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6. CONTRATOS ADMINISTRATIVOS

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ATUALIZADO EM 04/05/2017
CONTRATOS ADMINISTRATIVOS[1: Este material foi produzido pelos coaches com base em anotações pessoais de aulas, referências e trechos de doutrina, informativos de jurisprudência, enunciados de súmulas, artigos de lei, anotações oriundas de questões, entre outros, além de estar em constante processo de atualização legislativa e jurisprudencial pela equipe do Ciclos R3.]
1. Conceito
Ato jurídico bilateral em que sujeito ativo e passivo se comprometem. Vínculo jurídico patrimonial, por conter uma prestação e uma contraprestação. O objetivo é satisfazer o interesse público. Há, necessariamente, a participação do Estado. Está sujeito a regime público (ex. cláusulas exorbitantes). 
Obs.: nem todo contrato celebrado pelo Poder Público é contrato administrativo, pois alguns são celebrados sob o regime privado. São os chamados contratos da administração. Ex.: locação. 
Contratos Administrativos Atípicos ou Contratos de Direito Privado da Administração: celebração de contratos em que a administração pública, em princípio, encontra-se em posição de igualdade perante o particular, regido predominantemente pelo direito privado. 
- Atípicos: regidos por normas de direito privado já que há concorrência entre o interesse público e privado, ou mesmo este predomina sobre aquele. Atualmente, tendo em vista que a Lei 8666/93 estendeu aos contratos atípicos a aplicação das prerrogativas da Administração, a relevância da distinção foi mitigada. 
Mesmo assim, os dois buscam o interesse público. Não há mudança subjetiva ou objetiva, mas apenas no regime jurídico incidente. 
Vale recordar que quando o contrato for celebrado pela Administração, será um contrato da Administração, que poderá ser regido pelo regime privado (ex.: contrato de locação), ou pelo regime público, quando será chamado de contrato administrativo. 
Obs. É inconstitucional lei estadual que condicione a celebração de contratos da Administração à prévia autorização do Legislativo ou registro prévio no Tribunal de Contas.
Obs. Competência privativa da União para legislar normas gerais. Problemas: 1. A 8666 por vezes traz normas específicas. 2. Definir o que seriam normas específicas: ex. Inconstitucional – lei estadual que vedava contratação de PJ que descriminavam empregados com nome incluído em proteção de crédito. Constitucional – lei municipal que vedava a contratação de agentes políticos e comissionados e parente até seis meses após o exercício das funções.
O legislador aplica as leis contratuais da lei 8666 até às pessoas administrativas que executam atividades econômicas SEM e EP. A EC 19, no entanto, previu estatuto próprio. Com o advento deste, muitos dispositivos da 8666 deixarão de ser aplicados. Parágrafo único.  Subordinam-se ao regime desta Lei, além dos órgãos da administração direta, os fundos especiais, as autarquias, as fundações públicas, as empresas públicas, as sociedades de economia mista e demais entidades controladas direta ou indiretamente pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios.
Obs. STJ decidiu que não incide o CDC – Contrato de obra ECT x EMPREITEIRA.
OBS. Microempresas e empresas de pequeno porte. Há três formas de favorecer.
Art. 48.   Para o cumprimento do disposto no art. 47 desta Lei Complementar, a administração pública poderá realizar processo licitatório: 
I - destinado exclusivamente à participação de microempresas e empresas de pequeno porte nas contratações cujo valor seja de até R$ 80.000,00 (oitenta mil reais);
II - em que seja exigida dos licitantes a subcontratação de microempresa ou de empresa de pequeno porte, desde que o percentual máximo do objeto a ser subcontratado não exceda a 30% (trinta por cento) do total licitado;
III - em que se estabeleça cota de até 25% (vinte e cinco por cento) do objeto para a contratação de microempresas e empresas de pequeno porte, em certames para a aquisição de bens e serviços de natureza divisível.
§ 1º  O valor licitado por meio do disposto neste artigo não poderá exceder a 25% (vinte e cinco por cento) do total licitado em cada ano civil.
§ 2º  Na hipótese do inciso II do caput deste artigo, os empenhos e pagamentos do órgão ou entidade da administração pública poderão ser destinados diretamente às microempresas e empresas de pequeno porte subcontratadas. 
Art. 49.   Não se aplica o disposto nos arts. 47 e 48 desta Lei Complementar quando:  
I - os critérios de tratamento diferenciado e simplificado para as microempresas e empresas de pequeno porte não forem expressamente previstos no instrumento convocatório; 
II - não houver um mínimo de 3 (três) fornecedores competitivos enquadrados como microempresas ou empresas de pequeno porte sediados local ou regionalmente e capazes de cumprir as exigências estabelecidas no instrumento convocatório;  
III - o tratamento diferenciado e simplificado para as microempresas e empresas de pequeno porte não for vantajoso para a administração pública ou representar prejuízo ao conjunto ou complexo do objeto a ser contratado;
IV - a licitação for dispensável ou inexigível, nos termos dos arts. 24 e 25 da Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993. 
2. Características do contrato administrativo
Presença do poder público
É consensual e não real, pois se aperfeiçoa (está perfeito e acabado) no momento da manifestação da vontade. No contrato real é na entrega do bem. 
Formal: não basta a vontade das partes. Vários requisitos têm que ser preenchidos. Um exemplo é a realização de licitação.
Comutativo. Tem prestações e contraprestações equivalentes e determinadas no contrato. Não é aleatório.
Oneroso. É remunerado na forma condicionada. 
Personalíssimo. Pode haver subcontratação? Sim, desde que haja previsão no contrato, pois a lei (art. 78) fala que se não houver a autorização no contrato, estar-se diante de hipótese de rescisão. A doutrina critica por ser personalíssimo. Requisitos: a) previsão no contrato; b) anuência da Administração; c) a Administração exigirá do subcontratado o mesmo que foi exigido do contratado na licitação; d) a doutrina diz que se deve transferir apenas parte do contrato, pois do contrário significaria dar ao subcontratante aquilo que foi dado na licitação sem a sua participação. Em respeito aos outros que concorreram. 
De adesão. Uma das partes tem o monopólio da situação e define as regras. Contrato e edital andam juntos. O edital traz em anexo o contrato.
3. Formalidades
Procedimento administrativo prévio. Licitação ou processo de justificação nos casos de contratação direta (dispensa ou inexigibilidade). Art. 26.
Por escrito. Exceção – pronta entrega, pronto pagamento e até quatro mil reais. Art. 60, Parágrafo único.  É nulo e de nenhum efeito o contrato verbal com a Administração, salvo o de pequenas compras de pronto pagamento, assim entendidas aquelas de valor não superior a 5% (cinco por cento) do limite estabelecido no art. 23, inciso II, alínea "a" desta Lei, feitas em regime de adiantamento.
Instrumento de contrato. Art. 62. Há duas situações: 
a) obrigatório – quando o valor do contrato for correspondente à concorrência ou tomada de preço, ou dispensas e inexigibilidades que se enquadrem nesse valor; 
b) facultativo – quando o valor for correspondente ao convite ou os demais, desde que seja possível realizá-lo de outra maneira (carta contrato, ordem de serviço, nota de empenho. Esses são atos administrativos simples que trazem somente o comando que deve ser executado). § 4o  É dispensável o "termo de contrato" e facultada a substituição prevista neste artigo, a critério da Administração e independentemente de seu valor, nos casos de compra com entrega imediata e integral dos bens adquiridos, dos quais não resultem obrigações futuras, inclusive assistência técnica.
Publicação – em até 20 dias, não podendo ultrapassar o 5º dia útil do mês subsequente ao da assinatura. Art. 61, parágrafo único. Se o contrato for assinado no final do mês tem que ser publicado antes dos vinte dias, pois não poderá passaro quinto dia útil do mês subsequente - Celso Antônio pensa diferente. Se o administrador não publicou? Esse contrato é válido, mas não é eficaz. Publicação é condição de eficácia. Parágrafo único.  A publicação resumida do instrumento de contrato ou de seus aditamentos na imprensa oficial, que é condição indispensável para sua eficácia, será providenciada pela Administração até o quinto dia útil do mês seguinte ao de sua assinatura, para ocorrer no prazo de vinte dias daquela data, qualquer que seja o seu valor, ainda que sem ônus, ressalvado o disposto no art. 26 desta Lei.
4. Cláusulas contratuais[1: *A banca FCC considerou correta, na prova da DPE-BA, em 2016, as seguintes assertivas sobre os elementos do contrato administrativo: “o crédito pelo qual correrá a despesa, com a indicação da classificação funcional programática e da categoria econômica; a vinculação ao edital de licitação ou ao termo que a dispensou ou a inexigiu, ao convite e à proposta do licitante vencedor; o preço e as condições de pagamento, os critérios, data-base e periodicidade do reajustamento de preços, os critérios de atualização monetária entre a data do adimplemento das obrigações e a do efetivo pagamento.”]
Necessárias, essenciais ou obrigatórias – art. 55. Ex. 
- Edital contrato (estão sempre juntos. Edital tem como anexo a minuta do contrato e o contrato tem como anexo o edital); 
- Foro de eleição; 
- Durante o contrato, a contratada deve manter todos os requisitos da licitação (ex. regularidade fiscal e trabalhista); 
- Garantia (art. 56 é uma decisão da administração se vai ou não exigir uma garantia. A doutrina diz que a Administração deve, que é um dever poder. É de até 5% e para os contratos de grande vulto, complexidade ou riscos financeiros é de até 10%. A forma de garantia é decisão do contratado. A lei diz que pode ser caução em dinheiro, Título da dívida pública, fiança bancária ou seguro garantia); §  5o  Nos casos de contratos que importem na entrega de bens pela Administração, dos quais o contratado ficará depositário, ao valor da garantia deverá ser acrescido o valor desses bens.
