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CURSO: PEDAGOGIA DISCIPLINA : LEITURA E PRODUÇÃO DE TEXTO PROFESSORA M.Sc.: NOHAD MOUHANNA FERNANDES ATIVIDADE OBRIGATÓRIA DA AULA 6 (Valor: 1,8) O DISCURSO ARGUMENTATIVO OBS.: ATIVIDADE INDIVIDUAL 1) Leia os textos abaixo e, tomando-os como motivação, redija um parágrafo dissertativo completo (tópico frasal, desenvolvimento e conclusão) com o tema que está implícito neles. Escolha uma das formas de desenvolvimento de parágrafo (definição, fundamentação da proposição, enumeração, causa-consequência, exemplificação, comparação, ordenação cronológica), coloque um título condizente às idéias apresentadas, use a 3ª pessoa do discurso e o português padrão. O bicho Manuel Bandeira Vi ontem um bicho Na imundície do pátio Catando comida entre os detritos. Quando achava alguma coisa, Não examinava nem cheirava: Engolia com voracidade. O bicho não era um cão, Não era um gato, Não era um rato. O bicho, meu Deus, era um homem. (Belo, belo. In Poesia completa e prosa. 4. ed. Rio de Janeiro. Nova Aguilar, 1977.) .............................//.........................//.................... O menino das 3 h da manhã Álvaro Alves de Faria Há um menino calado na porta de mim mesmo. Ele me acena motivos e palavras quietas, na fome do dia, na sede do tempo. Há um menino calado pegando o resto da feira, onde se depositam os desesperos e onde a alegria termina. O menino me olha sem brinquedos. O menino nunca teve e nunca terá um brinquedo. O menino tem uma sacola de sombras para levar o resto das maçãs. O menino tem um cachorro que lambe o chão de vez em quando. O menino habita esta cidade às três horas da manhã, com seu pequeno corpo de fragilidade e seu silêncio molhado de frio. O menino não sabe o que é ser um menino. O menino não tem infância. O menino apenas espera o dia nascer para enganar mais um dia de vida. O menino engole seco, mastiga o nada e se alimenta de tristeza. O menino pequeno como a vida se espalha pelas ruas e corre em busca do pão. O menino não acha o pão. O menino não chora, porque o menino não aprendeu a chorar. O menino caminha devagar olhando as vitrinas e vê dentro delas as coisas que nunca vai ter. O menino sorri sozinho, chuta uma lata, ouve um disco na loja, vê a banca de jornais. O menino aprendeu a ver figuras, neste tempo de muitas figuras. O menino não é triste. Ele apenas não sabe. Ele caminha por caminhar e pára quando seus pés esquecem as direções que não existem. O passo do menino é tão pequeno como seu próprio universo. O menino está chorando dentro de mim, ele que não sabe chorar. O menino tem coração, tem mãos, tem olhos, tem pés. Dizem que o menino tem alma. O menino atravessa a Avenida São Luís e desaparece, subindo a Consolação. Eu queria morrer para que esse menino pudesse viver um pouco mais. (A noiva da avenida Brasil. São Paulo. Vertente. 1981.) .............................//.........................//.................... Artigo XXV da Declaração Universal dos Direitos Humanos, aprovada em 10 de dezembro de 1948 pela Assembléia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU). Entre outras, consta lá a assinatura de acordo do Brasil: "XXV - Todo homem tem direito a um padrão de vida capaz de assegurar a si e à sua família saúde e bem-estar, inclusive alimentação, vestuário, habitação, cuidados médicos e os serviços sociais indispensáveis e direito à segurança em caso de desemprego, doença, invalidez, viuvez, velhice ou outros casos de perda dos meios de subsistência em circunstâncias fora de seu controle. A maternidade e a infância têm direito a cuidados e assistência especiais. Todas as crianças, nascidas do matrimônio ou fora dele, têm direito a igual proteção social." .............................//.........................//.................... Texto publicitário (adaptado de Griffi, 1991) BOM TRABALHO! Desenvolvimento de parágrafo: causa-consequência. Uma nação chamada “Miséria” A lei dá a todo cidadão vários tipos de direitos, principalmente de ter onde morar e à alimentação, mas é o contrário do que deveria acontecer, pois tem muitas desigualdades sociais. Há muitos descasos por parte das autoridades. Muitas crianças andando pelas ruas, abandonados pelos pais, ou até adultos sem destino e não tendo o que comer. Desesperados, tentam achar nas latas de lixo alguma coisa que possa enganar o estômago, sem esperança se no dia seguinte irão conseguir algum resto de comida, sem lugar nem hora pra dormir. A culpa principal é do governo que não dá a mínima assistência para essa população carente que indefesos sofrem. Passou da hora de rever a lei, dar mais atenção e tentar mudar tal situação.
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