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NOVO Curso Completo de Enfermagem p/ Concurso - 2015 
 
 
 
 
NOVO Curso Completo de Enfermagem p/ Concurso - 2015 
 
Página 1 
 
 
 
 
Equipe Professor Rômulo Passos | 2015 
 
CURSO COMPLETO DE ENFERMAGEM 
P/ CONCURSO - 2015 
AULA N° 24 – HEPATITES VIRAIS, HIV/DST. 
 
sandra luiza - 565.067.591-00
NOVO Curso Completo de Enfermagem p/ Concurso - 2015 
 
 
 
 
NOVO Curso Completo de Enfermagem p/ Concurso - 2015 
 
Página 2 
 
Olá, Amigo (a)! 
 
Daremos início a mais uma aula do Curso Completo de Enfermagem para 
Concurso/2015. 
Nesta aula, exploraremos as questões cobradas em concursos anteriores referentes 
ao tema Hepatites Virais, HIV/DST. 
Lembrando que as nossas aulas são elaboradas com materiais atualizados e de 
fácil entendimento, nos atentamos em está abordando a teoria relacionada com a 
maneira como os assuntos são abordados pelos concursos de Enfermagem. 
Não deixe sua APROVAÇÃO escapar por detalhes, resolva as questões do 
site www.questoesnasaude.com.br, veja os comentários de nossos professores e deixe os 
seus comentários também. Vamos interagir! 
 
Desejamos uma ótima aula e muita disciplina . 
 
 
Profº. Rômulo Passos 
Profª. Raiane Bezerra 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Hepatites Virais 
As hepatites virais são doenças provocadas por diferentes vírus hepatotrópicos 
que apresentam características epidemiológicas, clínicas e laboratoriais distintas. 
Possuem distribuição universal e observam-se diferenças regionais na ocorrência e 
magnitude destas em todo mundo, variando, de acordo com o agente etiológico. Tem 
grande importância para a saúde publica em virtude do número de indivíduos 
acometidos e das complicações resultantes das formas agudas e crônicas da infecção. 
Do ponto de vista clinico e epidemiológico os agentes etiológicos mais relevantes 
são os vírus A, B, C, D e E. 
As hepatites virais A e E são transmitidas pela via fecal-oral e estão 
relacionadas às condições de saneamento básico, higiene pessoal, qualidade da água e 
dos alimentos. 
De outro modo, as hepatites virais B, C e D são transmitidas pelo sangue (via 
parenteral e vertical), esperma e secreção vaginal (via sexual), sendo esta última 
incomum para hepatite C. Assim, a transmissão pode ocorrer pelo compartilhamento de 
objetos contaminados como: lâminas de barbear e de depilar, escovas de dente, alicates 
de unha, materiais para colocação de piercing e para confecção de tatuagens, 
instrumentos para uso de drogas injetáveis (cocaína, anabolizantes e complexos 
vitamínicos), inaláveis (cocaína) e pipadas (crack), acidentes com exposição a material 
biológico e procedimentos cirúrgicos, odontológicos e de hemodiálise, em que não se 
aplicam as normas adequadas de biossegurança. A transmissão via transfusão de sangue 
e hemoderivados é rara em face da triagem sorológica obrigatória nos bancos de sangue 
(desde 1978 para a hepatite B e 1993 para a hepatite C). 
Geralmente, a transmissão vertical ocorre no momento do parto e dentre as 
hepatites virais o risco é maior para hepatite B, ocorrendo em 70% a 90% dos casos 
cujas gestantes apresentam replicação viral. Ressalta-se que os recém-nascidos de mães 
HBsAg reagentes (com Hepatite B) devem receber a primeira dose da vacina contra 
hepatite B e a Imunoglobulina Humana Anti Hepatite B (IGHAHB) no momento do 
parto. A infecção via transplacentária é incomum. Na hepatite C, esse mecanismo de 
transmissão é menos frequente, podendo ocorrer em cerca de 6% dos casos, chegando a 
17% nas gestantes coinfectadas com o vírus da imunodeficiência humana (HIV). Apesar 
da possibilidade de transmissão pelo aleitamento materno, não há evidências 
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conclusivas de aumento do risco a infecção, exceto na ocorrência de fissuras ou 
sangramento nos mamilos. 
Vejamos abaixo as principais características dos vírus que causam a Hepatite: 
 
 
Manifestações Clínicas: 
Após entrar em contato com o vírus, o indivíduo pode desenvolver hepatite aguda 
oligo/assintomática ou sintomática. Esse quadro agudo pode ocorrer na infecção por 
qualquer um dos vírus e tem seus aspectos clínicos e virológicos limitados aos primeiros 
6 meses. No caso das hepatites B, C e D a persistência do vírus após esse período 
caracteriza a cronificação, que também pode cursar de forma oligo/assintomática ou 
sintomática. Vale ressaltar que as hepatites A e E não evoluem para formas crônicas. 
A Hepatite aguda pode apresentar as seguintes fases: período prodrômico 
ou pré-ictérico, fase ictérica e fase de convalescença. 
Período prodrômico ou pré-ictérico - ocorre após o período de incubação do 
agente etiológico e anteriormente ao aparecimento da icterícia. Os sintomas são 
inespecíficos, como: anorexia, náuseas, vômitos, diarreia (ou raramente constipação), 
febre baixa, cefaleia, mal-estar, astenia e fadiga, aversão ao paladar e/ou olfato, mialgia, 
fotofobia, desconforto no hipocôndrio direito, urticaria, artralgia ou artrite e exantema 
papular ou maculo-papular. 
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Fase ictérica - com o aparecimento da icterícia, em geral, ha diminuição dos 
sintomas prodrômicos. Observa-se hepatomegalia dolorosa, com ocasional 
esplenomegalia. Ocorre hiperbilirrubinemia intensa e progressiva. A fosfatase alcalina 
e a gama-glutamil-transferase (GGT) permanecem normais ou discretamente elevadas. 
Há alteração das aminotransferases (enzimas hepáticas - TGO e TGP), podendo variar de 
10 a 100 vezes o limite superior da normalidade. Esse nível retorna ao normal no prazo 
de algumas semanas, porém se persistirem alterados, por um período superior a seis 
meses, deve-se considerar a possibilidade de cronificação da infecção no caso das 
hepatites B, C e D. 
Fase de convalescença - segue-se ao desaparecimento da icterícia e a recuperação 
completa ocorre após algumas semanas, mas a fraqueza e o cansaço podem persistir por 
vários meses. 
Hepatite crônica - os vírus B, C e D são aqueles que têm a possibilidade de 
causar doença crônica. Nesses casos os indivíduos apresentam sinais histológicos de 
lesão hepática (inflamação, com ou sem deposição de fibrose) e marcadores sorológicos 
ou virológicos de replicação viral. Os sintomas dependem do grau de dano hepático 
estabelecido. Eventualmente, o diagnóstico e realizado quando aparecem sinais e 
sintomas em face das complicações da doença como cirrose e/ou hepatocarcinoma. 
Indivíduos com infecção crônica que não apresentam manifestações clínicas, com 
replicação viral baixa ou ausente e que não apresentam evidências de alterações graves 
à histologia hepática, são considerados portadores assintomáticos. Nessas situações, a 
evolução tende a ser benigna. Contudo, eles são capazes de transmitir hepatite e tem 
importância epidemiológica na perpetuação da endemia. 
Hepatite fulminante - este termo é utilizado para designar a insuficiência 
hepática aguda, caracterizada pelo surgimento de icterícia, coagulopatia e encefalopatia 
hepática em um intervalo de ate 8 semanas. Trata-se de uma condição rara e 
potencialmente fatal, cuja letalidade é elevada (de 40 a 80% dos casos). 
Basicamente, a fisiopatologia está relacionada à degeneração e necrose maciça 
dos hepatócitos.Os primeiros sinais e sintomas são brandos e inespecíficos. Icterícia e 
indisposição progressivas, urina escurecida, e coagulação anormal são sinais que devem 
chamar atenção para o desenvolvimento de insuficiência hepática. A deterioração 
neurológica progride para o coma ao longo de poucos dias após a apresentação inicial. 
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Não existe tratamento específico para as formas agudas das hepatites virais. Se 
necessário, apenas tratamento sintomático para náuseas, vômitos e prurido. Como 
norma geral, recomenda-se repouso relativo até a normalização das aminotransferases. 
Dieta pobre em gordura e rica em carboidratos e de uso popular, porém seu maior 
benefício e ser mais agradável ao paladar do paciente anorético. 
Uma parcela dos casos de hepatite crônica necessitará de tratamento, cuja 
indicação baseia-se no grau de acometimento hepático observado por exame 
anatomopatológico do tecido hepático obtido por biopsia. Pacientes com 
aminotransferases normais merecem ser avaliados com exames de biologia molecular, 
pois pode haver lesão hepática, mesmo sem alteração daquelas enzimas. As formas 
crônicas da hepatite B, C e D tem diretrizes clínico-terapêuticas definidas por meio de 
portarias do Ministério da Saúde. Devido à alta complexidade do tratamento, 
acompanhamento e manejo dos efeitos colaterais, ele deve ser realizado em serviços 
especializados (média ou alta complexidade do SUS). 
Vamos descrever resumidamente o prognóstico dos principais tipos de hepatite 
viral. 
Geralmente após 3 meses, o paciente já esta recuperado da hepatite A. 
A hepatite aguda B normalmente tem um bom prognóstico: o individuo resolve a 
infecção e fica livre dos vírus em cerca de 90 a 95% dos casos. As exceções ocorrem 
nos casos de hepatite fulminante (<1% dos casos) e hepatite B, na criança (90% de 
chance de cronificação em crianças menores de 1 ano e 20 a 50% para aquelas que se 
infectaram entre 1 e 5 anos de idade) e em pacientes com algum tipo de 
imunodeficiência. 
A cronificação da hepatite C ocorre em 60 a 90% dos casos, sendo que, em 
média, de um quarto a um terço deles evolui para formas histológicas graves, num 
período de 20 anos. Esse quadro crônico pode ter evolução para cirrose e 
hepatocarcinoma, fazendo com que o HCV seja, hoje em dia, responsável pela maioria 
dos transplantes hepáticos no Ocidente. 
As hepatites virais são doenças de notificação compulsória e, portanto, todos os 
casos suspeitos devem ser notificados utilizando a ficha de notificação e investigação 
padronizada no (Sinan) e encaminhados ao nível hierarquicamente superior ou ao órgão 
responsável pela vigilância epidemiológica: municipal, regional, estadual ou federal. 
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A disponibilidade de água potável, em quantidade suficiente nos domicílios, é a 
medida mais eficaz para o controle das doenças de veiculação hídrica, como as 
hepatites por vírus tipo A e E. 
As principais medidas de controle das hepatites virais de transmissão 
sanguínea e sexual constituem-se na adoção de medidas de prevenção. Os indivíduos 
devem ser orientados quanto aos mecanismos de transmissão dessas doenças e ao não 
compartilhamento de objetos de uso pessoal como lâminas de barbear e de depilar, 
escovas de dente, materiais de manicure e pedicure e o uso de preservativos em todas as 
práticas sexuais e sobre a disponibilidade da vacina contra hepatite B para populações 
específicas. 
 
