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AGROMETEOROLOGIA E CLIMATOLOGIA RADIAÇÃO SOLAR E TERRESTRE Eng. Agro. Francisco Menten Neto RADIAÇÃO SOLAR E TERRESTRE Radiação Solar e Terrestre O Sol é a fonte de energia que controla a circulação da atmosfera. O Sol emite energia em forma de radiação eletromagnética, da qual uma parte é interceptada pelo Sistema Terra-Atmosfera e convertida em outras formas de energia como, por exemplo, calor e energia cinética da circulação atmosférica. É importante notar que a energia pode serda circulação atmosférica. É importante notar que a energia pode ser convertida, mas não criada ou destruída. É a lei da conservação da energia. A energia solar não é distribuída igualmente sobre a Terra. Esta distribuição desigual é responsável pelas correntes oceânicas e pelos ventos que, transportando calor dos trópicos para os polos, procuram atingir um balanço de energia. As causas dessa distribuição desigual, temporal e espacial residem nos movimentos da Terra em relação ao Sol já estudados e também em variações na superfície da Terra. MOVIMENTOS DA TERRA, ESTAÇÕES DO ANO � A quantidade total de radiação solar recebida depende não apenas da duração do dia como também da altura do Sol. Quanto mais perpendicular mais radiação é recebida na superficie da terra.recebida na superficie da terra. O ESPECTRO ELETROMAGNÉTICO O espectro de emissão do sol apresenta intensas variações decorrentes da absorção dos componentes atômicos, como hidrogênio, magnésio, alumínio, etc.,atômicos, como hidrogênio, magnésio, alumínio, etc., presentes na atmosfera solar. Esses espectros de absorção são denominados Linhas de Fraunhofer, em homenagem ao seu descobridor Joseph Fraunhofer (1887-1826). A emissão ou absorção de um fóton por um átomo se realiza quando um elétron muda de órbita. Emissão: ocorre quando o nível de energia da órbita de chegada é menor que o do nível de partidachegada é menor que o do nível de partida Absorção: ocorre quando o nível de energia e orbita de chegada é maior que o nível de partida. Quando o equilíbrio termodinâmico é atingido, ou seja, quando o fluxo de energia emitido é igual ao absorvido, o elemento passa a atuar como um corpo negro. No caso da fotosfera, a temperatura decresce com a altitude e, portanto, um fóton que escapa atravessa um meio mais frio. Desse modo, ele será absorvido por átomos em temperatura inferior e, por consequência, com taxas de emissão inferiores. Há, portanto, um déficit que pode ser traduzido por uma absorção. Pode-se dizer que o Sol emite energia em, praticamente, todos os comprimentos de onda do espectro eletromagnético permeados pelas diversas linhas de absorção.eletromagnético permeados pelas diversas linhas de absorção. � 44% de toda essa energia emitida se concentra entre 400 e 700 nm (Obs: 1 nm = 10-9 m), denominado espectro visível de energia � 56% é dividido entre: � Radiação ultravioleta (< 400nm) com 7% � Infravermelho próximo (entre 700 e 1500nm) com 37% � Infravermelho (> 1500nm) com 11% � Menos de 1% da radiação emitida concentra-se acima da região do infravermelho, como seja, microondas e ondas de rádio, e abaixo da região ultravioleta, como raios X e raios γ 44 % 7 % 37% Infravermelho próximo (700 a 1500nm) 11% Infravermelho (> 1500nm) Outras formas de emissão ou absorção de energia 1) Uma molécula pode absorver radiação cuja energia seja suficiente para "quebrá-la" em seus componentes atômicos. Átomos instáveis podem também se combinar para formar moléculas mais estáveis, liberando seu excesso de energia sob forma deliberando seu excesso de energia sob forma de radiação. Nestas reações fotoquímicas a absorção ou emissão de radiação eletromagnética tem papel crucial em fornecer ou remover energia. Um exemplo: O2 + hv (Radiação solar) = O + O (onde o comprimento de onda será menor que 0,2424 μm que corresponde ao UV – Ultra violeta); Outras formas de emissão ou absorção de energia 2) Ao contrário das transições discutidas anteriormente, as reações fotoquímicas podem envolver um trecho contínuo de comprimentos de onda suficientemente curtas onde um fóton de energia eleva a energia química da molécula a ponto onde fotoeleva a energia química da molécula a ponto onde foto dissociação pode ocorrer. O excesso de energia é transformado em