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INSTITUTO FEDERAL CCATARINENSE - CAMPUS CONCÓRDIA TÉCNICO EM ALIMENTOS 2ª E MÁQUINA A VAPOR Alunos: Débora Regina, Émersom e Leonardo Professor: Daniel Mega Diciplina: Física Concórdia, Novembro de 2013. 2 SUMÁRIO INTRODUÇÃO ......................................................................................... 3 1.0 A HISTÓRIA DA MAQUINA A VAPOR ........................................... 4 2.0 PRINCIPAIS UTILIZAÇÕES DA MAQUINA A VAPOR .................. 7 3.0 REVOLUÇÃO INDUSTRIAL ......................................................... 10 CONCLUSÃO ........................................................................................ 12 3 INTRODUÇÃO As empresas buscam cada vez mais melhorar a sua produtividade, através de ações de melhorias, usando máquinas e operações que facilitem o trabalho e tragam ganhos financeiros, assim a indústria com o passar dos anos foi buscando técnicas para um desenvolvimento melhor, maior e com mais eficácia em seus procedimentos, incentivando a pesquisa e o estudo, com isso novas tecnologias foram inventadas, e o homem começou a ser substituído pela máquina. 4 1. A HISTÓRIA DA MAQUINA A VAPOR 1.1 A aeolipile A primeira ideia de máquina a vapor foi a chamada "aeolipile", feita por Heron de Alexandria. Consistia em uma pequena esfera de cobre com dois caninhos torcidos, e que continha água em seu interior. Colocada sobre um tripé e sobre o fogo, a água fervia e o vapor que saia pelos caninhos fazia com que a esfera rodasse. Este motor, entretanto não realizava nenhum trabalho útil. Centenas de anos depois, no séc. XVII, as primeiras máquinas a vapor bem - sucedidas foram desenvolvidas. 1.2 Máquina de Denis Papin A primeira verdadeira máquina térmica é legada ao físico francês Denis Papin que utilizou vapor para impulsionar um mecanismo com êmbolo e cilindro. Era uma máquina tosca que aproveitava mais o movimento do ar que da pressão do vapor. A máquina era constituída de um único cilindro que servia também como caldeira. Se colocava uma pequena quantidade de água na parte inferior do cilindro e se aquecia até que produzir vapor. A pressão do vapor empurrava um pistão acoplado ao cilindro, enquanto eliminava a fonte de calor da parte inferior. A medida que o cilindro se esfriava, o vapor se condensava e a pressão do ar na parte externa ao pistão exterior o empurrava novamente para baixo. Foi Papin que inventou um aparelho semelhante à panela de pressão e, para evitar que explodisse, concebeu a primeira válvula de segurança conhecida. 5 1.3 Máquina de Thomas Savery Em 1698, o engenheiro militar inglês Thomas Savery (1650 - 1716) construiu a primeira máquina a vapor de utilidade prática, conhecida como “Amiga do Mineiro”, por ser de grande utilidade nas minas. Entretanto, sua invenção não foi bem aceita pelos donos das fábricas, pois corria sério risco de explodir devido à grande pressão com que o vapor era acondicionado. A máquina de Thomas Savery constituía numa bomba para drenagem de água de minas. A bomba de Savery possuía válvulas operadas manualmente, abertas para permitir a entrada de vapor em um recipiente fechado. Despejava-se água fria no recipiente para resfriá-lo e condensar o vapor. Uma vez condensado o vapor, abria-se uma válvula. O vácuo criado desta forma era então aproveitado para puxar água da mina. 1.4 Máquina de Thomas Newcomen A partir do aperfeiçoamento do modelo de Thomas Savery, de quem era sócio, criou (1712) uma nova máquina a vapor para drenagem de minas, denominada de pistão de Newcomen. Essa máquina possuía uma viga horizontal à semelhança de uma gangorra, da qual pendiam dois êmbolos, um em cada extremidade. Um êmbolo permanecia no interior de um cilindro e quando o vapor penetrava no cilindro, forçava o êmbolo para cima e acarretava a decida de outra extremidade. Borrifava-se água fria no cilindro, o vapor se condensava e o vácuo sugava o êmbolo de novo para baixo. Isto elevava o outro extremo da viga, que se ligava ao êmbolo de uma bomba na mina. Assim fez combinar o pistão como um meio de aproveitar tanto a expansão do vapor, na subida, com o vácuo repentino devido à condensação do vapor, na descida. 