 Passemos para a resolução de algumas questões: 
1. (EBSERH HU-UFC/INSTITUTO AOCP/2014) As hepatites virais são doenças 
provocadas por diferentes agentes etiológicos, com tropismo primário pelo tecido 
hepático, que apresentam características epidemiológicas, clínicas e laboratoriais 
semelhantes e importantes particularidades. Sobre as Hepatites, assinale a alternativa 
INCORRETA. 
a) A principal via de contágio do vírus da hepatite A (HBA) é a fecal-oral; por contato 
inter-humano ou através de água e alimentos contaminados. 
b) Na hepatite A, a doença é autolimitada e de caráter benigno. 
c) A transmissão do vírus da hepatite B (HBV) se faz por via parenteral, e, sobretudo, 
pela via sexual, sendo considerada doença sexualmente transmissível. A transmissão 
vertical (materno-infantil) também é causa frequente de disseminação do vírus. 
d) O vírus da hepatite C é o principal agente etiológico da hepatite crônica. Sua 
transmissão ocorre principalmente por via oral-fecal. Em percentual significativo de 
casos, não é possível identificar a via de infecção. A transmissão sexual é pouco 
frequente. 
e) O vírus da hepatite E (HEV) é de transmissão fecal-oral. Essa via de transmissão 
favorece a disseminação da infecção nos países em desenvolvimento onde a 
contaminação dos reservatórios de água perpetua a doença. 
COMENTÁRIOS: 
O vírus da hepatite C é o principal agente etiológico da hepatite crônica. Sua 
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transmissão ocorre principalmente por via sanguínea, e não oral-fecal. Por isso, a 
alternativa incorreta é a letra D. 
 
2. (HU-UFS/EBSERH/AOCP/2014) Para Hepatite C, a janela imunológica 
compreende o período entre o indivíduo se expor a uma fonte de infecção e apresentar 
o marcador sorológico anti-HCV, que pode variar de: 
a) 49 a 70 dias. 
b) 7 a 15 dias. 
c) 90 a 180 dias. 
d) 15 a 30 dias. 
e) 26 a 59 dias. 
COMENTÁRIOS: 
As hepatites virais são doenças provocadas por diferentes vírus hepatotrópicos 
que apresentam características epidemiológicas, clínicas e laboratoriais distintas. 
Possuem distribuição universal e observam-se diferenças regionais na ocorrência e 
magnitude destas em todo mundo, variando, de acordo com o agente etiológico. Tem 
grande importância para a saúde publica em virtude do numero de indivíduos 
acometidos e das complicações resultantes das formas agudas e crônicas da infecção. 
Do ponto de vista clinico e epidemiológico os agentes etiológicos mais relevantes 
são os vírus A, B, C, D e E. 
O conceito de janela imunológica é o período compreendido entre a exposição a 
uma fonte de infecção e o aparecimento de um marcador sorológico. Vejamos na tabela 
abaixo a janela imunológica das hepatites B e C. 
Tipos 
Hepatite 
Janela imunológica 
(testes sorológicos) 
Janela imunológica 
(testes de biologia molecular) 
HBV 30 a 60 dias 25 dias 
HCV 33 a 129 dias (ELISA 2ª geração) 
49 a 70 dias (ELISA 3ª geração) 
22 dias 
Fonte: Hepatites Virais: o Brasil está atendo (Ministério da Saúde, 2008)1. 
 
Com base nos dados apresentados na tabela acima, verificamos que o tempo da 
janela imunológica do vírus da hepatite C pode variar, dependendo do teste realizado. 
 
1
 Os dados apresentados podem variar, a depender da fonte consultada. 
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Para o ELISA 2ª geração, é de 33 a 129 dias, enquanto que para o ELISA 3ª geração, é 
de 49 a 70 dias. A AOCP apontou a letra A como gabarito da questão adotando o 
parâmetro ELISA 3ª geração. Todavia, a questão deveria ter sido anulada, pois existem 
diversos parâmetros de tempo da janela, e não apenas o indicado na letraA. 
 
3. (MPE-RS/MPE-RS/2014) A hepatite B é transmitida pelo vírus HBV. Os sinais e 
sintomas da hepatite B podem ser insidiosos e variáveis. Considera-se fator de risco 
para infecção pelo vírus da hepatite B 
a) o uso de drogas orais. 
b) a história recente de DST. 
c) o alimento contaminado. 
d) a péssima condição de saneamento. 
e) a carência de vitamina B. 
COMENTÁRIOS: 
 Essa questão é tranquila, pois sendo a hepatite B transmitida pelo sangue (via 
parenteral e vertical), esperma e secreção vaginal (via sexual), a única alternativa que 
apresenta um fator de risco para infecção pelo vírus da hepatite B é a letra B. 
 
4. (Prefeitura de Criciúma-SC/FEPESE/2014) Analise as afirmativas abaixo com 
relação à Hepatite B. 
1. Os portadores e doentes devem ser orientados a usar preservativos nas relações 
sexuais, não doar sangue, não compartilhar seringas e agulhas descartáveis. 
2. O esquema básico de vacinação é de duas doses, sendo que o intervalo entre a 
primeira e a segunda é de 1 mês. 
3. Todos os casos suspeitos e confirmados devem ser notificados e investigados. 
4. Não existe tratamento específico para a forma aguda, mas o paciente deve ser 
submetido a uma dieta rígida com baixo teor de gordura. 
5. A ingestão de álcool deve ser suspensa por no mínimo 6 meses, preferencialmente 
por um ano. 
Assinale a alternativa que indica todas as afirmativas corretas. 
a) São corretas apenas as afirmativas 1, 3 e 4. 
b) São corretas apenas as afirmativas 1, 3 e 5. 
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c) São corretas apenas as afirmativas 2, 3 e 4. 
d) São corretas apenas as afirmativas 3, 4 e 5. 
e) São corretas as afirmativas 1, 2, 3, 4 e 5. 
COMENTÁRIOS: 
 Vamos analisar os itens incorretos: 
 Item 2: O esquema básico de vacinação é de três doses, sendo que o intervalo 
entre a primeira e a segunda é de 1 mês, e a terceira dose 6 meses após a primeira 
(0,1,6), segundo o antigo calendário de vacina contra a hepatite B. De acordo com o 
novo calendário, a vacina contra hepatite B está incluída na pentavalente e passa a 
ser aplicada sozinha apenas na criança ao nascer, de forma injetável, para evitar a 
transmissão vertical. 
 Segue o novo calendário da hepatite B: ao nascer, podendo ser feita até o 
primeiro mês de vida da criança. Outras três doses dessa vacina foram incluídas na 
pentavalente (2, 4 e 6 meses). 
 Item 4: Não existe tratamento específico para a forma aguda, dieta pobre em 
gordura e rica em carboidratos é de uso popular, porém seu maior benefício é ser 
mais agradável para o paciente anorético. De forma prática, deve ser recomendado que 
o próprio paciente defina sua dieta de acordo com seu apetite e aceitação alimentar. A 
única restrição está relacionada à ingestão de álcool, que deve ser suspensa por seis 
meses no mínimo e, preferencialmente, por um ano. 
 Nesses termos, o gabarito da questão é a letra B (1,3 e 5). 
 
5. (Prefeitura de Heliodora-MG/IDECAN/2014) A transmissão fecal-oral é o modo 
de transmissão das seguintes hepatites: 
a) A e B. 
b) A e E. 
c) B e C. 
d) C e D. 
e) D e E. 
COMENTÁRIOS: 
 Essa questão é tranquila. As hepatites virais A e E são transmitidas pela via 
fecal-oral e estão relacionadas às condições de saneamento básico, higiene pessoal, 
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qualidade da água e dos alimentos. 
 Portanto, gabarito letra B. 
 
