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Aula 9 Constitucional Poder Judiciario

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DIREITO CONSTITUCIONAL PODER JUDICIÁRIO
Professora: Áurea Bezerra de Medeiros
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ANALISANDO O ORGANOGRAMA
A justiça comum segmenta-se em justiça federal (composta de juízes federais e Tribunais Regionais Federais) e justiça estadual (que se compõe de juízes de direito e Tribunais de Justiça).
Sendo assim teremos:
I) o direito do trabalho vai ser tratado pela justiça do trabalho (TST, TRTs e juízes do trabalho);
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II) o direito eleitoral vai ser tratado pela justiça eleitoral (TSE, TREs, juízes e juntas eleitorais);
III) os juízes de direito e os tribunais de justiça tratam das matérias de competência da justiça estadual.
IV) os juízes federais e os Tribunais Regionais Federais (TRFs) tratam das matérias de competência da justiça federal.
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ESTRUTURAÇÃO DO PODER JUDICIÁRIO
A Constituição estrutura o Poder Judiciário nos artigos 92 ao 126.
As regras que devem ser aplicadas a todos os Tribunais, conhecida como parte geral, está elencada entre os artigos 92 e 100 CF. Após, iniciam-se as disposições sobre os Tribunais em espécie, principiando com o Supremo Tribunal Federal, no artigo 101, e encerando com Juízes e Tribunais estaduais, nos artigos 125 e 126. 
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ORGANIZAÇÃO DA FUNÇÃO JURISDICIONAL
O artigo 92 da CF determina que são órgãos do Poder Judiciário o Supremo Tribunal Federal, Conselho Nacional de Justiça, o Superior Tribunal de Justiça, os Tribunais Regioanis Federais e Juízes Federais, os Tribunais e Juízes do Trabalho, os Tribunais e Juízes Eleitorais, os Tribunais e Juízes Militares e os Tribunais e Juízes dos Estados e do Distrito Federal.
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ORGANIZAÇÃO DA FUNÇÃO JURISDICIONAL
No sistema judiciário pátrio existem basicamente duas ordens judiciárias distintas: a federal e a estadual. 
A justiça federal, por sua vez, pode ser comum ou especializada. Esta última compreende a Justiça do Trabalho, a Justiça Militar e a Justiça Eleitoral.
As competências da justiça federal estão previstas expressa e taxativamente na Constituição Federal, e a competência da justiça estadual é residual.
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ESTATUTO DA MAGISTRATURA
Estabelecido por lei complementar e por iniciativa do STF. Lei 35/1979.
Os artigo 93, 94 e 95 da CF/88, estabelecem assuntos que, obrigatoriamente, devem constar no referido estatuto.
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RESOLUÇÃO 75/2009
A resolução considera atividade juridica:
I – aquela exercida com exclusividade por bacharel em direito.
II – o efetivo exercicio de advocacia, inclusive voluntária, mediante a participação anual minima em 5 (cinco) atos privativos de advogado.
III – o exercício de cargos, empregos ou funções, inclusive de magistério superior, que exeija a utilização preponderante de conhecimento jurídico.
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RESOLUÇÃO 75/2009
IV – exercício da função de conciliador junto a tribunais judiciais, juizados especiais, varas especiais, anexos de juizados especiais ou de varas judiciais.
V – o exercício da atividade de mediação ou de arbitragem na composição de litigios.
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INGRESSO NA MAGISTRATURA
No Brasil, a Constituição estipulou as seguintes regras para ingresso na magistratura:
a) Primeira instância artigo 93, I.
b) Tribunais de Justiça (art.94), Tribunais Regionais Federais ( art.94) Tribunais Regionais do Trabalho (art. 115, I), Tribunal Superior do Trabalho (art. 111-A) – quatro quintos advindos das instâncias inferiores, provenientes de promoção, e um quinto desses tribunais será composto de mebros do Ministério Público com mais de dez anos de carreira e advogados que possuam dez anos de atividade profissional, notório saber jurídico e reputação ilibada.
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INGRESSO NA MAGISTRATURA
c – Superior Tribunal de Justiça – (art. 104, prágrafo único)
d – Tribunal Superior Eleitoral (art. 119).
e - Superior Tribunal Militar (art. 123).
f - Conselho Nacional de Justiça ( art. 103 –B).
g - Supremo Tribunal Federal ( art. 101).
