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DISCIPLINA: DIREITO ADMINISTRATIVO II DOCENTE: ELIANE COSTA DOS SANTOS SEMESTRES: 9° SEMESTRE INSTITUIÇÃO DE ENSINO: CENTRO UNIVERSITÁRIO DA BAHIA LICITAÇÃO 1. CONCEITO Segundo Celso Antônio B. de Mello, licitação é um certame que as entidades governamentais devem promover e no qual abrem disputa entre os interessados em com elas travar determinadas relações de conteúdo patrimonial, para escolher a proposta mais vantajosa às conveniências públicas. Estriba-se na idéia de competição, a ser travada isonomicamente entre os que preencham os atributos e aptidões necessários ao bom cumprimento das obrigações que se propõem assumir. 2. NATUREZA JURÍDICA -Procedimento administrativo vinculado e seletivo. 3. LEGISLAÇÃO SOBRE LICITAÇÃO (art. 22, inciso XXVII, art. 37, inciso XXI, art. 173, §1º, inciso III, art. 175, “caput”, da Constituição Federal de 1988, Lei n°. 8.666/93, Lei nº. 8.987/95) 5. PRINCÍPIOS LICITATÓRIOS REITORES a) Princípio da igualdade ( art. 5º, ‘caput’ da CF/88, art. 3º, ‘caput’, I, II e §3º, art. 44, §1º da Lei nº. 8.666/93, art. 14 da Lei nº. 8.987/95) b)Competitividade (art. 3º, I e II, art. 44, §1º da Lei nº. 8.666/93) c) Legalidade (art. 1º, art. 37, ‘caput’ da CF/88, art. 3º, ‘caput’, art. 4º , art. 41, §1º e §2º, art.113 da Lei nº. 8.666/93, art. 14 da Lei nº. 8.987/95) d)Impessoalidade (art. 37, ‘caput’ e §1º, da CF/88, art. 3 º, ‘caput’, art. 44, §1º, da Lei nº 8.987/95, art.14 da Lei nº. 8.987/95) e)Moralidade (art. 37, ‘caput’, art. 3º, ‘caput’, art. 44 da Lei nº. 8.666/93, art. 14 da Lei nº 8.987/95) f)Publicidade (art. 37, ‘caput’ e §1º da CF/88, art. 3º, ‘caput’, art. 21, art. 43, §1º, da Lei nº 8.666/93, art. 14 da Lei nº. 8.987/95) g)Vinculação ao ato convocatório (art. 3º , ‘caput’, art. 40, art. 41, ‘caput’ da Lei nº. 8.666/93,art. 14 da Lei nº. 8.987/95) h)Julgamento objetivo (art. 3, ‘caput’, art. 40, VII, art. 44, ‘caput’, § 1º, art. 45 da Lei nº. 8.987/95, arts. 14 e 15 da Lei nº 8.987/95) a) Adjudicação à proposta mais vantajosa (art. 64 da Lei nº. 8.666/93) 6.QUEM ESTÁ OBRIGADO A LICITAR (art. 37, XXI, art. 175, ‘caput’, da Constituição Federal de 1988, art. 1º, parágrafo único, art. 117, art. 118, art. 119, da Lei nº 8.666/93) OBSERVAÇÃO: Segundo Jessé Torres Pereira Júnior, Entre as entidades do gênero autarquia, o Tribunal de Contas da União tem incluído as fiscalizadoras do exercício das profissões liberais (v.g., CREA, CRM, CRN) e os chamados serviços sociais autônomos (SESI, SENAI, SESC, SENAC), tendo-os por submetidos ao dever geral de licitar (Decisão nº 061/96). Mister observar, outrossim, que segundo Jessé Torres, Decisão nº 256/99, da 2ª Câmara, Rel. Min. Benjamin Zymler, explicitou, em embargos declaratórios, que ‘a partir da Decisão nº 907/97, já se consolidou o entendimento de que as entidades integrantes do chamado ‘Sistema S’ não estão alcançadas pelos ditames da Lei nº 8.666/93. Dessa forma, não se aplica ao SEBRAE o disposto no parágrafo único do art. 61 da mencionada