Garantia na licitação – 1%
- Duração do contrato administrativo (art. 57). Não se admite no Brasil contrato administrativo sem prazo determinado Regra: vigência dos créditos orçamentários – um ano (este prazo não se aplica aos contratos de direito privado celebrados pela Administração). Exceções:
i) quando o objeto está previsto no plano plurianual (até 04 anos);
ii) serviço de prestação contínua (até 05 anos + 1 ano); 
iii) aluguel de equipamentos e programas de informática (até 4 anos);
iv) hipóteses de dispensa (IX, XIX, XXVIII e XXXI) – segurança nacional, defesa nacional, Forças Armadas e Instituição Científica e Tecnológica - ICT: órgão ou entidade da administração pública que tenha por missão institucional, dentre outras, executar atividades de pesquisa básica ou aplicada de caráter científico ou tecnológico – até 10 anos;
v) concessão de serviço público – prazo na lei do serviço; (; concessão ou permissão de serviços públicos – 5 anos; concessões de uso de bem público e nas PPP’s: até 35 anos; existem outros prazos especiais previstos em leis específicas.
iv) sem desembolso pela Administração - não está na lei. A doutrina interpreta de acordo com a lei de responsabilidade fiscal. Prazo determinado, mas não precisa vincular ao crédito orçamentário.
Exorbitantes. É aquela que extrapola o comum dos contratos. Se previstas em um contrato normal seriam abusivas. Dão à Administração um tratamento diferenciado.
a) alteração unilateral do contrato. 
Art. 65  Os contratos regidos por esta Lei poderão ser alterados, com as devidas justificativas, nos seguintes casos: I - unilateralmente pela Administração: a) quando houver modificação do projeto ou das especificações, para melhor adequação técnica aos seus objetivos; b) quando necessária a modificação do valor contratual em decorrência de acréscimo ou diminuição quantitativa de seu objeto, nos limites permitidos por esta Lei;
b) rescisão unilateral
c) fiscalização. Art. 67 Art. 67.  A execução do contrato deverá ser acompanhada e fiscalizada por um representante da Administração especialmente designado, permitida a contratação de terceiros para assisti-lo e subsidiá-lo de informações pertinentes a essa atribuição. § 1o  O representante da Administração anotará em registro próprio todas as ocorrências relacionadas com a execução do contrato, determinando o que for necessário à regularização das faltas ou defeitos observados.§ 2o  As decisões e providências que ultrapassarem a competência do representante deverão ser solicitadas a seus superiores em tempo hábil para a adoção das medidas convenientes.
d) aplicar penalidades. Todas dependem de processo administrativo com contraditório e ampla defesa. Art. 87. 1) Advertência: deve ser praticada por escrito 2) multa (depende de previsão no contrato) 3) suspensão de contratar por dois anos com o ente que aplicou a sanção. 4) declaração de inidoneidade – impede de contratar com qualquer ente. Para se reabilitar tem que indenizar o poder público e ultrapassar o prazo de dois anos. 
e) ocupação provisória dos bens do contratado. Durante o processo administrativo a administração pode assumir o serviço, ocupando provisoriamente os bens do contratado. Ao final do processo a Administração pode fazer a aquisição desses bens. A ocupação provisória pode ser indenizável, a depender da previsão contratual.
*f) Exceptio adimplenti non contractus. Trata-se aqui do direito de suspender a execução do contrato em face do inadimplemento de outra parte. A doutrina tradicional (Hely Lopes Meirelles) era assente no sentido de que, nos contratos administrativos, a aplicação desta teoria em benefício do particular contratado pelo Estado ensejaria afronta direta ao princípio da continuidade do serviço público. Assim, o particular deve manter a prestação determinada nos contratos, ainda que a Administração não cumprisse o contrato. Para Hely, a ausência dela é que gerava uma exorbitância. Todavia, essa não foi a posição que prevaleceu. Hoje se entende que a exceptio non adimplenti contractus é aplicável aos contratos administrativos de forma diferenciada. Conforme determina o artigo 78, XV da Lei 8.666/93, o particular tem o direito de invocar a exceção do contrato não cumprido quando a Administração seja inadimplemente por mais de 90 dias. Art. 78, XV – o contratado tem que executar o contrato ainda por 90 dias. Só pode executar a cláusula após 90 dias do inadimplemento. XV - o atraso superior a 90 (noventa) dias dos pagamentos devidos pela Administração decorrentes de obras, serviços ou fornecimento, ou parcelas destes, já recebidos ou executados, salvo em caso de calamidade pública, grave perturbação da ordem interna ou guerra, assegurado ao contratado o direito de optar pela suspensão do cumprimento de suas obrigações até que seja normalizada a situação;
Obs. antes dos 90 dias, em casos especiais, em que o contratado fique impedido de dar continuidade ao contrato por força da falta de pagamento, pode ajuizar ação cautelar em prol de tutela preventiva imediata para suspender o objeto do contrato.
5. Alterações unilaterais (exorbitante) e bilaterais
5.1. Unilateral
Especificações do projeto (qualitativa)
Alteração do objeto (quantitativa). A natureza do objeto é imutável. Até 25 % se for acréscimo ou supressão. Reforma de edifício ou equipamento – apenas acréscimo de 50%. 
Pode ser revista caso tenha sido arbitrária. 
Os autores questionam se o os limites previstos em lei seriam apenas para a mudança quantitativa. O correto é mesmo abarcar a qualitativa. CONCURSO – OBJETIVA – APENAS PARA A QUANTITATIVA. 
Supressão: reembolsa o contratado pelo material adquirido e outros danos decorrentes da supressão.
5.2. Bilateral
Regime de execução
Alteração maior que 25% (ou 50% nos casos designados).
Forma de pagamento
Substituição da garantia
Equilíbrio econômico- financeiro.Teoria da imprevisão. O equilíbrio contratual é verificado no momento da celebração. É necessário um fato superveniente que as partes não previram. Onera demasiadamente o contrato para uma das partes. Hipóteses (estão fora da álea economia – extraordinária por natureza): 
a) Fato do príncipe: Atuação geral e abstrata pelo Poder Público que atinge o contrato de forma indireta e reflexa. Ex.: alteração da alíquota de um imposto. Obs. Em não sendo possível continuar, a Adm. indeniza. 
B) Fato da Administração – atuação específica do Poder Público que atinge diretamente. 
C) Interferências imprevistas – já existiam à época da celebração, mas as partes não tinham conhecimento. Ex. solo pedregoso demais.
D) Caso fortuito e força maior. Adm. indeniza.
6. Extinção
a) conclusão do objeto ou advento do termo contratual - prazo
b) rescisão administrativa – interesse público (Administração indeniza MUDOU - STJ – DANOS EMERGENTES E LUCROS CESSANTES - 2011. Não há necessidade de ampla defesa. Não há conflito, mas há necessidade de motivação do ato) ou descumprimento de cláusula contratual pelo contratado (contratado indeniza). 
c) rescisão consensual, amigável. Acordo
d) rescisão judicial (pelo contratado). É a única saída para o contratado. Obs. rescisão por arbitragem- cada vez mais comum.
e) Rescisão de pleno direito. Decorre de uma situação estranha à vontade das partes. Ex. morte.
f) Anulação por ilegalidade. Indeniza.
7. Principais contratos administrativos
- Contrato de obra pública (toda construção, reforma, fabricação, recuperação ou ampliação). Depende de licitação. É necessário ter o projeto básico, o projeto executivo e programar a obra em sua totalidade. pág 183. A execução pode ser direta (o próprio Estado realiza a obra) ou indireta (empreitada por preço global, por preço unitário, integral ou tarefa). Se dá por empreitada ou tarefa:
- Empreitada: Lei 8666/96 + art. 9, § 1º da Lei 12.462/11 (RDC), com mesmo conteúdo do Direito Civil (art. 610 a 626 CC/02): existe quando a Administração comete ao particular a execução da obra ou serviço, para que este execute por sua conta e risco, mediante remuneração prefixada. Pode ser por preço global ou preço unitário; pode ser de lavor (só serviço) ou mista (serviço + materiais). 
Não existe subordinação entre Estado e empreiteiro; remuneração paga pelo poder público. 
Em comparação com a concessão de obra pública, há diferenças quanto á remuneração (empreitada = poder público); responsabilidade (empreitada = Estado; concessão = concessionária, Estado é subsidiário; efeitos em relação a terceiros (empreitada = bilaterais, Estado + Empreiteiro; concessão = trilaterais, Estado, concessionário e usuário). Ex.: execução de atividades materiais, sem transferir a gestão do serviço: limpeza, vigilância, projeto, parecer (Lei 8666, artigos 6º, II e 13). Empreitada integral: obras + serviços + instalações.
- Tarefa: tem como objeto a mão de obra para pequenos trabalhos, para pagamento por preço certo, sem fornecimento de material. Normalmente utilizado para trabalhos em que o pequeno valor dispensa a licitação. Forma utilizada: “ordem de execução de serviço.