6. (Prefeitura de Fruta de Leite-MG/ UNIMONTES-COTEC/2014) A hepatite é 
toda e qualquer inflamação do fígado e que pode resultar desde uma simples 
alteração laboratorial até a doença fulminante e fatal. Sobre os vários tipos de hepatite, 
marque a alternativa INCORRETA. 
a) A hepatite tipo A se transmite por via fecal-oral, ou seja, fezes de pacientes 
contaminam a água de consumo e os alimentos quando há condições sanitárias 
insatisfatórias. 
b) A hepatite tipo E se transmite por via fecal-oral, igual à hepatite A. É mais descrita 
em locais subdesenvolvidos, após temporadas de enchentes. 
c) A hepatite tipo E é um vírus que só causa a doença na presença do vírus da hepatite 
B. Sua forma de transmissão é a mesma do vírus A. 
d) A hepatite tipo C se transmite por transfusão de sangue e derivados, injeção de 
drogas ilícitas, contato desprotegido com sangue ou secreções contaminadas. 
COMENTÁRIOS: 
 A alternativa incorreta é a letra C, pois a hepatite tipo D é um vírus que só causa a 
doença na presença do vírus da hepatite B. Sua forma de transmissão é a mesma do 
vírus da hepatite B. 
 Para melhor aprofundarmos o conteúdo, vejamos o que diz o Caderno de Atenção 
Básica nº 18. HIV/AIDS, hepatites e outras DST (2006): 
 A hepatite D é causada pelo vírus da hepatite delta (HDV), e à semelhança das 
outras hepatites virais pode apresentar-se como infecção assintomática, sintomática ou 
até com formas graves. O HDV é um vírus defectivo, satélite do HBV, que precisa do 
HBsAg para realizar sua replicação. A infecção delta crônica é a principal causa de 
cirrose hepática em crianças e adultos jovens em áreas endêmicas da Itália, Inglaterra e 
Brasil (região amazônica). Em razão da sua dependência funcional do vírus da hepatite 
B, o vírus delta tem mecanismos de transmissão idênticos aos do HBV. Dessa forma, 
pode ser transmitida através de relações sexuais desprotegidas, via parenteral 
(compartilhamento de agulhas e seringas, tatuagens, piercings, procedimentos 
odontológicos ou cirúrgicos, etc.). A transmissão vertical pode ocorrer e depende da 
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replicação do HBV. Outros líquidos orgânicos (sêmen, secreção vaginal, leite materno, 
etc.), também podem conter o vírus e podem constituir-se como fonte de infecção. Os 
portadores crônicos constituem-se importante reservatório para a disseminação do vírus 
da hepatite delta em áreas de alta endemicidade de infecção pelo HBV. 
 Gabarito, portanto, letra C. 
 
 
HIV/DST 
 
No Brasil, a aids foi identificada pela primeira vez em 1982, quando do 
diagnóstico em pacientes homo ou bissexuais. Um caso foi reconhecido 
retrospectivamente, no Estado de São Paulo, como tendo ocorrido em 1980. Importantes 
mudanças em seu perfil epidemiológico vêm ocorrendo: 
 
• Em sua primeira fase, de 1980 a 1986, caracterizava-se pela transmissão 
homo/bissexual masculino, de escolaridade elevada; 
• Em seguida, de 1987 a 1991, caracterizava-se pela transmissão sanguínea e pela 
participação de usuários de drogas injetáveis – UDI, dando início nessa fase a um 
processo mais ou menos simultâneo de pauperização e interiorização da epidemia; 
• Nos últimos anos, de 1992 até os dias atuais, um grande aumento de casos por 
exposição heterossexual vem sendo observado, assumindo cada vez maior 
importância o número de casos em mulheres (feminização da epidemia); 
• Hoje, a principal via de transmissão em crescimento é a heterossexual. 
 
O HIV (agente etiológico) é um retrovírus com genoma RNA, da família 
Retroviridae e subfamília Lentivirinae. O HIV utiliza para multiplicar-se uma enzima 
denominada transcriptase reversa, responsável pela transcro RNA viral para uma cópia 
DNA, integrando-se ao genoma do hospedeiro. 
A infecção pelo vírus da imunodeficiência humana tipo 1, o HIV-1, cursa com umamplo espectro de apresentações clínicas, desde a fase aguda até a fase avançada da 
doença. Em indivíduos não tratados, estima-se que o tempo médio entre o contágio e o 
aparecimento da doença esteja em torno de dez anos. 
Em regra, as fases da infecção pelo vírus do HIV-1 são as seguintes: 
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1. Infecção aguda (duração de aproximadamente 4 meses). 
2. Fase assintomática, também conhecida como latência clínica (pode durar muitos 
anos, com a média de 6 anos). 
3. Fase sintomática inicial ou precoce. 
4. Aids (doença instalada, acorre aproximadamente após 10 anos, caso não seja tratado 
adequadamente). 
 
 
 
 Infecção Aguda 
A infecção aguda é definida como as primeiras semanas da infecção pelo HIV, 
até o aparecimento dos anticorpos anti-HIV (soroconversão), que costuma ocorrer em 
torno da quarta semana após a infecção. Nessa fase, bilhões de partículas virais são 
produzidas diariamente, a viremia plasmática alcança níveis elevados e o individuo 
torna-se altamente infectante. 
Os principais achados clínicos da fase aguda do HIV-1 (denominada Síndrome 
Retroviral Aguda – SRA) incluem febre, adenopatia, faringite, exantema, mialgia e 
cefaleia. A SRA pode cursar com febre alta, sudorese e linfadenomegalia, 
comprometendo principalmente as cadeias cervicais anterior e posterior, submandibular, 
occipital e axilar. Podem ocorrer, ainda, esplenomegalia, letargia, astenia, anorexia e 
depressão. Alguns pacientes desenvolvem exantema de curta duração após o início da 
febre (frequentemente inferior a três dias), afetando geralmente a face, pescoço e/ou 
tórax superior, mas podendo se disseminar para braços, pernas, regiões palmares e 
plantares. 
Sintomas digestivos, como náuseas, vômitos, diarreia, perda de peso e úlceras 
orais podem estar presentes. Entretanto, o comprometimento do fígado e do pâncreas é 
raro na SRA. Cefaleia e dor ocular são as manifestações neurológicas mais comuns, mas 
pode ocorrer também quadro de meningite asséptica, neurite periférica sensitiva ou 
motora, paralisia do nervo facial ou síndrome de Guillan-Barre. 
A SRA é autolimitada e a maior parte dos sinais e sintomas desaparece em três a 
quatro semanas. 
Os sinais e sintomas que caracterizam a SRA, por serem muito semelhantes aos de 
outras infecções virais, são habitualmente atribuídos a outra etiologia e a infecção pelo 
HIV comumente deixa de ser diagnosticada. 
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A sorologia para a infecção pelo HIV é geralmente negativa nessa fase (janela 
imunológica), mas o diagnóstico pode ser realizado com a utilização de métodos 
moleculares para a detecção de RNA do HIV. 
 
Atenção! A janela imunológica, também chamada de janela 
biológica, é o tempo compreendido entre a aquisição da infecção e a 
soroconversão. O tempo decorrido para que a sorologia anti-HIV torne-se 
positiva é de 6 a 12 semanas após a aquisição do vírus, com o período 
médio de aproximadamente 2 meses. 
 
O tempo entre a infecção pelo HIV e o aparecimento de sinais e sintomas, na fase 
aguda, é de 5 a 30 dias. 
 
 
 Latência clínica e fase sintomática 
Na fase de latência clínica, o exame físico costuma ser normal, exceto pela 
linfadenopatia, que pode persistir após a infecção aguda. A presença de linfadenopatia 
generalizada persistente é frequente e seu diagnóstico diferencial inclui doenças 
linfoproliferativas e tuberculose ganglionar. 
Podem ocorrer alterações nos exames laboratoriais, sendo a plaquetopenia um 
achado comum, embora sem repercussão clínica na maioria dos casos. Além disso, 
anemia (normocrômica e normocítica) e leucopenia leves podem estar presentes. 
Enquanto a contagem de linfócitos T-CD4 + (LT-CD4+) permanece acima de 350 
células/mm
3
, os episódios infecciosos mais frequentes são geralmente bacterianos, 
como as infecções respiratórias ou mesmo tuberculose, incluindo a forma pulmonar 
cavitária. Com a progressão da infecção, apresentações atípicas das infecções, resposta 
tardia a antibioticoterapia e/ou reativação de infecções antigas começam a ser 
observadas. 
À medida que a infecção progride, os sintomas constitucionais (febre baixa, perda 
ponderal, sudorese noturna, fadiga), diarreia crônica, cefaleia, alterações neurológicas, 
infecções bacterianas (pneumonia, sinusite, bronquite) e lesões orais, como a 
leucoplasia oral pilosa, tornam-se mais frequentes, além de herpes-zoster. Nesse 
período, já é possível encontrar diminuição na contagem de linfócitos T (LT-CD4+), 
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situada entre 200 e 300 células/mm
3
. Em adultos saudáveis, esse valor varia entre 800 
a 1.200 unidades. 
A candidíase oral é um marcador clínico precoce de imunodepressão grave, e foi 
associada ao subsequente desenvolvimento de pneumonia por P. jirovecii. Diarreia 
crônica e febre de origem indeterminada, bem como leucoplasia oral pilosa, também são 
preditores de evolução para aids. 
 