energia cinética dos átomos, que serve para aumentar a temperatura do gás. Outras formas de emissão ou absorção de energia 3) Átomos ionizados por radiação com comprimento de onda suficientemente curta. Este processo, chamado fotoionização, requer fótons com suficiente energia para arrancar um ou mais dos elétrons mais externos de suas órbitas. Como as reações fotoquímicas, ade suas órbitas. Como as reações fotoquímicas, a fotoionização pode envolver radiação num intervalo contínuo de comprimentos de onda até o valor correspondente ao nível limite de energia. A radiação de ionização é usualmente associada com comprimentos de onda menores que 0,1 μm (aproximado). DISTRIBUIÇÃO DA RADIAÇÃO A radiação monocromática incidente sobre qualquer superfície opaca (como a superfície da Terra) é ou absorvida ou refletida: R incidente = R refletida + R absorvida Em quaisquer comprimentos de onda, fortes refletores são fracos absorvedores (por exemplo, a neve fresca no intervalo visível) e vice-versa (por exemplo, asfalto no intervalo visível). As refletividades de algumas superfícies para o intervalo de comprimentos de onda da radiação solar (intervalo visível) conforme abaixo: Albedo pode ser definido como a razão entre a irradiância electromagnética refletida (de forma direta ou difusa) e a quantidade incidente.quantidade incidente. Albedo para algumas superfícies no intervalo visível ( % ) Solo descoberto 10-25 Areia, deserto 25-40 Grama 15-25 Floresta 10-20 Neve (limpa, seca) 75-95 Neve (molhada e/ou suja) 25-75 Superfície do mar (sol > 25° acima do horizonte) <10 Superfície do mar (pequena altura do sol) 10-70 Nuvens espessas 70-80 Nuvens finas 25-50 INTERAÇÃO DA RADIAÇÃO COM OS ELEMENTOS DA ATMOSFERA A radiação solar interage com os elementos que compõem a atmosfera terrestre, tais como moléculas, gases, nuvens, aerossóis, etc., bem como aqueles que estão sobre a superfície terrestre. Isto é, quando a radiação solar atinge osuperfície terrestre. Isto é, quando a radiação solar atinge o topo da atmosfera e viaja até a superfície, sofre atenuações devidas às interações com estes elementos. A atenuação se dá por meio da absorção ou do espalhamento da radiação em outras direções que não a do alvo em superfície. Deste modo, definimos a atenuação como a subtração de uma fração de energia do fluxo incidente. A absorção é a fração subtraída do fluxo incidente que é incorporada à energia interna do meio atravessado. Portanto, parte da energia é retirada do feixe, causando um aumento daparte da energia é retirada do feixe, causando um aumento da energia interna do elemento de volume (Por esse motivo, é relacionada ao aquecimento de camadas atmosféricas). O espalhamento é a fração subtraída do fluxo incidente que é re-irradiada para diferentes direções do espaço. Parte da radiação não sofre nenhum tipo de interação e é inteiramente transmitida, através do volume de matéria, no mesmo sentido do feixe incidente. Embora a radiação solar incida em linha reta, os gases e aerossóis podem causar seu espalhamento, dispersando-a em todas as direções - para cima, para baixo e para os lados. A reflexão (veja mais adiante) é um caso particular de espalhamento. A radiação difusa é constituída de radiação solar que é espalhada ou refletida de volta para a Terra. Esta insolação difusa é responsável pela claridade do céu durante o dia e pela iluminação de áreas que não recebem iluminação direta do sol. Espalhamento e pela iluminação de áreas quenão recebem iluminação direta do sol. As características do espalhamento dependem, em grande parte, do tamanho das moléculas de gás ou aerossóis. O espalhamento por partículas cujo raio é bem menor que o comprimento de onda da radiação espalhada, como o caso do espalhamento da luz visível por moléculas de gás da atmosfera, é dependente do comprimento de onda (espalhamento Rayleigh), de forma que a irradiância monocromática espalhada é inversamente proporcional à 4ª potência do comprimento de onda. Tem explicação para o azul do céu....???? Conforme mencionado anteriormente, grande parte da energia da radiação solar está contida no intervalo visível, entre o vermelho e o violeta. A luz azul (l=0,425 μm) tem comprimento de onda menor que a luz vermelha (l=0,6425 μm). Conseqüentemente, a luz azul é aproximadamente 