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A Arte de Falar

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A ARTE DE FALAR EM PÚBLICO 
    Pr. Jones Ross 
Secretário 
Ministerial
ARJ - 
Sul
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INTRODUÇÃO.. 2
A ARTE DE 
FALAR EM PÚBLICO.. 2
I - DAS 
POSSIBILIDADES DE SER UM ORADOR: 2
II - DO 
APERFEIÇOAMENTO PESSOAL: 3
QUALIDADES 
DE UM BOM PREGADOR. 3
O QUE O 
PREGADOR NÃO DEVE FAZER. 3
A ESTRUTURA 
E DIVISÃO DO SERMÃO.. 3
I - A 
INTRODUÇÃO.. 3
TIPOS DE 
SERMÕES. 4
a) Sermão 
Temático: 4
b) Sermão 
Textual: 5
c. Sermão 
Expositivo. 5
PREPARO E 
APRESENTAÇÃO DO SERMÃO.. 7
O PREPARO 
DO SERMÃO.. 7
A 
APRESENTAÇÃO DO SERMÃO.. 8
O PREGADOR 
DIANTE DO AUDITÓRIO.. 8
Como 
Preparar Sermões Bíblicos. 9
I. O QUE 
VOCÊ PRECISA SABER. 9
1. Sobre o 
Preparo do Sermão: 9
2. Sobre o 
Preparo Pessoal: 9
3. Sobre os 
Ouvintes: 9
II. A 
ESTRUTURA DO SERMÃO.. 10
1. 
Introdução. 10
2. 
Desenvolvimento do Assunto (Divisões do Tema) 10
3. 
Aplicação. 10
4. 
Conclusão (Apelo) 10
5. O que é 
?. 10
III. 
PRINCIPAIS TIPOS DE SERMÃO.. 11
1 . 
Temático. 11
2. 
Textual 11
3. 
Expositivo. 12
IV. 
PREPARANDO O ESBOÇO.. 12
V. CUIDADOS 
A TOMAR. 13
Princípios 
Básicos para Melhorar sua Pregação. 13
COMO PREGAR 
SERMÕES CAPAZES DE TRANSFORMAR VIDAS. 15
Duas perguntas quanto ao.. 15
conteúdo do sermão.. 15
CINCO 
PERGUNTAS ANTES DE APRESENTAR O SERMÃO.. 17
COMO 
PREPARAR BONS SERMÕES. 20
ESBOÇOS 
PARA IDÉIAS DE SERMÕES. 21
CONCLUSÃO.. 22
 
 
 
INTRODUÇÃO
 
Já apareceram grandes pregadores 
neste mundo, mas Jesus Cristo é o modelo de pregador eficiente. Qual era Seu 
segredo? Seu segredo era que Suas mensagens não vinham dEle mesmo. Ele mesmo 
afirmou:“Porque eu nãotenhofalado por Mim mesmo, mas o Pai, que me enviou, esse 
Me tem prescrito o que dizer e o que anunciar”. Jo 
12:14.
O segredo do êxito de Jesus em mudar 
vidas com Sua forma de pregar é que Sua fonte de inspiração era o Deus Pai. Suas 
palavras surtiam efeito.
Transformavam vidas. Através das 
palavras, Jesus conseguia atrair as pessoas e levá-las a uma nova experiência de 
vida, esperança e confiança em Deus.
Por que as vezes nossos sermões são 
fracos e pobres em transformar vidas? Por que não conseguimos levar almas 
contritas aos pés de Jesus? Por que as vezes pregamos e nada acontece em nossa 
vida e na vida de nossos ouvintes?
É que falta-nos o poder da Palavra de 
Deus. Jesus estava sempre em harmonia com a vontade da Palavra de Deus. Deus era 
Sua fonte em todos os momentos. “Não tenho falado de Mim mesmo”. Jesus possuía 
uma mensagem vinda de fora dEle. O Pai conduzia o que Ele deveria falar. “O Pai, 
que me enviou, tem prescrito o que dizer e anunciar. “ Jo 
12:49.
Como pregar de tal forma que 
transformemos vidas? Poderemos fazê-lo, quando permitirmos que o Espírito Santo 
nos guie, iluminando nossa mente para entendermos as necessidades de nossos 
ouvintes e supri-las com o poder da pregação bíblica. “Assim diz o Senhor!” Esta 
deve ser a tônica de nossa pregação.
Mostrar aos nossos ouvintes qual a 
vontade de Deus para eles, e como podem colocar suas vidas em conformidade com 
esta vontade; eis a mais urgente necessidade em nossas 
pregações.
                                        
Pr. Jones Ross
Secretário 
Ministerial
ARJ - 
Sul
 
CAPÍTULO I
A ARTE DE FALAR EM PÚBLICO
 
ORATÓRIA é a expressão pública das 
idéias por meio de palavras com um fim de caráter prático.
 
I - DAS POSSIBILIDADES DE SER UM ORADOR:
“Qualquer pessoa, física e mentalmente 
capacitada para falar, pode tornar-se orador eficiente sem que para isso, 
necessite de dotes de eloquência. Basta aprender, pelo estudo e pela prática, a 
desenvolver suas qualidades naturais e os recursos de saber e experiência.”
Oratória Eficiente de Hoje, pag. 24
“O orador eficiente não é o que exibe qualidades de boa voz, 
facilidade de expressão e simpatia pessoal, apenas. O orador eficiente é o que 
tendo em vista determinado objetivo, seja informar, persuadir ou deleitar, 
plenamente o consegue pela influência que exerce no auditório.”
II - DO APERFEIÇOAMENTO PESSOAL:
“O homem é um ser que se aperfeiçoa. 
Pela instrução conhece a vida; pela educação adapta-se à vida; pela cultura, 
eleva-se na vida... E é a leitura, principalmente a leitura que oferece ao homem 
a preciosa oportunidade de se aprimorar: física, intelectual e moralmente.”
Oratória Sacra, pag. 24
 
 
QUALIDADES DE UM BOM PREGADOR
1. CARÁTER
2. SATISFAÇÃO
3. CORAGEM
4. SAÚDE
5. CONHECIMENTO 
DE:
a) Jesus
b) Bíblia
c) Natureza 
Humana
O QUE O PREGADOR NÃO DEVE FAZER
1. Não deve colocar as mãos ou a mão 
nos bolsos das calças ou paletó.
2. Não deve ficar o tempo todo com o 
dedo indicador em forma acusadora.
3. Não deve dar socos na 
mesa.
4. Não deve ficar abotoando e 
desabotoando o paletó.
5. Não deve ficar arrumando a 
gravata.
6. Não deve alisar os cabelos a todo 
instante.
7. Não deve brincar nervosamente com 
a gola do paletó.
8. Não deve ficar pondo e tirando o 
relógio.
9. Não jogar a Bíblia sobre o púlpito 
depois de lida.
 
