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[]O PODER DOO PODER DASpe!oasplaneta++planetape!oas #JustoÉoNovoPreto A modernidade industrial construiu um modelo de desenvolvimento que gera enorme pressão sobre o planeta e seus seres. Esgota os recursos naturais ainda disponíveis. Produz desigualdade e péssimas condições de trabalho. Altera culturas locais. Os limites físicos começam a ser atingidos. Levi Guzman-270472 PRODUÇÃO EM MASSA. HIPERCONSUMO. DESCARTE. INSUSTENTÁVEL. #VaiPlaneta #VamosJuntos PRODUÇÃO EM MASSA. HIPERCONSUMO. DESCARTE. INSUSTENTÁVEL. Na era de transição, tecnologias aumentaram a capacidade de produção de novos materiais e a conectividade entre pessoas. Mas os avanços tecnológicos não serão suficientes se a sustentabilidade não vier na perspectiva de suas quatro dimensões: Ambiental, Social, Econômica e Cultural. Na sa -8 91 27 SUSTENTABILIDADE 4D SUSTENTABILIDADE 4D Na sa 8 91 25 COEXISTIR. CONVIVER. CONFIAR. COCRIAR. COMEÇAR. COEXISTIR. CONVIVER. CONFIAR. COCRIAR. COMEÇAR. Uma série de alternativas baseadas em princípios sustentáveis e restaurativos ganham força. Novas relações de produção e consumo independente são experimentadas. Harmonizando crenças e valores ancestrais de cuidado que estavam esquecidos com as possibilidades de inovação social e tecnológica, vamos repensando cadeias de valor entre pessoas, comunidades e instituições com o planeta. Um amplo universo de possibilidades se abre quando redesenhamos a maneira de produzir, vender, viver. Vamos falar de sustentação da inovação. Inovação disruptiva, que torna obsoletas as tecnologias e os modelos de negócios existentes. Inovação transformadora, que facilita a transição para culturas regenerativas. Slava Bowman-161206 A MODA MUDA. A TERRA TAMBÉM. A MODA MUDA. A TERRA TAMBÉM. Na maneira como nos relacionamos com os recursos e interagimos com as pessoas. Queremos energias renováveis e culturas que restaurem recursos naturais e atendam as necessidades humanas. Queremos distribuir o poder aos comuns e devolver o valor extraído das comunidades para a base da cadeia. Vamos explorar tendências e iniciativas protagonistas que incorporam conexões reais entre pessoas, organizações e comunidades. Para o futuro ser sustentável, ele precisa ser para todos e não só para a moda. Aziz Acharki-290990 ESTAMOS MUDANDO! ESTAMOS MUDANDO! [ ] MATERIAL, VIDA, RECURSO NATURAL, SOBREVIVÊNCIA DIMENSÃO AMBIENTAL terraterra DIMENSÃO AMBIENTAL _DRIVER #1 _intro Will Cornfield-316618 00#VERDEÉONOVOPRETO O planeta com seus seres vivos é um único ecossistema inteligente, ao mesmo tempo ameaçado e potencializado pela civilização humana, que força seus limites naturais. Um sistema complexo, dinâmico, que nos convida, como agentes e cocriadores, a sustentá-lo e fortalecê-lo. A moda é uma das cinco indústrias do mundo que mais poluem* e enfrenta o desafio de criar uma manufatura sustentável. A cadeia de produção (fabricação dos bens) é onde se encontra a maior parte dos impactos ambientais e sociais: relações trabalhistas desumanas, poluição do ar, desperdício de energia, desmatamento e estresse hídrico. SUSTENTABILIDADE É INTEGRIDADE NAS RELAÇÕES DO PLANETA. SUSTENTABILIDADE NÃO É TENDÊNCIA. É SOBREVIVÊNCIA. SUSTENTABILIDADE É INTEGRIDADE NAS RELAÇÕES DO PLANETA. SUSTENTABILIDADE NÃO É TENDÊNCIA. É SOBREVIVÊNCIA. _driver #1 _driver #2 _driver #3 _driver #4 *Fonte: Modefica Matthew Estes-39042 da população de economias emergentes atingir os mesmos níveis de consumo de roupa do que o mundo ocidental até 2025, a indústria do vestuário deixaria o meio ambiente em colapso. produtos químicos diferentes são utilizados para processos de tingimento e acabamento. 8 MIL Até 8 MIL (média de 14 itens de roupa para cada pessoa do planeta) litros de água para produzir uma única camiseta de algodão. 2.700 Pode-se despender até 2.700 100 O número de roupas produzidas ultrapassou bilhões 100 bilhões pela primeira vez em 2014. mais que nos países de primeiro mundo. A venda de vestuário nos países emergentes [Brasil, China, Índia, México e Rússia] cresceu até8X8X de todo o consumo de fibras têxteis. O algodão representa cerca de30%30% Uma estimativa diz que se 80%80% 1kg = 23kg1kg = 23kg de gases de efeito estufa de tecido _driver #1 _driver #2 _driver #3 _driver #4*fonte: McKinsey Parker Burchfield-224850 QUER SER SUSTENTÁVEL? MUDE MAIS DO QUE AS TENDÊNCIAS QUE VOCÊ LANÇA AO LONGO DO ANO! A abordagem tem dois lados. O primeiro, o que os consumidores podem fazer, cobrando atitudes e consumindo melhor. O segundo, o que cabe à indústria. As pequenas conseguem se transformar mais rápido porque têm uma cadeia menos complexa. Mas a movimentação das grandes traz mais impacto no meio ambiente e nas pessoas. Mudar práticas estabelecidas não é fácil e exige uma mudança contínua. Nenhuma empresa consegue ser 100% sustentável e a adequação é feita aos poucos. É algo que demanda estudo, energia e disponibilidade. O lado legal: a tecnologia está oferecendo novas oportunidades para o setor da moda adotar um sistema ético e sustentável. Para que possamos perseverar como espécie, precisamos mudar a narrativa coletiva. Ser sustentável é assegurar que todos vão ganhar. Que empresas e consumidores compreendam e redesenhem de ponta a ponta o ciclo de vida dos produtos. QUER SER SUSTENTÁVEL? MUDE MAIS DO QUE AS TENDÊNCIAS QUE VOCÊ LANÇA AO LONGO DO ANO! _driver #1 _driver #2 _driver #3 _driver #4 LABORATÓRIO DE MODA SUSTENTÁVEL_ Um conjunto de instituições de respeito formaram um pool para promover mudanças sistêmicas mais do que necessárias na indústria da moda no Brasil. Com apoio do Instituto C&A, o recém-fundado Laboratório de Moda Sustentável pretende abordar e transformar os principais desafios do setor de vestuário no país. Guiado pelos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU, reuniu 35 líderes de diversas áreas que compõem o elo da cadeia da moda para encontrar e implementar novos caminhos. Problemas não faltam a uma indústria que emprega 1,7 milhão de trabalhadores. Informalidade, condições de trabalho precarizado ou forçado, com profundas diferenças de gênero, poluição, desmatamento e crueldade animal são alguns deles. [Veja mais] Imagem CASECASE _driver #1 _driver #2 _driver #3 _driver #4 JUST_ Just é uma plataforma de informação que reúne marcas, consumidores, repórteres, estudantes e makers. Dar transparência ao sistema da indústria da moda e empoderar consumidores é seu foco. Lista os prós e os contras de algumas das maiores marcas do mundo. Publica um guia online de onde comprar produtos sustentáveis em cidades ícones como Londres, São Francisco, NY. Criou um guia de compras – O Just Approved – cujos critérios de inclusão para recomendar uma marca incluem transparência comercial, sustentabilidade, condições de trabalho e impacto ambiental. [Veja mais] Imagem CASECASE _driver #1 _driver #2 _driver #3 _driver #4 “SOMOS PARTE DO TODO. SOMOS UM SISTEMADINÂMICO E COMPLEXO QUE NOS CONVIDA ‘A MUDAR NOSSA ATITUDE E OBJETIVO PARA NOSSA PARTICIPAÇÃO COMO AGENTES SUBJETIVOS E DE COCRIAÇÃO’ DO PLANETA”. _Daniel Wahl [Design Regenerative Cultures] Benjamin Combs-27617 _Agrofloresta, Permacultura, Agroecologia e mudança de comportamento 11 _driver #1 _driver #2 _driver #3 _driver #4 Tudo começou lá na década de 70, quando o suíço Ernst Gotsch e os australianos Bill Mollison e David Holmgren desenvolveram, como conceitos, a agrofloresta e a permacultura. Gotsch teve a sacada: E se no lugar de melhorar as condições genéticas para as plantas trabalhássemos o ecossistema por inteiro? Já Mollison e Holmgren uniram práticas e saberes tradicionais a conhecimentos modernos e técnicas inovadoras, pensando em criar ocupações humanas sustentáveis baseadas na cooperação e interação entre homem e natureza. Sistemas agroflorestais são modelos que imitam os processos da natureza e que geram junto à floresta uma agricultura sustentável, livre de químicos, com plantas próprias para nosso consumo. No Brasil, Ernst observou enormes áreas degradadas pela monocultura e pastagem, mas também que nossa floresta - um sistema rico e natural - se resolvia sozinha, sem regeneração externa, onde árvores são o diferencial. A ideia da agrofloresta é reproduzir o ecossistema a partir da observação da sucessão natural das plantas, conservando os recursos naturais. A biodiversidade tanto da fauna quanto da flora se eleva automaticamente. Com mais matéria orgânica no solo, diminuição da erosão e menos sedimentos nos rios, há significativo aumento da biomassa e do carbono fixado. Toa Heftiba-315308 _driver #1 _driver #2 _driver #3 _driver #4 Tyle Mullins-136632 Já o conceito de permacultura - uma contração das palavras "permanent" e "agriculture" - esteve ligado na origem à prática de uma agricultura