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Direito Penal

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Direito Penal
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20/02/17
Artigo 312 – Peculato 
Apropriação 
Desvio
Furto
- Objeto: coisa corpórea 
Existe peculato culposo. Por exemplo: o funcionário esquece uma porta aberta e colabora para o furto. 
Uma pessoa que não é funcionária pública pode cometer o crime de peculato quando participa do crime com o funcionário público. 
Extingue a punibilidade quando houver reparação do dano anterior à sentença. Se for posterior, a pena reduz a metade. 
Artigo 313 – Peculato impróprio: agente se aproveita do erro 
Ocorre quando o funcionário público se apossa de dinheiro que recebeu por erro. 
Artigo 313-A,B – Peculato eletrônico/peculato – pirataria 
313 A – crime praticado mediante manipulação de bancos de dados (peculato eletrônico).
313 B – modificar ou alterar dados de informática (peculato pirataria).
Artigo 314 – Possibilidade de crime mais grave.
Inexigibilidade de dolo específico
Extraviar livro ou qualquer documento que se tem em razão do cargo. 
Artigo 315 – desvio “para dentro” da administração 
Desvio de finalidade de verbas ou rendas públicas. 
*Artigos 312-315: possibilidade de crime de responsabilidade, conforme o sujeito ativo, se for prefeito, presidente da república, etc – Lei 1.079/50, aprovação de contas (T.C) não exclui o crime. 
Dependendo do sujeito ativo, os atos praticados podem caracterizar outro crime. 
Artigo 316 – concussão – exigir, não é preciso receber – ameaça pode ser de ato lícito, qualquer vantagem 
- excesso de exação (situação vexatória ao cobrar tributo): espécie de concussão 
Artigo 317 – solicitar, aceitar, receber, ato do funcionário pode ser legítimo, vantagem: qualquer, para qualquer um 
Crime de corrupção passiva. 
§2º - corrupção passiva privilegiada.
06/03/17
Só o funcionário é sujeito ativo desses crimes. 
Artigo 318 – facilitação de contrabando/descaminho – forma qualificada desses crimes, caracterizada pelo sujeito ativo. 
É o crime aplicado ao funcionário que concorre para o contrabando ou descaminho, ou seja, o funcionário público é participe. O funcionário participa o contrabando de outra pessoa que não é funcionária, assim, sua pena é maior. 
Contrabando é a importação de alguma mercadoria que não pode entrar no país, ou importar em uma quantidade maior. 
Descaminho é quando precisa pagar um tributo para a importação, mas, por meio de alguma fraude, o imposto não é pago. 
O funcionário se utiliza de alguma condição ou informação que sua atividade da. 
O contrabandista terá uma incidência no artigo do contrabando e o funcionário público terá incidência no artigo 318.
Artigo 319 – prevaricação – retardar, deixar de praticar, praticar indevidamente. Necessidade de o sujeito ativo ter competência para o ato. 
Prevaricação é uma conduta que só é punível como crime quando praticado por funcionário. 
O funcionário retarda, deixa de praticar, pratica contra a lei algo para satisfazer interesse pessoal. 
Não se enquadra nesse crime funcionário que pratica algo que está disposto em uma portaria, decreto, por exemplo. Somente o que está disposto em lei.
Não se inclui a obtenção de vantagem neste crime. Se o funcionário público praticar, deixar de praticar ou praticar contra a lei algo com a intenção de obter vantagem, o crime será corrupção passiva. 
Artigo 320 – forma privilegiada de prevaricação. Dolo: indulgência. O infrator é detentor de cargo. É, no entanto, do funcionário a avaliação sobre as providências a tomar. 
Acontece quando o funcionário do agente público comete alguma infração no exercício do cargo e aquele deixa de aplicar uma punição. 
O funcionário superior tem que tomar providencias à seu critério em desfavor do seu subordinado. 