A ESTRUTURA E DIVISÃO DO SERMÃO
As três divisões de um sermão 
são:
1. Introdução ou 
Exórdio
2. Corpo ou 
Exposição
3. Conclusão ou 
Epílogo
 
 
I - A INTRODUÇÃO
“Cícero definiu a introdução como 
sendo a oração que prepara o ânimo do ouvinte para bem receber o restante do 
discurso. É o cartão de visitas do orador. Apresenta-o ao público, dizendo da 
sua competência e pretensões.”
Oratória sacra, pag, 
115
Na introdução o pregador prepara e desperta a mente dos ouvintes 
para o assunto a ser abordado e introduz o assunto.
Tipos de 
Introdução:
a) Direta
b) Indireta
c) Improviso
 
Evitar na 
Introdução:
a) Desculpas
b) 
Sensacionalismo
c) Excesso de 
Humor
d) Excesso de 
Humildade
e) Expressões 
Rotineiras
 
TIPOS DE 
SERMÕES
Os três tipos 
são:
a) Sermão 
Temático
b) Sermão 
Textual
c) Sermão 
Expositivo
 
a) Sermão Temático:
1. É aquele 
cuja divisão das idéias é extraída do tema. Ou aquele cuja forma ou estrutura 
resulta das palavras ou idéias contidas no assunto.
2. É o tipo 
de sermão mais usado por ser o de mais fácil divisão e mais fácil de ser 
preparado.
3. É muito 
apropriado para a evangelização, o ensino das doutrinas, o estudo bíblico, 
discussão de temas éticos, etc.
4. A 
divisão está independente do texto.
a) Uma vez 
usado o texto, não tem que usar-se mais. A não ser que contenha a idéia 
central.
5. É o de 
mais lógica. O sermão temático é o que mais se presta à observação da ordem e 
harmonia das partes.
6. É o mais 
apropriado para os que estão iniciando no púlpito.
7. 
Escolhe-se o tema e busca-se em qualquer pane da Bíblia, textos que apoiem as 
idéias selecionadas.
8. Exemplos 
de sermões temáticos:
ü Não podemos nos esconder de 
Deus:
    a) Jó 34:21- Seus 
olhos estão sobre os caminhos dos homens.
    b) l Samuel 16:7 - 
Deus olha o coração.
   c) ll Crônicas 16;9 - Jeová 
contempla para fortalecer.
ü As quatro ressurreições por 
Jessus:
    a) Ressurreição logo após a 
morte - Marcos 5:21-23 e 35-43
    b) Ressurreição após 24 horas 
- Lucas 7:11-17
    c) Ressurreição após 4 dias - 
João 11;17; 38-45
    d) Ressurreição após vários séculos - João 
5:28-29; Apoc. 20: 6
ü Jesus 
chorou:
    a) Por causa do homem - 
João 11:32.36
    b) Por causa de uma cidade - 
Lucas 19:28; 41-44
    c) Por causa do mundo - 
Mateus 26:36-38; Lucas 22:44
 
b) Sermão Textual:
1. É 
aquele cuja divisão(idéias principais)é tirada do  
texto bíblico.
a) As 
idéias secundárias podem ser buscadas em outros textos bíblicos.
2. Este 
gênero de trabalho para o púlpito faz fixar a atenção
numa parte das 
Escrituras.
3. É 
profundamente bíblico e ajuda a levar o ouvinte mais perto do coração da 
Bíblia.
4. 
Obriga o pregador a estudar constantemente a Bíblia.
5. É 
muito apropriado para as pregações sistemáticas e consecutivas de livros da 
Bíblia e de textos isolados.
6. 
Geralmente usa-se um ou dois versos.
7. 
Exemplos de sermões textuais:
ü Seleção das idéias 
apenas:
    O que Deus espera do cristão: 
Miquéias 6:8
    a) Que pratique a 
justiça.
    b) Que ame a 
beneficência.
    c) Que ande humildemente com 
o Senhor.
ü Passos para Deus nos ouvir: II 
Crônicas 7:18
    a) 
Conversão.
    b) 
Buscá.lo.
    c) 
Humildade.
    d) 
Oração.
ü Segredo para vitória: Filipenses 3:13 
e 14
a) Uma coisa 
faço.
b) Esqueço-me do que para trás 
fica.
c) Prossigo para o 
alvo.
d) Busco o prêmio em 
Jesus.
ü  Reverência para com Deus: Apocalipse 
14:7
a) Temei a 
Deus.
b) Dai-lhe 
glória.
c) Adorai-o.
 
c. Sermão Expositivo
1. “É aquele  que  surge  de  uma  passagem  bíblica  com   mais  
de   dois      ou três 
versículos.Teoricamente este tipo de sermão difere do sermão textual, 
principalmente pela extensão da passagem bíblica em que se baseia; na prática 
ambos se sobrepõem.
    A Pregação de Sermões, pag. 
70
2. 
É o que se ocupa principalmente da exegese ou exposição completa de um 
texto, frases ou palavra das Escrituras.
3. 
A palavra chave é “exposição”, que dá uma idéia de “explicar”, “por 
diante de”.
4. 
O pensamento bíblico ou do escritor bíblico que determina a essência da 
pregação expositiva.
5. 
A pregação expositiva seria a forma mais autêntica da pregação e segue a 
prática dos grandes pregadores do passado, como: Santo Agostinho, Lutero, 
Calvino,etc.
6. 
A mensagem expositiva faz mais das Escrituras, contribuindo para um maior 
conhecimento bíblico, criando maior interesse na Bíblia e não nos assuntos. Isto 
honra as Escrituras e alimente os ouvintes.
7. 
“Nos quatro Evangelhos quase todos os parágrafos contêm material para um 
sermão expositivo, que pode não ser difícil de preparar. Especialmente as 
parábolas se prestam a isso, pois todas elas evidenciam a imaginação inspirada 
operando como os fatos da vida.”
    A Pregação de Sermões, pag. 
74
8. 
Exemplos de sermões expositivos:
    a) Apenas sugerimos as idéias 
que deverão ser desenvolvidas       pelos alunos do 
curso.
ü A importância do cristão para o 
mundo:
    a) Vós sois o sal da terra - 
v.13
    b) Vós sois a luz do mundo - 
v,14
    c) Resplandeça a vossa luz- 
Em boas obras - v. 16
ü Atos giganetes em direção a Cristo: 
Marcos 10:46-52
    a) Assentado junto do caminho 
(ato de humildade) - v.46
    b) Começou a clamar (ato de 
coragem) - v. 47
    c) Levantou-se (ato de fé) - 
v.50
    d) Seguiu a Jesus (ato de 
perseverança) - v.52
ü Subamos a 
Betel:
    a) Tirai os deuses estranhos 
do meio de vós - v.2
    b) Purificai-vos - 
v.2
    c) Mudai os vossos vestidos - 
v.2
    d) E levantemo-nos - 
v.3
ü Quando um jovem vai à igreja: Isaias 
6:1-8
    a) Tem ampla visão de Deus - 
v. 1-14
    b) Reconhece o seu pecado - 
v. 5
    c) Sente necessidade de 
purificação - v.7
    d) Alista-se para o serviço 
- v.8
 
