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Ergonomia

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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMIÁRIDO
DISCIPLINA: FUNDAMENTOS DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO
DISCENTE: EMANOEL GOMES ALVES
 RUTH CRUZ REBOUÇAS 
DOCENTE: JÉSSICA DANIELLE DE CARVALHO NUNES
CURSO: CIÊNCIA E TECNOLOGIA - ENGENHARIA DE PRODUÇÃO
ENGENHARIA DE PRODUÇÃO: REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO DA SEGURANÇA DO TRABALHO E ERGONOMIA DO PRODUTO
MOSSORÓ/RN
16/02/2018
ERGONOMIA DO PRODUTO 
A Ergonomia da Produção consiste em um estudo e adaptação das condições de trabalho às necessidades, caraterísticas e limitações dos trabalhadores, em termos organizacionais, físicos e ambientais. Comumente está relacionada à correção de problemas que ocorrem em sistemas de trabalho existentes. (REBELO, 2017).
Ainda recentemente, o desenvolvimento dos produtos estava focado em sua funcionalidade. Conforto e design não faziam parte da lista de prioridade no momento do projeto. Entretanto a realidade atual é bastante diferente, as empresas pensam a ergonomia e design detalhadamente, pois é de grande relevância nos nossos dias, principalmente no quesito lucro (IIDA, 2005, p. 313).
O objetivo da ergonomia é proporcionar uma interação harmoniosa entre o homem, as máquinas e o ambiente (IIDA, 2005, p. 313).
Segundo Iida (2005) os produtos devem ter as seguintes características básicas para uma interação com o cliente: Qualidade técnica, onde é considerada a eficiência do produto em realizar sua função; rendimento energético; facilidade de manutenção; ruídos e vibrações entre outas. Qualidade ergonômica, que procura proporcionar uma experiência harmoniosa do cliente com o produto, por meio da facilidade na utilização, navegação, conforto e manuseio. Qualidade estética, que procura elaborar os produtos de forma atraente ao consumidor, também é a característica que lhe proporciona prazer ao consumir. Essas três qualidades devem estar presentes no produto harmoniosamente, podendo se destacar uma delas de acordo com a finalidade do produto. 
A ergonomia do produto preocupa-se também em diferenciar bens de capital e bens de consumo, onde o primeiro são bens adquiridos por empresas para o processo de produção e o segundo por pessoas físicas, geralmente para utilização doméstica. Essa diferenciação permite ao projetista definir as características do produto (IIDA, 2005, p. 317).
Hoje em dia os produtos devem ser pensados de maneira que venham ser utilizados em todo o mundo, pois a cada dia, mais empresas buscam o mercado internacional visando alcançar o maior número de consumidores possível. A partir dessa preocupação, surgem os princípios de projeto universal e critérios para melhorar a usabilidade dos produtos (IIDA, 2005, p. 318). 
De acordo com Iida (2005) os projetos universais devem adotar os seguintes princípios: uso equitativo; flexibilidade no uso; uso simples e intuitivo; informação perceptível tolerância ao erro; redução de gasto energético e espaço apropriado. 
O objeto precisa ter uma boa relação com o indivíduo, isso se dá por meio do conforto, eficiência e facilidade no uso do produto (IIDA, 2005, p. 320). Segue alguns princípios para melhorar a usabilidade do produto: evidência; consistência; capacidade; compatibilidade; prevenção e correção de erros e realimentação (JORDAN, 1998 apud IIDA, 2005, p. 321). Esses princípios implicam nas características físicas e cognitivas do produto, onde são considerados a ajuste do usuário com o produto e a noção de como usá-lo (IIDA, 2005). 
O processo de desenvolvimento de produtos é variável, depende do tipo de produto, e da empresa. Entretanto as necessidades, desejos e expectativas do consumidor devem ser os principais quesitos a serem levados em conta. O desenvolvimento se dá por meio das etapas de definição; desenvolvimento; detalhamento; avaliação e produto em uso. Em todas essas etapas a ergonomia deve atuar. Essa atuação se desenvolve através de quatro tipos de atividade, que são: usuário; utilidade do produto; usabilidade e interface com o usuário (IIDA, 2005). 
Desde os anos 80 a ergonomia vem sendo empregada nos bens de consumo procurando elevar o nível de qualidade do produto, buscando atender as necessidades e características do consumidor. Sendo assim, se faz necessário que as empresas ouçam o consumidor e trabalhem para atender as suas expectativas por meio do desenvolvimento participativo, onde é feita uma consulta aos usuários do produto, onde eles são convidados a cooperar na elaboração através da sua opinião crítica. Isso deve ser feito através de uma pesquisa organizada que gere informações úteis para o melhoramento do produto. A própria empresa também deve avaliar seu produto, nessa avaliação devem estar inseridos os aspectos técnicos, usabilidade e estética (IIDA, 2005). 
Comunicar conhecimentos ergonômicos aos clientes é dar a eles os meios de melhor escolher os produtos e, portanto, com o tempo, de influir na qualidade. Há empresas, sobretudo na distribuição, que publicam provas que comportam uma rubrica ergonômica (FALZON, PIERRE. 2007).
Referências Bibliográficas:
FALZON, PIERRE. Ergonomia. I. – Editora Blucher, SP, 2007.
IIDA, ITIRO. Ergonomia: Projeto e produção. 2ª edição ver. e ampl. – São Paulo: Blucher, 2005.
RABELO, Francisco. Ergonomia no Dia a Dia – Edições Sílabo, Lda. 2.ª Edição – Lisboa, janeiro de 2017. Impressão e acabamentos: Cafilesa – Soluções Gráficas, Lda.

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