sustentável. Hoje é, segundo seu criador Mollison, um sistema de design para a criação de ambientes humanos sustentáveis e produtivos, em equilíbrio e harmonia com a natureza. Na permacultura devemos usar o que a natureza nos dá e buscar devolver ao ecossistema todos os insumos que usamos, através da reintegração de resíduos. Como resultado, temos aumento de recursos e de energia disponível. A agroecologia é outra área de conhecimento que vem crescendo. Conhecida como "organic plus", podemos dizer que ela se situa a meio caminho entre o orgânico e a agrofloresta, buscando tornar mais equilibrada a relação entre o homem e a natureza, por meio da valorização da agricultura familiar e da produção limpa. A agroecologia se constitui mediante a sistematização e consolidação de saberes e das práticas tradicionais ou científicas. No Brasil, o grande destaque vem relacionado às plantações de algodão, com redes fortalecendo as práticas agroecológicas desta cadeia de produção em diversos níveis de atuação. A aplicação desses conceitos na moda passa pela indústria, que deve rever a cadeia de produção de cima a baixo, mas também pelo consumidor. Ambos precisam pensar mais em processos do que insumos, regeneração natural e recuperação pelo uso. Como, observando a natureza, conseguimos fazer que o sistema possa se reequilibrar, mas ao mesmo tempo gerar os recursos que precisamos para comer, aquecer, construir, vestir? É HORA DE INICIAR AÇÕES INTELIGENTES QUE AJUDEM A TRANSIÇÃO EM DIREÇÃO ÀS CULTURAS REGENERATIVAS. COMO NA NATUREZA, AGIR DE FORMA SINERGÉTICA, DO SIMPLES PARA O COMPLEXO. DA COLHEITA PARA O ORGANISMO. DO ORGANISMO PARA A COOPERAÇÃO; DESTA PARA A SUCESSÃO, AUMENTANDO A ORGANIZAÇÃO E ENTENDENDO A COMPLEXIDADE ATÉ CHEGAR NO SISTEMA COMO UM TODO. É HORA DE INICIAR AÇÕES INTELIGENTES QUE AJUDEM A TRANSIÇÃO EM DIREÇÃO ÀS CULTURAS REGENERATIVAS. COMO NA NATUREZA, AGIR DE FORMA SINERGÉTICA, DO SIMPLES PARA O COMPLEXO. DA COLHEITA PARA O ORGANISMO. DO ORGANISMO PARA A COOPERAÇÃO; DESTA PARA A SUCESSÃO, AUMENTANDO A ORGANIZAÇÃO E ENTENDENDO A COMPLEXIDADE ATÉ CHEGAR NO SISTEMA COMO UM TODO. _driver #1 _driver #2 _driver #3 _driver #4 ESPLAR_ Há 27 anos comunidades agricultoras do Ceará fazem a cotonicultura- cultivo de algodão - dentro dos padrões sustentáveis e não poluentes. A proposta é da Esplar , ONG que atua em municípios do semiárido cearense. Em anos de chuvas favoráveis, o método de consórcio agroecológico dá aos cultivadores e cultivadoras de algodão boas colheitas da pluma, vendida a empresas ecológicas por preços justos. Também são colhidas as safras de milho e feijão e gergelim, plantados conjuntamente nos roçados, e que servem tanto para a alimentação da família, quanto para aumentar sua renda. [Veja mais] CASECASE _driver #1 _driver #2 _driver #3 _driver #4 Imagem CASECASE _driver #1 _driver #2 _driver #3 _driver #4 NATURAL COTTON COLOR_ Um verdadeiro exército de plantadores de algodão - além de rendeiras, bordadeiras, artesãos de toda região Nordeste do Brasil, sobretudo da Paraíba - trabalham com remuneração digna para produzir o “Algodão Colorido da Paraíba”. Originário de João Pessoa, o Natural Cotton Color é um grupo que reúne empresas distintas para produzir algodão orgânico e hoje exportar para várias partes do mundo. A matéria- prima foi inicialmente desenvolvida pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Embrapa, cuja pesquisas resultaram no algodão que já nasce colorido. A pluma não necessita de qualquer tipo de tingimento químico, economizando assim 87,5% da água que seria consumida num processo convencional de produção e acabamento de malha ou tecido. [Veja mais] Imagem O que muda o mundo não é a inovação de hoje, mas o barateamento da inovação de dez anos atrás. Impulsionados pela tecnologia, materiais e processos antes experimentais tornaram-se economicamente viáveis, economizando recursos naturais finitos. Paralelo ao boom de novas matérias primas, vamos criando uma série de alternativas para o ciclo de produtos e materiais. Um dos ciclos mais sustentáveis é o sistema ‘Cradle to Cradle’ - de berço para berço, em que nada é desperdiçado, retornando materiais e componentes como input a um novo ciclo. Na moda, práticas como reciclagem, upcycling, downcycling e reaproveitamento mostram-se cada vez mais viáveis. _Novos materiais e recursos alternativos22 Ly nd se y Ma ri e- 34 00 59 #RECICLAR #REAPROVEITAR _driver #1 _driver #2 _driver #3 _driver #4 A indústria da moda precisa investir na inovação têxtil para criar um futuro sustentável. Uma das etapas fundamentais é produção de novas fibras a partir da reciclagem. O processo de desfibrilação pode ser mecânico ou químico, sempre refazendo novos fios que geram novos tecidos. Setores distintos da área têxtil também contribuem com seu descarte para novas fibras. Garrafas PET produzem peças de poliéster; plásticos e redes de pesca recolhidos do oceano também participam. As chamadas “food-fibres” são as vedetes do momento, com opções de tecidos feitos com fibras de abacaxi, cascas de laranja, borra de café, leite azedo. E tecidos bioplásticos são feitos a partir de amido de batata, milho, arroz, beterraba, entre outros. Nas últimas inovações têxteis temos alternativas naturais como algas, fungos, colágeno,mamona, capim elefante, chá e seda de abelha ou aranha, que são renováveis, biodegradáveis e de baixo impacto ambiental. Materiais como algodão orgânico, tencel, cânhamo, bambu, também chegam com força às passarelas e prateleiras. A ponta tecnológica contribui também com processos. Para o tingimento, já existe tecnologia a ar que colore ou imprime em ambos os lados de um tecido ao mesmo tempo sem usar tratamentos químicos ou aquáticos. Pietro Jeng-266017 _driver #1 _driver #2 _driver #3 _driver #4 Imagem CÉLULAS SOLARES EM TECIDO_ Pesquisadores do Instituto de Tecnologia da Geórgia desenvolveram um tecido que pode simultaneamente colher energia tanto do sol como do movimento. Combinando dois tipos de geração de eletricidade em um único tecido, eles abrem o caminho para o desenvolvimento de roupas que poderiam fornecer sua própria fonte de energia para dispositivos de energia, como telefones inteligentes. Uma máquina comercial têxtil foi utilizada para tecer as células solares construídas a partir de fibras de polímero leves, com nanogeradores à base de fibra. O novo tecido é altamente flexível, respirável, leve e adaptável a uma variedade de usos. Com fios de lã, pode ser integrado em tendas, cortinas ou vestuário wearable. [Veja mais] CASECASE _driver #1 _driver #2 _driver #3 _driver #4 PETIT PLI_ Encapsular roupas que cabem dentro de um bolso não é uma nova tendência, mas a Petit Pli conseguiu em um único projeto fazer moda duradoura e com forte propósito: criou uma jaqueta que 'cresce' junto das crianças, podendo ser usada dos seis aos 36 meses de idade. O tecido dos impermeáveis é reciclável, e a forma expandida da roupa é inspirada pela maneira como os nanosatélites são embalados. O novo xodó da coleção evita o desperdício que os pais teriam com a compra de casacos à medida que a criança cresce, passando a mensagem de que a moda rápida é desnecessária e a longevidade é a chave. Seus criadores estão investigando agora um sistema take-back para reciclar fibras de roupas antigas para roupas novas. [Veja mais] Imagem CASECASE _driver #1 _driver #2 _driver #3 _driver #4 MATTRICARIA_ Marca e fábrica de corantes naturais, faz diversos experimentos de tingimentos naturais como semente de urucum, casca de cebola, talo de cenoura, tronco de jatobá, entre outros. Além de realizar o processo de tingimento, realiza oficinas pagas e gratuitas. Em 2015 conseguiu um apoio cultural e capacitou 54 pessoas no processo de tingimento gratuitamente. [Veja mais] Imagem CASECASE _driver #1 _driver #2 _driver #3 _driver #4 SANTA CONSTÂNCIA_ Tecelagem comandada pelo ícone da moda brasileira, Constanza Pascolato, fabrica o fio Amni Soul Eco, o primeiro fio de nylon 6.6 biodegradável do mundo. A decomposição do tecido, que antes levava décadas para acontecer, hoje leva apenas três anos para se decompor totalmente em aterros sanitários. É comumente usado para a fabricação de biquínis e peças de ginástica. [Veja mais] CASECASE Imagem _driver #1 _driver #2 _driver #3 _driver #4 Sistemas vivos existem há bilhões de anos graças ao processo cíclico da natureza. No mundo vivo, materiais fluem. Resíduos de uma espécie alimentam a outra e enquanto o sol provê a energia necessária, tudo cresce, tudo morre e os nutrientes retornam ao solo. Mas houve um ponto no qual perdemos contato com o ciclo natural. Obtemos, produzimos, descartamos, geramos lixo tóxico, criamos tecnologias que servem até o esgotamento de sua utilidade. Vivemos em uma economia linear, já fadada