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Teoria do Jornalismo Aula 5

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Pró-reitoria de EaD e CCDD 
 
1 
 
 
 
 
Teorias do Jornalismo 
 
 
 
 
 
 
Aula 5 
 
 
 
 
 
Prof. Guilherme Carvalho 
 
Pró-reitoria de EaD e CCDD 
 
2 
Conversa Inicial 
Olá! Nesta rota, preparamos um conteúdo bastante atual para você. A 
ideia é apresentar questões recentes para o jornalismo, pensando de que 
maneira as tendências atuais podem modificar o campo teórico. Preparado? 
Então, vamos lá. 
Contextualizando 
O jornalismo pós-internet apresenta uma série de mudanças significativas 
em diferentes aspectos dessa área de conhecimento, como na maneira de 
buscar informações, de escrever, de publicar ou de gerir a notícia. O jornalista 
atual precisa estar antenado nessas mudanças e deve conseguir fazer uma 
reflexão crítica desse processo para que não se deixe cegar por tantas 
transformações ou tecnologias. 
Lembre-se de que nenhuma tecnologia substitui o bom jornalismo, que 
inclui o compromisso ético da profissão e o cumprimento de determinados 
princípios e procedimentos que garantem a credibilidade daquilo que se procura 
publicar e a relevância que a notícia pode ter para a vida das pessoas. 
Nesta aula, quero destacar algumas dessas tendências, observando de 
que maneira elas modificam o campo teórico da nossa profissão. Espero que 
você consiga ter uma boa ideia de como tudo isso afeta o modo de problematizar 
as questões no jornalismo para poder propor reflexões que contribuam para fazer 
um jornalismo melhor. 
Para começar, gostaria de propor uma questão para ajudar a guiar nosso 
pensamento nos debates que serão realizados nesta aula. Você conhece algum 
site jornalístico que costuma apresentar conteúdos diferentes dos demais? 
 
Pró-reitoria de EaD e CCDD 
 
3 
Nesta aula, nós veremos cinco temas que procuram observar questões 
relevantes da prática profissional e que podem estar incidindo sobre a teoria do 
jornalismo também. Confira quais são: 
1. Novas teorias do jornalismo 
2. Jornalismo comunitário e cívico 
3. Práticas alternativas 
4. Reportagem assistida por computador 
5. Jornalismo digital 
Tema 1: Novas Teorias do Jornalismo 
O desenvolvimento da internet tem modificado significativamente as 
maneiras de se fazer jornalismo em vários aspectos, seja no processo de 
produção, seja na maneira de pensar a notícia. Um exemplo disso é a prática de 
gestão do conteúdo publicado em redes sociais, das quais vem a maior parte 
dos acessos aos conteúdos jornalísticos. Não basta apenas publicar a notícia 
em um site jornalístico, o jornalista deve acompanhar a repercussão desse 
conteúdo, os compartilhamentos, os comentários, enfim, tratam-se de atividades 
que transformam as competências jornalísticas e, dessa maneira, as habilidades 
desse profissional. 
A notícia continua a circular mesmo depois de vários anos de sua 
publicação, pois, diferente dos outros meios, está acessível e pode ser resgatada 
por buscadores ou outros jornalistas que se sirvam de um conteúdo já publicado 
para editar o conteúdo anterior ou mesmo gerar um novo post. 
Ao compartilhar uma notícia, o cidadão já está modificando a percepção 
sobre o conteúdo, pois aplica a este um determinado valor (positivo, negativo ou 
neutro), mas que promove uma releitura dele a partir da sua própria filtragem. 
 