6 Este seu invento foi um marco na revolução industrial e serviu de base histórica para a mecanização de toda a indústria. Com sua engenhosidade criou uma máquina a vapor como um engenho prático, suficientemente poderoso para garantir muitas minas inglesas contra inundações. Durante cinquenta anos que se seguiram, sua máquina foi usada para bombeamento, sempre que não havia energia hidráulica à disposição. Porém sua principal inviabilização para outros propósitos era seu grande consumo de combustível. 1.5 Máquina de James Watt Em 1763, quando James Watt foi chamado para fazer manutenção de uma máquina de Newcomen, Watt percebeu que o arrefecimento (resfriamento) do vapor induzia ao resfriamento em toda a máquina, fazendo com que ela perca parte de sua ''potência''. A partir disso, Watt inventou uma máquina a vapor com menores problemas de perda de energia em relação às bombas anteriores e que poderia também gerar movimento circular. Watt desenvolveu então, em 1769, um novo tipo de máquina, na qual o vapor era libertado para a atmosfera através da abertura de uma válvula, o que evitava as desvantagens da condensação do vapor por ação de um jacto de água fria. A abertura e fechamento da válvula de escape eram feita por um complexo sistema de engrenagens e veios de transmissão, comandados por um eixo que se movia solidariamente com o êmbolo. Para isso desenvolveram- se diversos mecanismos de válvulas, instalados numa caixa de distribuição que permitia que o vapor escapasse alternadamente por cada um dos sectores definidos pelo êmbolo no interior do cilindro. Dois pêndulos cónicos, constituídos por duas esferas que se moviam numa trajetória circular num plano horizontal, eram utilizados para acionar uma segunda válvula no sistema de escape da máquina, permitindo regular o fluxo de vapor e, portanto, a velocidade da máquina. Este mecanismo é conhecido por regulador de Watt, em homenagem ao seu inventor. O motor de Watt usava 75% menos carvão que o motor original de Newcomen. 7 2.0 PRINCIPAIS UTILIZAÇÕES DA MAQUINA A VAPOR 2.1 Locomotiva a vapor A Revolução Industrial que ocorreu na Europa e principalmente na Inglaterra no século XIX teve início quando os meios de produção, até então braçais, foram levados a grandes fábricas e indústrias devido a o emprego da máquina na efetuação de mercadorias. Muitos foram os inventos que surgiram ao longo do tempo, incluindo a locomotiva. O aumento do volume de produtos foi tão grande que a necessidade de as transportar com rapidez foi ficando maior, então os empresários ingleses deram apoio a Stephenson, que em 1814 apresentou sua primeira locomotiva a vap or, cujo era propulsionada por um motor também a vapor que se faz de três partes principais: a máquina térmica, transformando a energia do vapor em trabalho mecânico, a caldeira, que produz o vapor usando a energia do combustível, e a carroçaria que carrega a construção. O vagão transportava o combustível e a água utilizados para o funcionamento da máquina. Antes dele, muitos outros mecânicos tentaram construir veículos que de fato se assemelhavam, porém não obtiveram êxito. Anos mais tarde, em 1823 RobertStephenson juntamente com seu filho fundou a primeira fábrica de ferrovias do mundo, e construiu também, a primeira ferrovia (estrada de ferro pioneira). Robert inventou também a locomotiva ''Rocket'', essa ganhou um concurso ao fazer 47 km/h de 500 libras. O que marcou a história dessa locomotiva foi as suas atualizações, tais como a caldeira tubular e o escapamento do vapor pela chaminé. 