à obsolescência. _Economias Restaurativas/Circular Fi lm ar - F il ma r_ 11 _h r 33 #DEVOLVER #RENOVAR #REGENERAR E SE OS PRODUTOS DE HOJE SE TRANSFORMASSEM EM RECURSOS DE AMANHÃ? E SE EM VEZ DE JOGAR FORA E SUBSTITUIR, ADOTÁSSEMOS O MODELO DE DEVOLVER, RENOVAR E REGENERAR? E SE OS PRODUTOS DE HOJE SE TRANSFORMASSEM EM RECURSOS DE AMANHÃ? E SE EM VEZ DE JOGAR FORA E SUBSTITUIR, ADOTÁSSEMOS O MODELO DE DEVOLVER, RENOVAR E REGENERAR? Ri cc ar do A nn an da le -1 40 62 4 _driver #1 _driver #2 _driver #3 _driver #4 Paul Morris-224493 A QUESTÃO ENVOLVE A MANEIRA COMO VEMOS A PROPRIEDADE. E SE NO LUGAR DE POSSUIR FERRAMENTAS, LICENCIÁSSEMOS, PRODUZINDO MENOS DESCARTÁVEIS? A QUESTÃO ENVOLVE A MANEIRA COMO VEMOS A PROPRIEDADE. E SE NO LUGAR DE POSSUIR FERRAMENTAS, LICENCIÁSSEMOS, PRODUZINDO MENOS DESCARTÁVEIS? A economia circular nos ensina a escutar o padrão da natureza e aplicá-lo nos designs de produtos, componentes e materiais, assim como nas tecnologias com as quais construímos o futuro. É o processo que cria cadeias de valor circular, onde a fase residual dos materiais é só uma etapa da vida de um produto, e não o seu final. A matéria-prima volta ao seu berço com a decomposição natural ou reciclagem interina, dando origem a um novo produto semelhante ou outra criação. Interessa manter os materiais em seu mais alto nível de utilidade e valor o tempo todo. Na economia circular, todo produto tem seu ciclo biológico - onde os recursos se regeneram - e o ciclo técnico, onde produtos e componentes são recuperados ou regenerados. O consumo ocorre em ciclos biológicos efetivos. Afora isso, o uso substitui o consumo. Esses dois ciclos devem andar juntos. Produtos devem ser projetados desde seu início para serem reaproveitados tanto na parte biológica quanto na reutilização de material técnico. _driver #1 _driver #2 _driver #3 _driver #4 Nadine Shaabana-161337 A verdadeira economia circular não é um fabricante mudar seu produto. É a união de todas as empresas interconectadas repensando o próprio sistema operacional, investindo em criatividade e inovação, o que acabará sendo sua força competitiva num futuro próximo. REDESENHAR A NOSSA MODA – CONCEBENDO PRODUTOS QUE POSSAM SER PROJETADOS PARA A REMANUFATURA E ALIMENTAR O SISTEMA COM ENERGIA RENOVÁVEL É POSSÍVEL. REDESENHAR A NOSSA MODA – CONCEBENDO PRODUTOS QUE POSSAM SER PROJETADOS PARA A REMANUFATURA E ALIMENTAR O SISTEMA COM ENERGIA RENOVÁVEL É POSSÍVEL. _driver #1 _driver #2 _driver #3 _driver #4 HOUDINI_ Que tal comer a roupa que um dia você usou? A ideia foi da Houdini, marca de roupa esportiva que só trabalha com pura lã natural, portanto, biodegradável. Para marcar sua posição de sustentabilidade e circularidade na produção, ofereceram um fino jantar aos clientes, feito a partir de roupas esportivas desgastadas de sua fabricação, doadas por esses. Como? Transformaram as peças em solo, colocando-as em um composto. Para fazer a compostagem, retiraram antes as fibras de elástico. Do solo, cultivaram os vegetais e criaram a primeira experiência gastronômica do mundo cultivada a partir de roupas antigas. A loja também empacotou o mesmo adubo para que os consumidores da nova coleção pudessem criar seu próprios vegetais em casa. [Veja mais] Imagem CASECASE _driver #1 _driver #2 _driver #3 _driver #4 EILEEN FISHER_ Marca exemplo de sustentabilidade, tem como objetivo a mudança do mercado da moda para que sustentabilidade se torne regra. Tem como característicasinúmeras ações sustentáveis como desenvolvimento de fibras, uso de orgânicas, corantes naturais, comércio justo, apoio a comunidades de artesãos em diversos países, etc. Além das lojas, oferecem espaços em que os consumidores podem deixar, reparar e reciclar seus tecidos favoritos. [Veja mais] Imagem CASECASE _driver #1 _driver #2 _driver #3 _driver #4 MIG JEANS_ MIG jeans é uma marca de upcycling e economia circular, que trabalha com o reaproveitamento de peças em desuso, criando em cima dos defeitos e produzindo através de resíduos têxteis trazendo de volta ao mercado jeans em fim de vida útil. Trabalha com venda de peças únicas, serviço de customização em peças próprias e de clientes. [Veja mais] Imagem CASECASE _driver #1 _driver #2 _driver #3 _driver #4 [ ] RELACIONAMENTO SUSTENTÁVEL, FORMA DE CRIAR, FLUXO DE VALOR DIMENSÃO ECONÔMICA fogofogo DIMENSÃO ECONÔMICA _DRIVER #2 Anthony Indraus-134161 _intro Dev Benjamin-207240 00#ÉDEBAIXOPRACIMA O mundo econômico e o mundo físico não se separam. Produção e consumo de bens dependem da extração de recursos naturais finitos do planeta. A velocidade com que reciclamos ou tratamos os resíduos de forma que possam reintegrar a cadeia natural da Terra é mais lenta do que deveria para criar impacto positivo. O estresse ecológico é irreversível e cada fronteira de transformação do ambiente pela ação humana configura um estado irremediável. As consequências são desconhecidas para nós. Nesse cenário, uma economia saudável não é a que cresce em direção ao infinito - hoje já uma opção insustentável para o ser humano e o planeta como o conhecemos - mas uma economia de crescimento zero, pelo menos no que tange a produção de bens materiais. Uma economia que cuida das relações entre os seres do planeta recicla e repõe resíduos mais rápido do que consome; muda o consumo material para o consumo simbólico, virtual, experiencial. Equilibra a capacidade de consumo da população do planeta para que a elite econômica global não esgote os recursos disponíveis antes da transição que estamos construindo. _driver #1 _driver #2 _driver #3 _driver #4 Há algo de novo que parte das revoluções digitais e se espalha também por outras áreas da economia. Uma sociedade conectada anda repensando o que a propriedade e o compartilhamento significam na era digital, transformando a maneira como podemos produzir, consumir, financiar e aprender. Se a economia tradicional gera acúmulo de valor no topo da cadeia, o consumo consciente, local e colaborativo mantém a maior parte do valor na base da cadeia. Na era de transição, marcada pela deterioração dos ecossistemas, buscamos a imaterialidade. A geração de valor da nova empresa é determinada pela experiência, pela inteligência coletiva. A moeda da nova economia é a confiança. Esse capital imaterial, e não mais o ativo financeiro, é o principal ativo de uma marca hoje. Sai propaganda e crédito, viva a relevância e a reputação. Somos todos prosumers. Toa Heftiba-314235 SUSTENTABILIDADE ECONÔMICA ACONTECE QUANDO RELAÇÕES DE VALOR SUSTENTÁVEL APONTAM PARA UM FUTURO ONDE ORGANIZAÇÕES ENRIQUECEM COMUNIDADES. QUANDO CONSUMIMOS SÓ O QUE PRECISAMOS. QUANDO EXTRAÍMOS MENOS E REGENERAMOS MAIS OS RECURSOS NATURAIS DO PLANETA. SUSTENTABILIDADE ECONÔMICA ACONTECE QUANDO RELAÇÕES DE VALOR SUSTENTÁVEL APONTAM PARA UM FUTURO ONDE ORGANIZAÇÕES ENRIQUECEM COMUNIDADES. QUANDO CONSUMIMOS SÓ O QUE PRECISAMOS. QUANDO EXTRAÍMOS MENOS E REGENERAMOS MAIS OS RECURSOS NATURAIS DO PLANETA. _driver #1 _driver #2 _driver #3 _driver #4 _Economia compartilhada e consumo colaborativo 11 #DAPROPRIEDADE AOACESSO O modelo disruptivo é uma alternativa à propriedade em relação a itens que um indivíduo planeja obter para um uso limitado e para tal conta com a ajuda de plataformas digitais. Transforma resíduos ociosos em recursos disponíveis a partir da interação das pessoas. É fácil ver onde se aplica: assentos vazios em carros; casas de férias não utilizadas; Wi-Fi sub utilizado; espaços de escritório desocupados; habilidades latentes e capital e bens de consumo. A Economia Compartilhada não se resume à forma de comprar. Está relacionada a todo um sistema onde pessoas com necessidades e interesses similares se organizam em comunidades para liberar a capacidade ociosa e o valor de ativos como tempo, espaço, habilidades e bens materiais. Trocar, emprestar, doar e compartilhar são verbos que substituem o comprar, distribuindo o poder econômico antes centralizados nos grandes do varejo. A nova economia é chamada de compartilhada e a cultura por ela gerada de Consumo Colaborativo. O poder dessa nova economia não está calcado no dinheiro, mas na tecnologia, que possibilitou construir relações de confiança entre estranhos, conferindo poder às pessoas. E a confiança virtual passa para o mundo real, permitindo negócios de toda a espécie. Annie Spratt-167089 _driver #1 _driver #2 _driver #3 _driver #4 A economia compartilhada privilegia o acesso aos bens e serviços e está reinventando não apenas o que consumimos, mas como consumimos. Fatores como relacionamentos em rede, que criam formas eficientes e confiáveis para pagamentos online, crise econômica e recessão e a percepção de que precisamos pensar sobre riqueza e recursos através de uma nova lente geraram um novo consumidor. Para os proprietários, ela