 
 Síndrome da Imunodeficiência Adquirida 
O aparecimento de infecções oportunistas e neoplasias é definidor da 
Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (aids). Entre as infecções oportunistas 
destacam-se: pneumocistose, neurotoxoplasmose, tuberculose pulmonar atípica ou 
disseminada, meningite criptococica e retinite por citomegalovírus. 
As neoplasias mais comuns são sarcoma de Kaposi, linfoma não Hodgkin e 
câncer de colo uterino, em mulheres jovens. Nessas situações, a contagem de LT-
CD4+ está abaixo de 200 células/mm3, na maioria das vezes. 
Além das infecções e das manifestações não infecciosas, o HIV pode causar 
doenças por dano direto a certos órgãos ou por processos inflamatórios, tais como 
miocardiopatia, nefropatia e neuropatias que podem estar presentes durante toda a 
evolução da infecção pelo HIV-1. 
Analisando-se a escolaridade como variável indicadora de condição 
socioeconômica dos casos de aids, observa-se que a epidemia de aids no Brasil se 
iniciou na população de maior condição socioeconômica, em indivíduos de mais de oito 
anos de escolaridade, mas hoje, como o maior número de casos se encontra em 
indivíduos com menor escolaridade, tem sido denominada de 
pauperização2. 
A pauperização é o crescimento da epidemia da aids entre pessoas de menor 
escolaridade e renda. Por outro lado, a juvenização é o crescimento da AIDS 
entre os jovens e adolescentes. 
As principais formas de transmissão do HIV são: sexual, sanguínea e vertical. 
Além dessas três formas, mais frequentes, pode ocorrer também a transmissão 
ocupacional, ocasionada por acidente de trabalho, em profissionais de saúde. 
 
2
 Compreensão da Pandemia da AIDS nos últimos 25 anos. 
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A transmissão sexual é a principal forma de transmissão do HIV no Brasil e no 
Mundo, sendo a transmissão heterossexual considerada pela OMS, como a mais 
frequente do ponto de vista global. 
Os fatores que aumentam o risco de transmissão do HIV numa relação 
heterossexual são: 
• Alta viremia (durante a fase da infecção primária e na imunodeficiência 
avançada). 
• Relação anal receptiva; 
• Relação sexualdurante a menstruação; 
• Presença de outra DST, principalmente as ulcerativas. 
 
Os preservativos, masculinos ou femininos, são as únicas barreiras 
comprovadamente efetivas contra o HIV e outras DST, quando usados de forma correta. 
Os estudos demonstram que o uso do preservativo masculino pode reduzir o risco de 
transmissão do HIV e de outras DST em até 95%. 
A transmissão, por meio da transfusão de sangue e derivados, tem apresentado 
importância decrescente nos países industrializados e naqueles que adotaram medidas 
de controle de qualidade do sangue utilizado, como é o caso do Brasil. 
O uso de drogas injetáveis, associado ao compartilhamento de seringas e agulhas, 
apresenta alta probabilidade de transmissão sanguínea do HIV. Esse tipo de transmissão 
vem crescendo em várias partes do mundo, como Ásia, América Latina e Caribe. No 
Brasil, essa transmissão vem aumentando nas áreas da rota do tráfico de drogas, 
principalmente nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste. 
A transmissão ocupacional ocorre quando profissionais da área da saúde se ferem 
acidentalmente com instrumentos perfurocortantes contaminados com sangue de 
acidentes portadores do HIV. 
Estima-se que o risco médio de contrair o HIV, após uma exposição percutânea ao 
sangue contaminado, seja de aproximadamente 0,03%, aumentando esse risco para 
aproximadamente 0,1% no caso de exposição de mucosas. 
O profissional de saúde acidentado com risco de infecção pelo HIV, deverá ser 
encaminhado nas primeiras horas (idealmente dentro de 1 a 2 horas), após o acidente, 
para a quimioprofilaxia com anti-retrovirais. A duração da quimioprofilaxia é de 4 
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semanas. Estudos em animais sugerem que a quimioprofilaxia não é eficaz quando 
iniciada de 24 a 36 horas após o acidente. 
O produto espermicida à base de nonoxinol-9 (N-9) a 2% é o mais amplamente 
utilizado no Brasil e no mundo. Entretanto, o uso de alguns métodos 
contraceptivos contendo N-9 podem aumentar o risco de transmissão 
sexual do HIV e outras DST. Isso foi demonstrado em um ensaio clinico que 
observou risco acrescido entre usuárias/os desse produto. A razão desse risco acrescido 
reside no fato de o N-9 provocar lesões (fissuras/microfissuras) na mucosa vaginal e 
retal, dependendo da frequência de uso e do volume aplicado. 
A recepção de órgãos ou sêmen de doadores testados não são fatores de risco 
associados aos mecanismos de transmissão do HIV, pois foram feitos os testes 
necessários para garantir que os doadores não estivessem infectados com o HIV. 
Desde o momento de aquisição da infecção, o portador do HIV é 
transmissor, entretanto, os indivíduos com infecção muito recente (“infecção 
aguda”) ou imunossupressão avançada tem maior concentração do HIV no 
sangue (carga viral) e nas secreções sexuais, transmitindo com maior 
facilidade o vírus. 
Em pacientes portadores de HIV, a tuberculose (TB) deve ser pesquisada em 
todas as consultas, mediante o questionamento sobre a presença dos seguintes sintomas: 
tosse, febre, emagrecimento e/ou sudorese noturna. A presença de qualquer um desses 
sintomas pode indicar TB ativa e deve ser investigada. 
A prova tuberculínica (PT) é importante para o diagnóstico da infecção latente da 
tuberculose (ILTB) e constitui um marcador de risco para o desenvolvimento de 
tuberculose ativa, devendo ser realizada em todas as pessoas vivendo com HIV e que 
sejam assintomáticas para tuberculose. Caso a PT seja menor que 5 mm, recomenda-se 
que seja repetida anualmente. 
Uma das medidas que deve ser sistematicamente realizada na atenção da pessoa 
vivendo com HIV destaca-se o aconselhamento do paciente a reduzir as situações de 
risco relacionadas a exposições sexuais desprotegidos, inclusive práticas orais. 
Adultos e adolescentes que vivem com HIV podem receber todas as vacinas do 
calendário nacional, desde que não apresentem deficiência imunológica importante. À 
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medida que aumenta a imunodepressão, eleva-se também o risco relacionado à 
administração de vacinas de agentes vivos, bem como se reduz a possibilidade de 
resposta imunológica consistente. 
Sempre que possível, deve-se adiar a administração de vacinas em pacientes 
sintomáticos ou com imunodeficiência grave (contagem de LT-CD4+ < 200 
células/mm
3
), até que um grau satisfatório de reconstituição imune seja obtido com o 
uso de terapia antirretroviral, o que proporciona melhora na resposta vacinal e 
redução do risco de complicações pós-vacinais. 
 A administração de vacinas com vírus vivos atenuados (poliomielite oral, 
varicela, rubéola, febre amarela, sarampo e caxumba) em pacientes com 
imunodeficiência deve ser condicionada a análise individual de risco-benefício e não 
deve ser realizada em casos de imunodepressão grave. 
Parâmetros imunológicos para imunizações com vacinas de bactérias ou vírus 
vivos em pacientes infectados pelo HIV com mais de 13 anos de idade 
Contagem de LT-CD4+ 
(percentual) 
Recomendação para uso de vacinas com agentes 
vivos atenuados 
> 350 células/mm
3
 (> 20%) Indicar o uso 
200-350 células/mm
3
 (15-19%) 
Avaliar parâmetros clínicos e risco epidemiológico para 
a tomada de decisão 
< 200 células/mm
3
 (< 15%) Não vacinar 
 Fonte: Brasil, 2013, p. 22, disponível em: http://goo.gl/5pc89q. 
 