Pró-reitoria de EaD e CCDD 
 
4 
Assim, o jornalismo na Era digital passa a ser mais participativo e fluido e 
menos controlável. Uma vez disponível na internet, o hiperlink contendo a notícia 
já não está mais sob o controle do jornalista. Qualquer um pode se apropriar 
daquele conteúdo e reescrevê-lo, reeditá-lo, isto é, reordenar o seu sentido para 
outros públicos. 
A partir dessas mudanças, é possível dizer que outras teorias também 
começam a se desenvolver. Uma delas é o que se chama de Teoria da Nova 
História. Trata-se de uma teoria que propõe uma percepção sobre os 
acontecimentos que não parte das fontes oficiais, mas que busca desenvolver a 
narrativa a partir de outros aspectos ou utilizando-se de fontes alternativas. 
Segundo Felipe Pena (2013, p. 160), a Teoria da Nova História propõe a: 
[...] implementação de uma nova atitude em relação ao evento, que obrigue o 
jornalista a ler não a partir de sua realização, mas tomando como base os seus 
pressupostos de formação. E isso quer dizer definir métodos, reavaliar fontes, 
escolher unidades de observação, estabelecer relações entre os elementos e 
chegar a modelos de estudo, sem, entretanto, deixar de considerar as múltiplas 
variáveis. 
Tema 2: Jornalismo Comunitário e Cívico 
O jornalismo comunitário é aquele que tem como princípio atender às 
demandas de informação ou aos interesses de uma determinada comunidade. 
Trata-se de uma atividade profissional realizada por um jornalista, portanto, que 
segue determinados procedimentos para a produção de um determinado 
conteúdo e que estão voltados para atender a um propósito comunitário. 
O termo pode ser associado ao que se entende como civic journalism ou jornalismo 
cívico em tradução literal. Para uma tradução mais apropriada, poderíamos chamá-
lo de jornalismo cidadão. Ou seja, trata-se de um jornalismo que se volta para os 
interesses do cidadão e procura uma mudança na realidade, como descreve Marcio 
Fernandes (2008, p. 56-57), citando Jan Schaffer: o civic journalism busca ir além 
da cobertura de um evento, uma reunião ou uma controvérsia. Ele tenta conduzir o 
conhecimento, e não apenas o envolvimento das notícias. Ele trata da cobertura do 
consenso e do conflito, reportagens sobre sucessos e fracassos, reportagens que 
possam auxiliar outras comunidades a lidarem com questões difíceis. O civic 
journalism está tentando criar novos modelos de reportagens que possam ser mais 
 
Pró-reitoria de EaD e CCDD 
 
5 
sintonizados com os novos modelos de governo. Muitos cenários de governo local 
estão saindo de um paradigma entre vitória e derrota para uma abordagem somente 
de vitórias, com mais base no consenso, para a solução de problemas sociais. [...] 
Os jornalistas cívicos buscam examinar onde os participantes da comunidade 
concordam sobre algum ponto, bem como onde eles discordam. 
Portanto, esse conceito de jornalismo comunitário é o que se refere a uma 
produção profissional que está diretamente ligada ao interesse público de uma 
comunidade, o que é diferente da possibilidade de a comunidade estabelecer os 
seus processos de comunicação, ele está mais associado à ideia de 
“comunicação comunitária”. 
Em geral, no Brasil, o jornalismo comunitário é desenvolvido em 
organizações ligadas a comunidades, como uma rádio comunitária ou um jornal 
de bairro. Mas ele também pode estar presente em um grande veículo de 
comunicação, seja em sua linha editorial, seja em uma editoria específica. Em 
geral, observa-se um crescimento desse tipo de jornalismo no Brasil, ou seja, 
aquele que aponta problemas e propõe o engajamento dos cidadãos a uma 
determinada causa. 
Mas essa já é uma prática bastante presente no jornalismo promovido nos 
Estados Unidos. O que se observa lá é uma identificação maior do público com 
o jornalismo comercial em comparação ao que acontece no Brasil, justamente 
porque lá o jornalismo está mais próximo dos interesses do cidadão. 
Além da temática e da proposta ativa, o jornalismo cidadão também 
permite uma participação maior do público na sua produção, seja por meio da 
interatividade, seja pela participação na construção dos relatos. 
Saiba mais: uma das emissoras que têm apostado em um jornalismo 
cidadão é a TV Brasil. Mantida pela Empresa Brasil de Comunicação (EBC), ela 
é uma emissora pública fundada em 2007. A programação, em geral, não está 
acessível em canaisabertos, mas é comum a reprodução de um ou outro 
 