- Contratação integrada – Regime Diferenciado de Contratações - Lei da Copa. O contratado elabora os projetos básicos e executivo. CRÍTICA.
contratos de serviço – o serviço pode ser comum (não são privativos de determinada categoria profissional) ou técnico profissional; também são executado nas formas das obras.
contrato de fornecimento – destina-se à compra de coisas móveis, como por exemplo material hospitalar, necessários à realização e manutenção de seus serviços. Princípio da padronização. Sistema de registro de preços: o vencedor da licitação firma ata de registro de preço, pela qual se compromete a fornecer o bem por determinado prazo, não superior a um ano, sempre que a Administração necessitar. 
contratos de concessão – ajuste pelo qual a Administração delega ao particular (pessoa jurídica ou consórcio de empresas) a execução remunerada de serviço ou obra pública ou lhe cede o uso de um bem público para que o explore por sua conta e risco, pelo prazo e nas condições legais e contratuais (em geral, por até 05 anos).Doutrina brasileira classifica em concessão translativa: importa a passagem de um sujeito a outro, de um bem ou de um direito que se perde pelo primeiro e de adquire pelo segundo; os direitos derivados dessa concessão são próprios do Estado, porém transferidos ao concessionário. Casos: concessão de serviço público e de obra pública, concessão patrocinada e concessões administrativas que tenham por objeto prestação de serviço público; concessão constitutiva: com base em um poder mais amplo, o Estado constitui, em favor do concessionário, um poder menos amplo. Caso: concessão de uso de bem público. Sob o aspecto formal, não há distinção.
Obs: CF chama de concessão, mas é ato e não contrato: concessão de lavra, radiodifusão.
Não há mais permissão de serviços públicos. Agora é contrato – concessão. 
Tipos:
COMUNS: 
1. Concessão de serviços públicos simples: só serviço público.
2. Concessão de serviços públicos precedida de execução de obra pública: remuneração é tarifa.
ESPECIAIS (PPP. Obra e serviço):
1. Concessão patrocinada: concedente e tarifa
2. Concessão administrativa: adm. é usuária.
a) concessão de serviço público: Lei 8987/95; remuneração básica por tarifa para pelo usuário e outra forma de remuneração decorrente da exploração do serviço.
b) concessão patrocinada: instituída pela Lei 11.079/04 como forma de parceria público-privada; nela se conjugam tarifas paras pelo usuário e contraprestação do poder concedente (parceiro público) ao concessionário (parceiro privado).
c) concessão administrativa: Lei 11.079/04 (PPP): o objeto é a prestação de serviços de que a Administração seja usuária direta ou indireta, podendo envolver execução de obra ou fornecimento e instalação de bens; a remuneração é constituída pela contraprestação do parceiro público ao parceiro privado.
d) concessão de obra pública: modalidades disciplinadas pela Lei 8987/95 e 11.079/04.
e) concessão de uso de bem público: com o sem exploração do bem, disciplinada por lei esparsa.
- Contratos de Publicidade: devem necessariamente ser precedidos de licitação (art. 2º, Lei 8666); são regidos por legislação específica (Lei 12.232/10) aplicável a todas os entes federativos e órgãos do Poder Legislativo, Executivo e Judiciário; entidades da administração indireta e entidades controlada direta ou indiretamente pelos entes federativos. Para contratação em agências de propaganda que tenham obtido qualificação técnica junto ao CENP – Conselho Executivo das Normas Padrão.
- Contratos de gerenciamento – o poder público transfere ao contratado a condução do empreendimento, conservando, porém, a capacidade decisória. Ex.: hidroelétrica. Não deixa de ser contrato de serviço público.
- Contrato de gestão (operacional) – Consiste num acordo entre o Poder Público e entidades da Administração Indireta ou mesmo órgãos da própria Administração Direta, em virtude do que estes órgãos e entidades assumem o compromisso de atingir dadas metas de desempenho, em troca do que lhes é ampliada sua autonomia gerencial, financeira e orçamentária.
- Alienação e locação – embora previsto no art.1º da Lei 8666, a doutrina majoritária não os enquadra como contratos administrativas, mas sim como contratos de direito privado.
8. Poder de Alteração Unilateral do Contrato
- Somente referente às cláusulas regulamentares ou de serviço (que são aquelas que dispõem sobre o objeto do contrato) cláusulas econômico-financeiras e monetárias não podem ser alteradas unilateralmente.
- Sempre justificadamente
- O particular terá direito aos danos emergentes da redução do objeto do contrato, mas não aos lucros cessantes dela decorrentes. MUDOU – STJ – tem direito aos danos emergentes E LUCROS CESSANTES. 
O STJ assentou que aumento salarial ou inflação não podem ser considerados fatosimprevisíveis ensejadores da revisão contratual.
8.1 Requisitos elencados pelo TCU para acréscimos acima do limite legal:
não acarretar para a Administração encargos contratuais superiores aos oriundos de uma eventual rescisão contratual por razões de interesse público, acrescidos aos custos da elaboração de um novo procedimento licitatório;
não possibilitar a inexecução contratual, à vista do nível de capacidade técnica e econômico-financeira do contratado;
decorrer de fatos supervenientes que impliquem em dificuldades não previstas ou imprevisíveis por ocasião da contratação inicial;
não ocasionar a transfiguração do objeto originalmente contratado em outro de natureza e propósito diversos;
ser necessária à completa execução do objeto original do contrato, à otimização do cronograma de execução e à antecipação dos benefícios sociais e econômicos decorrentes;
demonstrar-se – na motivação do ato que autorizar o aditamento contratual que extrapole os limites legais mencionados na alínea “a”, supra, - que as consequências da outra alternativa (a rescisão contratual, seguida de nova licitação e contratação) importam sacrifício insuportável ao interesse público primário (interesse coletivo) a ser atendido pela obra ou serviço, ou gravíssimas a esse interesses; inclusive à sua urgência e emergência.
8.2 Alterações de valores nos contratos administrativos
- Reajuste (tem lugar quando sofrem variação os custos da produção dos bens ou da prestação dos serviços). É uma fórmula preventiva normalmente utilizada pelas partes já no momento do contrato, com vistas a preservar os contratados dos efeitos do regime inflacionário. As partes estabelecem no instrumento contratualum índice de atualização idôneo a tal objetivo. Precisa de previsão no contrato. Diferentemente da revisão. 
- Revisão ou recomposição de preços: Ocorre quando o equilíbrio econômico-financeiro é rompido por um fato superveniente à celebração do contrato, de natureza imprevisível, ou previsível mas de consequências incalculáveis e visa seu restabelecimento. Dá-se por meio de termo de aditamento de contrato, na exata proporção do desequilíbrio comprovado documentalmente pela contratada. (art. 65, II, “d” da Lei 8.666/93). Feito por acordo das partes.
Pressupostos necessários para revisão: 
a) elevação dos encargos do particular; 
b) ocorrência de evento posterior à formulação da proposta; 
c) existência vínculo de causalidade entre o evento ocorrido e a majoração dos encargos do contratado 
d) inexistência de culpa do contratado pela majoração dos seus encargos (o que inclui a previsibilidade da ocorrência do evento), deve ser garantida a recomposição do equilíbrio econômico-financeiro do contrato administrativo. 
A Revisão não se constitui em mera faculdade da Administração, porque inexiste discricionariedade. Trata-se de um dever do Poder Público.
#TCU #OUSESABER: Considerações sobre reajustamento de preço em contrato administrativo: Seguindo o teor do Acórdão n.º 1.263/2004 do TCU, seria defensável a existência do gênero REAJUSTAMENTO DE PREÇOS EM SENTIDO AMPLO, que se destina a recuperar os valores contratados da defasagem provocada pela inflação, do qual são espécies o REAJUSTAMENTO DE PREÇOS EM SENTIDO ESTRITO e a REPACTUAÇÃO DE PREÇOS. Acrescenta a mesma decisão, ainda, que "tanto o reajustamento quanto a repactuação dos preços visam recompor a corrosão do valor contratado pelos efeitos inflacionários". A diferença reside no fato do reajustamento vincular-se a índice estabelecido contratualmente, enquanto que na repactuação a recomposição do equilíbrio do contrato ocorre por meio da demonstração analítica da variação dos componentes dos custos que integram o contrato. Tanto o reajustamento stritu sensu quanto a repactuação podem se submeter à condição de periodicidade mínima para o seu reconhecimento e respectiva concessão, ao contrário do que ocorre com o reequilíbrio econômico-financeiro, que pode se dar a qualquer tempo, não exigindo previsão em edital ou contrato. O reequilíbrio econômico-financeiro compreende o estudo da teoria da imprevisão (recomposição contratual), que está relacionada à ocorrência de fatos imprevisíveis, ou, ainda que previsíveis, de efeitos incalculáveis, que afetem o equilíbrio contratual. A repactuação não advém de fato imprevisível, caso de força maior, caso fortuito, fato do príncipe ou álea economia extraordinária. Tampouco pode se enquadrar em fato previsível, mas de consequências incalculáveis, já que o comportamento e os efeitos da inflação podem ser antevistos, muito embora no caso da repactuação não se tenha a mensuração exata de seus valores. A repactuação é aplicável tão somente aos contratos contínuos, que se destina a recuperar os valores contratados da defasagem provocada pela inflação e se vincula não a um índice específico de correção, mas à variação dos custos do contrato. Assim, o instituto da repactuação não se confunde com o reequilíbrio econômico-financeiro do contrato decorrente da álea econômica extraordinária e extracontratual. Assim, a repactuação, como espécie de reajustamento, encontra seu fundamento legal nos art. 40, XI, e 55, III, da Lei n. 8.666/93, assim como na Lei n. 10.192/01, e no Decreto n. 2.271/97. Em suma: “Reajustamento de Preços” tem sentido amplo, tendo como espécie: 1) Reajustamento de Preços em sentido estrito, que se vincula a um índice; 2) Repactuação de Preços, que exige análise detalhada da variação dos custos.
