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COMUNIDADE QUILOMBOLA CAFUNDÓ (1)

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Quilombolas são descendentes de escravos que vivem em pequenas comunidades e procuram manter suas tradições culturais africanas.
Estima-se que atualmente existam mais de duas mil comunidades quilombolas espalhadas pelo vasto território brasileiro.Apesar de ter o direito à propriedade da terra consagrado pela Constituição Federal de 1988, essas comunidades ainda hoje lutam pela posse documentada de suas terras e vivem constantemente ameaçados por fazendeiros invasores.
Segundo relatório divulgado pelo governo federal, das 80 mil famílias quilombolas cadastradas no Cadastro Único cerca de 75% vivem em situação de extrema pobreza, têm menor acesso a serviços básicos ( saneamento, energia elétrica entre outros ), vivem em casas de barro, não possuem banheiro eo esgoto é a céu aberto.
Chama a atenção também a alta taxa de analfabetos dentro das comunidades quilombolas que é de cerca de 25% (se comparada a taxa de analfabetos no Brasil que é de cerca de 9,1% ).
Neste trabalho vamos estudar mais detalhadamente a comunidade quilombola do Cafundó, que situa-se na cidade de Salto de Pirapora, interior do estado de São Paulo e é habitado atualmente por cerca de 20 famílias, aproximadamente 100 pessoas.
COMUNIDADE QUILOMBOLA DO CAFUNDÓ.
 - ASPECTO SOCIAL.
As casas da comunidade eram de pau-a-pique, o chão de terra batida e estão dispostas de forma circular, sendo que de um lado moram integrantes da família Pires Cardoso e do outro lado a família Almeida Caetano.
Na última década porém o Cafundó passou por uma reforma em sua infraestrutura. As casas de pau-a-pique deram lugar a pequenas casas de alvenaria, todas elas possuindo TV e rádio. Foi construído também um pequeno centro comunitário, onde é possível o acesso à internet, apesar de possuírem apenas um computador cedido pelo Ministério das Comunicações. Ainda não existem escolas na comunidade e as crianças são levadas por um ônibus escolar até as escolas da cidade de Salto de Pirapora.
A comunidade do Cafundó não dispõe de um posto de saúde, apenas recebe a visita uma vez por semana de um médico da família. Em casos de emergência é preciso percorrer quilômetros até o hospital mais próximo.
Um ponto que gera polêmica é o embranquecimento da comunidade do Cafundó, pois assim como acontece em todo o pais, existe uma grande miscigenação racial, resultando em indivíduos de pele mais clara. Esse fato já gerou preconceito, inclusive de organizações governamentais.
Os moradores do Cafundó reclamam também do preconceito racial que sofrem por parte dos moradores brancos locais que se referem à eles como sujos, pinguços, encrenqueiros e daí para pior.
 - ASPECTOS CULTURAIS E RELIGIOSOS.
Os meios de comunicação descobriram a comunidade do Cafundó no ano de 1978, e o que mais chamou a atenção foi o dialeto de origem africana falado pelos membros da comunidade. Esse dialeto denomina-se Falange ou Cupópia. Por se tratar de um importante elemento cultural africano, existe uma preocupação em manter o dialeto sempre vivo dentro da comunidade ,o que não é uma tarefa das mais fáceis pois existirem apenas oito pessoas fluentes no idioma, das quais apenas quatro vivem no cafundó.
A cupópia, originalmente possui apenas 140 palavras, é uma mistura de vários idiomas falados em Angola ( quimbundo, ngangela, Luanda e luvale ) e também na região do Congo ( umbundo e quicongo ). Isto deve-se ao fato de que os escravos que vinham para o Brasil partiam de várias regiões da áfrica.
Segundo o Doutor em Linguística Silvio Vieira de Andrade Filho, a cupópia não se originou no Cafundó, mais sim em um quilombo chamado Caxambu que se localizava às margens do rio Sarapuí e distava quatro quilômetros do Cafundó. O quilombo do Caxambu foi extinto na metade da década de 1960, devido a ações violentas de grileiros que queriam tomar posse de suas terras e dificuldades econômicas da própria comunidade. A amizade que existia entre os dois quilombos foi consolidada em 1905 quando o ex escravo Caetano Manuel de oliveira membro do antigo Caxambu, casou-se com Ifigènia de Oliveira Congo filha dos primeiros fundadores do Cafundó.Foi o ex escravo Caetano que levou a cupópia para o Cafundó.