 
PREPARO E APRESENTAÇÃO DO SERMÃO
1. SERMÃO só é sermão, quando sai do 
coração, vai para a mente do pregador e dela para a mente do ouvinte e depois 
para o seu coração.
a) Sermão é o extravasar do 
coração.
2. Não pregue sobre a volta de Cristo 
se você não está de todo coração querendo que Ele volte,
3. Por isso, desde o preparo do 
sermão até a sua apresentação, temos de ter absoluta consciência da presença do 
Espírito Santo e de uma comunhão com Cristo.
I. A escolha do 
assunto:
1. 
Quatro fatores devem ser levados em consideração para a escolha do 
assunto:
    a) O interesse de pregador 
pelo assunto;
    b) A competência do pregador 
para desenvolvê-lo;
    c) O interesse do auditório 
pelo assunto;
    d) A oportunidade do fato 
(condição da época).
2. 
Verificar a freqüência com que o assunto tem sido pregado naquela 
congregação; ou que ângulos do assunto têm sido abordados.
3. 
Buscar a aprovação de Deus para o assunto através da 
oração.
4. 
Defina o tema ou assunto.
 
O PREPARO DO SERMÃO
1. 
Ore e medite para que haja desenvoltura na pregação do 
sermão.
2. 
A primeira preocupação na estrutura do sermão é em preparar o corpo, 
depois a conclusão e por último a introdução.
3. 
Defina a idéia central do sermão.
4. 
Depois de definida a idéia central, responda para você mesmo as seguintes 
perguntas: 
    a) O que o autor quer dizer 
com este texto?
    b) Que aplicação o autor 
queria dar ao povo dos seus dias?
    c) Que aplicação tem o texto 
para a minha vida?
    d) Que aplicação tem o texto 
para a congregação onde vou pregá-lo?
5.      Estabelecer as 
divisões principais do sermão, que chamamos de “o esqueleto do 
sermão.”
6. 
Fazer um rascunho.
7. 
Descobrir um grupo de pensamentos que sejam úteis no desenvolvimento do 
tema.
8.      Acrescente as 
idéias complementares que serão “a carne no esqueleto”, e que servirão de apoio 
as idéias principais. Faça uso de uma chave  
bíblica para facilitar  
a  
desenvoltura 
 do  
corpo.
9. 
Veja algumas ilustrações que contribuam para a beleza do 
conteúdo.
a) Um sermão sem ilustrações é como um edificio sem janelas.
    b) Deve-se evitar ilustrações longas, 
sarcásticas, histórias que ridicularizam ou piadas.
ü “Os pregadores não se devem habituar 
a relatar anedotas importunas em conexão com seus sermões, pois isso re- 
dunda em detrimento da força da verdade 
presente.A ver- dade deve ser revestida de linguagem casta e digna e as 
ilustrações empregadas precisam ser do mesmo caráter.” O.E- pag. 
166
ü “...De seus lábios não sairá palavra 
alguma leviana, frívola, pois não é ele embaixador de Cristo, podador de uma 
mensagem divina para as almas que perecem? Toda pilhéria e gracejo, toda 
leviandade e frivolidade é dolorosa para o discípulo que carrega a cruz de 
Cristo. Atendei à ordem: “Sede santos como Eu também Sou 
santo.”
      Evangelismo, 
pags. 206, 207
 
c) As ilustrações explicam e 
iluminam:
ü Despertam e aumentam o 
interesse.
ü Ajudam a relembrar a pane prática do 
sermão.
ü Fortalecem a idéia central do 
sermão.
ü Provêm descanso 
mental.
ü Deleitam.
ü Comovem os 
sentimentos.
 
 
A APRESENTAÇÃO DO SERMÃO
O PREGADOR DIANTE DO AUDITÓRIO
a) 
Suba à plataforma bem preparado, mas dependente do Espírito 
Santo.
b) 
Comece com calma.
c) 
Prossiga de modo modesto.
d) 
Não trema.
e) 
Fale com clareza, sem declamar.
f)  Empregue frases curtas e bem 
claras.
g) 
Evite monotonia.
h) 
Seja sempre senhor da situação.
i)  Não empregue sarcasmos, expressões 
maliciosas, nem provoque risos, pois o pregador é representante de Deus   e não de um 
circo.
j)  Não ataque 
hostilmente.
k) 
Ande na plataforma com a devida dignidade.
l)  Não ilustre com narrações 
longas.
m)      Não se elogie a 
si mesmo.
n) 
Não se afaste do texto ou do tema.
o) 
Não canse os ouvintes com discursos extensos.
p) 
Procure suscitar interesse.
q) 
Fale com autoridade, mas não em tom de mando.
r)  Fixe o olhar nos 
ouvintes.
s) 
Não crave os olhos nem no chão, nem no teto, nem tampouco em algum 
ouvinte particular.
t)  Quando for citar um texto bíblico, cite 
primeiro o livro, depois o capítulo e por último o verso.
u) 
Exalte a Cristo.
“As pessoas não vêm à igreja para ouvir um sermão. Vêm à igreja 
esperando que o sermão chegue ao coração, satisfaça as suas necessidades e 
modifique a sua vida. As pessoas querem ser mudadas. Estão
cansadas, tão 
cansadas da vida de fracassos que vivem. Não querem somente pregação, mas ajuda 
e se alguém pode dar-lhes esta ajuda o povo vem”.
Para você que quer ser Líder, pag. 
206
“Não se trata de alguém que “toma a 
hora” ou “ocupa o púlpito”. Isto não é o que o povo quer. Necessitam de ajuda 
para viver vitoriosamente.
Necessitam de ajuda para a difícil 
viagem da vida. Necessitam de reprovação, encorajamento, advertência e amor. 
Necessitam disto urgentemente, porque a hora é avançada e suas necessidades são 
grandes.”.
“O pregador que o povo mais ama é 
aquele que lhes dá ajuda para sua vida diária.”
Para você que quer ser Líder pag. 
207
 
 
CAPITULO II
Como Preparar Sermões Bíblicos
 
I. O QUE VOCÊ PRECISA SABER
1. Sobre o Preparo do Sermão:
1.1.É indispensável possuir os seguintes 
materiais: uma Bíblia, uma 
Concordância (Chave Bíblica) e um Dicionário 
Bíblico.
1.2. 
O estudo principal deve ser feito na Bíblia, mas há um importante 
material de apoio nos livros do Espírito de Profecia e Comentários Bíblicos em 
geral.
1.3.O ideal é montar seu próprio 
esboço evitando mensagens prontas; é mais difícil, mas é a mensagem de maior 
poder.
1.4. 
O semão deve ser simples e claro para que todos compreendam a mensagem de 
Deus.
 