2.2 Automóvel a vapor Durante a Renascença, no século XV, o inventor e pintor Leonardo da Vinci projetou um triciclo movido a cordas, semelhante a um relógio, sua ideia infelizmente nunca saiu do papel, e só 3 séculos mais tarde, com o 8 aperfeiçoamento da máquina a vapor o engenheiro francês Nicolas-Joseph Cugnot, criou em 1769, uma das primeiras versões do que mais tarde viria a se tornar o automóvel, pesando 2,5 toneladas, uma espécie de carruagem movida a vapor, com duas rodas gigantes na traseira, uma grossa roda centralizada na dianteira, e limite de lugar à quatro pessoas. O motor era localizado na frente do carro, que fora projetado para alcançar 8 km/h, sua função inicial era de transportar artilharia pesado em campo de batalha. Após a invenção ser popularizada, no ano de 1800, alguns ônibus a vapor já eram vistos circulando pelas ruas de Paris, esses ônibus eram uma espécie de mistura entre locomotivas a vapor e ônibus. Mas nada se concretizou antes de 1784, quando Richart Trevithick conseguiu colocar um veículo em tamanho real na estrada. Nas décadas de 1820 e 1830, os ônibus a vapor ganharam popularidade na Inglaterra, melhorias foram feitas como freios melhores, transmissões mais avançadas e direção mais aprimorada. Mesmo assim a tecnologia ainda não estava totalmente aprimorada, sendo que uma série de erros e acidentes ocorriam, cujo assim fizeram as pessoas voltarem ao uso do transporte animal para o uso no cotidiano. Os engenheiros então voltaram sua atenção aos veículos de tração, sendo máquinas mais lentas e mais estáveis, com isso acabamos sendo levados aos carros cujo eram julgados como barulhentos demais por uma parcela do público das cidades. 2.3 Navegação A ideia dos navios a vapor saiu da cabeça de um dos inventores das ferrovias, que teve a ideia de colocar um motor movido a carvão como o de uma locomotiva dentro de um veleiro com 72 metros, o experimento deu certo e o navio atravessou o Atlântico em 15 dias, o mesmo não tinha propulsão, só rodas giratórias dos dois lados. 9 Seu desenvolvimento foi algo complexo, a primeira embarcação que obteve sucesso foi o ''North River Steamboat''. Durante o século XIX a propulsão a vapor progrediu, o que levou a melhores desenvolvimentos no condensador, reduzindo a necessidade de água fresca, e o motor de expansão de múltiplos estágios que então obteve um acréscimo considerável de rendimento. A ''roda de pás'' deu lugar a um propulsor de hélice. Isso facilitou a criação de uma nova geração de navios de cruzeiro com alta velocidade na metade do século XX. O motor diesel marítimo foi inventado e introduzido no ano de 1912. Tiveram grande utilidade no período antes da Primeira Grade Guerra, quando davam aos engenheiros muito mais poder do que já haviam, possibilitando maior velocidade e altas rotações de funcionamento. 2.4 Indústria Diversos inventos revolucionaram as técnicas de produção e alteraram o sistema de poder econômico. A grande fonte de riqueza deslocou- se da atividade comercial para a industrial. Quem desenvolvesse a capacidade de produzir mercadorias passaria a ter a liderança econômica no mundo. E foi isso o que aconteceu com a Inglaterra, foi o primeiro pais a se industrializar utilizando a máquina na produção, por exemplo, a máquina a vapor, cujo uso na indústria de tecido, nas usinas de carvão mineral, na industrialização do ferro, nas embarcações (navios a vapor), nas estradas de ferro (locomotiva a vapor), entre outras, representou uma revolução no transporte de passageiros e cargas. Em 1804, as máquinas a vapor começaram a ser utilizadas para a locomoção, sendo utilizadas para carregar barras de ferro das minas de carvão. O motor a vapor foi utilizado nos automóveis por mais ou menos 30 anos, do fim do século XIX, ao início do XX. 10 3.0 REVOLUÇÃO INDUSTRIAL 3.1 Momento Histórico Antes da Revolução Industrial, a atividade produtiva era artesanal e manual (daí o termo manufatura), no máximo com o emprego de algumas máquinas