transforma as posses em fluxos de receita. Para o consumidor, é mais barato pagar para usar algo por um curto período de tempo em vez de comprá-lo, além de oferecer uma maior escolha de produtos e serviços. A indústria da moda demorou a perceber a transformação. Mas há pouco, dezenas de grandes empresas adotaram uma série de diferentes modelos de negócios para disputar espaço nessa nova economia. Há motivações para entrar neste mercado. Muitos tipos de produtos de moda são caracterizados por preços elevados, mas uso relativamente baixo - pontos que se mostraram populares para implementar o consumo colaborativo. As pessoas estão se questionando se vale gastar tanto por tão pouco tempo de uso. Por que não compartilhar e pagar menos pelo uso limitado? Austin Ban-14620 _driver #1 _driver #2 _driver #3 _driver #4 De acordo com a Thred up, loja online de roupas em consignação, só nos EUA há 8 bilhões de roupas acomodadas em armários. Há dificuldades para o varejo da moda se adaptar a este tipo de negócio: custos operacionais altos, transporte, limpeza das roupas, etc. Outro nó do segmento é a entrega instantânea, para atender o “quero agora”. Grandes varejistas nos EUA começam a usar intermediários de serviços da economia compartilhada, como o UBER Rush. O consumo colaborativo é uma ótima oportunidade para continuar a ter acesso a novas peças, montar looks variados e ainda gastar pouco, pagando por um produto sem a necessidade de possuí-lo, seja através de empréstimo, trocas ou guarda-roupa compartilhado. Os consumidores podem também alugar peças de seus próprios armários (peer-to-peer), estendendo o ciclo de vida de seus produtos. A TENDÊNCIA NÃO É QUE AS PESSOAS PAREM DE COMPRAR ITENS BÁSICOS COMO CAMISETA BRANCA E JEANS, MAS QUE PAREM DE COMPRAR ITENS MAIS ELABORADOS PARA OCASIÕESESPECIAIS. Imagem A TENDÊNCIA NÃO É QUE AS PESSOAS PAREM DE COMPRAR ITENS BÁSICOS COMO CAMISETA BRANCA E JEANS, MAS QUE PAREM DE COMPRAR ITENS MAIS ELABORADOS PARA OCASIÕES ESPECIAIS. _driver #1 _driver #2 _driver #3 _driver #4 PROJETO GAVETA_ Serviço de troca de roupa em que os participantes trocam, entre si, roupas que não usam mais. O projeto teve início em 2013 e desde então já deu vida nova a mais de 25.000 peças circuladas que estavam paradas nos armários dos participantes. Hoje o projeto acontece em formas de festivais e eventos onde, além de promover a troca, aborda a moda sustentável como um todo, com palestras, workshops, exposições, mercado de sustentabilidade e recentemente lançou o serviço Gaveta- Empresa, onde realiza um evento exclusivo para empresas e seus funcionários. [Veja mais] CASECASE Imagem _driver #1 _driver #2 _driver #3 _driver #4 ROUPA LIVRE_ App de troca de roupa peer-to-peer. O usuário adiciona as roupas que não quer mais e troca com outras pessoas. Funciona na mecânica do Tinder, em que dois usuários dão match e suas peças e abre um espaço de diálogo para que combinem de se encontrar e trocar a roupa. [Veja mais] CASECASE Imagem _driver #1 _driver #2 _driver #3 _driver #4 TEM AÇÚCAR_ Uma boa dose de camaradagem entre os que moram perto e senso de comunidade fazem o Tem Açúcar. O aplicativo propõe tomar algo emprestado e emprestar suas coisas como uma ótima maneira de economizar dinheiro, agir de forma sustentável e quebrar o gelo na hora de conhecer os vizinhos. Feira de trocas, cartazes no elevador do prédio, compartilhar post no Instagram, tudo vale para criar a proximidade. Já são mais de 12.500 bairros cadastrados, e aproximadamente 60% de tudo que é pedido pelo app é realizado. [Veja mais] CASECASE Imagem _driver #1 _driver #2 _driver #3 _driver #4 _Crescimento X valor 22 Imagem _driver #1 _driver #2 _driver #3 _driver #4 Empresas grandes ou pequenas, físicas ou digitais têm um enorme desafio a ser colocado em prática. Como gerar valor na mesma proporção em que geram crescimento? Que consequências colaterais podemos esperar da atividade econômica? Comecemos por entender o que são externalidades. São os efeitos indiretos - sociais, econômicos e ambientais - causados pela produção ou venda de um produto ou serviço. Na economia, pode significar lucro ou custo, tanto para o privado como para o social. Assim, podemos ter externalidades negativas ou positivas não precificadas. Imagine uma fábrica de camisetas, um estímulo à economia regional, certo? Porém, se a fábrica polui o ar, afetando a comunidade local, ela extrai um valor de uma comunidade, ao tirar a qualidade do ar. Portanto, cria uma externalidade negativa. A antiga indústria da moda ainda atua com o conceito de obsolescência programada. Parte das agressões ao meio ambiente decorre das atividades de produção e consumo, resultando nas chamadas externalidades ambientais: danos causados aos rios em decorrência de descargas de águas residuais contaminadas, aos ecossistemas devido à eliminação de resíduos sólidos, à poluição do ar por causa das atividades produtivas. Na maioria das vezes não são compensados pelas empresas e recaem sobre a sociedade na forma de aumento no custo da água, problemas de saúde em decorrência da poluição e perda de serviços ambientais gerados pela degradação. Outra forma de extração de valor vem das plataformas gigantes de conteúdo e mídias sociais. Tendo boa parte do serviço automatizado, elas consomem empregos e mantém prestadores de serviço com baixa remuneração e sem condições de trabalho, crescendo mais do que as pessoas envolvidas na transação. Também extraem valor quando, com nossos dados na mão, ditam as preferências e criam externalidades, estreitando nossas opções de relacionamentos e de compras em ‘bolhas’, além de venderem negócios dos quais não participamos. Hoje o fator econômico, por si, não é mais o único indicador de sucesso. É hora de repensar. Digital ou física, grande ou pequena, quais são os valores que uma empresa pode criar?POR MAIS TECNOLOGIAS QUE CONSTRUAM NOSSOS VALORES, E NÃO NOSSO TEMPO DE TELA. PELA CRIAÇÃO DE POLÍTICAS PÚBLICAS QUE ESTIMULEM A INSTALAÇÃO DE EXTERNALIDADES POSITIVAS. POR ORGANIZAÇÕES QUE MANTENHAM RELAÇÕES ÍNTEGRAS COM SEUS COLABORADORES. POR MAIS TECNOLOGIAS QUE CONSTRUAM NOSSOS VALORES, E NÃO NOSSO TEMPO DE TELA. PELA CRIAÇÃO DE POLÍTICAS PÚBLICAS QUE ESTIMULEM A INSTALAÇÃO DE EXTERNALIDADES POSITIVAS. POR ORGANIZAÇÕES QUE MANTENHAM RELAÇÕES ÍNTEGRAS COM SEUS COLABORADORES. Ni ck T ie me ye r- 10 96 68 _driver #1 _driver #2 _driver #3 _driver #4 FLÁVIA ARANHA_ A marca foi uma das pioneiras na moda sustentável brasileira, seus produtos são feitos com tecidos de fibra natural e o tingimento de todas as peças também é natural, a partir de cascas de árvore, frutos, folhas e raízes. Possui uma grande preocupação com o social, seus produtos são feitos manualmente por artesãos, valorizando seus conhecimentos, técnicas e tradição. [Veja mais] CASECASE Imagem _driver #1 _driver #2 _driver #3 _driver #4 SHARED TALENT (Centre for Sustainable Fashion)_ O projeto Shared Talent reuniu universidades, empresas e ONGs de todo o mundo e de diversas áreas da moda. A ideia foi permitir que os participantes interagissem de maneiras que não costumam ser experimentadas na sala de aula ou no local de trabalho. O projeto busca desenvolver práticas de trabalho resilientes dentro de comunidades ou ofícios específicos, tornados vulneráveis por modelos econômicos e desafios ecológicos. Os métodos incluem prática participativa, técnicas de aprendizagem experiencial e conexão com a natureza, subjacentes ao ethos do Centro para a Moda Sustentável. [Veja mais] CASECASE Imagem _driver #1 _driver #2 _driver #3 _driver #4 FASHION FOR GOOD_ Iniciativa global que pesquisa e inventa novas alternativas de materiais e condições de produção para gerar menos impacto na indústria da moda. Foi inicialmente fundada em parceria com a C&A e hoje convida marcas, produtores, varejistas e fornecedores para se juntarem nessa missão. É ao mesmo tempo uma incubadora e aceleradora de marcas, onde fornecedores e pessoas pesquisam e criam novas alternativas de tecnologias que gerem menos impacto. [Veja mais] CASECASE _driver #1 _driver #2 _driver #3 _driver #4 Im ag em _Economias Hiperlocais e Descentralização do Consumo Global Fi lm ar - F il ma r_ 11 _h r 33 BRANDS GLOBAIS ESTÃO PENSANDO LOCAL. E É FÁCIL ENTENDER PORQUÊ. BRANDS GLOBAIS ESTÃO PENSANDO LOCAL. E É FÁCIL ENTENDER PORQUÊ. Ig or O vs ya nn yk ov -2 01 19 8 Na pós-modernidade, onde o acesso à Internet encurtou as distâncias da aldeia global, assistimos ao choque entre globalismo e tribalismo. A esperada integração e troca de idéias, informações e produtos entre o mundo interconectado foi se transformando na imposição de uma expressão cultural global frente à cultura local. E à medida que as pessoas tentam cada vez mais firmar sua própria identidade, ações