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INGRESSO NA MAGISTRATURA
A segunda regra obrigatoriamente constante no Estatuto da Magistratura é quanto a promoção. Segundo o art. 93, II, a promoção de uma entrância para outra ocorrerá alternadamente, por antiguidade e merecimento.
O STF proferiu julgamento no sentido de vincular o Presidente da República ao mandamento constitucional do art.93, II, a CF. No que tange a nomeação para juiz do TRF de segunda instância. 
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GARANTIAS CONSTITUCIONAIS DO PODER JUDICIÁRIO E DE SEUS INTEGRANTES
Garantias da magistratura ( garantias orgânicas).
Garantias orgânicas são garantias concedidas ao Poder Judiciário como instituição.
Poder de autolegislação ( artigo 96, I, a)
Poder de autogestão, que abrange a autoadiminsitração (art. 96, I, b a f) e a autonomia financeira (art.99). 
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GARANTIA DO MAGISTRADO
Artigo 95 da Constituição.
A ) Vitaliciedade, artigo 95, I.
B) Inamovibilidade – excessão juiz substitutos, ainda que vitalicios. O artigo 93, VIII, estabelece a única hipótese em que é possivel a mobilidade de forma compulsória.
C) Irredutibilidade de subsídios. 
D) Imparcialidade.
E) Foro por prerrogativa de função.
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Competência da justiça federal
competências dos juízes federais (CF, art. 109) quanto as competências dos TRFs (CF, art. 108) são expressamente atribuídas pela própria Constituição.
Em suma, a competência da justiça federal será composta pelos assuntos que a Constituição atribui aos juízes federais e aos Tribunais Regionais Federais.
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Competência da justiça federal
É importante você ter em mente que nos deparamos com as seguintes modalidades de competência:
I) a competência originária, em que o processo tem origem naquele órgão;
II) a competência recursal, em que o processo origina-se em instância inferior, ou seja em outro órgão, mas “sobe” até determinado tribunal por meio de recurso.
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competência da justiça federal
A “regra”, é que o processo se inicie no primeiro grau (na primeira instância), diante dos juízes.
Então, imagine que um processo teve início perante os juízes federais. Da decisão do juiz federal poderá caber recurso, que,normalmente, será julgado pela instância seguinte – os Tribunais Regionais Federais (TRF), nos termos do art. 108, II da CF/88.
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competência da justiça federal
Nesse caso, o juiz federal exerceu a competência originária, e o TRF sua competência recursal.
Mas nem sempre funciona assim, por exemplo:
I) Nem todas as ações se iniciam no primeiro grau) 
Há ações que se iniciam diretamente no TRF, como é o caso do julgamento dos juízes federais. Ou seja, juiz federal cometeu crime. O processo se inicia diretamente (originariamente) no TRF.
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Competência da justiça federal
II) Há ações que se iniciam nos juízes federais de primeiro grau, mas o recurso não vai para o TRF.
Ou seja, há determinadas matérias que devem ser julgadas originariamente pelos juízes federais, mas que a competência recursal ordinária é de outros tribunais (do STJ ou mesmo do STF).
O art. 109, IV. Lá está dito que compete aos juízes federais processar e julgar Originariamente o “crime político”.
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CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA
O Conselho Nacional de Justiça compõe-se de 15 membros com mandato de dois anos, admitida uma recondução.
Segue abaixo a relação dos componentes do CNJ, a partir de qual órgão é responsável pela indicação de cada um deles.
Ou seja, de baixo para cima, temos:
I) a Câmara e o Senado indicam, cada um, um cidadão; STF
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CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA
I) a Câmara e o Senado indicam, cada um, um cidadão;
II) o Conselho Federal da OAB indica dois advogados;
III) o Procurador-Geral da República indica dois membros do Ministério Público:
(i) um do MPU;
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CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA
ii) um do MPE, escolhido dentre os nomes indicados pelo órgão competente de cada instituição estadual.
IV) o TST indica um juiz do trabalho, um desembargador de TRT e um ministro do próprio TST;
V) o STJ indica um juiz federal, um juiz de TRF e um ministro do próprio STJ; e
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CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA
VI) o STF indica um juiz estadual e um desembargador de TJ.
