ao d ialogo sofista. Para sairmos dessa caverna Platão considera sendo penoso e difícil, temos que nos adaptar -se ao novo, após a daptados conseguimos vê -lo e compreende-lo melhor, temos que ter força para tomar essa decisão d e m udar, d e conhecer o desconhecido. Ao ver o sol a p essoa começa a compreender a situação inicial, conhece a fonte de luz, a realidad e, que se m essa luz as sombras não existiriam, esse conhecimento, entendimento é o saber, onde encontramos a visão do todo e não p arcial. Mas devemos voltar para a caverna e mostrar para n ossos semelhantes o mundo que tem lá fora, o saber, que deve atingir a todos. 
Bibliográfia: Marcondes, D. O Surgimento da Filosofia na G récia Antiga. In: Marcondes,DM. Iniciação à história da filosofia: dos pré -socráticos a W ittgenstein – Cap. 3 Platão. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed, 2010.

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