5,5 vezes mais espalhada que a luz vermelha. Além disso, ela é mais espalhada que o verde, amarelo e laranja. Assim, o céu, longe do disco do sol, parece azul. Como a luz violeta (l=0,405 μm) tem um comprimento de onda menor que a azul, por que o céu não céu, longe do disco do sol, parece azul. Como a luz violeta (l=0,405 μm) tem um comprimento de onda menor que a azul, por que o céu não parece violeta? Porque a energia da radiação solar contida no violeta é muito menor que a contida no azul e porque o olho humano é mais sensível à luz azul que à luz violeta. Como a densidade molecular decresce drasticamente com a altura, o céu, visto de alturas cada vez maiores, iria gradualmente escurecer até tornar-se totalmente escuro, longe do disco solar. Por outro lado, o Sol apareceria cada vez mais branco e brilhante. E as cores no nascer e por do sol????? Quando o Sol se aproxima do horizonte (no nascer e por do Sol) a radiação solar percorre um caminho mais longo através das moléculas de ar e, portanto, mais e mais luz azul e com menor comprimento de onda émais luz azul e com menor comprimento de onda é espalhada para fora do feixe de luz, e portanto a radiação solar contém mais luz do extremo vermelho do espectro visível. Isto explica a coloração avermelhada do céu ao nascer e por do Sol. Este fenômeno é especialmente visível em dias nos quais pequenas partículas de poeira ou fumaça estiverem presentes. Quando a radiação é espalhada por partículas cujos raios se aproximam ou excedem em aproximadamente até 8 vezes o comprimento de onda da radiação, o espalhamento não depende do comprimento de onda (espalhamento Mie). A radiação é espalhada igualmente em todos os comprimentos de onda. Partículas que compõem as nuvens (pequenos cristais de gelo ou gotículas de água) e a maior (pequenos cristais de gelo ou gotículas de água) e a maior parte dos aerossóis atmosféricos espalham a luz do Sol desta maneira. Por isso, as nuvens parecem brancas e quando a atmosfera contém grande concentração de aerossóis o céu inteiro aparece esbranquiçado. Quando o raio das partículas é maior que aproximadamente 8 vezes o comprimento de onda da radiação, a distribuição angular da radiação espalhada pode ser descrita pelos princípios da ótica geométrica. O espalhamento de luz visível por gotas de nuvens, gotas de chuva e partículas de gelo pertence a este regime ede chuva e partículas de gelo pertence a este regime e produz uma variedade de fenômenos óticos como arco íris, auréolas, etc... Essa heterogeneidade é apresentado na tabela que segue com uma divisão simplificada das quatro categorias básicas de partículas em suspensão na atmosfera: Categorias Básicas de Partículas em Suspensão na Atmosfera � Nome Raio Forma Índice de refração � Aerossóis 0,1 – 1 μm irregular altamente variável � Gotas (nevoeiro) 0,1 – 1 μm esférica Conhecido � Gotas (chuva) 1 – 10 μm esférica Conhecido � Cristais de gelo 1 – 100 μm irregular Conhecido� Cristais de gelo 1 – 100 μm irregular Conhecido Absorção Quando um feixe de radiação atravessa um determinado volume de gás, parte de sua energia pode ser absorvida pelas moléculas e átomos presentes nesse volume. Em contrapartida essa mesma massa de gás pode emitir energia em outros comprimentos de onda. Esses fenômenos se refletem tanto no balanço da energiafenômenos se refletem tanto no balanço da energia mecânica, relacionada aos modelos de translação, rotação e vibração da molécula, quanto no balanço da energia eletrônica, relacionado à estrutura detalhada do núcleo e dos elétrons. Neste nível, a absorção e a emissão são observadas quando os elétrons sofrem transições de um estado para outro de energia. No espectro solar, os principais gases absorvedores são o vapor d’água, o oxigênio, o ozônio, o nitrogênio, o gás carbônico, além das espécies monoatômicas do oxigênio e nitrogênio. Outros espectros de absorção são observados para constituintes menores como o monóxido de carbono, a amônia e o óxido nitroso. Os espectros dede carbono, a amônia e o óxido nitroso. Os espectros de absorção devido às transições eletrônicas do oxigênio e nitrogênio, atômicos e moleculares, ocorrem predominantemente na região ultravioleta, enquanto aquelas relacionadas às transições vibracionais de moléculas triatômicas como o vapor d’água, ozônio