Artigo 321 – agente não precisa ser dissimulado, nem visar vantagem pessoal. Ilegitimidade do interesse qualifica o crime (§único) 
O funcionário patrocina direta ou indiretamente interesses privados perante a administração valendo-se da qualidade de funcionário. O agente não precisa ser advogado, neste caso, advogar significa alguém que defende um interesse. 
Não precisa visar vantagem pessoal, caso visar, é uma corrupção passiva. 
Artigo 322 – somente violência física, punindo-se também o seu resultado – parcialmente revogado pela Lei 4898/65.
O funcionário que exerce uma função pratica violência física. A pena é correspondente ao resultado da violência. Ou seja, se o funcionário pratica lesão corporal, responde por esse crime e o crime de lesão corporal. 
O crime está parcialmente revogado pela lei de abuso de autoridade. 
A revogação é parcial porque o conceito de funcionário público do código penal é mais ampla que a noção de autoridade na lei de abuso de autoridade. 
A vítima pode ser qualquer pessoa, até mesmo outro funcionário. A vítima maior é sempre a administração pública. 
Artigo 323 – necessidade de cargo. Situação permanente. Perigo de prejuízo à administração. Exoneração pedida exclui o crime?
Crime de abandono do cargo público, sem dar satisfação, causando prejuízo à administração. 
Tem que ser uma situação permanente. 
Um pedido de exoneração libera o funcionário das suas obrigações desde que vencido o prazo da administração se manifestar. 
Artigo 324 – não está prevista hipótese de aposentadoria.
Ocorre quando o funcionário público entra nas sua funções antes do tempo ou continua depois que já deveria ter saído. Ou seja, quando ele não está autorizado a exercer suas funções, mas mesmo assim exerce. 
Não comete o crime o aposentado que continua no exercícios de suas funções. 
Artigo 325 – inclui o aposentado. Ciência do sigilo é em função do exercício.
Existem certos atos da administração que são sigilosos, e em razão da função, alguém toma conhecimento. Seria uma prevaricação, mas é um crime específico. 
Artigo 326 – forma privilegiada do artigo 325. Basta devassar. Revogado pela Lei 8666/93, artigos 89/98.
Basta olhar um ato sigiloso que já é considerado crime. 
Artigo revogado pela lei de licitações. 
13/03/17
Crimes praticados por particular contra a Administração Pública 
Artigo 328 – Usurpação – sujeito ativo: particular, ou funcionário fora das funções. 
Conduta: prática de ato funcional
Alguém, que não é funcionário, praticar ato próprios da função, do cargo. A pessoa se da o título de funcionário público. 
O crime pode ser praticado por funcionário, quando ele exerce uma função mas usurpa para outra função. 
Não basta a titulação para ser caracterizado crime, é preciso a prática de ato funcional. 
Caso a pessoa obter vantagem, pode ser caracterizado o crime de estelionato, sendo necessário analisar o caso concreto. 
Artigo 329 – Resistência – pressuposto: legalidade da ordem e competência do funcionário. Sujeito ativo: destinatário da ordem, ou terceiro. 
Forma qualificada: exaurimento do crime. 
Ocorre muitas vezes contra o policial. 
Acontece quando uma pessoa se opõe a um ato proferida por alguém de direito, ou seja, por um funcionário competente, mediante violência ou ameaça. 
Por exemplo quando um policial da a voz de prisão e a pessoa se opõe com violência contra o policial. 
Violência contra coisa não caracteriza crime, tem que ser contra a pessoa. 
Quem pratica esse crime geralmente é o destinatário do ato, mas pode ser também uma terceira pessoa. Por exemplo um terceiro vê uma pessoa sendo presa e parte com violência contra o policial tentando defender a pessoa. 
Resistência mais lesão corporal é concurso de crime formal próprio. 
Artigo 330 – Desobediência – sujeito ativo: particular, ou funcionário fora da função. 
Pressuposto: possibilidade de cumprir a ordem.
Para haver crime, é preciso que a ordem seja legal. É necessário que a ordem possa ser cumprida, senão haverá um abuso. 