Lei, que impõe a necessidade de publicação dos resumos dos contratos no órgão oficial da imprensa. Entretanto, a própria Decisão supra citada deixou assente que estão as referidas entidades obrigadas a seguir os princípios constitucionais insculpidos no art. 37 da Constituição. (...) A 1ª Câmara já deixou assente que não está o SEBRAE obrigado a publicar no Diário Oficial da União os extratos dos ajustes firmados. Todavia, não disse o Tribunal que está vedado a divulgação por este meio. Evidente que, caso seja esta a alternativa para dar publicidade aos seus atos escolhida pelo SEBRAE, não poderá o Tribunal impugná-la, pois este é o meio ordinário que a Administração Pública utiliza para dar publicidade aos seus próprios atos. 7. OBJETO DA LICITAÇÃO (art. 14, ‘caput’, art. 38, ‘caput’, art. 40, I da Lei nº 8.666/93, art. 5º, 18, I e XV, art, 23, I da Lei nº 8.987/95) De acordo com as lições de Celso Antônio B. de Mello, são “licitáveis unicamente objetos que possam ser fornecidos por mais de uma pessoa, uma vez que a licitação supõe disputa, concorrência, ao menos potencial, entre os ofertantes”. 8. CONTRATAÇÃO DIRETA SEM LICITAÇÃO 8.1. LICITAÇÃO: regra ou exceção?? (art. 37, inciso XXI, art. 175 da CF/88, art. 1º, parágrafo único, art. 2º, art. 119 da Lei nº 8.666/93) 10. 2. LICITAÇÃO DISPENSÁVEL (art. 24 da Lei nº 8.666/93) De acordo com Hely Lopes, “é toda aquela que a Administração pode dispensar se assim lhe convier”. 10.3. LICITAÇÃO INEXIGÍVEL (art. 25 da Lei nº 8.666/93) Em consonância com Hely Lopes, “ocorre inexigibilidade de licitação quando há impossibilidade jurídica de competição entre contratantes, quer pela natureza específica do negócio, quer pelos objetivos sociais visados pela Administração”. 11. MODALIDADES LICITATÓRIAS 11.1. CONCORRÊNCIA (art. 22, I, art. 43, art. 45 da Lei nº 8.666/93) 11.1.1. CONCEITO Segundo Maria Sylvia Zanella de Di Pietro, a concorrência “é a modalidade de licitação que se realiza com ampla publicidade para assegurar a participação de quaisquer interessados que preencham os requisitos previstos no edital (art. 22, §1º)”. 11.2. REQUISITOS DA CONCORRÊNCIA: universalidade, ampla publicidade (art. 21, § 2º, I, ‘b’, II, ‘a’ da Lei nº 8.666/930, a habilitação preliminar (art. 22, §1º da Lei nº 8.666/93), o julgamento por Comissão (art. 51 da Lei nº 8.666/93). Admite a participação internacional de concorrentes (art. 42 da Lei nº 8.666/93), o consórcio de firmas (art. 33 da Lei nº 8.666/93 e art. 19 e 20 da Lei nº 8.666/93) e a pré-qualificação (art. 114 da Lei nº 8.666/93). 11.3. A CONCORRÊNCIA É OBRIGATÓRIA: a) no registro de preços (art. 15, § 3º, I da Lei n] 8.666/93); b) nas concessões de serviços públicos (art. 2, II e III da Lei nº 8.987/93); c) para as licitações internacionais, com a ressalva para a tomada de preços e para o convite, na hipótese do §3º do art. 23 (art. 42, art. 32, § 4º da Lei nº 8.666/93); d) para serviços e obras de engenharia (art. 23, I, ‘c’ da Lei nº 8.666/93)1; e) para compras e serviços que não sejam