2. Sobre o Preparo Pessoal:
2.1. 
O fator mais importante no preparo do sertão é o preparo do 
pregador.
2.2.         
Conhecimento, técnicas ou talentos naturais não podem substituir um 
coração fervoroso, humilde, consagrado e entregue à direção de 
Cristo.
2.3. 
Só quem está em comunhão com Deus pode influenciar e inspirar os ouvintes 
e levá-los ao cresdmento espiritual.
2.4. 
O Pregador deve ser uma pessoa de oração. O sermão deve ser resultado da 
influência de Deus na mente do pregador em resposta às suas 
orações.
2.5. 
Deve ser um habitual estudante da Bíblia e não apenas usá-la para 
preparar o sermão.
 
3. Sobre os Ouvintes: 
3.1. 
A   mensagem deve suprir a necessidade 
pessoal do ouvinte.
3.2. 
As pessoas esperam que a mensagem traga solução para seus 
problemas.
3.3. 
Todos tem dificuldades, a mensagem deve trazer alento e sugerir 
soluções. Eis alguns dos problemas que as pessoas enfrentam:
a. Solidão.
b. Sentimento de 
Culpa.
c. Dificuldades 
Financeiras.
d. Medo do 
Futuro.
e. Problemas Familiares 
.
 
II. A ESTRUTURA DO SERMÃO
1. Introdução
Seu objetivo é despertar o interesse no assunto do sermão e 
esclarecer o propósito da mensagem.
2. Desenvolvimento do Assunto (Divisões do 
Tema)
São as seções principais do sermão. É a distribuição ordenada do 
assunto.
As divisões:
2.1. Tomam as idéias 
claras.
2.2. Promovem a unidade do 
assunto.
2.3. Enfatizam os ponto 
principais.
3. Aplicação
É um dos elementos mais importantes do sermão, é a apresentação 
prática da mensagem e a explanação de como torná-la parte do modo de vida 
pessoal.
4. Conclusão (Apelo)
É o momento de falar ao coração, solicitando que o ouvinte aceite 
a mensagem e decida colocar sua vida em conformidade com a mesma.
4.1. Partes da 
Conclusão:
a. Recapitulação - Ressalta as idéias 
principais.
b. Ilustração - Alcança o coração do 
ouvinte.
c. Apelo - Convite para 
mudar.
d. Motivação -  
 É  
o“como” obter a 
mudança que o apelo sugere.
 
5. O que é ?
5.1. 
Título do sermão -  
É a expressão do assunto que será 
pregado.
5.2.    Propósito do Sermão - 
É a frase que resume toda a idéia que o sermão vai 
apresentar.
5.3.    Ilustração - É um 
recurso que toma a mensagem mais clara e o ouvinte mais suscetível ao sermão. 
Ela está para o sermão assim como a janela está para casa.
A janela permite a entrada de luz, a 
ilustração possibilita o esclarecimento da mensagem.
Ilustrar significa “lançar 
luz”.
 
III. 
PRINCIPAIS TIPOS DE SERMÃO
 
1 . Temático
É aquele que apresenta um assunto, 
doutrina ou verdade Bíblica independente  dos textos usados.Seu conteúdo é totalmente Bíbli-co.É um assunto Bíblico apoiado 
por várias passagens da Bíblia.
 
Exemplo de Sermão 
Temático:
Causas das Orações não 
Respondidas
   I. Pedir Mal - 
Rago4:3.
  
II. Pecado no Coração - Salmo 
66:18.
  
III. Duvidar da Palavra de Deus - 
Rago 1:6, 7.
IV. Vãs 
Repetições - Mateus 6:7.
  
V. Desobediência - Provérbios 
28:9.
 
2. Textual
É aquele que apresenta um texto ou 
pequena porção da Bíblia. Cada frase oferece um argumento que aponta para o 
assunto principal do texto.
Exemplo de Sermão 
Textual:
Dando Prioridade às Coisas 
Importantes
Texto: Esdras 
7:10.
Assunto: O propósito do coração de 
um homem de Deus.
 
l. Disposição de Conhecer a Palavra 
de Deus.
“Esdras tinha disposto o coração para 
buscar a lei do Senhor”.
1. Numa corte 
pagã.
2. De maneira 
completa,
II. Disposição de Obedecer a Palavra 
de Deus.
“e para a 
cumprir”.
1. Prestar obediência 
imediata.
2. Prestar obediência 
completa.
3. Prestar obediência 
contínua.
 
III. Disposição para Ensinar a 
Palavra de Deus.
“e para ensinar em Israel os Seus 
estatutos e os seus juízos”.
1. Com Clareza.
2. Ao Povo de 
Deus.
 
Observação - As subdivisões foram extraídas do 
contexto do livro de Esdras e de passagens que ele conhecia como escriba: Esdras 
7:6,11,12,14,21 e 25; Esdras cap. 9 e 10; Josué 1:8; Provérbios 8:34,35; 
Jeremias 29:13 e Neemias 8:5-12.
 
3. Expositivo
É aquele que apresenta o assunto de 
uma porção maior da Bíblia. A maior parte do conteúdo provém diretamente da 
passagem. O esboço consiste em uma série de idéias que giram em tomo do assunto 
principal.
 
Exemplo de Sermão 
Expositivo:
A Luta da Fé e a Condição para a 
Vitória
Texto: Efésios 6: 
10-18.
Assunto: Aspectos relacionados com a 
batalha espiritual do cristão.
 
l. A Moral do Cristão. v 10 
-14a.
1. Deve ser elevada. v 
10.
2. Deve ser time. v 
11-14a.
ll. A Armadura do Cristão. v 
14-17
1. Armas de defesa. v 
14-17a.
2. Armas de ataque. v 
17b.
lll. A Vida de oração do Cristão. v 
18.
1. Deve ser persistente. v 
18.
2. Deve ser intercessora. v 
18b.
 
IV. PREPARANDO O ESBOÇO
 
1. Escolher a Passagem 
Bíblica.
Ao escolher a passagem tenha em mente as necessidades espirituais 
e temporais da congregação, dificuldades, tensões ou ocasiões especiais.
O texto deve ser apropriado para a ocasião e precisa-se confiar 
na direção do Espírito Santo.
2. Estudar o 
Assunto.
Pesquisar a passagem para não aplica-la fora do contexto.
3. Descobrir o Ponto Principal da 
Mensagem.
Descobrir o princípio bíblico da mensagem que se aplique a todas 
as épocas e a todas as pessoas.
Estabelecer o relacionamento da mensagem com a vida dos 
ouvintes.
4. Construir do 
Esboço.
Depois do estudo do assunto, estabelecer as divisões do tema de 
forma progressiva, do mais simples para o mais amplo esclarecimento da verdade 
bíblica.
5. Preencher o 
Esboço.
Acrescentar subdivisões para que o assunto seja bem esclarecido. 
Onde for próprio ilustrar o assunto, usar a ilustração de forma apropriada para 
ajudar no esclarecimento do tema.
 