9. Rescisão Unilateral do Contrato 
- Art. 58, II c/c art. 79, I e 78 incisos I a XII e XVIII. Situações (MSZP):
Inadimplemento com culpa (incisos I a VIII e XVIII, art. 78): abrangendo hipóteses como o não cumprimento ou cumprimento irregular das cláusulas contratuais, lentidão, atraso injustificado, paralisação, subcontratação total ou parcial, cessão, transferência (salvo as permitidas no edital/contrato), desatendimento de determinações regulares da autoridade que acompanha e fiscaliza a execução, cometimento reiterado de faltas, descumprimento do artigo 7º, XXXIII da CF (trabalho de menor*).
Inadimplemento sem culpa (incisos IX a XI, art. 78): situações que caracterizem desaparecimento do sujeito, sua insolvência ou comprometimento da execução do contrato – falência, concordata (recuperação judicial – a lei não foi alterada), instauração de insolvência civil, dissolução da sociedade, falecimento do contratado, alteração social ou modificação da finalidade ou estrutura da empresa que prejudique a execução do contrato; em caso de concordata (recuperação), é permitido à Administração manter o contrato, assumindo o controle de determinadas atividades necessárias à sua execução (art. 80, § 2º).
Obs. Nestas duas primeiras hipóteses a Administração nada deve ao contratado, já que a rescisão se deu por atos a ele atribuídos; o contratado é que fica sujeito às consequências do inadimplemento; se ele for culposo, cabem ressarcimento dos prejuízos, as sanções administrativas, assunção do objeto pela administração e perda da garantia.
Razões de Interesse Público (inciso XII, art. 78).
Caso Fortuito ou Força Maior (inciso XVII, art. 78)
Nestes dois últimos casos a Administração fica obrigada a ressarcir o contratado dos prejuízos regularmente comprovados e, ainda, a devolver a garantia, pagas as prestações devidas até a data da rescisão e o custo da desmobilização; excluídos os lucros cessantes MUDOU - STJ – DANOS EMERGENTES E LUCROS CESSANTES - 2011. Trata-se de obrigação relacionada ao equilíbrio econômico-financeiro: com o contrato rescindido antes do termo ajustado rompe-se o equilíbrio e a administração é obrigada a compensar pecuniariamente o contratado. Crítica da MSZP: o artigo 79, § 2º prevê ressarcimento dos prejuízos em caso de “razões de interesse público” e “caso fortuito e força maior” contrariando a teoria geral do direito em se tratando de caso fortuito ou força maior – eventos ou fatos imprevisíveis e não imputáveis a nenhuma das partes – que não obrigariam a Administração a indenizar;mas o artigo está em vigor e deve ser aplicado.
A rescisão unilateral do contrato é conferida com exclusividade à Administração, sendo que o contratado sempre deverá recorrer ao judiciário para alcançar a rescisão não consensual do contrato.
10. Aplicação de penalidades (MSZP)
- Multa: pode a Administração reverter a garantia.
- Declaração de inidoneidade para licitar ou contratar com a Administração Pública enquanto perdurarem os motivos determinantes da punição ou até que seja promovida a reabilitação perante a própria autoridade que aplicou a penalidade, que será concedida sempre que o contratado ressarcir a Administração pelos prejuízos resultantes e após decorrido o prazo da sanção aplicada com base no inciso anterior. Observar que neste caso não tem prazo máximo/mínimo: deduz-se que o limite mínimo é dois anos (vinculação à suspensão temporária) e o limite máximo é a data em que ocorrer a reabilitação (podendo ser requerida após 2 anos de sua aplicação e o interessado ressarcir os prejuízos causados à administração – art. 87, § 3º)
*#OUSESABER: Segundo o Superior Tribunal de Justiça, a declaração de inidoneidade só produz efeito para o futuro (efeito ex nunc), sem interferir nos contratos já existentes e em andamento. Afirma-se, com isso, que o efeito da sanção inibe a empresa de “licitar ou contratar com a Administração Pública” (Lei 8666/93, art. 87), sem, no entanto, acarretar, automaticamente, a rescisão de contratos administrativos já aperfeiçoados juridicamente e em curso de execução, notadamente os celebrados perante outros órgãos administrativos não vinculados à autoridade impetrada ou integrantes de outros entes da Federação (Estados, Distrito Federal e Municípios). Todavia, a ausência de efeito rescisório automático não compromete nem restringe a faculdade que têm as entidades da Administração Pública de, no âmbito da sua esfera autônoma de atuação, promover medidas administrativas específicas para rescindir os contratos, nos casos autorizados e observadas as formalidades estabelecidas nos artigos 77 a 80 da Lei 8.666/93. Fonte: STJ – MS: 14002 DF 2008/0267371-4, Relator: Ministro TEORI ALBINO ZAVASCKI, Data de Julgamento: 28/10/2009, S1 – PRIMEIRA SEÇÃO, Data de Publicação: Dje 06/11/2009) 
Direito de Defesa
-- Regra Geral: 5 dias úteis.
-- Declaração de Inidoneidade: 10 dias da abertura de vista.
Defesa Cabível
-- Recurso: das penas de advertência, multa e suspensão temporária. Dirigido à autoridade superior, por intermédio daquela que aplicou a penalidade que tem 5 dias úteis para reconsiderar sua decisão ou encaminhar para o superior no mesmo prazo. Poderá a autoridade administrativa conferir efeito suspensivo a este recurso;
-- Pedido de Reconsideração: da pena de declaração de inidoneidade. Dirigido àquele que aplicou a pena.
11. Anulação (MSZP)
Ilegalidade imputável apenas à administração: dever de indenizar o contratado pelos prejuízos sofridos.
- Deve haver pagamento pela parte já executada, sob pena de enriquecimento ilícito;
- Deve haver apuração da responsabilidade dos seus servidores pela ocorrência do vício;
- Lembrar: ilegalidade da licitação gera ilegalidade do contrato; de apurada após a celebração = contrato anulado.
12. Retomada do Objeto (MSZP) e Ocupação Temporária
- Ocupação temporária: normalmente ocorre durante o curso do procedimento administrativo que averigua o descumprimento contratual, que por sua vez poderá culminar na sua rescisão; ocorrendo a rescisão do contrato, poderá se dar a reversão dos bens indispensáveis ao serviço, passível de indenização. A fiscalização ou acompanhamento não exclui a responsabilidade do contratado pelos danos ocorridos na execução do contrato (a lei afastou a possibilidade de alegação de culpa in vigilando da Administração).
- Retomada do Objeto: Visa assegurar a continuidade da execução do contrato, sempre que sua paralisação possa ocasionar prejuízo ao interesse público ou prejudicar serviço público essencial (Princípio da Continuidade do Serviço Público)
Medida executória possível apenas nos casos de rescisão unilateral (art. 80, Lei 8666). É Conseqüência da rescisão unilateral:
1. Assunção imediata do objeto do contrato, no estado e local em que se encontrar, por ato próprio da Administração;
2. Ocupação e utilização do local, instalações, equipamentos, material e pessoal empregados na execução do contrato, necessários à sua continuidade, na forma do inciso V do art. 58 desta Lei;
3. Execução da garantia contratual, para ressarcimento da Administração, e dos valores das multas e indenizações a ela devidos;
4. Retenção dos créditos decorrentes do contrato até o limite dos prejuízos causados à Administração.
Reversão: reversão é o retorno de bens reversíveis usados durante a concessão (artigo 36, Lei 8987/95).“A reversão no advento do termo contratual far-se-á com a indenização das parcelas dos investimentos vinculados a bens reversíveis, ainda não amortizados ou depreciados, que tenham sido realizados com o objetivo de garantir a continuidade e atualidade do serviço concedido.”
13. Restrição ao uso da cláusula “exceptio non adimpleti contractus” (art. 78, XV)
*#OUSESABER: Nos termos do art. 39 da Lei n.º 8.987/95, quando o poder concedente der motivo para a rescisão contratual, a concessão ou permissão só poderá ser rescindida através de decisão judicial transitada em julgado. Até lá, os serviços públicos delegados não poderão ser interrompidos ou paralisados, vejamos: “Art. 39. O contrato de concessão poderá ser rescindido por iniciativa da concessionária, no caso de descumprimento das normas contratuais pelo poder concedente, mediante ação judicial especialmente intentada para esse fim.
Parágrafo único. Na hipótese prevista no caput deste artigo, os serviços prestados pela concessionária não poderão ser interrompidos ou paralisados, até a decisão judicial transitada em julgado”. Vejamos como trata o tema Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo: Constata-se, dessarte, que nos contratos de concessão de serviços públicos (e também nos de permissão) é absoluta a inoponibilidade da exceção do contrato não cumprido (exceptio non adimplenti contractus) pela concessionária, Direito Administrativo Descomplicado. 24 ª Edição. Fl. 822). Em outras palavras, a exceção do contrato não cumprido não pode ser oposta pela concessionária ou permissionária de serviço público.