de engenharia (art. 23, II, ‘c’ da Lei nº 8.666/93); f) compra e venda de bens imóveis (§3º do art. 23 da Lei nº 8.666/93) qualquer que seja o valor, com exceção do art. 19 III da Lei nº 8.666/93; g) alienação de bens móveis de valor superior ao previsto no art. 23, II, b, (art. 17, § 6º da Lei nº 8.666/93); h) concessão de direito real de uso e permissão de uso de bens imóveis (§3º do art. 23 da Lei nº 8.666/93); i) para o registro de preços (art. 15, §3º, I da Lei nº 8.666/93), com exceção da possibilidade de utilização do pregão, de acordo com os artigos 11 e 12 da Lei nº 10.520/02). 12. TOMADA DE PREÇOS (art. 21, II, ‘b’, art. 22, II, § 2º da Lei nº 8.666/93) (Ver: Maria Sylvia Di Pietro) 12.1. CONCEITO De acordo com Maria Sylvia Z. Di Pietro, a tomada de preços “é a modalidade de licitação realizada entre interessados previamente ou que preencham os requisitos para cadastramento até o terceiro dia anterior à data do recebimento das propostas, observada a necessária qualificação (art. 22, § 2º). A “qualificação”, aí referida, é a de que trata o art. 36”. 12.2. REGISTROS CADASTRAIS De acordo com Hely Lopes, “são assentamentos que fazem nas repartições administrativas que realizam licitações, para fins de qualificação dos interessados em contratar com a Administração, no ramo de suas atividades (art. 34, a 37 4 51)”. 13. CONVITE (art. 21, § 2º, § 3º 6º, 7º , art. 22, § 3º, art. 51, § 1º da Lei nº 8.666/93) 13.1. CONCEITO Em consonância com Maria Sylvia Z. Di Pietro, convite “é a modalidade de licitação entre, no mínimo, três interessados do ramopertinente a seu objeto, cadastrados ou não, escolhidos e convidados pela unidade administrativa, e da qual podem participar também aqueles que, não sendo convidados, estiverem cadastrados na correspondente especialidade e manifestarem seu interesse com antecedência de 24 horas da apresentação das propostas (art. 22, § 3º)”. 14. REGRAS ESPECIAIS SOBRE CONCURSO E LEILÃO 14.1. CONCURSO (art. 21, § 2º, ‘a’, art. 22, § 2º, art. 51, art. 52, § 5º, art. 111 da Lei nº 8.666/93) 1 Os valores, consignados no art.23, incisos I e II, são atualizados na forma do art. 120, com a redação dada pela Lei nº 9.648/98) 14.2. CONCEITO De acordo com Maria Sylvia Z. Di Pietro, o concurso “é a modalidade de licitação entre quaisquer interessados para escolha de trabalho técnico, científico ou artístico, mediante a instituição de prêmio ou remuneração aos vencedores (art. 22, § 4º)”. 14.3. LEILÃO (art. 17, art. 19, III, art. 22, § 5º, art. 53 da Lei nº 8.666/93) Segundo Maria Sylvia Z. Di Pietro, o leilão “é a modalidade de licitação entre quaisquer interessados para a venda de bens móveis inservíveis para a Administração ou de produtos legalmente apreendidos ou penhorados, ou para a alienação de bens imóveis previstas no art. 19, a quem possa oferecer o maior lance, igual ou superior ao da avaliação (art. 22, §5º)”. 