6. Preparar a Conclusão, Introdução e 
Título.
Enquanto os pensamentos da mensagem estão claros na mente, 
preparar a conclusão. A conclusão não deve ser longa, pois a atenção da maioria 
dos ouvintes é limitada.
A introdução e o título são feitos por último. Depois de tudo 
pronto a visão do assunto é mais clara e é mais fácil preparar estas partes que 
despertam o interesse no sermão.
 
 
V. CUIDADOS A TOMAR
1. Não Usar Títulos 
Impróprios.
O título deve estar de acordo com a dignidade do púlpito, não 
deve ser sensacionalista ou extravagante.
2. Não Usar Textos fora do 
Contexto.
Não fazer uma aplicação indevida do texto
bíblico, dizendo o que 
a Bíblia não diz.
3. Não Preparar Sermões 
Longos.
4. Não Fugir do 
Assunto.
5. Não Usar Passagens Bíblicas em 
Excesso.
6. Não Usar Temos Impróprios para o 
Púlpito.
O púlpito não é um lugar para contar anedotas.
 
Princípios Básicos para Melhorar sua Pregação
Por Alejandro 
Bullón
 
Esta  parte  do 
seminário será  
apresentada  em  
forma  de  
avaliação, coloque sua opinião e depois analisaremos a opção 
carreta.
 
1. Para que seu semão seja 
compreendido em público, em primeiro lugar:
[ ] A mensagem deve estar clara para 
você.
[ ] O sermão deve estar bem 
esboçado.
[ ] O sermão deve ter boas 
ilustrações.
 
2. O que o povo pensa quando você 
está pregando?
[ ] O que mais gosto neste 
pregador?
[ ] O que há nesta mensagem para 
mim?
[ ] Preciso aprender alguma coisa 
deste sermão?
3. Qual deve ser seu primeiro 
objetivo ao pregar?
[ ] Convencer e persuadir as 
pessoas.
[ ] Provar que a mensagem está 
baseada na Bíblia.
[ ] Ser 
Compreendido.
4. O que motiva as pessoas ao ouvirem 
o sermão?
[ ] Você as convenceu com seus 
argumentos.
[ ] Elas serem 
beneficiadas.
[ ] O fato de ouvirem um pregador 
eloqüente.
5. A Diferença entre o discurso e o 
sermão é:
[ ] 
O Discurso é a exposição de um tema, enquanto o sermão persuade e leva 
pessoas à ação.
[ ] 
O discurso é mais didático, o sermão é espiritual.
[ ] 
O sermão usa ilustrações, o discurso não.
6. Quando você cresce como 
pregador?
[ ] 
Quando grava o sermão em vídeo para assisti-lo.
[ ] 
Quando observa a reação do povo ao pregar.
[ ] 
Quando grava o sermão para observar o tom de voz que usou para apresentar 
o tema.
7. Como pregar com 
esboço?
[ ] Usar só 
palavras chaves que 
destaquem os pontos 
principais.
[ ] Escrever todo o sermão 
e sublinhar as bases chaves.
[ ] Digitar o esboço no 
computador e ter uma cópia impressa para facilitar a leitura.
8. Como envolver o 
auditório?
[ ] Fazer muitas 
perguntas.
[ ] Usar ilustrações 
visuais envolvendo o público. (Segurando faixas, cartazes, etc.)
[ ] Usar palavras que 
tornem a mensagem pessoal. (Técnica você e Eu“)
 
9. As melhores 
ilustrações são adquiridas:
[ ] Nos livros.
[ ] Na observação da vida das pessoas e das circunstâncias.
[ ] Nos jornais, revistas e noticiários.
10. A Música é importante 
para:
[ ]  Que 
o público tenha a oportunidade  de ouvir um canto sacro.
[ ] Reforçar a mensagem do sermão.
[ ] Alcançar partes do coração onde a palavra falada não 
consegue atingir.
11. O apelo eficaz é o que 
apela:
[ ] Só para a razão.
[ ] Só para a emoção.
[ ] Para ambas.
Dicas
1. Movimento das 
mãos
1.1 Abertas: Convite.
1.2 Fechadas: Poder.
1.3. Indicador em riste: Toque ao coração, endereçar.
2. 
Naturalidade
O público o aceitará mais se for natural, desta forma você 
passará credibilidade às pessoas.
3. 
Avaliação
Peça para sua esposa criticar sua pregação.
4. Estilo
Use seu próprio estilo, não tente imitar alguém.
5. Preparo
Pregar sem esboço não significa pregar sem estudo e preparo.
6. Diversas informações 
importantes
6.1.Leve a pessoa a comprometer-se com o tema.
6.2.Observe o brilho dos olhos.
6.3.Se uma criança de 6 a 9 anos entender o sermão, todos      entenderão.
6.4.Nenhum sermão deve ser terminado sem um apelo.
 
CAPÍTULO III
COMO PREGAR SERMÕES CAPAZES DE TRANSFORMAR 
VIDAS
 
O sermão não deve ser pregado apenas para informar, mas também 
para mudar. Mudança é  o inicio do crescimento em todos 
os níveis.Tiago, inspirado pelo poder do 
Espírito Santo, escreveu: “E lembrem-se: esta mensagem é para obedecer, e não 
apenas para ouvir.”Tiago 1:22.BV. O   pregador tem de ter em mente 
que seu sermão deve levar os seus ouvintes a mudarem de atitudes, precisam 
obedecer não somente ouvir a Palavra do Senhor.
Salomão também tinha isto em mente quando escreveu: “As palavras 
do homem sábio nos forçam a tomar uma atitude. Elas explicam claramente verdades 
muito importantes. Os Alunos que aprendem bem o que os professores ensinam serão 
sábios.” EM. 12:11 BV. Tomar atitude de mudar, de permitir ser transformado pelo 
poder da Palavra de Deus.
 