que visam a padronização mundialdas marcas - um mesmo mix de produto, formato de loja, marketing e experiência universal de compra - perdem sentido. A Economia Hiperlocal é um fenômeno da descentralização que vem como efeito direto da revolução tecnológica e da necessidade de afirmação da cultura local. Laços comunitários buscam a autossuficiência, compartilhando desde recursos a espaços e modos de produção. Significa manter o valor dentro da comunidade. Permite o pensamento glocal e ação hiperlocal. Amparada pelo movimento de distribuição de poder que vem se organizando no mundo atual, transforma o ‘de poucos para muitos’ em ‘de muitos para muitos’. Na economia hiperlocal, a comercialização é feita de forma justa, respeitando os produtores na base da cadeia. A produção contempla o reuso do bem produzido e o consumo acontece mais perto de casa. A demanda se ajusta ao gosto e tamanho de cada comunidade. Produção e consumo são descentralizados em centros de economia menores, permitindo o surgimento de inúmeras pequenas marcas e valorizando talentos locais. A ideia traz uma abordagem mais sustentável em todo o ciclo da moda. Minimiza- se os transportes, a pegada de carbono, fábricas locais seguem leis mais rigorosas que regulam as emissões, usa-se matéria-prima local tratada localmente e o retorno dos materiais ao ciclo produtivo é mais rápido. _driver #1 _driver #2 _driver #3 _driver #4 #TENDÊNCIAS >> O varejo quer engajar comunidades. Expressar idéias globais, mas de maneira mais local é o caminho que algumas grandes marcas do exterior estão tomando. Algumas experiências de abertura de lojas trazem parcerias com instituições culturais locais para reforçar o sentido de pertencimento e criar envolvimento emocional com a comunidade. >> Grandes marcas vêm investindo em Community Stores, oferecendo nas lojas e nos seus arredores programas de esportes, yoga, cursos de formação etc. A ideia é refletir os esforços que o brand vem fazendo para se mostrar como um facilitador de todas as pessoas e estilos de vida. Ser um elemento ativo na comunidade gera uma cadeia de valor muito mais ampla do que só vender seus produtos. >> Empresas globais estão criando mercados especiais e únicos em cada cidade. Nos EUA, estima-se que marcas atentas já possuem uma estimativa de 20 a 25% de suas lojas voltadas para a cultura local, porém esse número tende a crescer. Apesar do local fazer com que a marca fique mais próxima e agradável ao cliente, o lucro da empresa se encontra na venda em alta escala. O segredo então é balancear o global com o local. >> Em paralelo aos grandes conglomerados, assistimos o aumento de cooperativas reunindo artesãos locais, costureiras pequenos estilistas, confecções, empreendedores, capazes de realizar uma moda tão diferente quanto diversa, e identificada com matérias-primas da região em que se inserem. A economia hiperlocal atende ainda um novo tipo de consumidor, os prosumers, que são consumidores ativos no processo e têm necessidades específicas que não serão respondidas por um padrão preestabelecido. Soroush Karimi-267323 _driver #1 _driver #2 _driver #3 _driver #4 COLIBRII_ A Colibrii é uma marca do Sul que trabalha em suas coleções mochilas, bags e capas de produtos. Atua com artesãos de comunidades locais e ressignificando resíduos têxteis. Utilizando a economia circular, resolve duas externalidades ao mesmo tempo. Orienta, faz parte da cocriação e a venda dos produtos, gerando renda para os parceiros e fortalecendo o desenvolvimento local. [Veja mais] CASECASE Imagem _driver #1 _driver #2 _driver #3 _driver #4 SUZANNE RAE_ Marca de NY toda voltada para a produção consciente. Entre outras ações, a marca produz toda a sua coleção em NY (localmente); defendem o “slow fashion”- oposição ao fenômeno do “fast fashion”, cujo objetivo é criar peças atemporais, de longa duração. Faz parcerias e apoia organizações de artesãos variadas pelo mundo. [Veja mais] CASECASE Imagem _driver #1 _driver #2 _driver #3 _driver #4 _O fim do emprego institucional e o crescimento da Economia Criativa Jon Tyson-195064 44 A Economia Criativa abrange produção, distribuição e criação de bens e serviços que usam a criatividade, cultura e capital intelectual como principal insumo. Envolve vagas de 21 setores de serviços, da arte à tecnologia, da comunicação ao audiovisual e também empregos corporativos, como contabilidade e RH. Ela também diz respeito a como vamos investir nosso tempo daqui por diante. Se olharmos para a história humana, vemos que, desde as ferramentas rudimentares que criamos, até chegar à automação das máquinas, buscamos o auxílio de tecnologias para nos substituir em tarefas braçais de sobrevivência ou burocráticas. Buscamos eficiência. As ferramentas realizavam tarefas específicas de repetição (automação), deixando-nos com mais tempo para o desenvolvimento da cultura criativa. Terceirizamos as tarefas para as máquinas. Vislumbramos projetar um futuro desejável, onde se trabalha cada vez menos. _driver #1 _driver #2 _driver #3 _driver #4 Eddie Kopp-264813 Agora, as máquinas não só executam e repetem. Elas aprendem (machine learning) através do uso da interpretação dos insumos, no caso, dados (Big Data) com ajuda de um cérebro mecânico (Inteligência Artificial) e da robótica (o funcionamento deste cérebro). No futuro ficaremos tão eficientes que teremos mais tempo para criar, já que com a automação eliminamos parte dos empregos formais e diminuímos nossa renda. É aqui que a Economia Criativa se torna a principal forma de geração de valor para a sociedade de carne e osso. Cabe à humanidade inventar um novo tipo de trabalho, adiantar os problemas do futuro, criar conteúdo e desenvolver as artes. O crescimento da Economia Criativa é consequência do desaparecimento de empregos em setores tradicionais e das revoluções digitais. Uma tecnologia social que ampara a escassez do emprego é a Renda Básica Universal, política pública de redução de danos causados pela automação em larga escala, que gerou desemprego em massa. Este tipo de medida já começa a ser utilizado em algumas cidades da Finlândia, Quênia, Canadá, Holanda, Uganda. Hoje, a identidade do indivíduo é confundida com a ocupação profissional. Mas no futuro seremos menos confundidos com nossos empregos e mais identificados por aquilo que deixamos ao mundo: ativismo político-social, artesanato e cultura maker, prática esportiva, desenvolvimento tecnológico, práticas espirituais e religiosas, cuidados com a saúde e com o corpo. _driver #1 _driver #2 _driver #3 _driver #4 ECOERA_ Uma plataforma de práticas sustentáveis nas áreas de moda e beleza. Funciona nas seguintes frentes: consultoria de marcas, capacitação de pólos e e de comunidades para o artesanato, valorizando técnicas e tradições, e realização de eventos com a finalidade de apresentar marcas ao mercado que atuam no ramo da sustentabilidade de maneira inovadora e criativa. Possui, em parceria com o sistema b, o Prêmio Ecoera, que premia empresas que praticam a sustentabilidade. [Veja mais] CASECASE Imagem _driver #1 _driver #2 _driver #3 _driver #4 AWAYTOMARS_Voltada para a criação de moda e produção ética, a plataforma é um ambiente 100% colaborativo. Quatro brasileiros criaram a plataforma, pensando em juntar cocriadores do design e moda e dividir os lucros. Qualquer pessoa pode submeter sua ideia através do site, recebendo rápidos feedbacks da comunidade cadastrada na plataforma. Os conceitos mais interessantes ou inovadores são selecionados por essa mesma comunidade e um grupo de curadores para a fase seguinte, o crowdfunding. Como essas peças são selecionadas? Quem escolhe são os próprios usuários, e a plataforma age como moderador, incentivando as discussões e destacando pontos de melhoria. Quanto mais engajamento da comunidade, maior a chance de obter sucesso. [Veja mais] CASECASE Imagem Imagem _driver #1 _driver #2 _driver #3 _driver #4 Com a expansão da digitalização em grande parte para produtos e serviços existentes, nossas experiências também se digitalizaram. E no mundo onde consumimos mais experiências e menos produtos, procuramos experiências que tragam sentido para a nossa vida, não importa que terminem em minutos. Quanto mais efêmeras, mais experimentamos. Quanto mais experimentamos, mais nos aprofundamos e mudamos. _Economia da experiência X Economia da atenção 55 NOSSAS PERSONALIDADES ESTÃO SENDO MOLDADAS PELO ALGORITMO: ELES DEFINEM O CONTEÚDO QUE CONSUMIMOS E OS COMPORTAMENTOS QUE MIMETIZAMOS Drew Graham-321151 _driver #1 _driver #2 _driver #3 _driver #4 E como consumimos preferencialmente hoje? Nas telas dos nossos smartphones, assistindo um vídeo, conferindo um app ou checando nossas notificações em mídias sociais. Nas plataformas de conteúdo que configuram a Economia da