simples. Dependendo da escala, grupos de artesãos podiam se organizar e dividir algumas etapas do processo, mas muitas vezes um mesmo artesão cuidava de todo o processo, desde a obtenção da matéria-prima até à comercialização do produto final. Esses trabalhos eram realizados em oficinas nas casas dos próprios artesãos e os profissionais da época dominavam muitas (se não todas) etapas do processo produtivo. Com a Revolução Industrial os trabalhadores perderam o controle do processo produtivo, uma vez que passaram a trabalhar para um patrão (na qualidade de empregados ou operários), perdendo a posse da matéria-prima, do produto final e do lucro. Esses trabalhadores passaram a controlar máquinas que pertenciam aos donos dos meios de produção os quais passaram a receber todos os lucros. O trabalho realizado com as máquinas ficou conhecido por maquinofatura. Esse momento de passagem marca o ponto culminante de uma evolução tecnológica, econômica e social que vinha se processando na Europa desde a Baixa Idade Média, com ênfase nos países onde a Reforma Protestante tinha conseguido destronar a influência da Igreja Católica: Inglaterra, Escócia, Países Baixos, Suécia. Nos países fiéis ao catolicismo, a Revolução Industrial eclodiu, em geral, mais tarde, e num esforço declarado de copiar aquilo que se fazia nos países mais avançados tecnologicamente: os países protestantes. 3.2 Impactos Sociais As fábricas do início da Revolução Industrial não apresentavam o melhor dos ambientes de trabalho. As condições das fábricas eram precárias. Eram ambientes com péssima iluminação, abafados e sujos. Os salários recebidos pelos trabalhadores eram muito baixos e chegava-se a empregar o trabalho infantil e feminino. Os empregados chegavam a trabalhar até 18 horas por dia e estavam sujeitos a castigos físicos dos patrões. Não havia direitos trabalhistas 11 como, por exemplo, férias, décimo terceiro salário, auxílio doença, descanso semanal remunerado ou qualquer outro benefício. Quando desempregados, ficavam sem nenhum tipo de auxílio e passavam por situações de precariedade. Em muitas regiões da Europa, os trabalhadores se organizaram para lutar por melhores condições de trabalho. Os empregados das fábricas formaram as trade unions (espécie de sindicatos) com o objetivo de melhorar as condições de trabalho dos empregados. Houve também movimentos mais violentos como, por exemplo, o ludismo. Também conhecidos como "quebradores de máquinas", os ludistas invadiam fábricas e destruíam seus equipamentos numa forma de protesto e revolta com relação à vida dos empregados. O cartismo foi mais brando na forma de atuação, pois optou pela via política, conquistando diversos direitos políticos para os trabalhadores. A Revolução tornou os métodos de produção mais eficientes. Os produtos passaram a ser produzidos mais rapidamente, barateando o preço e estimulando o consumo. Por outro lado, aumentou também o número de desempregados. As máquinas foram substituindo, aos poucos, a mão-de-obra humana. A poluição ambiental, o aumento da poluição sonora, o êxodo rural e o crescimento desordenadodas cidades também foram consequências nocivas para a sociedade. 12 CONCLUSÃO Com base nas pesquisas feitas e no conhecimento obtido, pudemos reparar que ao passar da história o homem começou a procurar meios mais fáceis e ágeis para sua produção, a inovação foi tanta que a mão de obra em grande excesso já não era mais necessária, máquinas cumpriam o trabalho que deveria ser feito por homens e como consequência disso o índice de desigualdade salarial foi se acrescendo. A tecnologia está evoluindo cada vez mais, e isso de fato é algo que será bom para a humanidade, porém para isso acontecer alguém vai ter que sair perdendo, e esses são os trabalhadores de mão de obra, que futuramente correm o risco de serem substituídos completamente por máquinas
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