Duas perguntas quanto ao
conteúdo do sermão
 
1. A quem vamos estar pregando?
Há muita sabedoria  
no que o Apóstolo Paulo diz:“Quando estou com 
 aqueles cuja consciência  
facilmente os inquieta,não  ajo como se eu soubesse tudo e 
não digo que eles são tolos; o resultado é 
que assim eles 
estão dispostos  a  
me deixar ajudá-los. 
Sim, qualquer que seja o tipo de 
pessoa, eu procuro achar um terreno comum com ela, para que me permita falar-lhe 
de Cristo e permita a Cristo salvá-la. Faço isto para levar o Evangelho a eles e 
também pela bênção que eu próprio recebo, quando os vejo ir a Cristo”.
I Cr. 9:22-23. BV.
Precisamos perguntar antes 
de preparar  
o sermão:Quais são as 
necessidades de meu auditório? Quais suas 
preocupações? Quais são suas feridas emocionais? Então procurar apresentar a 
Cristo como solução para suas necessidades. Paulo orienta: “... Digam só o que é 
bom e útil àqueles com quem vocês estiverem falando, e o que resulte em bênçãos 
para eles.” Ef. 4:29. BV.
Na base de nosso cérebro há uma glândula denominada de RAS 
(Sistema Ativante Reticular), que faz com que focalizemos uma coisa por vez. Ou 
seja, prestamos atenção em uma coisa por vez. Quando pregamos, é bom entendermos 
que as pessoas que estão nos ouvindo, prestam atenção em um assunto por vez. 
Então, se falamos aquilo que as interessam faz com que focalizem sua atenção 
para o assunto e o entenda; pois sabem que iremos falar aquilo que preencherá 
suas necessidades.
Os cientistas dizem que a pessoa focaliza três coisas:
1. Coisas que possuam valor - Aquilo que é de valor  para 
ela.
2. Coisas fora do comum - Aquilo que é extraordinário, 
espetacular.
3. Coisas que ameaçam - Aquilo que ameaça sua vida.
O sermão tem de iniciar onde o povo está, para levá-lo onde 
deveriam estar. Deus sabe as necessidades do povo e Ele dará ao pregador a 
mensagem para suprir as necessidades do povo. A necessidade do povo é 
freqüentemente a chave, para o que Deus quer que falemos.
 
2. O que a Bíblia diz sobre suas necessidades?
Jesus, estando em uma sinagoga em Nazaré, deixou claro a missão 
do Messias ao ler estas palavras: “O Espírito do Senhor está sobre 
Mim; Ele 
Me nomeou para pregar a Boa Nova aos pobres; mandou-me anunciar 
que os presos serão libertados e os cegos verão; que os oprimidos serão 
libertados de seus opressores, e que Deus está pronto a abençoar todos aqueles 
que vêm a Ele.” Lc. 4:18-19 BV. Não seria também nossa missão? Não somos 
embaixadores de Cristo para pregarmos Sua mensagem ao povo? Que tipo de 
necessidades Jesus quer atender através de nossa voz? Que necessidades nossos 
sermões têm suprido?
Paulo ao escrever 
ao ministro da Palavra, 
Timóteo, diz: “A Bíblia inteira  nos 
 foi 
dada  por 
inspiração de Deus,e é útil para  ensinar  
 o 
que é verdadeiro,e nos fazer compreender o que está errado em nossas 
vidas; ela nos endireita e nos ajuda a fazer o que é correto.” II Tm. 3:16 
BV.
Se aproveitássemos mais as riquezas contidas na Palavra de Deus 
para instruirmos e mostramos ao povo o caminho a seguir, teríamos mais 
sucesso em ver pessoas rendidas aos 
pés de Jesus e serem transformadas pelo poder 
da  
 Palavra. “A Palavra de Deus está repleta 
de princípios gerais 
para a formação de hábitos corretos 
de vida, e os testemunhos, tanto gerais como individuais, visam chamar a sua 
atenção particularmente para esses princípios”. Ellen G. White, Mensagens 
Escolhidas, Vol. III, pag. 31.
O propósito da vida é transformar o caráter, não ensinar 
doutrinas. É 
urgente a necessidade de pregarmaos
de forma que coloquemos diante  
 do 
povo, o que a Palavra de Deus diz a 
respeito de seus problemas. Como ele pode 
encontrar em Deus e na Sua Palavra, 
conforto, esperança, luz e soluções 
para suas apreensões e insegurança. Como 
pregadores, ensinamos  as pessoas que elas precisam 
melhorar seu relacionamento com Deus. Que precisam confiar nEle. Mas o grande 
dilema é: como? Esta é a pergunta que vai na mente de nossos ouvintes. Como 
posso ser melhor? Como posso encontrar soluções para meus problemas? Como ser 
fiel a Deus? Como conduzir minha família nos caminhos do Senhor? Sim, ser bom 
cristão, mas como? Precisamos responder estas perguntas com o “Assim diz o 
Senhor”.
 
 
CINCO PERGUNTAS ANTES DE APRESENTAR O SERMÃO
I - Qual a maneira mais prática de apresenta-lo?
Se o alvo da pregação é transformar vidas, a primeira preocupação 
do pregador deve ser com a aplicação.
a) Um sermão sem aplicação, é um aborto. Paulo ao escrever à 
Tito, diz: “Mas quanto a você, defenda a vida decente que acompanha (ensina 
viver) o verdadeiro cristianismo”.  
Tito 2: 1BV.
A Bíblia é um conjunto de aplicações para a vida. O livro de 
Tiago é 100% aplicação. Romanos 50% é aplicação. Efésios também contém 50% de 
seu conteúdo de ensinamentos para a aplicação prática. O que dizer do sermão da 
montanha? Não é ele 100% aplicação à vida diária do cristão? E a sua conclusão 
apela para que o homem sábio construa sua casa sobre a rocha e não sobre a 
areia.
a) Como tomar o sermão prático?
1. Sempre tenha como alvo uma ação específica. Nada se torna 
dinâmico antes que se torne específico. O que queremos que a congregação se 
torne?
2. Sempre dizer-lhes por quê? Explicar-lhes porque precisam 
fazer mudança. Quais os benefícios para eles, para suas famílias, para a igreja, 
para a sociedade, em fazer a mudança. As pessoas secularizadas querem saber como 
que a mensagem poderá ajudá-las a  mudar a vida   para melhor.
3. Mostre para eles, como? Sim, ser um bom cristão, mas como? 
Como eles devem fazer para colocar em prática aqueles conceitos que estão 
ouvindo? Não podemos dar só o diagnóstico, mas temos que ministrar o 
medicamento.
 
II - Qual a maneira mais positiva de apresenta-lo?
O sábio Salomão inspirado pelo Senhor, diz: “O homem sábio se 
toma famoso pelo seu bom senso; um professor que fala com delicadeza e interesse 
ensina muito melhor que qualquer outro,” Pv.16:21 BV.
Devemos pregar de modo agradável e não com raiva. O sermão não 
pode dar a idéia de negativismo. Devemos dar uma mensagem positiva, que possa 
ajudar o membro a adorar. Não condenar mas mostrar o caminho da salvação.
Devemos fazer duas perguntas ao prepararmos um sermão:
1. É esta mensagem Boas-Novas?
2. O título do meu sermão sugeri Boas-Novas?
Efésios 4:19, diz: “....transmita 
graça aos que ouvem”. Ao pregarmos sobre o 7° mandamento, a ênfase deve ser a 
fidelidade conjugal e não o adultério.A bênção da fidelidade para o lar, 
etc.
 