Atenção, um mercado alimentado pelas nossas curtidas e dados que possibilitam que os anunciantes conquistem cada vez mais minutos de nossa vida. Sequências automáticas atraem a atenção e nos prendem em vídeos. Algoritmos sabem quais conteúdos nos agradam nos retém por mais tempo em frente à tela. Notificações são disparadas a conta-gotas para que verifiquemos uma a uma. Mas atenção! Essas ferramentas foram desenhadas para gerar mecanismos de gratificação imediatos e manter nossa atenção, despertando mais o desejo de consumo da própria plataforma do que do conteúdo propriamente dito. O modelo de negócio das plataformas digitais cresce assim, pelo uso repetitivo e contínuo de seus usuários, e causa dependência da própria tecnologia. Eutah Eizushima-26887 MUDAMOS A FORMA, MAS AS LÓGICAS DE CONSUMO SÃO MANTIDAS. MUDAMOS A FORMA, MAS AS LÓGICAS DE CONSUMO SÃO MANTIDAS. _driver #1 _driver #2 _driver #3 _driver #4 SYTE_ Os negócios online estão tentando reduzir sua dependência de banners que pulam à nossa frente e investem em encontrar formas mais adequadas de prender a atenção às telas móveis. Uma das iniciativas que utilizam a Ai (Inteligência Artificial) é este app. Imagine ver o vestidinho que você gostou no Insta, e no lugar de perguntar ao influenciador digital, você clica e cai direto no fechamento de compra? O Syte. ai faz isso; realiza uma busca visual para transformar imagens imediatamente em um link de compra. [Veja mais] CASECASE Imagem _driver #1 _driver #2 _driver #3 _driver #4 BETTER_ O Better é uma ferramenta de privacidade baseada em design ético. Protege usuários contra páginas antiéticas que monitoram nosso comportamento online e entregam anúncios que roubam a nossa atenção. Economizando bateria, dados e o nosso tempo de tela, seleciona somente anúncios que respeitam os direitos humanos e permitem um uso mais consciente da tecnologia. Foi criada pela Indi.e, empresa que desenvolve tecnologias calcadas na liberdade, privacidade e transparência. A Better também é baseada em comércio justo: você paga pelo serviço, diferente dos produtos digitais disponíveis do mercado que oferecem gratuidade em troca do uso dos nossos dados. [Veja mais] CASECASE Imagem _driver #1 _driver #2 _driver #3 _driver #4 [ ] PROCESSO, FORMA DE ORGANIZAR, FLUXO DE INFORMAÇÃODIMENSÃO SOCIAL aguaagua DIMENSÃO SOCIAL _DRIVER #3 '' Manu Schwendener-37139 _intro: Processos Participativos Yoann Boyer-185507 00 #ÉDEDENTROPRAFORA Aplicativos que conectam produtores e consumidores em pontos distantes do planeta. Cooperativas que se organizam a partir de plataformas, defendendo seus interesses sem intermediários. Governos e organizações pressionados pela sociedade nas mídias digitais. Consequência direta de inovações emergentes, o poder está mudando de mãos. Para as pessoas. Para a comunidade. Para nós, os comuns. Viver, produzir e se perpetuar como seres humanos na era do big data, algoritmos e Inteligência Artificial, aproveitando tudo que isso nos proporciona, é uma revolução. Ela não acontece quando utilizamos novas ferramentas, mas sim quando adotamos novos comportamentos. PRIMAVERA ÁRABE. NÃO É POR 20 CENTAVOS. HACKATIVISMO. OCCUPY WALL STREET. OCUPE A REDE. PRIMAVERA ÁRABE. NÃO É POR 20 CENTAVOS. HACKATIVISMO. OCCUPY WALL STREET. OCUPE A REDE. _driver #1 _driver #2 _driver #3 _driver #4 Khara Woods-247319 ABRAÇANDO A NOVA ERA, PODEMOS COMPREENDER SISTEMAS COLABORATIVOS E REGENERATIVOS, ELIMINAR ESTRUTURAS VERTICAIS, OPERAR EM REDE E REVER HIERARQUIAS DE PODER. Chamamos de tecnologias pós-digitais a realidade em que vivemos hoje, na qual a presença da tecnologia é tão ampla que nem notamos que está lá. Na Era Digital imaginávamos o futuro baseado na convergência e no multimídia. Na Pós-Digital, falamos de divergência e unimídia. A transmissão da informação mudou de unidirecional para multidirecional. A recepção não é mais passiva, é interativa. Estamos falando de outra dimensão, da onipresença que a era digital provoca. Máquinas cada vez mais se comunicam entre si, uma tendência fortalecida pela internet das coisas. Pessoas precisam fazer o mesmo, valorizando o retorno do aprendizado sob o retorno do investimento. E estão fazendo. Uma nova forma de organizar o universo comunal surge baseada num pensamento holístico, onde é impossível ignorar o organismo como um todo. Pessoas são o ponto de partida das transformações. As pessoas mudam, o mercado muda, e a sociedade muda. ABRAÇANDO A NOVA ERA, PODEMOS COMPREENDER SISTEMAS COLABORATIVOS E REGENERATIVOS, ELIMINAR ESTRUTURAS VERTICAIS, OPERAR EM REDE E REVER HIERARQUIAS DE PODER. _driver #1 _driver #2 _driver #3 _driver #4 _A era do P2P e os Comuns11 [NOVOS VALORES] [NOVAS RELAÇÕES] [TECNOLOGIA HABILITADORA] [NOVAS FORMAS DE ORGANIZAÇÃO] A era pós-digital é também a era das relações Pessoa a Pessoa (P2P) e dos comuns, uma prática que nós, alfabetizados digitais, podemos entender. Mais do que isso: a sociedade P2P interessa a todos que concordam que a tomada de decisão deve ser influenciada por múltiplas partes, especialmente pela sociedade civil, e não pelo mercado ou Estado. Baseada na igualdade, reflete uma mudança de consciência para participação individual e em rede, fortalecendo ambas, e apontando novo caminho para as relações de produção, organização e consumo. My L if e Th ro ug h a Le ns -1 1063 2 _driver #1 _driver #2 _driver #3 _driver #4 Como ela acontece? Como a rede é distribuída, expressa na forma específica de relação entre pares (ponto a ponto), onde a descentralização e distribuição se dão por igual, todas as partes têm a mesma capacidade. Sem uma central única, ou centrais por grupos, mas com todos os nós conectados ponto a ponto (p2p), o sistema ganha mais resiliência, pois se um ponto cai, a rede prossegue. Redes organizadas dessa forma são vantajosas porque não estão presas a qualquer limite. Quanto mais interação entre pessoas, mais fluidas são as suas criações. Potencializados por essas tecnologias pós- digitais, os comuns conferem um poder de criação mais acelerado que o poder institucional. Em vez de criar estoques, acessam recursos disponíveis nas suas comunidades e desenvolvem as próprias narrativas culturais. Um comum pensa relacionamentos caso a caso. Produz o que ele mesmo precisa, troca, pede emprestado, é maker. Cada relação que ele cria faz com que ele não seja um agente passivo das instituições e, desinstitucionalizado, é amparado pela comunidade e prospera junto à essa. Im ag em _driver #1 _driver #2 _driver #3 _driver #4 OPENWEAR_ A Openwear é uma marca baseada no conceito de código aberto, a qual fabricantes, produtores de moda, pequenas empresas locais, instituições educacionais podem usar para promover uma nova visão da moda baseada em microcomunidades, tecnologia e sustentabilidade. Oferece ferramentas on-line para discutir melhores práticas, encontrar soluções comuns para problemas compartilhados e descobrir oportunidades de aprendizado. Ao se associar à comunidade, você pode baixar os códigos de qualquer ‘coleção colaborativa’ (downloads, replicáveis, customizáveis), usando-os para produzir suas roupas e acessórios. E tem o direito de usar a marca Openwear para a venda. [Veja mais] CASECASE Imagem _driver #1 _driver #2 _driver #3 _driver #4 BURDA_ O grupo editorial gigante alemão tem uma revista de moda histórica publicada em 16 idiomas em mais de 89 países. Nos últimos anos, lançou a Burdastyle, uma iniciativa que promove a costura de código aberto no site da empresa. O Burdastyle pretende conectar toda uma comunidade de usuários que trocam opiniões e conselhos sobre como criar e costurar roupas. É um projeto gratuito projetado para transformar a moda em um universo aberto, livre, sustentável e participativo, baseado na criatividade e necessidades individuais. Usuários podem acessar uma grande coleção de padrões para baixar e imprimir, além de uma enciclopédia de costura. Uma comunidade unida que troca tutoriais, modelos e dicas sobre como se costurar por conta própria também é oferecida, sob licença Creative Commons. [Veja mais] CASECASE Imagem _driver #1 _driver #2 _driver #3 _driver #4 _Crowdtudo, a era da produção coletiva “A INTELIGÊNCIA COLETIVA DE UM SISTEMA É SEMPRE SUPERIOR À DE SEU ELEMENTO MAIS INTELIGENTE”. _James Surowiecki [The Wisdom of Crowds] [Já sabemos que acesso é mais eficiente que propriedade. Os limites das trocas se expandiram. Em vez de operarmos e coordenarmos os próprios recursos financeiros, capital intelectual, ferramentas produtivas e até a gestão de organizações, que tal mudar a lógica de centralização de recursos para a distribuição, terceirizando tarefas para as massas? A colaboração das multidões pode revolucionar a maneira como resolvemos problemas. E se as pessoas, empresas, governos e instituições