e gás carbônico ocorrem na região do infravermelho. Na figura são apresentados os espectros de absorção. Observa-se que abaixo de 0,3 μm a radiação é completamente absorvida pelo ozônio e oxigênio estratosféricos. Portanto, dizemos que a atmosfera é opaca para a radiação neste intervalo espectral. Entre 0,3 e 0,8 μm, na região visível e no final do espectro UV, a atmosfera é praticamente transparente. Ou seja, quase toda radiação solar atinge a superfície. A região infravermelha é desuperfície. A região infravermelha é de forte absorção, principalmente pelo vapor d’água e pelo gás carbônico. Somente entre 8 e 12 μm é que também há uma grande região transparente, com exceção da banda de 9,6 μm onde o ozônio absorve fortemente. Esta região de transparência é chamada de janela atmosférica. REFLEXÃO Aproximadamente 30% da energia solar é refletida de volta para o espaço. Neste número está incluída a quantidade que é retro espalhada. A reflexão ocorre na interface entre dois meios diferentes, quando parte da radiação que atinge esta interface é enviada de volta. Nesta interface o ângulo de incidência é igual ao ângulo de reflexão (lei da reflexão). Conforme já enviada de volta. Nesta interface o ângulo de incidência é igual ao ângulo de reflexão (lei da reflexão). Conforme já mencionamos, a fração da radiação incidente que é refletida por uma superfície é o seu albedo. Portanto, o albedo da Terra como um todo (albedo planetário) é 30%. O albedo varia no espaço e no tempo, dependendo da natureza da superfície e da altura do Sol. Dentro da atmosfera, os topos das nuvens são os mais importantes refletores. O albedo dos topos de nuvens depende de sua espessura, variando de menos de 40% para nuvens finas (menos de 50m) a 80% para nuvens espessas (mais de 5000m). Enquanto a atmosfera é praticamente transparente para a radiação solar, ela é praticamente opaca para a radiação terrestre (exceto na janela atmosférica). Esse comportamento explica o efeito estufa, que podemos entender fazendo uma analogia com um carro parado sob o sol. Analogamente: A radiação solar penetra o vidro, mas a radiação de onda longa (emissão) nãomas a radiação de onda longa (emissão) não consegue sair. Como resultado temos o aumento excessivo de temperatura dentro do carro. Parte do balanço de radiação do planeta é controlado pelas nuvens que refletem a radiação solar e absorvem fortemente a radiação terrestre, inclusive na região da janela atmosférica. Com isto, evita-se um forte aquecimento diurno e um forte resfriamento noturno. ESTIMATIVAS DE IRRADIÂNCIA A radiação solar que incide no topo da atmosfera varia basicamente com a latitude eo tempo, isto é, a época do ano e a hora do dia. Ao entrar na atmosfera parte da radiação solar interage com os elementos presentes e parte atinge a superfície sem que haja interações. Assim temos Radiação Direta a parte da energia solar que atravessa a atmosfera eRadiação Direta a parte da energia solar que atravessa a atmosfera e não sofre interações com o volume de matéria, chegando “diretamente” à superfície. Portanto, a densidade de fluxo deste tipo de radiação é chamada de irradiância solar direta. Radiação Difusa é a parte da radiação solar que sofreu algum tipo de interação com o volume de matéria e atinge a superfície vinda de outras direções que não aquela do sol. Relativa a este fluxo, denomina-se irradiância solar difusa (Id). A soma de ambas irradiâncias é denominada irradiância total Balanço de radiação O balanço de radiação é dado pela diferença entre a energia recebida e a perdida, em ondas curtas e longas, pela superfície, camada atmosférica ou, até mesmo, todo o planeta. Nesta seção veremos o balanço de energia ào planeta. Nesta seção veremos o balanço de energia à superfície e o balanço no planeta, isto é, considerando todos os mecanismos de emissão, espalhamento e absorção de radiação que ocorre entre a superfície, a atmosfera (gases, nuvens e aerossóis) e o espaço. Balanço de radiação à superfície Para melhor compreensão do balanço de radiação em uma superfície, observemos a figura abaixo Balanço de radiação no Sistema Terra-Atmosfera O balanço de radiação envolvendo toda superfície e a atmosfera terrestre é bem complexo. Na figura que iremos ver no próximo Slide é apresentado um esquema dos