Os testes para detecção da infecção pelo HIV podem ser divididos, 
basicamente, em quatro grupos: a) testes de detecção de anticorpos; b) testes de 
detecção de antígenos; c) testes de amplificação do genoma do vírus; e d) técnicas de 
cultura viral. 
As técnicas rotineiramente utilizadas para o diagnóstico da infecção pelo HIV são 
as baseadas na detecção de anticorpos contra o vírus, os chamados testes anti-HIV. 
Essas técnicas apresentam excelentes resultados. Além de serem menos 
dispendiosas, são de escolha para toda e qualquer triagem inicial. Detectam a resposta 
do hospedeiro contra o vírus (os anticorpos) e não o próprio vírus. 
 As outras três técnicas detectam diretamente o vírus, ou suas partículas, e são 
utilizadas em situações específicas, tais como: esclarecimento de exames sorológicos 
indeterminados, acompanhamento laboratorial de pacientes e mensuração da carga viral 
para controle de tratamento. 
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Os anticorpos contra o HIV aparecem, principalmente, no soro ou plasma de 
indivíduos infectados, numa média de 6 a 12 semanas após a infecção. 
 Os testes de detecção de anticorpos são os seguintes: 
• ELISA (ensaio imunoenzimático): essa técnica vem sendo amplamente utilizada 
na triagem de anticorpos contra o vírus, pela sua facilidade de automação, custo 
relativamente baixo e elevada sensibilidade e especificidade. 
• Imunofluorescência indireta: é um teste utilizado na etapa de confirmação 
sorológica. 
• Western-blot: esse teste é considerado “padrão ouro” para confirmação do 
resultado reagente na etapa de triagem. Tem alta especificidade e sensibilidade, 
mas, comparado aos demais testes sorológicos, tem um elevado custo. 
• Testes rápidos: dispensam em geral a utilização de equipamentos para a sua 
realização, sendo de fácil execução e leitura visual. Está sendo cada vez mais 
utilizado, inclusive nas unidades básicas de saúde (UBS). 
Os testes rápidos apresentam resultadosem um tempo inferior a 30 minutos e 
podem ser realizados no momento da consulta, por meio da coleta de uma amostra 
por punção da polpa digital do indivíduo (polpa do dedo). A utilização desses 
testes permite que em um mesmo momento - o da consulta - o paciente receba o 
aconselhamento pré e pós-teste, tenha o seu teste realizado e obtenha conhecimento do 
resultado do mesmo. Trata-se de uma estratégia de grande efetividade 
principalmente em locais de difícil acesso e em situações em que é necessário o 
conhecimento imediato do estado sorológico. 
É importante enfatizar que, além do cuidado na coleta e execução dos testes, é 
fundamental que o processo de aconselhamento antes e depois do teste seja feito de 
forma cuidadosa, para que o resultado seja corretamente interpretado, tanto pelo 
profissional de saúde como pelo paciente, gerando atitudes que visem a promoção da 
saúde nos indivíduos testados. 
A instituição da terapia antirretroviral (TARV) tem por objetivo diminuir a 
morbidade e mortalidade das pessoas vivendo com HIV/aids (PVHA), melhorando a 
qualidade e a expectativa de vida, e não erradicar a infecção pelo HIV. 
Evidências robustas demonstram o benefício da TARV em pessoas com aids ou 
outros sintomas relacionados a imunodeficiência provocada pelo HIV e em indivíduos 
assintomáticos com contagem de linfócitos T (LT-CD4+) inferior a 350 celulas/mm
3
. 
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Além do impacto clínico favorável, o início mais precoce da TARV vem sendo 
demonstrado como ferramenta importante na redução da transmissão do HIV. 
Todavia, deve-se considerar a importância da adesão e o risco de efeitos adversos no 
longo prazo. 
No dia 01/12/2013, o Ministério da Saúde anunciou que estenderá a terapia 
antirretroviral (TARV) para todos os adultos com testes positivos de HIV, ou seja, 
mesmo os portadores de HIV que não apresentem comprometimento do sistema 
imunológico, terão acesso aos medicamentos antirretrovirais contra a aids 
pelo SUS. Atualmente, além do Brasil, apenas França e Estados Unidos ofertam 
medicamento antirretroviral aos pacientes soropositivos, independente do estágio da 
doença
3
. 
A oferta com antirretrovirais é uma medida inovadora, com impacto na saúde 
individual porque garante a melhoria da qualidade de vida das pessoas infectadas pelo 
HIV e reduz a transmissão do vírus. Isso porque a pessoa em tratamento com 
antirretrovirais, ao diminuir a carga viral, reduz a propagação do HIV. 
Assim, evidências de benefícios clínicos e de prevenção da transmissão do HIV 
providas por estudos intervencionistas e observacionais, somadas a disponibilidade de 
opções terapêuticas progressivamente mais cômodas e bem toleradas, justificam o 
estabelecimento de novos critérios para o início do tratamento antirretroviral, que 
incluem a recomendação de início mais precoce. Nesse sentido, o Ministério da Saúde 
publicou no dia 02/12/2013 o protocolo de TAV (disponível em: http://goo.gl/5pc89q) a 
seguir: 
 
3
 Ministério da Saúde estende tratamento para todos com HIV, disponível em: http://goo.gl/ji2sCV. 
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Além das recomendações descritas no quadro acima, o Ministério da Saúde 
atualmente estimula o início imediato de TARV para todas as pessoas vivendo com 
HIV/aids (PVHA), na perspectiva de redução da transmissibilidade do HIV, 
considerando a motivação da PVHA. 
Atenção! Recomenda-se estimular início imediato da terapia 
antirretroviral (TARV) para todas as (PVHA), independentemente da 
contagem de LT-CD4+, na perspectiva de redução da 
transmissibilidade do HIV, considerando a motivação da pessoa 
vivendo com aids (PVHA). 
 
Em indivíduos assintomáticos, independentemente da contagem de LT-CD4+, a 
TARV poderá ser iniciada desde que a pessoa que vive com HIV seja esclarecida sobre 
benefícios e riscos, além de fortemente motivada e preparada para o tratamento, 
respeitando-se a autonomia do indivíduo. 
Deve-se enfatizar que a TARV, uma vez iniciada, não deverá ser interrompida. 
Em nenhuma situação deverá haver qualquer tipo de coerção para início da TARV. A 
utilização de terapia antirretroviral não elimina a possibilidade de transmissão sexual do 
HIV. Além disso, há fatores que podem aumentar a possibilidade de transmissão, como 
a presença de doenças sexualmente transmissíveis. 
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Devido à sua potência de inibição da replicação viral, menor risco de resistência 
viral a curto prazo e maior segurança dos antirretrovirais, a terapia antirretroviral 
(TARV), que é o tratamento do HIV/aids, deve ser administrada a todas as gestantes 
infectadas pelo HIV, com associação de três antirretrovirais, independentemente da 
situação virológica, clínica ou imunológica. 
A indicação de TARV na gestação pode ter dois objetivos: profilaxia da 
transmissão vertical (prevenir a transmissão da doença para o filho) ou tratamento da 
infecção pelo HIV (tratamento da gestante devido agravamento da doença ou indicação 
clínica). 
 
 Profilaxia da transmissão vertical do HIV: 
Tem como objetivo apenas a prevenção da transmissão vertical e está 
recomendada para gestantes que não possuem indicação de tratar a infecção pelo HIV, 
já que são assintomáticas e o dano imunológico é pequeno ou ausente (LT-CD4+ ≥ 350 
céls./mm3), havendo baixo risco de progressão para aids. Essas mulheres não seriam 
candidatas a receber algum esquema antirretroviral, caso não estivessem na gestação. O 
início do esquema deve ser precoce, após o primeiro trimestre, entre a 14ª e a 28ª 
semana de gravidez. 
A profilaxia antirretroviral está indicada para gestantes assintomáticas com 
contagem de LT-CD4+ ≥ 350 células/mm3 e deve ser iniciada entre a 14ª e a 28ª 
semana de gestação. A profilaxia deve ser suspensa após o parto. 
 
 
 Tratamento da infecção pelo HIV na gestação 
Mulheres que apresentam repercussão clínica e/ou imunológica grave da infecção 
do HIV têm indicação de tratamento, independentemente da gravidez e em qualquer 
idade gestacional. Portanto, gestantes sintomáticas ou assintomáticas com contagem de 
LT-CD4+ ≤ 350 céls./mm3 apresentam critérios de início de tratamento, conforme 
recomendado para adultos que vivem com HIV, devendo iniciá-lo com o objetivo de 
tratar a doença ou reduzir o risco de progressão. 
Atenção! O protocolo de tratamento do HIV foi alterado, no dia 
01/12/2013. O Ministério da Saúde anunciou que estenderá a terapia 
antirretroviral (TARV) para todos os adultos com testes positivos de 
HIV, ou seja, mesmo os portadores de HIV que não apresentem 
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comprometimento do sistema imunológico, terão acesso aos medicamentos antirretrovirais 
contra a aids pelo SUS. Atualmente, além do Brasil, apenas França e Estados Unidos ofertam 
medicamento antirretroviral aos pacientes soropositivos, independente do estágio da doença. 
 
O Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS (UNAIDS) observou 
redução de 33% no número total de novas infecções ao HIV desde 2001 e 52% de 
redução de novas infecções em crianças desde 2001 a nível global.Apesar desses avanços, houve aumento no índice de novas infecções na Europa 
oriental e Ásia central de 13% desde 2006, enquanto que no Oriente Médio e o norte da 
África o mesmo índice duplicou. 
Em muitos casos, a estagnação do progresso se deve à falta de acesso a serviços 
essenciais relacionados com o HIV. Com frequência, populações-chave, como homens 
que fazem sexo com homens (HSH), usuários de drogas, transgêneros e profissionais do 
sexo, não podem acessar serviços vitais. A aids na África ainda é um problema 
alarmante. 
 
Passemos para a resolução de algumas questões sobre HIV: 
7. (HU-UFS/EBSERH/AOCP/2014) Em relação à fase aguda da infecção causada pelo 
HIV, assinale a alternativa correta. 
a) Certas neoplasias são mais frequentes nesta fase, entre elas: sarcoma de Kaposi, 
linfomas não-Hodgkin, neoplasias intraepiteliais anal e cervical. 
b) Uma vez instalada a AIDS, as pessoas portadoras do HIV apresentam sinais e 
sintomas de processos oportunistas. 
c) Também conhecida como fase assintomática, o estado clínico básico é mínimo ou 
inexistente. 
d) As manifestações clínicas podem variar desde quadro gripal até uma síndrome, que 
se assemelha à mononucleose. 
e) A história natural da infecção aguda caracteriza-se tanto por viremia baixa quanto por 
resposta imune suprimida. 
COMENTÁRIOS: 
Em regra, as fases da infecção pelo vírus do HIV-1 são as seguintes: 
1. Infecção aguda (duração de aproximadamente 4 meses). 
2. Fase assintomática, também conhecida como latência clínica (pode durar 
muitos anos, em média de 6 anos). 
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3. Fase sintomática inicial ou precoce. 
4. Aids (doença instalada, acorre aproximadamente após 10 anos, caso não seja 
tratado adequadamente). 
 