Uma possibilidade de crime de desobediência é quando uma pessoa é intimada para comparecer a uma audiência e não aparece e nem justifica sua ausência. 
Artigo 331 – Desacato – forma qualificada de injúria. Sujeito passivo:o funcionário e a administração. Funcionário não precisa sentir-se ofendido. Necessária sua presença. 
Fato atípico (?) STJ
*Resp. 1.640.084-SP (15/12/16)
Desacato é uma injúria, só que contra uma vítima específica. É uma ofensa contra o funcionário. 
A pena é maior que a da injúria porque é praticado contra a administração pública. 
A vítima é o funcionário público no exercício de sua função ou em razão de sua função. 
O crime de desacato absorve a injúria. 
Diferentemente da injúria, o funcionário não precisa ser tomado pela ofensa. A administração pública já entende como desacato. 
É necessário a presença do funcionário na hora da ofensa. 
Controle de convencionalidade – controle da legislação brasileira frente a convenção internacional. 
O STJ entendeu que o crime de desacato não existe mais. O fato é atípico, porque é incompatível com a convenção americana dos direitos humanos. O desacato pressupõe uma situação de inferioridade do indivíduo em relação ao estado. Desde a vigência da convenção americana de direitos humanos não se pode estabelecer essa inferioridade dos indivíduos em relação aos estados. Por outro lado, essa decisão fragiliza a situação do funcionário, tendo em vista que em algumas vezes ele se sente ofendido. 
Artigo 332 – Tráfico de influência – pressupõe-se a fraude. Vantagem é qualquer uma. Artigo 357 (?)
É um estelionato dentro da administração. A vantagem não precisa ser econômica, pode ser qualquer uma. 
Artigo 333 – Corrupção ativa – pressuposto: que a vantagem seja indevida. Exaurimento: § único.
Não é crime: simples pedido. Mas crime do funcionário se o atende (artigo 317, §2º).
Na corrupção passiva o particular pede a vantagem, na corrupção ativa o particular oferece a vantagem. 
Basta oferecer para ser considerado crime. Não é necessário praticar o ato. 
O simples pedido não caracteriza o crime. 
Artigo 334 – Contrabando/descaminho – extinção da punibilidade (descaminho): Lei 9249/95, artigo 34.
§3º, não inclui voos regulares.
Importar ou exportar mercadoria proibida, ou mercadoria permitida que não foi pago o tributo. 
Para o descaminho se aplica a regra dos crimes tributários. 
Artigo 335 – Revogado pela Lei 8666/93 (artigos 93 e 95). Não aplicável a hasta pública judicial (artigo 358)
Impedimento, perturbação ou fraude de concorrência pública. Revogado pela lei de licitações. 
O agente oferece uma vantagem para o concorrente deixar de concorrer. 
O crime não se aplica a hasta pública judicial, ou seja, para imóveis penhorados, por exemplo. 
20/03/17
Artigo 336 – necessária validade do sinal, excluído o crime se ele for arbitrário 
Comete o crime o particular que fica bravo, irritado e estraga edital afixado por funcionário público. 
Artigo 337 – aplicável a processos judiciais. Intenção de desapossamento definitivo 
É a subtração dos autos, ou seja, a pessoa some com o processo porque irá causar prejuízos a ela. O crime é na modalidade dolosa. 
Artigo 337 A – suprimir, ou reduzir: omitir segurados; deixar de lançar quantias descontadas; omitir fatos geradores 
Suprimir ou reduzir contribuição previdenciária de determinado serviço. 
Extinção de punibilidade – declarar, confessar, antes da ação fiscal - §1º
Perdão judicial/crime privilegiado - §2º; baixo valor 
Causa de diminuição – folha de pagamento reduzida/pessoa física - §3º c.c. §4º
Capítulo II – A: corrupção ativa, tráfico de influência, relacionados a transação comercial internacional 
Noção de funcionário – artigo 337 D

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