II - Qual a maneira mais encorajadora de apresentá-lo?
Vejamos o que a Palavra do Senhor nos diz: “Um coração ansioso 
deixa o homem frustrado e derrotado mas uma palavra amiga de ânimo e simpatia 
renova as forças. ”Pv. 12:25 BV. “Estas coisas que foram registradas nas 
Escrituras há tanto tempo servem para nos ensinar a paciência e para nos animar, 
a fim de que aguardemos esperançosamente o tempo em que Deus vencerá o pecado e 
a morte.” Rm. 15:4 BV.
As pessoas que vão a igreja têm três necessidades básicas:
1. Renovar a fé.
2. Renovar a esperança.
3. Restaurar o amor.
Se queremos transformar a vida de 
pessoas que estão com problemas, precisamos dizer como podem fazer isto. Mostrar 
o lado positivo. Dar ânimo e esperança para seus problemas. As pessoas precisam 
saber que Jesus pode ajudá-las; que não estão longe demais que Deus não as possa 
alcançar.
“Há mais pessoas do que pensamos ansiando por encontrar o carinho 
para Cristo. Os que pregam a derradeira mensagem de misericórdia, devem ter em 
mente que Cristo tem de ser exaltado como refúgio do pecador”. Ellen G. White, 
Obreiros Evangélicos, pag. 158.
As pessoas vivem na expectativa de auto realização (efeito 
Rozental). Nossa função 
como pregadores é   cumprir as orientações contidas na 
Palavra do Senhor: “Entretanto, aquele que profetiza, pregando  
as  mensagens  de 
Deus, está ajudando os 
outros a crescer no Senhor, animando-os e confortando-os”. I Cr. 14:3 BV.
 
IV - Qual a maneira mais simples de apresentá-lo?
O Apóstolo Paulo sabia o que era pregar com simplicidade, ele escreveu:“Queridos irmãos, mesmo quando 
estive com vocês pela primeira vez, não usei 
palavras empoladas nem idéias pomposas para 
lhes apresentar a mensagem de Deus. 
Decidi-me a falar só de 
Jesus Cristo e de Sua morte na cruz. Fui até a vocês em fraqueza - temeroso e 
trêmulo,e  a minha pregação foi muito simples, não com abundante oratória 
e sabedoria humana; entretanto, o poder do Espírito Santo estava em minhas 
palavras, provando a todos quantos as ouviram que a mensagem vinha de Deus. Fiz 
isso, porque desejava que vocês tivessem uma fé firmemente baseada em Deus, e 
não em grandes idéias de algum homem”. l Cr. 2:1-5 BV. O mesmo Paulo ao 
escrever à Tito, diz: “Sua linguagem deve ser tão sensata e equilibrada que 
alguém que quiser questionar, sinta vergonha de si mesmo, porque não haverá nada 
a censurar em tudo o que você diz”. Tito 2:8 BV.
Como tomar o sermão simples? Temos algumas formas de tomar nossos 
sermões simples, de tal forma que as pessoas possam entendê-lo sem perder o 
conteúdo.
1. Condensar a mensagem em uma única sentença.
2. Evite os termos teológicos. Ex: Sotereologia, etc.
3. Conserve simples o esboço.
4. Faça de suas aplicações os pontos fortes de seu sermão.
Aqui está a chave para pregar de forma 
que se transforme vidas. O que mais uma pessoa se lembra de um sermão, são suas 
principais divisões. Torne-as passos para a ação.
 
Como se faz 
isto?
Inclua um verbo nas divisões. Procure mostrar o que as pessoas 
devem fazer para melhorar ou mudar de vida.
Vejamos um exemplo em Tiago 3:13-18.
Idéia Textual: Sabedoria.
Idéia do Sermão: Relacionando-se sabiamente com os 
outros.
Interrogativa: Como relacionar-se sabiamente com os 
outros?
Idéia Central: 
O cristão pode relacionar-se sabiamente uns com os outros seguindo os passos 
da sabedoria.
I - Se eu sou sábio-  não  
comprometo  minha integridade. v 17.
II - Se eu sou sábio - sou pacificador, não vou provocar sua 
ira. v 17.
III - Se eu sou sábio - não serei indulgente, não vou 
minimizar seus sentimentos. v 17.
IV - Se eu sou sábio- 
eu não vou criticar suas 
sugestões. v 17.
V - Se eu sou sábio - eu não darei ênfase ao seus 
erros. v 17.
VI - Se eu sou sábio 
-  eu não  vou  
 encobrir   
minhas 
fraquezas. v 17.
VIl - Seu eu sou sábio - em Jesus encontro toda fonte de 
sabedoria. Col.2:3
 
Outro exemplo:
Texto: Mt 4 :1.1 1.
Idéia Textual: Tentação.
Idéia do Sermão: A tentação para pecar  é nossa sorte comum.
Sentença: A tentação, que se resiste vitoriosamente, pode ser 
um meio para bênção espiritual.
Tese: Pode-se resistir vitoriosamente à tentação.
Interrogativa : Como pode-se resistir a tentação?
Transição: À semelhança de Cristo, devemos preencher certas 
condições. (palavra chave: “Condições”)
I - Temos que conhecer a Palavra de Deus. (“Está Escrito”)
II - Temos que crer na Palavra de Deus. ( “Está Escrito”)
III - Temos de obedecer a Palavra de Deus. ( “Está Escrito”)
Conclusão: Se nós, como Crísto no deserto, conhecermos.., 
crermos... obedecermos..., também nos erguremos em triunfo.
 
V - Qual a maneira mais pessoal de apresenta-lo?
As idéias precisam ser pessoais para que se tornem em ação. É 
muito importante sabermos como transmiti uma mensagem na qual estamos 
comprometidos com nossos
ouvintes.
 
Temos três classes de pregadores:
1. Pregadores que manipulam por meio de monólogo.
2. Pregadores que transmitem informações.
3. Pregadores que comunicam relacionamento.
 
Como pregadores precisamos ser Bíblias vivas. Nossa voz 
deve ser a voz de Deus comunicando o 
relacionamento que Deus deseja ter 
com o pecador, Somos portadores de 
Boas Novas de salvação, e as pessoas esperam ver qual o caminho pelo qual se 
salvar. Ao transmitirmos a mensagem de Deus, não podemos deixar dúvidas na mente 
de nossos ouvintes, pois aquela pode ser a última vez que alguém poderá estar 
ouvindo a advertência divina. Não basta gostar de pregar, precisamos amar os 
ouvintes.
 