 Infecção Aguda 
A infecção aguda é definida como as primeiras semanas da infecção pelo HIV, 
até o aparecimento dos anticorpos anti-HIV (soroconversão), que costuma ocorrer em 
torno da quarta semana após a infecção. Nessa fase, bilhões de partículas virais são 
produzidas diariamente, a viremia plasmática alcança níveis elevados e o indivíduo 
torna-se altamente infectante. 
Os principais achados clínicos da fase aguda do HIV-1 (denominada Síndrome 
Retroviral Aguda – SRA) incluem febre, adenopatia, faringite, exantema, mialgia e 
cefaleia. A SRA pode cursar com febre alta, sudorese e linfadenomegalia, 
comprometendo principalmente as cadeias cervicais anterior e posterior, submandibular, 
occipital e axilar. Podem ocorrer, ainda, esplenomegalia, letargia, astenia, anorexia e 
depressão. Alguns pacientes desenvolvem exantema de curta duração após o início da 
febre (frequentemente inferior a três dias), afetando geralmente a face, pescoço e/ou 
tórax superior, mas podendo se disseminar para braços, pernas, regiões palmares e 
plantares. 
Sintomas digestivos, como náuseas, vômitos, diarreia, perda de peso e úlceras 
orais podem estar presentes. Entretanto, o comprometimento do fígado e do pâncreas é 
raro na SRA. Cefaleia e dor ocular são as manifestações neurológicas mais comuns, mas 
pode ocorrer também quadro de meningite asséptica, neurite periférica sensitiva ou 
motora, paralisia do nervo facial ou síndrome de Guillan-Barre. 
A SRA é autolimitada e a maior parte dos sinais e sintomas desaparece em três a 
quatro semanas. 
Os sinais e sintomas que caracterizam a SRA, por serem muito semelhantes aos de 
outras infecções virais, são habitualmente atribuídos a outra etiologia e a infecção pelo 
HIV comumente deixa de ser diagnosticada. 
A sorologia para a infecção pelo HIV é geralmente negativa nessa fase (janela 
imunológica), mas o diagnóstico pode ser realizado com a utilização de métodos 
moleculares para a detecção de RNA do HIV. 
 
 
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biológica, é o tempo compreendido entre a aquisição da infecção e a 
soroconversão. O tempo decorrido para que a sorologia anti-HIV torne-se 
positiva é de 6 a 12 semanas após a aquisição do vírus, com o período 
médio de aproximadamente 2 meses. 
 
O tempo entre a infecção pelo HIV e o aparecimento de sinais e sintomas, na fase 
aguda, é de 5 a 30 dias. 
 
 Latência clínica e fase sintomática 
Na fase de latência clínica, o exame físico costuma ser normal, exceto pela 
linfadenopatia, que pode persistir após a infecção aguda. A presença de linfadenopatia 
generalizada persistente é frequente e seu diagnóstico diferencial inclui doenças 
linfoproliferativas e tuberculose ganglionar. 
Podem ocorrer alterações nos exames laboratoriais, sendo a plaquetopenia um 
achado comum, embora sem repercussão clínica na maioria dos casos. Além disso, 
anemia (normocrômica e normocítica) e leucopenia leves podem estar presentes. 
Enquanto a contagem de linfócitos T-CD4 + (LT-CD4+) permanece acima de 350 
células/mm
3
, os episódios infecciosos mais frequentes são geralmente bacterianos, 
como as infecções respiratórias ou mesmo tuberculose, incluindo a forma pulmonar 
cavitária. Com a progressão da infecção, apresentações atípicas das infecções, resposta 
tardia a antibioticoterapia e/ou reativação de infecções antigas começam a ser 
observadas. 
À medida que a infecção progride, os sintomas constitucionais (febre baixa, perda 
ponderal, sudorese noturna, fadiga), diarreia crônica, cefaleia, alterações neurológicas, 
infecções bacterianas (pneumonia, sinusite, bronquite) e lesões orais, como a 
leucoplasia oral pilosa, tornam-se mais frequentes, além de herpes-zoster. Nesse 
período, já é possível encontrar diminuição na contagem de LT-CD4+, situada entre 
200 e 300 células/mm
3
. Em adultos saudáveis, esse valor varia entre 800 a 1.200 
unidades. 
A candidíase oral é um marcador clínico precoce de imunodepressão grave, e foi 
associada ao subsequente desenvolvimento de pneumonia por P. jirovecii. Diarreia 
crônica e febre de origem indeterminada, bem como leucoplasia oral pilosa, também são 
preditores de evolução para aids. 
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 Síndrome da Imunodeficiência Adquirida 
O aparecimento de infecções oportunistas é neoplasias e definidor da 
Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (aids). Entre as infecções oportunistas 
destacam-se: pneumocistose, neurotoxoplasmose, tuberculose pulmonar atípica ou 
disseminada, meningite criptococica e retinite por citomegalovirus. 
As neoplasias mais comuns são sarcoma de Kaposi, linfoma não Hodgkin e 
câncer de colo uterino, em mulheres jovens. Nessas situações, a contagem de LT-
CD4+ está abaixo de 200 células/mm3, na maioria das vezes. 
Além das infecções e das manifestações não infecciosas, o HIV pode causar 
doenças por dano direto a certos órgãos ou por processos inflamatórios, tais como 
miocardiopatia, nefropatia e neuropatias que podem estar presentes durante toda a 
evolução da infecção pelo HIV-1. 
Após exposição inicial do conteúdo, vamos analisar cada item da questão: 
Item A. Incorreto. Certas neoplasias são mais frequentes nesta fase, entre elas: 
sarcoma de Kaposi, linfomas não-Hodgkin, neoplasias intraepiteliais anal e cervical. 
Essa alternativa se refere à fase da Síndrome da imunodeficiência humana AIDS. 
Item B. Incorreto. Uma vez instalada a AIDS, as pessoas portadoras do HIV 
apresentam sinais e sintomas deprocessos oportunistas. Fase da Síndrome da 
imunodeficiência humana AIDS. 
Item C. Incorreto. Também conhecida como fase assintomática, o estado clínico 
básico é mínimo ou inexistente. Fase de latência. 
Item D. Correto. As manifestações clínicas podem variar desde quadro gripal até 
uma síndrome, que se assemelha à mononucleose. Fase aguda. 
Item E. Incorreto. A história natural da infecção aguda caracteriza-se tanto por 
viremia baixa quanto por resposta imune suprimida. Fase sintomática. 
Dessa forma, o gabarito da questão é a letra D. 
 
8. (HU-UFSM/EBSERH/AOCP/2014) O diagnóstico do HIV ainda suscita nas 
pessoas muitas questões e desafios de natureza psicológica, social, cultural e econômica. 
Assinale a alternativa que representa um fator dificultador na adesão ao tratamento das 
pessoas vivendo com HIV/AIDS. 
a) O suporte familiar, social, afetivo, bem como a percepção por parte da pessoa de que 
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esse apoio é suficiente. 
b) Complexidade do regime terapêutico, que inclui o número de doses e de 
comprimidos que precisam ser ingeridos diariamente. 
c) Escolaridade alta, habilidades cognitivas suficientes para lidar com as dificuldades e 
as exigências do tratamento. 
d) Aceitação da soropositividade, pois tomar os remédios significa reconhecer que a 
condição de infecção pelo HIV é uma realidade. 
e) Relação satisfatória do usuário com o médico e com os demais profissionais da 
equipe de saúde, incluindo seu nível de satisfação com os serviços prestados. 
COMENTÁRIOS: 
A instituição da terapia antirretroviral (TARV) tem por objetivo diminuir a 
morbidade e mortalidade das pessoas vivendo com HIV/aids (PVHA), melhorando a 
qualidade e a expectativa de vida, e não erradicar a infecção pelo HIV. 
Evidências robustas demonstram o benefício da TARV em pessoas com aids ou 
outros sintomas relacionados a imunodeficiência provocada pelo HIV e em indivíduos 
assintomáticos com contagem de linfócitos T (LT-CD4+) inferior a 350 celulas/mm
3
. 
A terapia antiretroviral é uma terapia combinada, ou seja, um processo de 
associação de fármacos sejam eles da mesma classe, a exemplo, três inibidores de 
transcriptase reversa; ou de classes diferentes, como: dois inibidores de transcriptase 
reversa e um inibidor de protease. A difícil adesão ao tratamento está relacionada com o 
número de medicações associados, quando isto é somado a terapêutica a longo prazo, a 
administração em duas a três doses ao dia, com um grande número de comprimidos ou 
cápsulas (frequentemente 20-25 unidades por dia), interferindo no regime alimentar e 
hábitos de vida das pessoas. 
Logo o gabarito da questão é a letra B. 
 
9. (HU-UFSM/EBSERH/AOCP/2014) Em relação às pessoas em uso da terapia anti-
retroviral (TARV), algumas alterações anatômicas passaram a ser descritas no final dos 
anos 90. Em especial, uma alteração caracterizada por alterações de gordura corporal, 
que denomina-se 
a) atrofias. 
b) gonadotrofias. 
c) lipodistrofia. 
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d) adenodistrofias. 
e) hipertrofias. 
COMENTÁRIOS: 
Dispomos hoje de três classes de drogas para o tratamento anti-HIV: os 
inibidores de transcriptase reversa, que agem no processo de replicação viral por 
meio do bloqueio da enzima transcriptase reversa – responsável pela conversão do RNA 
viral em DNA – estes podem ser substâncias nucleósideas e não nucleosídeas; os 
inibidores de protease, tem sua ação inibindo enzimas do tipo protease responsáveis 
pela clivagem das cadeias proteicas produzidas pela célula infectada que dará origem as 
partículas formadoras de outros vírus; e o inibidor de fusão, também conhecido como 
T20, trata-se de inibidor do rearranjo estrutural, ele se liga especificamente à proteína 
gp 41 do vírus HIV bloqueando a entrada do vírus na célula, pois agora não há um 
reconhecimento na membrana celular do infectado. 
A partir de 1998 uma série de alterações anatômicas e metabólicas passaram a 
ser descritas nos pacientes portadores de HIV/Aids, particularmente naqueles em uso da 
terapia anti-retroviral de alta eficácia (HAART). Estas alterações foram descritas de 
maneira genérica como lipodistrofia e/ou síndrome lipodistrófica. As alterações 
anatômicas compreendem uma lipoatrofia na região da face, membros superiores e 
inferiores e uma proeminência das veias superficiais associado ou não a um acúmulo de 
gorduras na região do abdômen, região cervical (gibas) e nas mamas. 
A lipodistrofia é uma alteração na distribuição de gordura do organismo 
com concentração de gordura na barriga, costas, pescoço e nuca (giba) e perda de 
gordura nos braços, pernas, nádegas e face. Além disso, está se chegando a um consenso 
de que a lipodistrofia é a mistura de várias modificações também no funcionamento do 
organismo (alterações metabólicas), como o aumento do colesterol e dos triglicérides, 
elevando o risco de problemas cardíacos e resistência à insulina, o que pode causar a 
diabetes. Algumas pessoas sentem dores no corpo, em especial nos músculos, por causa 
do aumento do ácido lático. 
Nesses termos, o gabarito da questão é a letra C. 
 