A maioria dos quilombolas possuem algum grau de paretesco ( irmãos, tios, primos ).
Situada na entrada da comunidade está uma Capela, que é uma das construções mais antigas do local. No seu interior santos católicos e do candomblé convivem em harmonia. Todo mês de maio é realizada em torno dessa Capela a Festa de Santa Cruz, quando é comemorada a abolição da escravatura.Participam da festa pessoas da comunidade e também pessoas de localidades distantes.
Parte dos membros da comunidade pratica o Catolicismo e outras religiões afro-descendentes como por exemplo o Candomblé, e outra parte é evangélica.Frequentam a igreja Congregação Cristã do Brasil. Segundo um morador da comunidade a parte evangélica não se mistura com os outros moradores e não saem da comunidade por não terem outro lugar para morar. Infelizmente, constata-se que mesmo em uma comunidade tão pequena, existe preconceito. Não um preconceito de raça mais sim religioso.
Algumas tradições importantes do Cafundó foram se perdendo com o passar do tempo, devido à necessidade de contato com outra cultura.Alguns quilombolas mais velhos lutam para resgatar traços da cultura como o samba-duro de roda, as histórias de sacis e de caiporas, introduzindo também novos fatores da cultura africana como a capoeira e o jongo.Eles planejam construir um centro cultural no Cafundó para ensinar a cupópia aos mais novos.
- ASPECTO ECONÔMICO.
As atividades produtivas no Cafundó são muito comprometidas pela pequena área que eles ocupam atualmente.Não tendo grandes áreas para o plantio comercial, os quilombolas limitam-se a pequenas plantações que abastecem o próprio quilombo e uma pequena cidade da região. Eles cultivam principalmente mandioca, feijão, milho e alguns alimentos orgânicos como alface, batata-doce, amendoim, cebola, alho e beterraba. Dedicam-se também a criação de animais como galinhas, porcos e gado.
Em 2011 a comunidade firmou um acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento ( Conab ),e além de receber ajuda na compra de sementes e insumos agrícolas, cerca de 70% do que produz é consumido em creches e hospitais públicos da cidade de Porto Feliz.
A comunidade tenta ser incluída no Programa de Fortalecimento da Agricultura Familiar ( PRONAF ), e com isso conseguir o selo de “Quilombolas do Brasil” o que agregaria valor aos seus produtos, fortalecendo assim a produção agrícola.
Os quilombolas que não se dedicam a agricultura, precisam arrumar outra fonte de subsistência, e para isso trabalham como empregados domésticos em propriedades da região, e também como jardineiros, pedreiros, caseiros etc...
A vida na comunidade do Cafundó bem como em outras comunidades quilombolas é muito difícil. Diariamente seus habitantes tem que lutar pela subsistência, pela preservação de sua cultura, costumes, religiosidade, falta de assistência básica por parte dos órgãos públicos e o que nos parece mais grave, lutar contra invasores e pela posse definitiva de suas terras. É sobre isso que falaremos a seguir.
LUTA PELA TERRA.
Os quilombolas do Cafundó são herdeiros de uma área de terra de aproximadamente 218 hectares, porém ocupam apenas 21 hectares desse território.
Logo após a assinatura da lei áurea em 1888 (lei que aboliu a escravidão no Brasil ) as famílias de ex escravos ganharam ou herdaram de seus antigos senhores ( fazendeiros ), permissão para cultivar e viver do que produziam nas terras que compreendem atualmente a região do Cafundó.
No entanto a falta de documentos que comprovem que as terras foram doadas ou herdadas pelos ex escravos, tem dificultado até hoje que os quilombolas possam viver com tranquilidade nas terras que por direito lhes pertence, sendo alvo de constantes invasões por grileiros.