15. FASES DO PROCEDIMENTO (PROCESSO) LICITATÓRIO 15.1. INSTAURAÇÃO OU ABERTURA: edital ou convite (art. 21, art. 41, § 1º e 2º, art. 40 da Lei nº 8.666/93, art. 18 da Lei nº 8.987/95) 16.2. HABILITAÇÃO (art. 27, art. 28, art. 29, art. 30, art. 31, art. 41, § 3º, § 4º, art. 43, I e II, § 2º, § 5º, § 6º da Lei nº 8.666/93, c/c art. 2º da Lei nº 9.012/952, art. 47 da Lei nº 8.212/913, inciso XXXIII, art. 7º, art. 195, § 3º da CF/88) 16.8. JULGAMENTO DAS PROPOSTAS a) Julgamento formal (art. 43, IV da Lei nº 8.666/93) b) Julgamento do conteúdo da proposta de acordo com tipos de licitação (art. 40, VII, art. 43, V, art. 44, § 2º e 3º, art. 45, art. 48, I e II, da Lei nº 8.666/93, art. 15, art. 17 da Lei nº 8.987/95). 16.9. DESISTÊNCIA DA PROPOSTA (art. 43, § 6º da Lei nº 8.666/93) 16.10. HOMOLOGAÇÃO (art. 43, VI, art. 49, art. 64, art. 81 da Lei nº 8.666/93) 16.11. ADJUDICAÇÃO (art. 24, VII, art. 38, VII, art. 43, VI, art. 64 da Lei nº 8.666/93) 16.12. REVOGAÇÃO, ANULAÇÃO E DESISTÊNCIA (art. 49 da Lei nº 8.666/93) (Ver: Celso Antônio B. de Mello e Gasparini) 17. COMISSÃO LICITATÓRIA (art. 25, § 2º, art. 26, art. 51 da Lei nº 8.666/93) 18. NOVA MODALIDADE LICITATÓRIA: PREGÃO 18.1. CONCEITO 2 De acordo com o art. 2º da Lei nº 9.012: “As pessoas jurídicas em débito com o FGTS não poderão celebrar contratos de prestação de serviços ou realizar transação comercial de compra e venda com qualquer órgão da administração direta, indireta, autárquica e fundacional, bem como participar de concorrência pública” 3 Segundo o art. 47 da Lei nº 8.212/91: “É exigida Certidão Negativa de Débito – CND, fornecida pelos órgãos competentes, nos seguintes casos: - Empresas: a)na contratação com o Poder Público e no recebimento de benefício ou incentivo fiscal ou creditício concebido por ele... Parágrafo 5º. O prazo de validade da Certidão Negativa de Débito – CND é de 6 meses contados da data de sua emissão”. Segundo Maria Sylvia Zanella Di Pietro, pregão “é a modalidade de licitação para aquisição de bens e serviços comuns, qualquer que seja o valor estimado da contratação, em que a disputa pelo fornecimento é feita por meio de proposta e lances em sessão pública. O §1º do artigo 2º da Lei nº 10.520/2002 permite que o pregão seja realizado por meio de utilização de recursos de tecnologia de informação, nos termos de regulamentação específica. Essa regulamentação foi feita pelo Decreto nº 3.697, de 21-12-2000”. 18.2. PROCEDIMENTO DO PREGÃO 18.2.1. FASE INTERNA (art. 3º da Lei nº 10.520/02) 18.2.2. FASE EXTERNA (art. 4º da Lei nº 10.520/02) a) Publicação do aviso do edital (art. 4º, inciso I, art. 5º, incisos I a III da Lei nº 10.520/02) b) Julgamento e classificação das propostas (art. 4º, incisos XII, VIII, IX, XVII, XVI) c) Habilitação do vencedor (art. 4º, inciso XIII, art. 5º, inciso I da Lei nº 10.520/02, art. 27 da Lei nº 8.666/93) d) Recurso (art. 4º, inciso XVIII) e) Adjudicação (art. 4º, inciso XXI, XXI da Lei nº 10.520/02) f) Homologação (art. 4º, inciso XXII da Lei nº 10.520/02) 19. CONTROLE DA LICITAÇÃO 20. CONTROLE INTERNO a) Controle interno b) Controle jurisdicional
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