 
 
 
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10. (Prefeitura de Arapongas–PR/IBFC/2014) Considerando os testes para 
diagnóstico da infecção por HIV, leia as frases abaixo e a seguir assinale a alternativa 
correta. 
I - O teste rápido permite a detecção de anticorpos anti-HIV na amostra de sangue do 
paciente em até 30 minutos. Pode ser realizado no momento da consulta. 
II - O Teste de Elisa tem custo elevado, sendo um exame confirmatório, ou seja, 
indicado em casos de resultado positivo no Teste Western Blot. Esse teste permite a 
procura de fragmentos do HIV. 
III. O Teste Elisa é o mais realizado para diagnosticar a doença. Esse teste permite a 
identificação de anticorpos contra o HIV no sangue do paciente. Caso seja detectado 
algum anticorpo anti-HIV no sangue, é necessária a realização de outro teste adicional, 
o teste confirmatório. São usados como testes confirmatórios, o Western Blot, o Teste 
de Imunofl uorescência indireta para o HIV-1 e o Imunoblot. 
IV - O teste rápido é um exame imunocromatográfico, treponêmico, de uso único para 
detecção de anticorpos específicos para HIV em até 10 minutos. 
 
Estão corretas as frases: 
a) I e II, apenas. 
b) I, II, III e IV. 
c) I e III, apenas. 
d) III e IV, apenas. 
COMENTÁRIOS: 
Os testes para detecção da infecção pelo HIV podem ser divididos, 
basicamente, em quatro grupos: a) testes de detecção de anticorpos; b) testes de 
detecção de antígenos; c) testes de amplificação do genoma do vírus; e d) técnicas de 
cultura viral. 
As técnicas rotineiramente utilizadas para o diagnóstico da infecção pelo HIV são 
as baseadas na detecção de anticorpos contra o vírus, os chamados testes anti-HIV. 
Essas técnicas apresentam excelentes resultados. Além de serem menos 
dispendiosas, são de escolha para toda e qualquer triagem inicial. Detectam a resposta 
do hospedeiro contra o vírus (os anticorpos) e não o próprio vírus. 
 As outras três técnicas detectam diretamente o vírus, ou suas partículas, e são 
utilizadas em situações específicas, tais como: esclarecimento de exames sorológicos 
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indeterminados, acompanhamento laboratorial de pacientes e mensuração da carga viral 
para controle de tratamento. 
Os anticorpos contra o HIV aparecem, principalmente, no soro ou plasma de 
indivíduos infectados, numa média de 6 a 12 semanas após a infecção. 
 Os testes de detecção de anticorpos são os seguintes: 
• ELISA (ensaio imunoenzimático): essa técnica vem sendo amplamente 
utilizada na triagem de anticorpos contra o vírus, pela sua facilidade de 
automação, custo relativamente baixo e elevada sensibilidade e 
especificidade. 
• Imunofluorescência indireta: é um teste utilizado na etapa de confirmação 
sorológica. 
• Western-blot: esse teste é considerado “padrão ouro” para confirmação do 
resultado reagente na etapa de triagem. Tem alta especificidade e 
sensibilidade, mas, comparado aos demais testes sorológicos, tem um 
elevado custo. 
• Testes rápidos: dispensam em geral a utilização de equipamentos para a 
sua realização, sendo de fácil execução e leitura visual. Está sendo cada vez 
mais utilizado, inclusive nas unidades básicas de saúde (UBS). 
Os testes rápidos apresentam resultados em um tempo inferior a 30 minutos e 
podem ser realizados no momento da consulta, por meio da coleta de uma amostra 
por punção da polpa digital do indivíduo (polpa do dedo). A utilização desses 
testes permite que em um mesmo momento - o da consulta - o paciente receba o 
aconselhamento pré e pós-teste, tenha o seu teste realizado e obtenha conhecimento do 
resultado do mesmo. Trata-se de uma estratégia de grande efetividade 
principalmente em locais de difícil acesso e em situações em que é necessário o 
conhecimento imediato do estado sorológico. 
 Tendo visto isto, concluímos que o gabarito da questão é a letra C, pois apenas 
os itens I e III estão corretos. 
 
 
 
 
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11. (Prefeitura de Ronda Alta-RS/ ASSCON-PP/2014) HIV em inglês é a sigla do 
Vírus da Imunodeficiência Humana que é causador da Síndrome da Imunodeficiência 
Adquirida (AIDS), vírus que ataca as células responsáveis por defender nosso 
organismo de doenças. O tratamento da AIDS se da por uso de antiretrovirais, 
considerando as alternativas abaixo assinale a que não se enquadra neste grupo: 
a) Zidovudina. 
b) Tenofovir. 
c) Oseltamivir. 
d) Estavudina. 
COMENTÁRIOS: 
Os medicamentos antirretrovirais surgiram na década de 1980, para impedir a 
multiplicação do vírus no organismo. Eles não matam o HIV, vírus causador da aids , 
mas ajudam a evitar o enfraquecimento do sistema imunológico . Por isso, seu uso é 
fundamental para aumentar o tempo e a qualidade de vida de quem tem aids. 
Vejamos na tabela abaixo as classes de medicamentos antirretrovirais: 
 
Classes de medicamentos antirretrovirais 
Inibidores Nucleosídeos da Transcriptase Reversa - atuam na enzima transcriptase 
reversa, incorporando-se à cadeia de DNA que o vírus cria. Tornam essa cadeia 
defeituosa, impedindo que o vírus se reproduza. 
São eles: Abacavir, Didanosina, Estavudina, Lamivudina, Tenofovir, Zidovudina e a 
combinação Lamivudina/Zidovudina. 
Inibidores Não Nucleosídeos da Transcriptase Reversa - bloqueiam diretamente a ação 
da enzima e a multiplicação do vírus. 
São eles: Efavirenz, Nevirapina e Etravirina. 
Inibidores de Protease – atuam na enzima protease, bloqueando sua ação e impedindo a 
produção de novas cópias de células infectadas com HIV. 
São eles: Atazanavir, Darunavir, Fosamprenavir, Indinavir, Lopinavir/r, Nelfinavir, 
Ritonavir, Saquinavir e Tipranavir. 
Inibidores de fusão - impedem a entrada do vírus na célula e, por isso, ele não pode se 
reproduzir. 
É a Enfuvirtida. 
Inibidores da Integrase – bloqueiam a atividade da enzima integrase, responsável pela 
inserção do DNA do HIV ao DNA humano (código genético da célula). Assim, inibe a 
replicação do vírus e sua capacidade de infectar novas células. 
É o Raltegravir. 
 
Para combater o HIV é necessário utilizar pelo menos três antirretrovirais 
combinados, sendo dois medicamentos de classes diferentes, que poderão ser 
combinados em um só comprimido. O tratamento é complexo, necessita 
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de acompanhamento médico para avaliar as adaptações do organismo ao tratamento, 
seus efeitos colaterais e as possíveis dificuldades em seguir corretamente as 
recomendações médicas, ou seja, aderir ao tratamento . Por isso, é fundamental manter 
o diálogo com os profissionais de saúde, compreender todo o esquema de tratamento e 
nunca ficar com dúvidas. 
Dessa forma, o medicamento que não se enquadra no grupo dos antirretrovirais é 
Oseltamivir. Gabarito, portanto, letra C. 
 