percentuais de radiação absorvida, emitida e refletidados percentuais de radiação absorvida, emitida e refletida pelo planeta e a atmosfera. Considerando que a energia solar que chega no topo da atmosfera seja de 100 unidades quaisquer, parte dela é absorvida pela atmosfera (19), parte refletida por nuvens (20) e parte é espalhada pela atmosfera (6). Como a superfície reflete, em média, 4% da radiação que a atinge, então a energia absorvidaatinge, então a energia absorvida pelo solo é de 51 unidades. O albedo planetário, como se denomina a radiação refletida pelo sistema, é dado pela soma dos termos espalhados pelas nuvens, pela atmosfera e pela reflexão da superfície, resultado em 30 unidades. Quanto à onda longa, a superfície emite 117 unidades, das quais a maior parte é absorvida pela atmosfera (111) e apenas uma pequena porção se perde para o espaço . A atmosfera, incluindo as nuvens, também recebe energia das fontes de evaporação e convecção da superfície, tornando-se uma grande fontetornando-se uma grande fonte de emissão (160). Para a superfície a atmosfera emite 96 unidades, enquanto que para o espaço perdem-se 64 unidades. Obviamente, estes valores são aproximados e dependem de todos os fenômenos meteorológicos que ocorrem na atmosfera terrestre. MECANISMOS DE TRANSFERÊNCIA DE CALOR Há três mecanismos conhecidos para transferência de calor: Radiação ConduçãoCondução Convecção A radiação consiste de ondas eletromagnéticas viajando com a velocidade da luz. Como a radiação é a única que pode ocorrer no espaço vazio, esta é a principal forma pela qual o sistema Terra-Atmosfera recebe energia do Sol e libera energia para o espaço. MECANISMOS DE TRANSFERÊNCIA DE CALOR A condução ocorre dentro de uma substância ou entre substâncias que estão em contato físico direto. Na condução a energia cinética dos átomos e moléculas (isto é, o calor) é transferida por colisões entre átomos e moléculas vizinhas. O calor flui das temperaturas mais altas (moléculas com maior energia cinética) para as temperaturas mais baixas (moléculas com menor energia cinética). A capacidade das substâncias para conduzir calor (condutividade) varia consideravelmente. Via de regra, sólidos são com menor energia cinética). A capacidade das substâncias para conduzir calor (condutividade) varia consideravelmente. Via de regra, sólidos são melhores condutores que líquidos e líquidos são melhores condutores que gases. Num extremo, metais são excelentes condutores de calor e no outro extremo, o ar é um péssimo condutor de calor. Consequentemente, a condução só é importante entre a superfície da Terra e o ar diretamente em contato com a superfície. Como meio de transferência de calor para a atmosfera como um todo a condução é o menos significativo e pode ser omitido na maioria dos fenômenos meteorológicos. MECANISMOS DE TRANSFERÊNCIA DE CALOR � A convecção somente ocorre em líquidos e gases. Consiste na transferência de calor dentro de um fluído através de movimentos do próprio fluído. O calor ganho na camada mais baixa da atmosfera através de radiação ou condução é mais freqüentemente transferido por convecção. A convecção ocorre como conseqüência de diferenças na densidade do ar. Quando o calor é conduzido da superfície relativamente quente para o ar sobrejacente, este ar torna-se mais quente que o ar vizinho. Ar quente é menos denso que o ar frio de modo que o arquente que o ar vizinho. Ar quente é menos denso que o ar frio de modo que o ar frio e denso desce e força o ar mais quente e menos denso a subir. O ar mais frio é então aquecido pela superfície e o processo é repetido. Desta forma, a circulação convectiva do ar transporta calor verticalmente da superfície da Terra para a troposfera, sendo responsável pela redistribuição de calor das regiões equatoriais para os pólos. O calor é também transportado horizontalmente na atmosfera, por movimentos convectivos horizontais, conhecidos por advecção. O termo convecção é usualmente restrito à transferência vertical de calor na atmosfera. � Na atmosfera, o aquecimento envolve os três processos, radiação, condução e convecção, que ocorrem simultaneamente. O calor transportado pelos processos combinados de condução e convecção é denominado calor sensível.
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