CAPÍTULO IV
COMO PREPARAR BONS SERMÕES
 
1. Junte 
dados. A fonte de 
pesquisa é a Bíblia. Mas é necessário uma 
Bíblia com referências e notas marginais. Ter uma boa concordância, Dicionário 
da Bíblia, Atlas 
bíblico e Comentário. 
Anote tudo o que 
encontrar sobre o assunto que está 
sendo pesquisado.
2. Faça uma breve, mas inteligente análise do texto. Isto 
dará segurança ao pregador ao transmitir sua mensagem.
3.Faça 
um  esboço procurando 
responder  as seguintes perguntas:
Que lições estão contidas no texto? Qual a palavra chave? Sobre o 
que o autor está falando? Qual era o contexto histórico? Em que este sermão 
ajudará meus membros?
4. Ore pedindo ao Espírito Santo iluminação para entender 
a passagem escolhida e que a mensagem possa ser transmitida de tal forma, que as 
necessidades dos ouvintes sejam atendidas.
“Um sermão sem propósito e progressão reconhecível pode levar à 
confusão, e não à convicção e decisão”. Charles W. Koller, Pregação 
Expositiva Sem Anotações, pág.71.
Um sermão para que possa ser entendido deve ter bem definido os 
seguintes passos:
1. Título ou Tema.
a) Este Título ou Tema deve ser breve. A brevidade tem a 
capacidade de prender a atenção.
b) Deve ser atraente. O título de um livro quando é sugestivo, 
atrai o leitor levando-o a comprá-lo e se 
interessar de lê-lo.
c) Deve estar em harmonia com todo o sermão.
d) Deve ser reverente e sacro.
e)   Deve estar 
relacionado com as necessidades da 
congregação.
 
2. A introdução.
a) Deve preparar a 
congregação para ouvir a Palavra do Senhor e deixar claro a importância desta 
mensagem. Se quiser-mos atenção durante todo o sermão, precisamos criar 
interesse já na introdução.
b) Deve se deixar claro a 
idéia central do sermão. Qual o objetivo do sermão?
3. O Pontos Principais ou Corpo do 
Sermão (em algarismos romanos).
a) Deve ser em forma de 
uma sentença.
b) Deve ser tirado da 
idéia central do sermão.
c) Deve ter uma seqüência 
lógica.
d) Deve ter um crescimento 
de idéias para chegar a um final glorioso.
e) Deve ter como base e ser fortalecidos pela Palavra de 
Deus.
4. Subdvisões. (em algarismos 
arábicos).
5. Ilustrações.
As ilustrações são consideradas as janelas do sermão. Mas cuidado 
para que seus ouvintes não saiam por estas janelas e não voltem mais. Cuidados 
que devemos ter com as ilustrações:
a) As ilustrações devem 
estar de acordo com o assunto do sermão.
b) Devem ser 
verídicas.
c) Que sejam 
razoáveis.
d) De bom gosto.
6. Conclusão.
A conclusão deve responder a pergunta da congregação: Que 
faremos? Esta pergunta deve ser provocada pelo sermão. Os nossos ouvintes 
precisam saber como mudar de vida. E agora perguntam: Sim, mas como? Que faremos 
para colocar estes conceitos bíblicos em prática?
A conclusão deve refletir a nossa proposta para o sermão. Devemos 
levar a mente de nossos ouvintes para o objetivo, o alvo proposto durante o 
sermão. A conclusão precisa levar as pessoas a um compromisso de mudança de 
atitude, de comportamento, de vida.
ESBOÇOS PARA IDÉIAS DE SERMÕES
Estes esboços são apenas esqueletos que precisarão ser 
completados, enxertados com conteúdo e isto deixaremos que cada um faça 
conforme sua criatividade e entendimento do 
texto.
 
Esboço I
Texto: I Cr. 10:13
Idéia do Sermão: Deus é Fiel Quando Você é Tentado
Pergunta: Como Deus é fiel quando você é tentado?
Divisões:
I - Deus é fiel tomando a tentação previsível.
II - Deus é fiel em manter a tentação dentro de limites.
III - Deus é fiel em  prover uma  maneira para sairmos da 
tentação.
 
Esboço II
Texto: Lc 1 8:1.8
Idéia do Sermão: O Poder da Oração
Divisões:
I . A oração poderosa é perseverante (v 3-5)
II - A oração poderosa é pública (v 3-6)
III A oração poderosa é oportuna (v 3)
IV - A oração poderosa é comovente (v 3-7)
V - A oração poderosa é persistente (v 5.8)
 
Esboço III
Texto: I Jo 4:1 1
Idéia do Sermão: A Verdade Sobre o Amor
Divisões:
I - Fonte do Amor
II - Manifestação do Amor
III - Reprodução do Amor
VI - Aperfeiçoamento do Amor
 
Esboço IV
Texto: 1Co 13
Idéia do Sermão: A Excelência do Amor
Divisões:
I - O Amor Toma os Dons da Vida Úteis
II - O Amor Toma as Relações da Vida Bela
III - O Amor Toma as Contribuições da Vida Eterna
 
Esboço V
Texto: Col 1 :9-13
Idéia do Sermão: Crescimento na Graça
Divisões:
I - Conhecendo a Vontade de Deus
II - Na Obediência aos Seus Mandamentos
lll - Alegria de Sua Presença
lV - Submissão a Sua Dispensação
V - Gratidão por Suas Misericórdias
 
CONCLUSÃO
Como pregadores, somos os porta-vozes de Deus diante dos homens. 
E como tais, devemos ter a preocupação de representar a Voz Original, ou seja, a 
Voz de Deus. Devemos pregar apenas aquilo que o Senhor disse. Nossa pregação não 
pode possuir aquilo que o Senhor não disse.
Fomos chamados como pregadores, para ajudarmos as pessoas a 
mudarem de vida. Era isto que Jesus procurava fazer. Via em cada pessoa um 
potencial, alguém que poderia ser uma bênção. As palavras de Jesus davam alento 
às pessoas, mostrando-lhes que Deus as amava.
Ao nos preocuparmos em preparar e pregar sermões capazes de 
transformar vidas, passaremos a amar as pessoas e nos identificar com seus 
problemas. Este tipo de mensagem só pode sair de uma mente em comunhão constante 
com Deus e Sua Palavra. Se quesermos ajudar as pessoas a mudarem de vida, 
primeiro teremos que ir à Fonte das soluções dos problemas da vida - Jesus 
Cristo. A Sua Palavra é vida. Nela encontramos o lenitivo para as almas que 
clamam por um Deus real e que atende suas necessidades.
Que sejamos homens de oração em busca 
de poder, homens da Palavra, para podermos representar bem a Deus e seu caráter 
diante de nossos ouvintes.

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