O atendimento imediato de uma DST não é apenas uma ação curativa; é também 
uma ação preventiva da transmissão e do surgimento de outras complicações. Ao 
agendar a consulta para outro dia, pode ocorrer o desaparecimento dos sintomas 
desestimulando a busca por tratamento. Como consequência, a infecção pode evoluir 
para formas crônicas graves e se mantém a transmissão. A espera em longas filas, o 
agendamento para nova data, a falta de medicamentos e a discriminação e/ou falta de 
confidencialidade são fatores que induzem à busca de resolução fora do sistema formal 
de saúde. 
Segundo o Ministério da Saúde, o atendimento de pacientes com DST tem os 
seguintes objetivos: interromper a cadeia de transmissão da forma mais efetiva e 
imediata possível, evitar as complicações advindas das DST assim como a transmissão 
do HIV, a regressão imediata dos sintomas. Neste sentido, o manual traz orientações de 
como o profissional de saúde deve proceder diante de determinadas situações. 
Para propiciar o diagnóstico precoce e tratamento imediato, propõe-se o uso de 
abordagem sindrômica, que se baseia em fluxogramas de conduta para um conjunto de 
doenças: úlcera genital (sífilis, cancro mole, donovanose e herpes genital) corrimento 
uretral (clamídia e gonorreia), corrimento vaginal e cervicite (clamídia, gonorreia, 
vaginose bacteriana, candidíase e tricomoníase) e dor pélvica. 
Clamídia e gonorreia (corrimento uretral) são infecções causadas por bactérias 
que podem atingir os órgãos genitais masculinos e femininos. A clamídia é muito 
comum entre os adolescentes e adultos jovens, podendo causar graves problemas à 
saúde. A gonorreia pode infectar o pênis, o colo do útero, o reto (canal anal), a garganta 
e os olhos. Quando não tratadas, essas doenças podem causar infertilidade (dificuldade 
para ter filhos), dor durante as relações sexuais, gravidez nas trompas, entre outros 
danos à saúde. 
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Nas mulheres, pode haver dor ao urinar ou no baixo ventre (pé da barriga), 
aumento de corrimento, sangramento fora da época da menstruação, dor ou 
sangramento durante a relação sexual. Entretanto, é muito comum estar doente e não ter 
sintoma algum. 
Nos homens, normalmente há uma sensação de ardor e esquentamento ao 
urinar, podendo causar corrimento ou pus, além de dor nos testículos. É possível que 
não haja sintomas e o homem transmita a doença sem saber. 
Vejamos abaixo os esquemas de tratamento dessas doenças: 
CLAMÍDIA GONORRÉIA 
 Azitromicina 1 g, VO,em dose única; ou 
 Doxiciclina 100 mg, VO, de 12/12 horas, 
durante 7 dias (contraindicado para gestantes, 
nutrizes e crianças menores de 10 anos); ou 
 Eritromicina (estearato/estolato) 500 mg, 
VO, de 6/6 horas, durante 7 dias. 
 Ciprofloxacina 500 mg, VO, dose única 
(contraindicado em menores de 18 anos e em 
gestantes/nutrizes); ou 
 Ceftriaxona 250 mg, IM, dose única; ou 
 Cefixima 400 mg, VO, dose única; ou 
 Ofloxacina 400 mg, VO, dose única 
(contraindicado em menores de 18 anos e em 
gestantes/nutrizes). 
 
Para aprofundamento desse assunto, recomendo a leitura do Caderno de Atenção 
Básica nº 18 - HIV/Aids, hepatites e outras DST (disponível em: 
http://dab.saude.gov.br/portaldab/biblioteca.php?conteudo=publicacoes). Infelizmente, 
apesar de a abordagem sindrômica ser uma das principais ações do Enfermeiro na 
Atenção Básica, esse assunto é pouco cobrado em prova. 
 
Passemos para a resolução de questões: 
12. (EBSERH HU-UFC/INSTITUTO AOCP/2014) São consideradas doenças 
sexualmente transmissíveis: 
a) Cancro mole, herpes, sífilis, lúpus e HIV. 
b) Lúpus, herpes, sífilis, linfogranuloma venéreo e HIV. 
c) Lúpus, hepatite C, sífilis, linfogranuloma venéreo e HIV. 
d) Cancro mole, herpes, sífilis, linfogranuloma venéreo e HIV. 
e) Cancro mole, lúpus, sífilis, linfogranuloma venéreo e HIV. 
COMENTÁRIOS: 
 Essa questão é tranquila e vamos resolvê-la por eliminação! Sabemos que o lúpus 
é uma doença autoimune rara, provocada por um desequilíbrio do sistema imunológico 
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em que a defesa imunológica se vira contra os tecidos do próprio organismo como pele, 
articulações, fígado, coração, pulmão, rins e cérebro. É mais frequente nas mulheres do 
que nos homens. Observe que a alternativa D é a única que não cita o lúpus. Portanto, o 
gabarito da questão é a letra D. 
 
13. (HU-UFPI/EBSERH/IADES/2013) Sintomas como presença de feridas na região 
genital (uma ou várias), dolorosas ou não, antecedidas ou não por bolhas pequenas, 
acompanhadas ou não por ínguas nas virilhas podem ser diagnóstico de 
a) sífilis, cancro mole, herpes genital, donovanose ou linfogranuloma venéreo. 
b) sifílis, cancro mole, gonorreia ou clamídia. 
c) infecção pelo papiloma vírus humano (HPV), herpes genital, donovanose ou 
linfogranuloma venéreo. 
d) tricimoníase, gonorreia ou clamídia. 
e) sífilis, cancro mole, herpes genital ou infecção pelo papilomavírus humano (HPV). 
COMENTÁRIOS: 
Vejamos cada uma das doenças isoladamente para melhor compreensão do 
conteúdo: 
Sífilis – é uma doença infecciosa causada pela bactéria Treponema pallidum. 
Podem se manifestar em três estágios. Os maiores sintomas ocorrem nas duas primeiras 
fases, período em que a doença é mais contagiosa. O terceiro estágio pode não 
apresentar sintoma e, por isso, dá a falsa impressão de cura da doença. Todas as pessoas 
sexualmente ativas devem realizar o teste para diagnosticar a sífilis, principalmente as 
gestantes, pois a sífilis congênita pode causar aborto, má formação do feto e/ou morte 
ao nascer. A Sífilis pode ser transmitida de uma pessoa para outra durante o sexo sem 
camisinha com alguém infectado, por transfusão de sangue contaminado ou da mãe 
infectada para o bebê durante a gestação ou o parto. O uso da camisinha em todas as 
relações sexuais e o correto acompanhamento durante a gravidez são meios simples, 
confiáveis e baratos de prevenir-se contra a sífilis. Os primeiros sintomas da doença 
são pequenas feridas nos órgãos sexuais e caroços nas virilhas (ínguas), que surgem 
entre a 7 e 20 dias após o sexo desprotegido com alguém infectado. As feridas e as 
ínguas não doem, não coçam, não ardem e não apresentam pus. Mesmo sem 
tratamento, essas feridas podem desaparecer sem deixar cicatriz. Mas a pessoa continua 
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doente e a doença se desenvolve. Ao alcançar um certo estágio, podem surgir manchas 
em várias partes do corpo (inclusive mãos e pés) e queda dos cabelos. 
Cancro mole – também é chamado de cancro venéreo, mas seu nome mais 
popular é “cavalo”. Doença transmitida sexualmente, provocada pela 
bactéria Haemophilus ducreyi, é mais frequente nas regiões tropicais, como o Brasil. 
Doença muito contagiosa que tem como período de incubação de 3 a 5 dias podendo 
chegar a 14 dias, e é a causa mais comum de úlceras genitais em todo o mundo. 
Herpes genital – é uma doença causada por um vírus que, apesar de não ter cura, 
tem tratamento. Seus sintomas são geralmente pequenas bolhas agrupadas que se 
rompem e se transformam em feridas ou úlceras. Depois que a pessoa teve contato 
com o vírus, os sintomas podem reaparecer dependendo de fatores como estresse, 
cansaço, esforço exagerado, febre, exposição ao sol, traumatismo, uso prolongado de 
antibióticos e menstruação. Em homens e mulheres, os sintomas geralmente aparecem 
na região genital (pênis, ânus, vagina, colo do útero). Essa doença é caracterizada pelo 
surgimento de pequenas bolhas na região genital, que se rompem formando feridas e 
desaparecem espontaneamente. Antes do surgimento das bolhas, pode haver sintomas 
como formigamento, ardor e coceira no local, além de febre e mal-estar. As bolhas se 
localizam principalmente na parte externa da vagina e na ponta do pênis. Após algum 
tempo, porém, o herpes pode reaparecer no mesmo local, com os mesmos sintomas. 
Donovanose – também chamado de Granuloma Inguinal ou Granuloma Venéreo, 
doença causada pela bactéria Calymmatobacterium granulomatis (Klebsiella 
granulomatis, Donovania granulomatis) transmitida, provavelmente por contato direto 
com lesões, durante a atividade sexual. Surgem lesões nos órgãos genitais que 
lentamente se transforma em feridas ou úlceras indolores ou caroço vermelho. Afeta a 
pele e mucosas da genitália, ânus e virilha. 
Linfogranuloma venéreo – é uma infecção crônica causada pela 
bactéria Chlamydia trachomatis, que atinge os genitais e os gânglios da virilha. É uma 
doença bacteriana sexualmente transmissível, caracterizada pelo envolvimento do 
sistema linfático, tendo como processos básicos a trombolinfangite e perilinfangite. 
A evolução clínica apresenta-se em 3 fases: primeira, no local de penetração do agente 
etiológico ocorre o aparecimento de papulas, vesícula (úlceras), pústula ou erosão fugaz 
e indolor, no homem, acomete o sulco balonoprepucial, o prepúcio ou meato uretral; na 
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mulher, acomete fúrcula cervical, clitóris, pequenos e grandes lábios; na segunda fase: 
caracteriza-se por adenite inguinal, geralmente unilateral, firme e pouco dolorosa 
(bubão), que pode ser acompanhada de febre e mal-estar; na terceira fase -quando ha 
drenagem de material purulento por vários orifícios no bubão, com ou sem sangue, que, 
ao involuir, deixa cicatrizes retraídas ou queloides. 
Gonorreia – também conhecida como blenorragia, infecta principalmente o canal 
uretral, nos homens, normalmente sintomáticos. Tem como agente etiológico a 
Neisseria Gonorrhoea e apresenta evoluções clínicas diferentes. Quando não tratada a 
gonorreia pode atingir outros órgãos, no homem, podem chegar aos testículos e o 
epidídimo acarretando ou não em infertilidade; nas mulheres, pode chegar ao útero, às 
trompas e aos ovários e provocar um processo.

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