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6 
programa em canais educativos. É possível acompanhar a programação ao vivo 
pela internet (http://tvbrasil.ebc.com.br/webtv). 
Tema 3: Práticas Alternativas 
Uma prática alternativa de jornalismo corresponde a maneiras de se fazer 
jornalismo que não são convencionais. Então o que são práticas convencionais? 
São aquelas que seguem as convenções, ou seja, que se baseiam em modos 
de se fazer que foram sendo desenvolvidas ao longo dos anos e que 
transparecem como aquelas que são melhor sucedidas e que, justamente por 
isso, tornaram-se mais comuns entre aqueles que fazem jornalismo. 
Dentre essas práticas, podemos citar os processos de seleção de fatos, 
seguindo, por exemplo, aquilo que está sendo pautado pelos demais veículos de 
comunicação. É comum os jornalistas consultarem o que saiu publicado nos 
outros veículos para definirem o que deverá ser noticiado pelo veículo no qual 
trabalham. Outra prática convencional diz respeito ao uso das chamadas fontes 
oficiais, que podem ser pessoas que estão à frente de órgãos públicos ou 
empresas públicas ou, então, as instituições. Geralmente, esses grupos são 
acionados por deterem um forte grau de legitimidade concedido pelo próprio 
público. 
As práticas alternativas, então, seriam aquelas que procuram outros 
canais de informação para alimentarem-se de temas diferentes, ou seja, que não 
são noticiados geralmente pelos grandes meios de comunicação. Isso inclui o 
desenvolvimento de relações com outras fontes de informação ou outros dados 
que não foram noticiados. Elas também são comuns em veículos que se utilizam 
de práticas alternativas para a construção de uma narrativa diferente, que foge 
do padrão da chamada pirâmide invertida. 
Saiba mais: quer conhecer um exemplo de jornalismo que se utiliza de 
práticas alternativas? Confira o site da Vice, conhecido por apresentar um 
 
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jornalismo mais descontraído, mas tratando de temas sérios. Acesse: 
http://www.vice.com/pt_br/. 
Dentre as práticas alternativas que podem ser observadas e que estão 
presentes também em veículos tradicionais, está o uso de histórias em 
quadrinhos para a apresentação de notícias. Não é novidade narrar fatos usando 
quadrinhos, eles já são bastante comuns no uso de ilustrações ou de simulações 
de um determinado acontecimento. Esse, no entanto, é um recurso que tem se 
tornado mais comum e se apresentado de modo cada vez mais elaborado. 
Exemplo: confira uma reportagem que conta o caso do assassinato de Eliza 
Samudio, cometido pelo ex-goleiro Bruno, toda narrada em forma de quadrinhos: 
http://noticias.uol.com.br/album/100826bruno_album.htm. 
Tema 4: Reportagem Assistida por Computador 
Quando falamos que uma reportagem pode ser assistida por 
computador, estamos dizendo que a reportagem pode ser elaborada com o apoio 
de computadores, ok? 
É cada vez mais comum a utilização de tecnologias que facilitam o 
acesso a informações que são relevantes para a construção de notícias. Dentre 
as práticas mais comuns, nesse sentido, estão o uso de banco de dados e 
informações que constam em sites ou redes sociais a respeito de uma 
organização ou de uma pessoa e também a maneira de se relacionar com as 
fontes, como no agendamento ou na realização de entrevistas, em que são 
utilizadas ferramentas, como chats ou videoconferências, que permitem a 
realização de entrevistas ou a transmissão de dados que serão úteis para uma 
reportagem. 
Além do acesso a dados, outros pontos importantes nesse debate são 
as ferramentas e os aplicativos que permitem a busca de dados a partir de 
 
Pró-reitoria de EaD e CCDD 
 
8 
determinados critérios, como é o caso dos buscadores, e também as ferramentas 
que permitem a elaboração de cálculos e desenvolvimento de planilhas. 
Um dos tipos de jornalismo desenvolvidos mais recentemente é o que 
se chama de “jornalismo de dados”, que se atém ao levantamento e à análise de 
informações constantes em bancos de dados. 
Saiba mais: o jornalismo de dados pode ajudar um jornalista a formular 
uma reportagem complexa por meio de infográficos envolventes. Por exemplo, 
as palestras espetaculares de Hans Rosling, para visualizar a pobreza no mundo 
com o Gapminder, atraíram milhões de visualizações em todo mundo e o 
trabalho popular de David McCandless em destrinchar grandes números —
 como colocar gastos públicos dentro de contexto ou a poluição gerada e evitada 
pelo vulcão islandês — mostra a importância de um design claro, como o do 
Information is Beautiful. 
O uso de computadores para a realização de reportagens também é 
percebido com certa crítica. Para alguns, o e-mail ou outras ferramentas de 
correspondência que utilizam o computador ou mesmo dados previstos em redes 
sociais ou sites colaborativos, como a Wikipédia, devem ser utilizados com 
cuidado. 
Primeiro, por serem ferramentas que colocam em questão a 
espontaneidade do entrevistado, que pode acabar sendo assessorado para dar 
as suas respostas, o que retiraria elementos importantes para a construção de 
uma reportagem. Em segundo, há o problema das respostas ou dos dados 
serem de fato das pessoas ou organizações as quais se recorreu, pois a internet 
torna mais fácil a construção de perfis falsos que fazem com que pessoas se 
passem por outras. 
A própria Wikipédia, por ser uma ferramenta colaborativa aberta, permite 
que os usuários acabem inserindo informações imprecisas, falsas ou distorcidas, 
 