pudessem contar com a criatividade, tempo, espaço, dinheiro e outros recursos das comunidades que os cercam? Stuart Vivier-10243 22[CROWDFUNDING] [CROWDSOURCING] [CO-OWNING] [COWORKING] [COSEWING] _driver #1 _driver #2 _driver #3 _driver #4 As modalidades de colaboração são diversas: crowdfunding (financiamento coletivo), crowdsourcing (resolução de problemas a partir da criação coletiva), coworking (trabalho em espaço compartilhado), cosewing (co-fabrica de costura), co-owning (compartilhamento de bens). Podem ser aplicadas tanto por todos que buscam inovação fora dos limites das suas folhas de pagamento, pessoas que buscam investimentos para a viabilização de um projeto; ou por comunidades que dividem a posse de bens, meios de produção e espaço para criação. Todos esses modos operam através de incentivos e têm um propósito. No ciclo de produção da moda, times de pesquisa e desenvolvimento, espaços próprios e ferramentas de consumo muitas vezes ficam ociosos. Sem falar da dificuldade em conseguir um investidor para dar a partida aos negócios. Na colaboração das multidões, pode-se pensar em projetos cuja troca de recompensas são mais vantajosas do que oferecer participação no lucro. Comunidades criativas possuem a solução certa para os desafios das marcas. Coworkings e cosewings transformam espaço em valor para pessoas se conectarem e produzirem juntas. Contar com uma multidão de criativos é usufruir de habilidades diferentes das de sua comunidade. Multidões estão repletas de recursos e boas ideias, obtendo mais quantidade e qualidade do que a maior entre as maiores marcas. Clint Adair-68588 _driver #1 _driver #2 _driver #3 _driver #4 BETABRAND_ Marca de crowdsourcing que funciona como plataforma para designers independentes e grandes marcas lançarem seus produtos. Utilizando a inteligência coletiva para desenhar novos produtos, consegue ser muito mais ágil que uma marca de moda tradicional, lançando entre 5 e 10 novos produtos por semana. Colaborando com seus consumidores através de e-commerce em programas como o Model Citizen Program e a própria seção de Crowdfunding, consegue se aproximar de sua comunidade ajudando seu público a lançar coleções próprias, compartilhando a própria base de clientes, diminuindo o risco dos produtos que irão integrar sua loja online e aliando-se positivamente a pequenos produtores que não teriam recursos suficientes para lançar uma coleção sozinhos. [Veja mais] CASECASE Imagem _driver #1 _driver #2 _driver #3 _driver #4 LAB FASHION_ O Lab Fashion é um coworking & cosewing onde criativos trabalham lado a lado em projetos, desde a criação até a concepção de coleções específicas limitadas e protótipos. Unindo o ambiente de trocas, circulação de ideias e recursos de um coworking com as ferramentas disponíveis de produção de um cosewing, os estilistas podem levar seus projetos para fora do ambiente fast fashion e da produção em massa. Os projetos podem começar desde o papel e terminar na impressora 3d, reduzindo os custos por ferramentas e espaço próprio. Está sediado em SP. [Veja mais] Imagem CASECASE Im ag em _driver #1 _driver #2 _driver #3 _driver #4 MALHA_ Um projeto em rede fundado há um ano, feito de baixo para cima por pessoas e marcas que acreditam em um futuro colaborativo e sustentável para a moda. Um espaço colaborativo de produção, criação, experimentação, e plataforma de crescimento para empreendedores. Funciona ao mesmo tempo como um coworking e co- fábrica, uma comunidade, uma escola e um laboratório de experimentação. Situada no Rio, a operação física sedá num galpão de 3500m2 onde 40 marcas residentes têm seu espaço de loja. Em parceria com o Rio Design Center, abriu loja Pop up no Leblon. Tem sido palco de movimentos e intervenções que acreditam que moda é expressão, arte interativa e democrática e exercício experimental da liberdade. [Veja mais] CASECASE Ilana Bessler _driver #1 _driver #2 _driver #3 _driver #4 _Cooperativismo de Plataforma Fi lm ar - F il ma r_ 11 _h r 33 Yiannis Papanastasopoulos-348547 Na transição para a era das pessoas, uma grande discussão envolve a gestão de plataformas online de troca de bens e serviços - como o Uber e o Airbnb - e as comunidades de pessoas que alimentam essas plataformas. O cooperativismo de plataforma se organiza pela internet e nasce como uma solução para manter o valor gerado dentro das comunidades. Elas podem criar seus próprios aplicativos e gerir seus mercados, atendendo todas as necessidades fornecidas pelas empresas gigantes, porém de forma mais justa para os trabalhadores. Administradas pelos que de fato vão executar o serviço, e eliminando intermediários, competem de igual para igual com a sofisticação tecnológica do mercado, executando elas também as transações através de algoritmos. _driver #1 _driver #2 _driver #3 _driver #4 As cooperativas de plataforma vêm redesenhando experiências seculares de cooperativas, onde há uma falta de vontade para compartilhar lucros e benefícios com pessoas de fora. No velho cooperativismo, não há criação dos comuns. O novo cooperativismo aberto integra externalidades, pratica a democracia econômica, produz bens comuns para o bem comum e socializa seu conhecimento. As cooperativas de plataforma são a contramão do monopólio de dados das gigantes que dominam o mercado pois permite uma infraestrutura global de recuperação do valor extraído. A distribuição do lucro para os produtores (os comuns) gera equilíbrio e adequa o propósito: mais qualidade para o serviço ou bem consumido pelos usuários e enriquecimento das comunidades. COOPERATIVISMO É CONCILIAR O QUE À PRIMEIRA VISTA PARECE SER OPOSTO: O ECONÔMICO E O SOCIAL, O INDIVIDUAL E O COLETIVO, A PRODUTIVIDADE E A SUSTENTABILIDADE. Ian Dooley-325439 COOPERATIVISMO É CONCILIAR O QUE À PRIMEIRA VISTA PARECE SER OPOSTO: O ECONÔMICO E O SOCIAL, O INDIVIDUAL E O COLETIVO, A PRODUTIVIDADE E A SUSTENTABILIDADE. _driver #1 _driver #2 _driver #3 _driver #4 THREADLESS_ No modelo de negócio da Threadless, a sua comunidade é indissociável de sua marca. Sem nunca ter criado uma única estampa, seu departamento criativo é a comunidade artística que envia suas criações para a plataforma de venda de roupas online. Produzindo novas peças toda segunda-feira, a Threadless utiliza o crowdsourcing para que o público selecione as ideias enviadas pelos artistas de sua comunidade. As mais votadas são confeccionadas e compõe a seleção da loja online, virando uma vitrine e plataforma de vendas para criativos, ao mesmo tempo que diminui o risco de desperdício de material e investimento em produção para a própria marca e a sua comunidade. [Veja mais] ImagemImagem CASECASE _driver #1 _driver #2 _driver #3 _driver #4 FAIR COOP_ Uma cooperativa de cooperativas de plataforma é a proposta da Fair.Coop, que chega agora ao Brasil. Este ecossistema mundial entende que a transformação para um sistema monetário mais justo é uma chave essencial no caminho de tornar acessível os bens comuns. Propõe a faircoin (criptomoeda) para basear as suas ações de redistribuição de recursos e construção de um novo sistema econômico global. [Veja mais] CASECASE Imagem _driver #1 _driver #2 _driver #3 _driver #4 [ ]CRENÇA, VERDADE, VALORES, CRIAÇÃODIMENSÃOCULTURAL arar _DRIVER #4 Jason Blackeye-209586 DIMENSÃO CULTURAL _intro00 #AMUDANÇAÉOVETOR Toda estagnação na forma como a vida flui representa uma ameaça, não só para nossa cultura mas para todas as vidas do planeta. A mudança é o vetor. Na natureza chamamos cultura regenerativa quando a extração da matéria-prima permite o tempo de reposição natural da sua fonte. A transformação obtida na cadeia de valor respeita cada relação que se sucederá. Na nossa cultura humana, podemos falar de cultura regenerativa, empregando a inovação no ‘como criar’ de forma consciente: optar pelo design de sistemas para organizações e produtos; cuidar das relações e manter o valor dentro da própria comunidade. Dar importância à sustentabilidade é uma mudança geracional baseada em valores. DanielFunes Fuentes-226406 _driver #1 _driver #2 _driver #3 _driver #4 A roupa transmite uma informação sobre quem a usa. É sinônimo de prestígio e ascensão social, e este poder cultural é o mote das grandes cadeias produtivas para estimular o consumo. Cada marca representa algo, e as marcas que você usa podem falar muito sobre suas crenças. Na grande mistura de civilizações, uma boa parte da população está exposta a valores de outras culturas. Redes de afinidade global se tornaram tão importantes quanto as associações locais para influenciar os indivíduos na sua construção identitária. De um lado, nossa tradição. Do outro, a internet e a cultura global. No meio, um sentimento de perda de identidade. Vamos falar do retorno às culturas locais. De como preservar