- Neste caso poderá optar:
(i) requerer a rescisão judicial ou amigável do contrato e a reparação dos prejuízos comprovados que houver sofrido, tendo ainda direito à devolução da garantia, dos pagamentos devidos pela execução do contrato até a data da rescisão e ao pagamento do custo de desmobilização (art. 79, § 2º). O direito é pela indenização dos danos emergentes; não há indenização a título de lucros cessantes. MUDOU - STJ – DANOS EMERGENTES E LUCROS CESSANTES - 2011
(ii) suspender sua execução: nos casos de concessão e permissão não é cabível a suspensão do contrato pela concessionária ou permissionária seja qual for o motivo e a duração do inadimplemento administrativo – nestes casos ensejará somente a rescisão judicial, por iniciativa do particular, e os serviços não podem ser interrompidos ou paralisados até a decisão judicial.
- a regra não se aplica à Administração, que sempre poderá opor a exceção de descumprimento de contrato.
1. Álea ordinária ou empresarial: presente em todo tipo de negócio, é o risco que o empresário corre pela flutuação de mercado, por exemplo. Por serem riscos previsíveis é o particular que responde por sua ocorrência
2. Álea administrativa: três modalidades
a) poder de alteração unilateral: em decorrência do poder de alteração unilateral do contrato por força de interesse público. Administração fica incumbida de restabelecer o equilíbrio voluntariamente.
b) fato do príncipe: é um ato de autoridade, não diretamente relacionado com contrato, mas que repercute indiretamente sobre ele. Administração responde pelo desequilíbrio ocorrido.c) fato da administração: toda a conduta ou comportamento da Administração que torne impossível, para o contratante particular, a execução do contrato. HLM: “toda ação ou omissão do Poder Público que, incidindo direta e especificamente sobre o contrato, retarda, agrava ou impede sua execução”. Administração responde pelo desequilíbrio ocorrido.
Nestes casos, nos termos do art. 78, incisos XIII e XI pode ser requerida a rescisão amigável ou judicial pelo contratante particular.
3. Álea econômica: circunstâncias externas ao contrato, estranhas à vontade das partes, imprevisíveis, excepcionais e inevitáveis que causam grande desequilíbrio no contrato, dando lugar à aplicação da teoria da imprevisão. Em regra a Administração responde pelo reequilíbrio.
- A manutenção do equilíbrio econômico-financeiro tem base no art. 37, XXI da CF: mantidas as “condições previstas na proposta”. Além disso, art. 65, II, §§ 5º e 6º da Lei 8666 e art. 9º da Lei 8987 (concessões).
- Tanto nos casos das teorias (fato do príncipe, fato da administração e da imprevisão) como nos desequilíbrios por caso fortuito e força maior (artigos 78 e 79 da Lei 8666) a Administração responde sozinha pelo desequilíbrio econômico e financeiro.
- PPP (contratos de concessão patrocinada e concessão administrativa): diferentemente, nos casos de PPP (Lei 11.079/04) ocorre repartição dos riscos entre as partes, inclusive nestes casos (art. 5º, III).
# INFO 554, STJ – 2015:
14. QUESTÕES - CONTRATOS ADMINISTRATIVOS
“A vigência do contrato de locação de imóveis, no qual a Administração Pública é locatária,  rege-se pelo art. 51 da Lei n. 8.245, de 1991, não estando sujeita ao limite máximo de sessenta meses, estipulado pelo inc. II do art. 57, da Lei n. 8.666, de 1993
Para RESCINDIR o contrato, o contratado necessita recorrer a via judicial. Para SUSPENDER não!
“Afigura-se inconstitucional qualquer lei ou norma de Constituição Estadual que condicione a celebração de contratos da Administração à prévia autorização do Poder Legislativo ou de registro prévio no Tribunal de Contas”.
Na Parceria Público Privada exige da administração o oferecimento de garantias em favor do contratado. 
Autorização  “ARMA” - “AUTOMOVEL" (táxi)
Imagine se qualquer um quiser ter uma arma ou um automóvel taxi ! O poder público deve autorizar só p alguns. Mas não há interesse em ganhar $ de quem tem arma. O poder público dá se quer, tira quando quer, e não quer ganhar $
1-Pessoa Física ou jurídica (coisa pequena)
2-Independe de licitação e de lei autorizadora (coisa pequena)
3-unilateral
4-discricionário, de título precário, podendo ser revogado a qualquer tempo. (dar se quiser e tira quando quiser)
5-Pode ser em caráter gratuito ou oneroso 
6-Por tempo determinado ou indeterminado.
Permissão “PERIODICO” (banca de revista)
Imagine se qualquer um quiser montar sua banquinha ! O poder público deve autorizar um espaço p banquinha e ver quem ganha. Mas não há interesse em ganhar $ dos donos de banquinhas (mas pode ganhar...)
1-Pessoa Física ou jurídica (coisa pequena)
2-Licitação com ou sem concorrência. (não é tão pequena assim)
3-Contrato de adesão. A vontade de conceder a permissão é um ato, mas para isto há uma licitação com um vencedor. Este vencedor assina um contrato de ADESÃO.
4-NÃO discricionário. É feito um contrato. Conceder este contrato passa a ser um direito do vencedor da licitação e uma obrigação do poder público.
-precário
-intuito personae (não dá p transferir o responsável pela banquinha a toa)
5- podendo ser gratuito ou oneroso.
Concessão “CONDUÇÂO” (ônibus)
Imagine as responsabilidades dos donos de Condução de ônibus municipal !!!
1-Pessoa Jurídica ou consórcio de empresas
2-Licitação na modalidade concorrência. Com CONTRATO ADMINISTRATIVO (veja que o contrato Administrativo é mais complexo/exigente que um contrato de adesão, onde o sujeito adere às exigências do poder público.)
3-Bilateral
-Oneroso
-Cumulativo
-realizado intuito personae.
A participação de Município como um dos patrocinadores de evento esportivo não caracteriza a presença do ente público como contratante de ajuste administrativo sujeito a prévia licitação.
No entendimento do Supremo Tribunal Federal, não cabe transferir à administração pública os encargos trabalhistas, fiscais e comerciais resultantes do contrato, em caso do inadimplemento do outro contratante, ressalvadas as hipóteses de culpa in viligando, in eligendo ou in omittendo do ente público contratante.
Em não ocorrendo hipótese de inexigibilidade, a modalidade concorrência é a que deve ser utilizada nos casos de alienação de bens imóveis, qualquer que seja seu valor, ressalvadas as hipóteses em que os bens em questão tenham sido adquiridos em decorrência de procedimentos judiciais ou dação em pagamento.
A alteração quantitativa se submete a limites percentuais (art. 65, § 1º) que não se aplicam quando o caso for de alteração qualitativa.
A Primeira Seção da STJ consolidou o entendimento de que a prorrogação de contrato de concessão de serviço público, sem a realização de prévia licitação, macula o negócio jurídico com nulidade absoluta, de maneira que o vício perdura até o encerramento do pacto, quando, a partir de então, inicia-se o prazo prescricional da pretensão que visa anulá-lo.
O erro da questão está em dizer que o convênio firmado entre a DPU e a DP/DF será feito através de chamamento público, quando o art. 4º do decreto diz que o chamamento público será realizado quando de um lado esteja o poder público e do outro e entidades particulares. O convênio realizado quando os dois polos da relação sejam o poder público, será feito mediante acordo.
Reversão ocorre quando a adm. incorpora os bens do concessionário.
Encampação é a retomada do serviço antes do término do contrato por interesse público.
*OUSESABER: O que se entende por princípio da mutabilidade? O Princípio da Mutabilidade do Regime Jurídico é um dos princípios que norteiam os serviços públicos, autorizando mudanças no regime de execução do serviço para adaptá-lo ao interesse público, que pode variar com o passar do tempo. Desta forma, o art. 35, II c/c art. 37 da Lei n.º 8.987/95 afirmam que: “Art. 35. Extingue-se a concessão por: I - encampação; Art. 37. Considera-se encampação a retomada do serviço pelo poder concedente durante o prazo da concessão, por motivo de interesse público, mediante lei autorizativa específica e após prévio pagamento da indenização, na forma do artigo anterior”. Assim, a encampação constitui a retomada do serviço pelo poder concedente, antes do término do prazo da concessão, por razões de interesse público, sem que haja qualquer irregularidade na concessão ou na prestação do serviço público pela concessionária. Obedecidos os requisitos legais, pode o poder concedente, motivado pelo interesse público, mudar o regime de execução de determinado serviço público, através da encampação, sem que isso constitua ilegalidade.
Caducidade é a extinção do contrato por descumprimento total ou parcial do contrato de concessão.
*#OUSESABER: A Lei n.º 8.987/95, que trata das concessões e permissões de serviço público, é matéria da maioria das editais dos grandes concursos.
Nesta linha, tema bastante cobrado é a diferenciação de ENCAMPAÇÃO e CADUCIDADE, vejamos: a) ENCAMPAÇÃO é a retomada do serviço público pelo poder concedente, antes do término do prazo da concessão, por razões de interesse público, sem que haja qualquer irregularidade na concessão ou na prestação do serviço público pela concessionária. Depende de lei autorizativa específica e prévio pagamento de indenização (art. 37); b) CADUCIDADE é a extinção da concessão em razão da inexecução total ou parcial do contrato por parte da concessionária. Entretanto, ao se deparar com esta inexecução contratual, pode o poder concedente deixar de declarar a caducidade para aplicar as sanções contratuais previstas, ficando esta escolha no âmbito da discricionariedade administrativa (art. 38). Ambas são taxadascomo modalidades de extinção da concessão de serviço público, estando previstas, respectivamente, nos art. 35, incisos II e III da citada lei.
