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AULA 7 AMEBÍASE

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PARASITOLOGIA CLÍNICA
AMEBÍASE
A causa da amebíase se dá pela infecção de protozoário (Entamoeba histolytica), que pode se beneficiar de seu hospedeiro sem causar benefício ou prejuízo, ou ainda, agir de forma invasora (Figura 1).
A doença pode se manifestar dentro do intestino ou fora dele. 
Principais sintomas são:
- Desconforto abdominal, que pode variar de leve a moderado;
- Sangue nas fezes; 
- Forte diarréia acompanhada de sangue ou mucóide;
- Febre e calafrios.
Nos casos mais graves, a forma trofozoítica do protozoário pode se espalhar pelo sistema circulatório e, com isso, afetar o fígado, pulmões ou cérebro. O diagnóstico breve nestes casos é muitíssimo importante, uma vez que, este quadro clínico, pode levar o paciente a morte.
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Fig.1: Visualização em microscópio óptico das células de Entamoeba histolytica.
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Epidemiologia
Segundo a OMS:
50 milhões de novas infecções por ano e aproximadamente 70 mil óbitos. 
A disenteria amébica é mais prevalente nos países tropicais, podendo ocorrer nas zonas temperadas. 
Na África, Ásia tropical e América latina. Mais de dois terços da população terá estes parasitas intestinais, apesar da maioria das infecções ser praticamente assintomática.
A falta de condições higiênicas adequadas é a responsável por sua disseminação. No Brasil, estima-se que a prevalência média de contágio, sintomática ou não, é de aproximadamente ¼ da população.
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Agente etiológico
Dentro da família Entamoebida, quatro espécies podem habitar o corpo humano, sendo que dentre essas vamos destacar a Entamoeba histolytica e a Entamoeba coli como as principais de responsáveis por infecções em humanos (Figura 2).
Apresentam duas formas, a forma de resistência, que também é a forma infectante, chamada cisto (esféricos ou ovais e possuindo quatro núcleos). A outra forma é a reprodutiva, ou trofozoítica, geralmente possuem um só núcleo, bem nítido nas formas coradas e pouco visíveis nas formas vivas.
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F
Fig 3- Espécies da família Entamoebida. 
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Ciclo
A E. histolytica é um parasita monoxeno de ciclo biológico direto. 
A via de infecção normal para o homem é a ingestão de cistos. Após a ingestão, o desencistamento ocorre no meio ácido do estômago e é completado no duodeno e jejuno, onde ocorre a colonização do parasita. Este se reproduz por divisão binária longitudinal. 
O ciclo se completa com o encistamento do parasita e a sua eliminação nas fezes. Quando o trânsito intestinal está acelerado, é possível achar trofozoítos nas fezes (Figura 4).
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Fig 4- Ciclo Evolutivo da Amebiáse
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Ação patogênica 
A patogenia se dá através da invasão dos tecidos pelos trofozoítos invasivos e virulentos. 
Manifestações clínicas: 
1. Amebíase intestinal: 
- Formas assintomáticas; 80 a 90% das infecções por E. histolytica. Formas sintomáticas: 
- Colite não-disentérica: 
É a forma clínica mais comum em nosso meio. Se manifesta por evacuação diarréica ou não, com duas a quatro evacuações por dia, com fezes moles ou pastosas. Raramente há febre. O que caracteriza esta forma é a alternância entre a manifestação clínica e períodos silenciosos. 
- Colite disentérica. Disenteria aguda, acompanhadas de cólicas intestinais, com evacuações mucosanguinolentas e febre moderada. O paciente ainda pode apresentar tenesmo e tremores de frio. Pode haver oito a dez evacuações por dia. 
2. Amebíase extra-intestinal 
- Pouco comum em nosso meio, com vários casos relatados na região amazônica. 
- As formas mais comuns são os abcessos hepáticos. 
Manifestações clínicas: dor, febre e hepamegalia. 
- A E. histolytica pode causar abcessos também no pulmão, cérebro e na região perianal. 
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Diagnóstico 
- Clínico: 
Difícil de ser feito, por apresentar sintomatologia comum a várias doenças intestinais. 
No abcesso hepático, além da dor, febre e esplenomegalia, pode-se fazer o diagnóstico através de raios-x, cintilografia, ultrassonografia e tomografia computadorizada. 
- Laboratorial 
Exame de fezes, procurando por cistos ou trofozoítos. 
O exame do aspecto e da consistência das fezes é muito importante, principalmente se ela é desintérica e contém muco e sangue. 
O exame a fresco das fezes deve ser feito tão logo ela seja emitida, no máximo 20 a 30 minutos após, pois tem o objetivo de encontrar trofozoítos. 
Fezes formadas: técnicas de concentração. 
Como a emissão de cistos e trofozoítos não é constante, recomenda-se vários exames em dias alternados. 
- Diagnóstico Sorológico: 
Elisa, hemaglutinação direta, RIFI. 
Aspectos negativos: 
* Persistência de títulos por anos; 
* Resultado negativo em assintomáticos. 
Coproantígenos: feitos com anticorpos monoclonais estes exames modernos são um Elisa feito diretamente nas fezes do paciente, sendo específico para E. histolytica. 
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Profilaxia 
- Saneamento básico; 
- Educação sanitária; 
- Combate aos insetos sinantrópicos; 
- Lavar os alimentos com substâncias amebicidas (permanganato de potássio, iodo). 
- Vacinas. 
Tratamento 
- Amebicidas que atuam na luz intestinal; Eritromicina
- Amebicidas tissulares;(Muito tóxicos, só usados em caso de falha dos outros medicamentos). Cloridrato diidroemetina
- Amebicidas que atuam tanto na luz intestinal quanto nos tecidos; 
Derivados imidazólicos: Metronidazol, são os mais utilizados. 
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