Resta apenas uma vaga a ser preenchida pelo próprio presidente do STF, que também preside o CNJ (CF, art. 103-B, § 1°).
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CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA
O Ministro do STJ exercerá a função de Ministro-Corregedor e ficará excluído da distribuição de processos no Tribunal, competindo-lhe, além das atribuições que lhe forem conferidas pelo Estatuto da Magistratura, as seguintes (CF, art. 103-B, § 5º):
I - receber as reclamações e denúncias, de qualquer interessado, relativas aos
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CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA
Temos três detalhes básicos, mas importantes, sobre o CNJ:
a) o CNJ não exerce jurisdição, pois tem natureza administrativa;
b) o CNJ não tem nenhuma competência sobre o STF e seus ministros; e
c) o CNJ dispõe de poder normativo primário para editar atos com status de lei (no âmbito da sua competência, no art. 103-B, § 4°).
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CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA
O CNJ configura órgão administrativo interno ao Judiciário, tendo sua composição majoritariamente formada por membros desse Poder. Ademais, suas decisões estariam sujeitas ao controle jurisdicional do Supremo Tribunal Federal, órgão ao qual se subordina. Diante disso, o STF considerou constitucional a criação do CNJ, não havendo, segundo o Tribunal, nenhuma ofensa à separação dos Poderes.
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SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
O Supremo Tribunal Federal, guardião da Constituição é formado por 11 ministros escolhidos entre brasileiros natos (com idade entre 35 e 65 anos) com notável saber jurídico e reputação ilibada. Os ministros são indicados pelo presidente da República e sabatinados pelo Senado Federal, que deverá aprovar a indicação por maioria absoluta, em votos secretos, após argüição pública.
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SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
Competência
Existem três espécies de competência, quais sejam: a originária, a recursal ordinária e a recursal extraordinária. As matérias julgadas pelo Supremo Tribunal Federal, em sua maioria, envolvem matérias constitucionais e, por isso, esse tribunal é denominado o guardião da Constituição.
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SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
A competência originária é a capacidade que a Suprema Corte possui de processar e julgar causas que têm no STJ sua única instância (ajuizadas diretamente no STF). Assim, por exemplo, só ao Supremo Tribunal caberá processar e julgar as Ações Diretas de Inconstitucionalidade; o presidente da República, nos crimes comuns; e outras altas autoridades, nos crimes comuns e de responsabilidade. 
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SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
4. Magistratura Nacional: conjunto de juízes que integram o Poder Judiciário. Sendo organizada pelos dispositivos constitucionais que organizam a estrutura do judiciário brasileiro e ainda pela Lei Complementar nº 35, de 14 de Março de 1979 - LOMAN/Lei Orgânica da Magistratura, que estrutura a carreira da magistratura nacional e estabelece as garantias, prerrogativas, direitos, deveres, vantagens, forma de ingresso e etc.
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	SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL 
A competência recursal ordinária é a capacidade de julgar os recursos referentes às ações mandamentais (HC, MS, HD e MI) julgadas pelos Tribunais Superiores e os crimes políticos (originariamente julgados pela justiça federal).
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SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
Por fim, a competência recursal extraordinária é a atribuição que o Supremo Tribunal possui de julgar os recursos contra decisões que tenham contrariado dispositivo da Constituição, declarado a inconstitucionalidade de tratado ou lei federal, julgado válida lei ou ato de governo local contestado em face desta Constituição, ou julgar válida lei local contestada em face de lei federal.
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SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
Como se percebe, no caso de competência originária o STF processará e julgará a causa, sendo que nos casos de competência recursal o STF apenas julgará a causa, tendo em vista que seu processamento já ocorreu na instância a quo.
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SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
A competência do STF está sujeita a um regime de direito estrito. Isso significa que, por exemplo, a competência originária do STF esta sujeita de forma estrita às hipóteses taxativamente descritas no art 102, I, a, da Constituição do Brasil. Trata-se, portanto, de um rol exaustivo. Como conseqüência, não é possível estender a competência do STF para que envolva outras situações, alheias às determinadas pelo texto constitucional.
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