Na hipótese de atraso injustificado do contrato administrativo provocado pelo contratado, é cabível a rescisão unilateral pela administração, sem que se imponha a esta o dever de ressarcir o contratado.
Quando o objeto do contrato interessar a mais de uma entidade pública, caberá ao órgão contratante, perante a entidade interessada, responder pela sua boa execução, fiscalização e pagamento.
A sanção de advertência pode ser aplicada juntamente com a multa, mas não com a suspensão temporária de participação em licitação.
Logo, a responsabilidade do Estado terá natureza subsidiária e ficará condicionada à demonstração de dolo ou culpa (seja em relação à fiscalização do contrato, sem em relação à escolha da vencedora do certame). Daí porque não se aplica o entendimento do TST de que haveria transferência automática da responsabilidade para a Administração Pública.
Nos contratos de financiamento do SFH vinculados ao FUNDO  DE COMPENSAÇÃO DE VARIAÇÃO SALARIAL  - FCVS,  pela presença da garantia  do  Governo  em  relação  ao  saldo  devedor,  aplica-se  a  legislação  própria  e  protetiva  do  mutuário hipossuficiente e do próprio Sistema, afastando-se o CDC, se  colidentes as regras  jurídicas.
É indispensável autorização legislativa para a celebração de convênio ou consórcio administrativo que envolvam repasse de verbas não previstas na lei orçamentária.
Dispensa de licitação em concessão de serviço público: inadmissível.
Inexigibilidade de licitação em concessão de serviço público: admissível. 
Responsabilidade da concessionária é objetiva e alcança também os não usuários do serviços. A do poder público concedente é subsidiária. Entretanto, parte da doutrina entende que poderá incidir a responsabilidade solidária em face do Estado quando demonstrado que o evento danoso ocorreu em virtude da má escolha efetivada pelo Poder Público, elegendo mal o particular para quem o serviço foi concedido, em se tratando de atividade diretamente constitutiva do exercício do serviço, bem como nos casos de comprovada desfaçatez por parte do ente fiscalizador, quando este não fiscaliza satisfatoriamente como o concessionário estaria prestando o serviço. Mas para isto terá que ser provado nos autos.
"Art. 70.  O contratado é responsável pelos danos causados diretamente à Administração ou a terceiros, decorrentes de sua culpa ou dolo na execução do contrato, não excluindo ou reduzindo essa responsabilidade a fiscalização ou o acompanhamento pelo órgão interessado."
O STJ admite arbitragem (cláusula contratual) nos contratos administrativos com SEM:
ADMINISTRATIVO. MANDADO DE SEGURANÇA. PERMISSÃO DE ÁREA PORTUÁRIA. CELEBRAÇÃO DE CLÁUSULA COMPROMISSÓRIA. JUÍZO ARBITRAL. SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA. POSSIBILIDADE. ATENTADO.
1. A sociedade de economia mista, quando engendra vínculo de natureza disponível, encartado no mesmo cláusula compromissória de submissão do litígio ao Juízo Arbitral, não pode pretender exercer poderes de supremacia contratual previsto na Lei 8.666⁄93.
7. Deveras, não é qualquer direito público sindicável na via arbitral, mas somente aqueles cognominados como "disponíveis", porquanto de natureza contratual ou privada.
12. As sociedades de economia mista, encontram-se em situação paritária em relação às empresas privadas nas suas atividades comerciais, consoante leitura do artigo 173, § 1º, inciso II,  da Constituição Federal, evidenciando-se a inocorrência de quaisquer restrições quanto à possibilidade de celebrarem convenções de arbitragem para solução de conflitos de interesses, uma vez legitimadas para tal as suas congêneres.
14.A aplicabilidade do juízo arbitral em litígios administrativos, quando presentes direitos patrimoniais disponíveis do Estado é fomentada pela lei específica, porquanto mais célere, consoante se colhe do artigo 23 da Lei 8987⁄95, que dispõe acerca de concessões e permissões de serviços e obras públicas, e prevê em seu inciso XV, dentre as cláusulas essenciais do contrato de concessão de serviço público, as relativas ao "foro e ao modo amigável de solução de divergências contratuais". (Precedentes do Supremo Tribunal Federal: SE 5206 AgR ⁄ EP, de relatoria do Min. SEPÚLVEDA PERTENCE, publicado no DJ  de 30-04-2004 e AI. 52.191, Pleno, Rel. Min. Bilac Pinto. in RTJ 68⁄382 - "Caso Lage". Cite-se ainda MS 199800200366-9, Conselho Especial, TJDF, J. 18.05.1999, Relatora Desembargadora Nancy Andrighi, DJ 18.08.1999.)
18. Outrossim, vige na jurisdição privada, tal como sucede naquela pública, o princípio do Kompetenz-Kompetenz, que estabelece ser o próprio juiz quem decide a respeito de sua competência.
21. Por fim, conclui com acerto Ministério Público, verbis:
"In casu, por se tratar tão somente de contrato administrativo versando cláusulas pelas quais a Administração está submetida a uma contraprestação financeira, indubitável o cabimento da arbitragem. Não faria sentido ampliar o conceito de indisponibilidade à obrigação de pagar vinculada à obra ou serviço executado a benefício auferido pela Administração em virtude da prestação regular do outro contratante.
22. Ex positis, concedo a segurança, para confirmar o teor da liminar dantes deferida, em que se determinava a conservação do statu quo ante, face a sentença proferida pelo Juízo da 42ª Vara Cível da Comarca do Rio de Janeiro, porquanto o presente  litígio deverá ser conhecido e solucionado por juízo arbitral competente, eleito pelas partes
Nos contrato administrativos não precisa haver previsão das cláusulas exorbitantes. Nos privados precisa.
MUDOU - STJ – DANOS EMERGENTES E LUCROS CESSANTES – 2011
15. PRINCIPAIS ALTERAÇÕES LEGISLATIVAS:
#ATUALIZAÇÃOLEGISLATIVA
I – ALTERAÇÃO NA LEI 8.666/93 (LEI DE LICITAÇÕES E CONTRATOS)
1) Acrescentou o inciso XX ao art. 6º
Art. 6º Para os fins desta Lei, considera-se:
(...)
XX - produtos para pesquisa e desenvolvimento - bens, insumos, serviços e obras necessários para atividade de pesquisa científica e tecnológica, desenvolvimento de tecnologia ou inovação tecnológica, discriminados em projeto de pesquisa aprovado pela instituição contratante. (Incluído pela Lei nº 13.243/2016)
2) Alterou a hipótese de dispensa de licitação prevista no inciso XXI do art. 24
	Lei 8.666/93
	ANTES
	AGORA
	Art. 24. É dispensável a licitação:
(...)
XXI - para a aquisição de bens e insumos destinados exclusivamente à pesquisa científica e tecnológica com recursos concedidos pela Capes, pela Finep, pelo CNPq ou por outras instituições de fomento a pesquisa credenciadas pelo CNPq para esse fim específico;
	Art. 24. É dispensável a licitação:
(...)
XXI - para a aquisição ou contratação de produto para pesquisa e desenvolvimento, limitada, no caso de obras e serviços de engenharia, a 20% (vinte por cento) do valor de que trata a alínea “b” do inciso I do caput do art. 23;
Art. 24 (...)
§ 3º A hipótese de dispensa prevista no inciso XXI do caput, quando aplicada a obras e serviços de engenharia, seguirá procedimentos especiais instituídos em regulamentação específica. (Incluído pela Lei nº 13.243/2016)
Art. 24 (...)
§ 4º Não se aplica a vedação prevista no inciso I do caput do art. 9º à hipótese prevista no inciso XXI do caput. (Incluído pela Lei nº 13.243/2016)
Art. 9º Não poderá participar, direta ou indiretamente, da licitação ou da execução de obra ou serviço e do fornecimento de bens a eles necessários:
I - o autor do projeto, básico ou executivo, pessoa física ou jurídica;
II - ALTERAÇÃO NA LEI 12.462/2011 (LEI DO RDC)
Trata-se da Lei nº 13.190/2015, que altera o Regime Diferenciado de Contratações (Lei nº 12.462/2011).
Veremos abaixo as principais alterações promovidas pela nova Lei. No entanto, faço desde já uma advertência: a eficácia da Lei nº 13.190/2015 está suspensa por decisão monocrática do Min. do STF Luís Roberto Barroso. Essa decisão ainda será submetida ao Plenário do STF, quepoderá confirmá-la ou não. 
1ª mudança:
A primeira mudança feita pela Lei nº 13.190/2015 foi ampliar os objetos e serviços que poderão ser contratados sob a égide do RDC. Entenda:
REGIME DIFERENCIADO DE CONTRATAÇÕES (RDC)
Em 2011, foi editada a Lei nº 12.462/2011 simplificando algumas regras de licitações e contratos, com o objetivo de facilitar para o Poder Público a contratação de produtos e serviços necessários para realizar:
• a Copa das Confederações de 2013;
• a Copa do Mundo de 2014;
• os Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de 2016;
• as obras de infraestrutura e os serviços para os aeroportos das capitais dos Estados distantes até 350 km das cidades sedes dos eventos acima.
Desse modo, o RDC previu regras diferenciadas que afastam alguns pontos da Lei nº 8.666/93.
O Governo gostou dessa experiência e resolveu ampliar, aos poucos, esse regime diferenciado para outras áreas.