Ao longo de todos esses anos, foram vários os conflitos que colocaram de um lado os grileiros e fazendeiros e do outro os quilombolas doCafundó. Segundo relatos de Marcos e Juvenil ( dois habitantes do Cafundó) em 1967, durante uma discussão por terra que estavam sendo griladas, o seu irmão Benedito Almeida, que na época tinha 26 anos foi morto com tiros de espingarda.Passados 11 anos o mesmo grileiro,sem nenhuma documentação volta ao quilombo, desta vez a mando de um fazendeiro para cercar uma área que pertencia ao quilombo. Durante a briga o grileiro foi morto pelos quilombolas, fato que teve grande repercussão na época, e acabou denegrindo a imagem dos quilombolas da região, que piorou ainda mais as atitudes de preconceito para com a comunidade.
Se antigamente eram os fazendeiros que ameaçavam o quilombo, hoje são as grandes empresas lucrativas. A área do quilombo (cerca de 122 hectares) está arrendada para industrias como a Mineração Ouro Branco (que atua na extração de areia) e a Suzano Celulose (empresa de reflorestamento e produtora de celulose). Essa situação é motivo de preocupação para os líderes da comunidade, pois eles precisam decidir se recebem o dinheiro do arrendamento ou revisão o contrato com essas empresas no sentido de retirá-las da área, já que os prejuízos ambientais são muitos por conta das atividades dessas empresas.A extração de areia abriu um enorme buraco na mata sumindo com plantas nativas da região. No passado essa área era usada para preservação e também para o plantio de roças. Segundo alguns moradores do quilombo, sete nascentes naturais já secaram, pois o plantio de eucalipto consome muita água. Este fato colaborou também para o desaparecimento de árvores frutíferas e com elas os pássaros também se foram.
Como já mencionamos anteriormente os moradores do Cafundó ocupam uma área de apenas 21 hectares, sendo que tem direito a pelo menos 218 hectares de terra.Desde a década de 1970 sofrem com constantes invasões de fazendeiros, grileiros e empresas que querem ocupar suas terras.
Em 1972, Otávio Caetano, um antigo líder comunitário moveu uma ação de usucapião para tentar reaver pelo menos parte da terra que lhes pertence. Apesar de ter ganho a causa, um fazendeiro da região contestou a ação. Somente em 1976,por meio de uma outra ação foi que o Governo reconheceu que os quilombolas tinham direito a posse de parte das terras reivindicadas, e foi assim que eles passaram a ter direito de ocupar os 21 hectares onde vivem atualmente.Porém é uma área muito pequena para que eles possam cultivar e viver com autonomia.
Em 1990 o CONDEPHAAT, considerando a importância da área e da comunidade quilombola tombou 8 hectares de terra onde vivem atualmente a maioria dos moradores do Cafundó. Em 1999 teve início o processo para regularização dessas terras junto ao ITESP,que segundo levantamento deste órgão o território do Cafundó encontra-se totalmente sobre o domínio de particulares. Em 14 de junho de 2006, o INCRA, através da portaria 235 reconheceu que a área do Cafundó correspondia a 218,4462 hectares.Infelizmente esse reconhecimento não foi suficiente para que a comunidade tomasse a posse definitiva e documentada de seu território, e ainda hoje o processo de legalização não foi concluído. 
CONCLUSÃO:
Desde a abolição da escravatura no Brasil em 1888, passaram-se longos 127 anos. Durante este período as comunidades quilombolas, entre elas a do Cafundó, tiveram que lutar constantemente para defender suas terras de invasores, para manter a sua cultura seus costumes e tradições religiosas.
São vítimas de preconceito racial, o que nos causa profunda tristeza e indignação, pois o povo africano fez e faz parte da construção do Brasil, em todos os aspectos positivos da sua história. Independente da cor da pele somos todos miscigenados , temos correndo em nossas veias sangue desse povo que luta pelo direito de viver com respeito e dignidade.
Direito este que ainda hoje não é respeitado, pois os órgãos públicos lhes nega a posse definitiva e documentada de suas terras.