saberes. De ética e etnia do produto. De como o enraizamento na cultura e nas práticas tradicionais não pode vir separado da abordagem cosmopolita global. De como a moda pode transitar entre os espaços e tempos e se tornar sustentável, bebendo dos valores da tradição para projetar um futuro mais justo e solidário. Br oo ke C ag le -6 56 02 _driver #1 _driver #2 _driver #3 _driver #4 _Conhecimento neotradicional e as neotribos Matus Kovacovsky-248993 11 A adaptação do conceito do ‘bem viver’ enraizada nas culturas ancestrais de alguns povos está norteando algumas novas experiências de vida comunitária e de consumo. Os princípios comuns originais dos povos tribais eram ligados à sobrevivência física e espiritual e não priorizavam o crescimento material infinito. Laços fortes balizavam a vida comunal. Reconectar com os valores das culturas tradicionais vem a ser uma abordagem muito interessante na transição para uma nova cultura. Vivemos uma reação contra o modernismo da era industrial, onde a religião foi vista como superstição, as tradições consideradas dificultadores do progresso livre dos indivíduos, e a comunidade foi substituída por instituições disciplinares e relações baseadas em mercadorias. Na nova era, somos constituídos de fragmentos que podem ser recombinados de maneira infinita. Não precisamos mais declarar guerra à tradição, permitindo sua reapropriação pragmática e o conhecimento que chamamos de neotradicional. RITUALIZAÇÃO. ESPIRITUALIDADE. ANCESTRALIDADE. _driver #1 _driver #2 _driver #3 _driver #4 Graças às mídias sociais, pessoas encontram agora com facilidade seus pares, aqueles com os quais compartilham suas crenças, possibilitando o surgimento do tribalismo do consumidor. Rituais compartilhados, emoções, crençasou práticas de consumo são características das neotribos: um retorno aos microgrupos sociais, construindo sentido de pertencimento. A tradição não pode ser apropriada como objeto na moda. Ela requer um diálogo de iguais com as comunidades tradicionais e com as culturas locais. Elas são vitais, porque já possuem as habilidades que necessitamos para sobreviver e prosperar em uma era pós-material. Um cuidado: usar ou retornar a uma tradição espiritual/religiosa como meio de transmissão da inspiração pode se tornar facilmente uma busca reacionária, uma tentativa de voltar a uma era de ouro que só existia na imaginação. Espiritualidades que abusam do patriarcado, do sexismo e outras visões profundamente desiguais dos seres humanos são inaceitáveis. Ahmed Saffu-201120 _driver #1 _driver #2 _driver #3 _driver #4 TUCUM BRASIL_ Marca que incentiva o artesanato indígena no Brasil. A equipe de design desenvolve as peças pilotos de acordo com as habilidades das tribos brasileiras e as capacita com treinamento e imersão a produzirem tais peças. O produto é vendido pelos pontos de venda da marca, repassando uma comissão justa aos trabalhadores, ajudando a comunidade indígena local e promovendo a diversidade cultural. [Veja mais] CASECASE Imagem _driver #1 _driver #2 _driver #3 _driver #4 JAHNKOY_ Um estética poderosa colocou a marca nos nomes que devemos prestar atenção no mundo. O objetivo de trabalho - conduzido pela russa Maria Kazakova - é falar sobre herança cultural de uma forma contemporânea, reconectar as pessoas com a sabedoria do passado e promover as habilidades manuais. Retrabalhando sobre materiais usados, sobras de segunda mão ou peças fashion, a marca confere um efeito artesanal, com muito bordado e forte visual e sentido. “Nossos ancestrais usavam roupas para proteção espiritual e para transmitir informações. Com a globalização, as roupas viraram inexpressivas, são produzidas em massa e perderam o toque humano”, diz a artista. Sua última coleção, “Displaced”, fala da África. [Veja mais] CASECASE Imagem Im ag em _driver #1 _driver #2 _driver #3 _driver #4 _O folclore global Fi lm ar - F il ma r_ 11 _h r 22 HISTÓRIAS ORAIS, MÚSICAS, IMAGENS FOTOGRÁFICAS SÃO EXPRESSÕES ETNOGRÁFICAS ATRAVÉS DAS QUAIS A CULTURA E O FOLCLORE FORAM RESGUARDADOS. COMO TODA TRIBO POSSUI A SUA CULTURA, A INTERNET TAMBÉM POSSUI A SUA PRÓPRIA CULTURA GLOBAL. É A VEZ DO MEME. Ig or O vs ya nn yk ov -2 01 19 8 Memes estão sendo considerados o novo folclore. Como expressão popular da web, são o meio democratizador com a qual nossa cultura anda gritando - e viralizando - nas plataformas virtuais. Eles contam nosso presente digital coletivo. Em geral de forma cômica, nada escapa ao olhar dos memes, de Trump à mancadas de publicitários. Cultura pop, linguagem e política, os memes vêm se tornando o folclore global, pois folclore é tudo que está em conflito com a cultura formal. Khalid Elbaz-88328 _driver #1 _driver #2 _driver #3 _driver #4 HISTÓRIAS ORAIS, MÚSICAS, IMAGENS FOTOGRÁFICAS SÃO EXPRESSÕES ETNOGRÁFICAS ATRAVÉS DAS QUAIS A CULTURA E O FOLCLORE FORAM RESGUARDADOS. COMO TODA TRIBO POSSUI A SUA CULTURA, A INTERNET TAMBÉM POSSUI A SUA PRÓPRIA CULTURA GLOBAL. É A VEZ DO MEME. Os memes resistem à cultura normativa de hoje da mesma forma que a performance da década de 1960 perturbou o modernismo. Adota a mesma prática das vanguardas, a mesma atitude e estética que fizeram Andy Warhol ou Man Ray destruir precedentes e quebrar o status quo. São a nossa lente moral para entender o mundo, representam vozes em línguas e estéticas diferentes. Memes subvertem. Efêmeros, traduzem a ideia do mundo atual. Através de um tratamento irônico e brincalhão quebram a cultura alta e baixa. E como é fácil de criar e partilhar, incitam uma reação coletiva à vida cotidiana, decodificando paradoxos e contando a cultura do mundo pós-moderno. MODA É CULTURA. É MANIFESTAÇÃO DA CULTURA POPULAR TORNADA NORMAL PELA TRADIÇÃO. A MODA É MEME. MODA É CULTURA. É MANIFESTAÇÃO DA CULTURA POPULAR TORNADA NORMAL PELA TRADIÇÃO. A MODA É MEME. Kayla Velasquez-199343 _driver #1 _driver #2 _driver #3 _driver #4 MANUS x MACHINA_ Tecnologia também é fantasia e foi isso que provou Karolina Kurkova, no Met Gala/2016 promovido pela Vogue no Metropolitan Museum of Art Costume. Ela vestiu uma criação feita em parceria mãos/máquina: a britânica marca Marchesa com o Watson, o computador cognitivo da IBM. Kurkova usou um vestido de tule branco bordado com 150 flores conectadas a LED, que mudava de cor conforme as tuitadas recebidas. A chamada no twitter dizia: “comente nas mídias sociais e o vestido reagirá às suas emoções”. Um analisador computadorizado interpretava então os “sentimentos” dos tweets tagueados como #MetGala #wearabletech e #CognitiveDress. Quando os tweets tinham tons de "alegria", por exemplo, o vestido se iluminava com um rosa brilhante; se um tom mais "excitado" aparecesse, as flores se transformavam em uma sombra azulada. Kurkova bombou, viralizando nas redes sociais graças à interação proposta. [Veja mais] CASECASE Imagem _driver #1 _driver #2 _driver #3 _driver #4 HIJAB_ Hend Amry, chamada de "rainha do Twitter muçulmano", aprova. Já a grande maioria das mulheres que usam Hijab abominam a exposição e o uso que as marcas de moda vem fazendo do véu que cobre os cabelos. O questionamento diz respeito à banalização de um símbolo religioso e a apropriação cultural. Dolce&Gabbana, H&M e Nike fizeram as suas “Coleção Ramadã”. Já a Pepsi viralizou um comercial onde aproveitava tanto o clima político dos protestos recentes nas ruas como o véu muçulmano. Foi acusada de oportunista por ambas as razões e teve que tirar do ar. A questão gerou milhões de visualizações, compartilhamentos e discussões. Para alguns, se as marcas progressistas incluem o Hijab em suas peças e propaganda, elas podem ajudar a vencer o estereótipo que gira em torno da mulher muçulmana. Para outros, a pressão em torno de ‘entrar na moda’ faz as mulheres abolirem o uso do véu sagrado. [Veja mais] CASECASE Jerry Kiesewetter-197146 _driver #1 _driver #2 _driver #3 _driver #4 A troca de saberes e fazeres entre artesãos e o setor da moda reflete os paradigmas atuais em busca de mais inclusão, sustentabilidade, e equilíbrio. Grupos e comunidades se organizam em torno da experiência do ‘aprender fazendo’ e do ‘pensar com as mãos’ para desenvolver seu potencial criativo. A vivência do dia a dia é o fator principal do aprendizado, que deve levar a construir autonomia. Para costureiras, bordadeiras e outros profissionais do setor, as possibilidades de crescimento pessoal, intelectual, empregabilidade e empreendedorismo, em sintonia com a necessidade de geração de renda são os fatores que levam à capacitação. _Valorização da práxis e do trabalho manual 33 Nigel Tadyanehondo-295097 _driver #1 _driver #2 _driver #3 _driver #4 A mercantilização do artesanato e do trabalho manual tem consequências. Ações de marcas conscientes que
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