Assim, em 2012, foram editadas três novas Leis prevendo que o RDC poderia ser utilizado também para licitações e contratos envolvendo:
• o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento);
• obras e serviços de engenharia no âmbito do SUS (Sistema Único de Saúde);
• obras e serviços de engenharia no âmbito dos sistemas públicos de ensino.
Em 2015, a Lei nº 13.190/2015 amplia novamente o âmbito de incidência do RDC para incluir cinco novos objetos:
• obras e serviços de engenharia para construção, ampliação e reforma e administração de estabelecimentos penais e de unidades de atendimento socioeducativo;
• ações no âmbito da segurança pública;
• obras e serviços de engenharia, relacionadas a melhorias na mobilidade urbana ou ampliação de infraestrutura logística; e
• contratos de locação de bens móveis e imóveis, nos quais o locador realiza prévia aquisição, construção ou reforma substancial, com ou sem aparelhamento de bens, por si mesmo ou por terceiros, do bem especificado pela administração;
• obras e serviços de engenharia no âmbito dos sistemas públicos de pesquisa, ciência e tecnologia.
Desse modo, o Regime Diferenciado de Contratação (RDC), previsto na Lei nº 12.462/2011, poderá ser utilizado para as licitações e contratos necessários à realização:
1) da Copa das Confederações de 2013; (já encerrada)
2) da Copa do Mundo de 2014; (já encerrada)
3) dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de 2016;
4) das obras de infraestrutura e dos serviços para os aeroportos das capitais dos Estados distantes até 350 km das cidades sedes dos eventos acima;
5) das ações do PAC;
6) das obras e serviços de engenharia no âmbito do SUS;
7) obras e serviços de engenharia no âmbito dos sistemas públicos de ensino, pesquisa, ciência e tecnologia;
8) das obras e serviços de engenharia, relacionadas a melhorias na mobilidade urbana ou ampliação de infraestrutura logística;
9) das obras e serviços de engenharia para estabelecimentos penais e unidades de atendimento socioeducativo;
10) das ações no âmbito da segurança pública;
11) dos contratos de locação sob medida (built to suit) (art. 47-A).
A Lei nº 13.243/2016 amplia o rol de objetos e serviços que poderão ser contratados sob a égide do RDC. Entenda:
REGIME DIFERENCIADO DE CONTRATAÇÕES (RDC)
Agora, a Lei nº 13.243/2016 amplia novamente o âmbito de incidência do RDC para incluir o inciso X:
Art. 1º É instituído o Regime Diferenciado de Contratações Públicas (RDC), aplicável exclusivamente às licitações e contratos necessários à realização:
(...)
X - das ações em órgãos e entidades dedicados à ciência, à tecnologia e à inovação.
2ª mudança:
ARBITRAGEM E MEDIAÇÃO
A Lei nº 13.190/2015 acrescenta um artigo à Lei nº 12.462/2011 prevendo que nos contratos regidos pelo RDC será possível a resolução dos conflitos entre a Administração Pública e o contratado por meio da arbitragem e da mediação. Confira:
Art. 44-A. Nos contratos regidos por esta Lei, poderá ser admitido o emprego dos mecanismos privados de resolução de disputas, inclusive a arbitragem, a ser realizada no Brasil e em língua portuguesa, nos termos da Lei nº 9.307, de 23 de setembro de 1996, e a mediação, para dirimir conflitos decorrentes da sua execução ou a ela relacionados.
Assim, nos contratos regidos pelo RDC será permitida a inclusão de cláusula arbitral.
Apesar de se tratar de uma inclusão salutar, não se trata de nenhuma grande novidade, considerando que isso já está previsto de forma genérica no art. 1º da Lei de Arbitragem (Lei nº 9.307/96), recentemente alterada pela Lei nº 13.129/2015. Veja a redação:
Art. 1º (...)
§ 1º A administração pública direta e indireta poderá utilizar-se da arbitragem para dirimir conflitos relativos a direitos patrimoniais disponíveis.
§ 2º A autoridade ou o órgão competente da administração pública direta para a celebração de convenção de arbitragem é a mesma para a realização de acordos ou transações.
Como a Administração Pública deve obediência ao princípio da legalidade (art. 37, da CF/88), a arbitragem, nestes casos, não poderá ser por equidade, devendo sempre ser feita com base nas regras de direito. Confira:
Art. 2º (...)
§ 3º A arbitragem que envolva a administração pública será sempre de direito e respeitará o princípio da publicidade.
3ª mudança:
LOCAÇÃO SOB MEDIDA (OPERAÇÃO BUILT TO SUIT)
Noções gerais sobre o built to suit
A Lei nº 13.190/2015 acrescenta um artigo à Lei nº 12.462/2011 prevendo nova espécie de contrato administrativo. 
Imagine, por exemplo, que o Município deseja instalar uma escola no bairro "X", onde há várias crianças sem estudar. Segundo o planejamento realizado, essa escola precisa ter 12 salas de aula, com tamanho mínimo de 48m2 cada, 4 banheiros, quadra poliesportiva, refeitório e mais 4 salas de apoio administrativo para professores e direção.
Diante desse cenário, o que acontecia com maior frequência era o seguinte: a Administração Pública desapropriava algum imóvel no bairro e fazia uma licitação para a escolha de uma construtora que iria edificar a escola no local. 
Ocorre que todo esse processo se mostra extremamente demorado e custoso. Algumas vezes, a Administração Pública não possui os recursos necessários para fazer a edificação e, mesmo que tenha, ela irá demorar bastante em virtude da burocracia inerente à licitação de obras públicas. 
Pensando nisso, o legislador previu uma nova opção para a situação acima. 
O Município anuncia que precisa instalar a escola no bairro "X" com as especificações acima listadas. Contudo, a Administração Pública não quer comprar nem construir a escola. Ela, então, anuncia que quer alugar um prédio onde já exista uma escola pronta nos moldes por ela planejado. Desse modo, a pessoa interessada em celebrar esse negócio jurídico com a Administração, poderá comprar um imóvel no bairro "X" e nele construir a escola, alugando para o Município.
Essa nova possibilidade é chamada pela doutrina de built to suit, expressão inglesa cuja tradução literal seria algo como "construído para servir". No Brasil, esse negócio jurídico é conhecido como "locação sob medida", "locação sob encomenda" ou "locação com obrigação de fazer".
Trata-se de uma modalidade de locação na qual as obrigações contratuais de ambas as partes são fixadas antes da construção ou até antes mesmo da aquisição do imóvel. Esse tipo de negócio é novidade na Administração Pública, mas existe há muito tempo na iniciativa privada, sendo bastante comum nos EUA, por exemplo.
Conceito de locação sob encomenda
Locação sob encomenda, também chamada de locação sob medida ou built to suit consiste em 
- um negócio jurídico
- por meio do qual um investidor aceita adquirir um bem e 
- nele fazer uma construção ou 
- uma reforma substancial 
- de acordo com as necessidades e especificações do futuro locatário, 
- alugando o imóvel para o locatário que encomendou o bem,
- geralmente por um longo prazo,
- recebendo como contraprestação alugueis que remuneram não apenas o uso do bem, mas também os investimentos que foram feitos.
É uma espécie de locação na qual o bem locado foi construídoou reformado pelo futuro locador de acordo com as exigências e parâmetros feitos pelo futuro locatário.
Previsão do built to suit nos contratos privados
Como dito, o built to suit existe na iniciativa privada há muitos anos, mas só recentemente foi regulamentado pelo legislador. A Lei nº 12.744/2012 inseriu um artigo na Lei de Locações (Lei nº 8.245/91) tratando sobre o tema:
Art. 54-A. Na locação não residencial de imóvel urbano na qual o locador procede à prévia aquisição, construção ou substancial reforma, por si mesmo ou por terceiros, do imóvel então especificado pelo pretendente à locação, a fim de que seja a este locado por prazo determinado, prevalecerão as condições livremente pactuadas no contrato respectivo e as disposições procedimentais previstas nesta Lei.
Em geral os contratos de built to suit são de longo prazo (20 anos, p. ex.) e com cláusula penal muito alta para o caso de distrato. Isso porque o valor do aluguel abrange não apenas a remuneração pelo uso do bem, mas também um retorno para o investimento realizado pelo locador para a aquisição, construção ou reforma da coisa locada.
Natureza jurídica
Antes da Lei nº 12.744/2012, o built to suit era considerado um contrato atípico. Com a inserção do art. 54-A na Lei do Inquilinato, prevalece que possui natureza jurídica de um contrato especial de locação.
Previsão para os contratos administrativos
A possibilidade do built to suit nos contratos envolvendo a administração pública foi agora expressamente introduzida pela Lei nº 13.190/2015 no art. 47-A da Lei nº 12.462/2011:
Art. 47-A. A administração pública poderá firmar contratos de locação de bens móveis e imóveis, nos quais o locador realiza prévia aquisição, construção ou reforma substancial, com ou sem aparelhamento de bens, por si mesmo ou por terceiros, do bem especificado pela administração.
Bens móveis e imóveis
Repare que, apesar de ser mais comum em caso de imóveis, essa nova espécie de locação pode ocorrer também para bens móveis. Podemos imaginar, por exemplo, um barco hospital que leve atendimento de saúde a comunidades ribeirinhas onde só é possível chegar via fluvial. A Administração Pública especifica as características e os equipamentos que a embarcação deve ter e o interessado a constrói para depois ser alugada. 