As perguntas que ficam são: Por que passado tanto tempo, o governo ainda não reconheceu legalmente o direto dos quilombolas às terras que habitam? A quem interessa essa luta que parece não ter fim? Não encontramos respostas satisfatórias e concretas em nossas pesquisas para este fato.Porém, observando a dinâmica do cenário político, social e econômico do nosso pais, concluímos que isto ocorre devido à vários fatores, que vão desde o completo descaso com a causa até interesses particulares da classe dominante.
Infelizmente o que os dados nos mostram é que o Brasil está longe de ser uma sociedade igualitária, ou seja, muito nas mãos de poucos privilegiados e pouco nas mãos de muitos discriminados . Triste também notar a falta de vontade política e social para mudar esse quadro.
Verificamos que os afrodescendentes no Brasil enfrentam praticamente as mesmas dificuldades,sendo eles integrantes do quilombo do Cafundó (objeto dessa pesquisa ) , de outras comunidades quilombolas ou mesmo os que vivem fora de comunidades específicas. Isto posto, falaremos sobre a questão de maneira mais abrangente.
Os negros somam 50,7% da população brasileira. O desemprego é 50% maior na população negra que na branca. Cerca de 65,1% das vítimas de homicídios são negros. A mortalidade infantil também é maior com um índice de 60%. No congresso Nacional apenas 8,3% das cadeiras são ocupadas por negros.
Além desses dados levantados através de pesquisas, existe ainda a questão do preconceito, que ocorre tanto do branco com relação ao negro como do negro com relação ao próprio negro. Trata-se de um preconceito velado, onde ninguém se assume como preconceituoso, onde ninguém diz perceber o preconceito. Mas se ele não existe o que explica um negro ser seguido pelos seguranças de um supermercado; uma senhora ao entrar em uma loja de roupas não querer ser atendida por uma negra; um negro ser impedido de entrar em um condomínio de classe alta; numa partida de futebol um jogador negro ser chamado de “macaco” e lhe jogarem uma “banana” ? Essas são apenas algumas situações que temos conhecimento através da mídia, mas quantas mais não acontecem o tempo todo sem que nós saibamos?
Os negros chegaram ao Brasil como escravos, e viveram nesta condição por cerca de trezentos anos. Após a abolição (1888) se viram abandonados à própria sorte, pois não tinham meios para sobreviver, uma vez que eram analfabetos, não tinham uma profissão, não tinham terras para cultivar,a não ser um ou outro grupo que tinha a sorte de herdar um pouco de terra de onde tiravam seu sustento .
Vários fatos sociais e políticos ocorreram no Brasil após a abolição até os dias de hoje que atingiram diretamente os negros. 
A questão do Branqueamento, que incentivava a vinda de imigrantes europeus para , na mistura das raças tornar os brasileiros mais brancos.
A política da Eugenia, que significa raça pura.Partia do princípio de que as aptidões eram herdadas geneticamente e era preciso selecionar os mais aptos. Obviamente os negros não faziam parte desse seleto grupo, já que eram considerados inferiores aos brancos. É nas raízes da Eugenia que vai se fundamentar o racismo.
Não podemos deixar de citar que nas ultimas décadas a vida dos afrodescendentes melhorou, pois foram adotadas algumas políticas para protegê-los como: o racismo passou a ser considerado crime; obrigatoriedade de dar escolas para comunidades quilombolas; obrigatoriedade de se ensinar cultura afrodescendente nas escolas da rede pública e privada desde o ensino fundamental até o médio; sistemas de cotas nas universidades para que os negros tenham acesso ao ensino superior.
Mas não podemos nos enganar, essas leis e algumas outras que não citamos aqui nem sempre são cumpridas, e a realidade é que os afrodescendentes continuam sim sofrendo com o racismo,com o preconceito,com a discriminação.
 Antigamente eram os senhores de escravos, hoje é o subemprego e os baixos salários. Antes viviam nas senzalas, hoje vivem nas favelas e nas periferias das grandes cidades. Antes as crianças trabalhavam nas lavouras, hoje frequentam a escola, mais muitasdelas não se sentem acolhidas e acabam abandonando.
Analisando esta situação, fica fácil de entender porque uma boa parte dos negros brasileiros assimilaram que são realmente inferiores aos brancos, afinal eles ouviram isso a vida inteira. A eles são dadas duas opções: ou desiste e aceita a condição de inferioridade e finge não sofrer com a discriminação, ou insiste, luta e tem que provar todos os dias que tem tanta capacidade quanto qualquer outra pessoa independente da raça a que pertence.
Acreditamos que só através da educação é que esse quadro pode ser mudado, mas para que isso ocorra é necessário que os órgãos públicos se mobilizem no sentido de conscientizar a sociedade ( e isso se faz nos pequenos, ou seja na escola ).O que percebemos no entanto é um total descaso com relação a educação de modo geral.
Quanto a nós, membros da sociedade, insistimos em acreditar que não somos racistas e que o racismo não existe no Brasil. Pensando assim nos sentimos menos culpados com a nossa omissão.Precisamos compreender que da mistura de brancos, negros, amarelos, surgiu uma nação composta de pessoas que não tem uma cor definida que a caracterize, que temos vários tons de pele, e que é isso que nos identifica como brasileiros, com direitos e deveres iguais.
Terminamos essa conclusão certos de que, enquanto houver um único cidadão brasileiro afrodescendente lutando pelo direito de igualdade, é porque o preconceito continua existindo e precisa ser combatido. Quem sabe um dia consigamos virar essa triste página da nossa história e possamos dizer com orgulho que o Brasil é um pais onde todos, independente da raça e da cor da pele, se tratam, se veem e se respeitam como iguais.
RESUMO: 
Neste trabalho discorremos sobre uma pesquisa feita sobre a comunidade quilombola do Cafundó, uma das mais importantes do pais.
Procuramos detalhar da maneira mais clara possível como é a vida dentro dessa comunidade, identificando traços de sua cultura, costumes e religião.
Como ponto importante destacamos o preconceito racial que sofrem diariamente e a luta pela posse legal das terras que habitam.
Terminamos relacionando a pesquisa realizada com os textos estudados em sala de aula, na matéria de Relações Étnico-Raciais no Brasil do curso de psicologia.
PALAVRAS-CHAVE: Quilombo; Quilombolas; Comunidade; Terra; Luta; Preconceito.
INTRODUÇÃO:
A comunidade quilombola do Cafundó fica no interior de Estado de São Paulo e é considerada uma das mais importantes do pais.
Lá, onde a estrada que dá acesso é de terra batida, onde as galinhas ciscam tranquilas entre os pés de goiaba, vive um povo que luta para manter seus costumes e tradições africanas.
Infelizmente a vida da comunidade não é tão tranquila quanto a vida das galinhas que criam, pois seu território vem sendo invadido constantemente por grileiros e fazendeiros da região. A luta pela legalização de suas terras se estende ao longo dos anos, sem entretanto ter um parecer definitivo e favorável aos quilombolas por parte dos órgãos públicos.
Este fato dificulta muito a autonomia da comunidade que, obrigada a viver em uma área bem menor a que tem direito, não tem terras suficiente para a agricultura comercial.Sobrevivem de pequenas plantações e de trabalhos que realizam fora da comunidade.
Apesar das dificuldades, de todo o preconceito que sofrem, é um povo que não cansa de lutar pelos seus direitos, e é por esse motivo que vale a pena saber um pouquinho mais sobre eles.
FONTES:
Palmares.gov.br
Mds.gov BR
RBA – Rede Brasil Atual – por Sarah Fernandes – 07/05/2013
Wikipédia.com
Fry. Peter E Vogt Carlos. Cafundó. A África no Brasil. Companhia das letras, São Paulo, 1996.
Schimitt, A. E. Turatti MC. M. – Relatório Técnico Científico Sobre a Comunidade do Quilombo do Cafundó/ salto de Pirapora – São Paulo.
Vestibular.uol.
com.br
Texto: A busca de um caminho para o Brasil ( A introjeção do racismo do racismo e do preconceito) pag.148 á 177
Autor: S. Hélio

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