Locador pode ser proprietário do bem ou adquiri-lo para fazer a locação sob encomenda
Nesse tipo de contrato, é possível que o locador já seja proprietário do bem e nele apenas constrói ou faz a reforma de acordo com as necessidades da Administração. Pode acontecer, no entanto, de o locador não ser proprietário e, por força do contrato, se comprometa a adquirir o bem e nele construir a edificação planejada pela Administração Pública.
Locação sob encomenda em imóvel da própria Administração Pública
É possível também que a locação por encomenda ocorra em imóvel pertencente à própria Administração Pública. Explico.
Imagine que o Estado possui um imóvel próprio, não edificado, onde deseja fazer um hospital. Ocorre que ele não possui orçamento para uma obra tão cara. Neste caso, ele realiza uma licitação para escolher uma empresa que aceite cumprir as seguintes obrigações: a) construir o hospital nos moldes fixados pela Administração Pública; b) depois de pronto, alugar o prédio que foi construído para o Estado.
Desse modo, neste caso, o investidor não precisará comprar o imóvel, mas apenas construir as instalações públicas (prédio) na forma determinada pela Administração Pública, sendo, portanto, para ele menos custoso. Para o Poder Público também é vantajoso porque ele não tinha recursos para construir o prédio, apesar de possuir o imóvel.
Repare que o investidor que ganha a licitação e constrói o hospital irá alugar apenas o prédio (a construção realizada) e não o terreno porque este já pertence à Administração Pública.
Você pode estar na dúvida: mas o investidor pode construir em um imóvel que pertence ao Poder Público e depois alugar para ele?
Sim. Isso é possível e acontece na prática, sendo considerada pelo TCU como forma válida de contrato administrativo. Vale ressaltar, no entanto, que, para o particular construir no terreno pertencente ao Estado, é necessário que, antes disso, o Estado conceda a ele o direito de superfície sobre esse imóvel.
Direito de superfície é o direito real concedido, de forma gratuita ou onerosa, pelo proprietário do imóvel a outra pessoa (chamada de superficiário) por meio do qual esta passa a ter a autorização de construir ou plantar no terreno. O direito de superfície é concedido mediante escritura pública devidamente registrada no Cartório de Registro de Imóveis (art. 1.369 do CC).
Reforma substancial
Para que caracterize o contrato de que trata o art. 47-A, é necessário que a reforma seja substancial, ou seja, profunda, considerável, de grande monta.
Se a Administração Pública quiser alugar determinado imóvel que precisa de pequenas reformas (ex: reconstrução de um muro, nova pintura, mudança de telhas etc.), neste caso a locação será a comum e não a de que trata o art. 47-A. 
A Administração Pública precisa realizar licitação para celebrar o contrato de locação do art. 47-A?
Em regra, sim. Os contratos de locação celebrados pela Administração Pública serão, em regra, precedidos de licitação (art. 2º da Lei nº 8.666/93).
Exceções: a licitação não será obrigatória nos casos em que ela for dispensável (art. 24 da Lei nº 8.666/93) ou inexigível (art. 25).
No art. 24, X, da Lei nº 8.666/93 existe a previsão de uma exceção muito ampla, que abrange a maior parte das hipóteses de locação de bens imóveis. Veja: 
Art. 24.  É dispensável a licitação:
X - para a compra ou locação de imóvel destinado ao atendimento das finalidades precípuas da administração, cujas necessidades de instalação e localização condicionem a sua escolha, desde que o preço seja compatível com o valor de mercado, segundo avaliação prévia;
Esse inciso X do art. 24 da Lei nº 8.666/93 aplica-se ao contrato do art. 47-A da Lei nº 12.462/2012? Em outras palavras, o contrato de locação sob encomenda (built to suit) pode ser feito sem dispensa de licitação com base no art. 24, X, da Lei de Licitações?
SIM. Os arts. 24 e 25 da Lei nº 8.666/93, que tratam sobre a dispensa e inexigibilidade de licitação, são aplicáveis ao contrato de locação sob encomenda. Existe previsão expressa nesse sentido na Lei nº 12.462/2012: 
Art. 47-A (...)
§ 1º A contratação referida no caput sujeita-se à mesma disciplina de dispensa e inexigibilidade de licitação aplicável às locações comuns. 
Assim, na teoria, exige-se licitação para a locação sob encomenda. No entanto, na prática, em se tratando de bens imóveis, a contratação built to suit será feita de forma direta, com dispensa de licitação, nos termos do art. 24, X, da Lei nº 8.666/93.
Vale ressaltar, no entanto, que deve restar demonstrada a compatibilidade do preço com o valor de mercado, segundo avaliação prévia, sob pena de ofensa à Lei de Licitações.
Reversão dos bens à administração pública
O contrato de locação sob encomenda poderá prever que, ao final da locação, o bem passe a integrar o patrimônio da Administração Pública. Em nosso exemplo, ao final do contrato de 20 anos, o imóvel onde funciona a escola passa a pertencer ao Município. Tal possibilidade foi trazida pelo § 2º do art. 47-A da Lei nº 12.462/2012, inserido pela Lei nº 13.190/2015: 
Art. 47-A (...)
§ 2º A contratação referida no caput poderá prever a reversão dos bens à administração pública ao final da locação, desde que estabelecida no contrato.
Obviamente que, sendo prevista essa possibilidade, o prazo de duração do contrato deverá ser bem extenso para ser possível o retorno do investimento realizado considerando que, na verdade, não se trata unicamente de uma locação, mas sim de uma verdadeira compra e venda diluída em longas prestações.
Limite máximo para o valor do aluguel
O § 3º do art. 47-A da Lei nº 12.462/2012, inserido pela Lei nº 13.190/2015, estipula um limite máximo parao valor do aluguel no caso de locação sob encomenda:
Art. 47-A (...)
§ 3º O valor da locação a que se refere o caput não poderá exceder, ao mês, 1% (um por cento) do valor do bem locado.
Duas últimas perguntas: 
A locação sob medida é o mesmo que parceria pública privada?
NÃO. As parcerias público-privadas (PPP) são modalidades específicas de contratos de concessão de serviços público, regulamentadas pela Lei n.º 11.079/2004.
A locação sob medida até possui algumas semelhanças com a concessão administrativa (forma de PPP), mas esta pressupõe que o parceiro privado, após construir a obra pública, fique prestando algum tipo de serviço para a Administração Pública. Ex: após construir o hospital, o parceiro privado ficaria fazendo a segurança do prédio, a manutenção dos equipamentos etc. Já na locação sob medida, após construir ou reformar o bem, o particular não presta mais nenhum serviço à Administração Pública, figurando apenas como locador.
A locação sob medida era permitida antes da Lei nº 13.190/2015?
SIM, mesmo antes da novidade legislativa isso já era possível e ocorria na prática.
O Prof. Ronny Charles, em sua excelente obra sobre licitações e contratos, explica:
"Na locação sob medida (operação built to suit), os contratos são firmados por prazo longo, antes mesmo da construção do imóvel, para que este seja construído de forma a atender os interesses do locatário. Mesmo sem uma regulamentação específica, alguns gestores públicos passaram a adotar essa forma de "locação", acordando com o particular, antes mesmo da construção do imóvel, as condições exigidas para que fosse formalizada a futura contratação." (Lei de Licitações Públicas comentadas. 6ª ed., Salvador: Juspodivm, 2015, p. 261).
Havia uma decisão do TCU afirmando que a locação sob encomenda era possível, inclusive com a dispensa de licitação, desde que o terreno onde fosse construído o imóvel fosse de propriedade do futuro locador (Acórdão 1301/2013-Plenário, TC 046.489/2012-6, relator Ministro Substituto André Luís Carvalho, revisor Ministro Benjamin Zymler, 29/05/2013).
A introdução do art. 47-A pela Lei nº 13.190/2015 irá, contudo, difundir esse modelo de locação, que possui inúmeras vantagens para a Administração Pública, devendo, no entanto, ser utilizado com cautela e sob intensa fiscalização dos órgãos de controle para que não sirva como instrumento de corrupção e favorecimentos indevidos de terceiros.
III - ALTERAÇÃO NA LEI Nº 8.745/93
A Lei nº 8.745/93 trata sobre as hipóteses de contratação por tempo determinado para atender a necessidade temporária de excepcional interesse público, nos termos do inciso IX do art. 37 da CF/88.
A Lei nº 13.243/2016 acrescenta o inciso VIII ao art. 2º com a seguinte redação:
Art. 2º Considera-se necessidade temporária de excepcional interesse público:
(...)
VIII - admissão de pesquisador, de técnico com formação em área tecnológica de nível intermediário ou de tecnólogo, nacionais ou estrangeiros, para projeto de pesquisa com prazo determinado, em instituição destinada à pesquisa, ao desenvolvimento e à inovação;
Assim, trata-se de nova hipótese de contratação temporária de excepcional interesse público no âmbito federal.
INFORMATIVO 571 - STJ
A Justiça do Trabalho é competente para processar e julgar ação de consignação em pagamento movida pela União contra sociedade empresária por ela contratada para a prestação de serviços terceirizados, caso a demanda tenha sido proposta com o intuito de evitar futura responsabilização trabalhista subsidiária da Administração nos termos da Súmula 331 do TST. STJ. 2ª Seção. CC 136.739-RS, Rel. Min. Raul Araújo, julgado em 23/9/2015 (Info 571).
CICLOS R3 – G8 – MATERIAL JURÍDICO

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