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9 
uma vez que os critérios de publicação não são tão seletivos sobre quem escreve 
e quem tem acesso à plataforma de inserção de conteúdo. 
Tema 5: Jornalismo Digital 
Não é exagero dizer que o advento da internet revolucionou o jornalismo, 
assim como outras áreas de conhecimento. A revolução aparece em novas 
maneiras de se fazer jornalismo, novas ferramentas, novos formatos, novos 
gêneros jornalísticos. Mas é preciso observar para além disso tudo. 
O jornalismo de hoje já não é mais o mesmo de alguns anos atrás. O perfil 
profissional está sendo transformado. Basta observar a gama de atribuições ou 
tarefas que deve ser desenvolvida hoje e que não se resume apenas à produção 
de uma notícia. 
No ambiente digital, o jornalismo é mais dinâmico, tem caráter 
multimidiático, reunindo diversos formatos em um mesmo suporte e propondo 
aquilo que Henry Jenkins chama de transmídia, ou seja, narrativas relacionadas 
que utilizam diferentes suportes, de modo que há uma conexão ou 
complementação entre elas. 
O jornalismo digital rende uma disciplina inteira. Aqui queremos apenas 
abordar de que maneira o ambiente digital pode também provocar uma reflexão 
sobre as teorias do jornalismo. 
Dentre os aspectos interessantes, nesse sentido, estão as novas relações 
que se estabelecem entre os jornalistas e o público que consome notícia. Esse 
aspecto faz com que a maneira como o jornalismo é feito leva agora ainda mais 
em consideração os efeitos que o conteúdo causa no público, entendendo-os 
para além da recepção do conteúdo. Com a internet, o público se apropria do 
conteúdo jornalístico ou, então, publica um conteúdo de caráter noticioso que 
 
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pode, muitas vezes, alimentar os meios de comunicação. É comum ver “memes” 
da internet se tornando notícia, por exemplo. 
Além disso, uma vez publicada na rede mundial, a notícia deixa de ser um 
conteúdo exclusivo do jornalista, podendo passar por uma série de processos de 
reconstrução de sentidos ou de ressignificações a partir de comentários, 
compartilhamentos, repostagens ou reutilizaçãode informações para a 
construção de novas notícias. 
Um outro aspecto importante é observar de que maneira os fatos são 
selecionados pelos jornalistas. Muitos desses acontecimentos são hoje relatados 
na internet, obrigando o jornalismo a repensar a sua produção para tornar os 
conteúdos interessantes ao público. Afinal, ninguém gosta de ver informações 
que já foram dadas em outro lugar. É aí que ganha importância um jornalismo 
mais analítico, que propõe uma produção mais aprofundada ou com outras 
versões sobre um determinado acontecimento. 
Um exemplo desses novos olhares são os novos sites de jornalismo que 
estão surgindo e que propõem um jornalismo especializado ou mais segmentado 
para atender às demandas de informações quase que de maneira personalizada. 
São características que aparecem nos temas selecionados, na disposição dos 
conteúdos, nos textos, enfim, no mapa de navegação que permite que o 
internauta desenvolva uma leitura não linear, de modo que possa aprofundar o 
seu acesso a partir dos seus interesses. 
Trocando Ideias 
Chegamos ao fim de mais uma aula, dessa vez observando tendências e 
alternativas para o jornalismo, procurando associar as mudanças atuais 
provocadas, sobretudo, pelas tecnologias de informação e comunicação (TICs). 
O exercício que propusemos nessa aula buscou despertar a sua atenção para 
temas que podem estar exigindo um novo olhar sobre a teoria do jornalismo, seja 
 
Pró-reitoria de EaD e CCDD 
 
11 
para revisar teorias, seja para criar novas teorias. Espero que esse objetivo tenha 
sido alcançado. 
Síntese 
Tratamos de uma série de questões relevantes para o profissional que 
está ingressando no mercado de trabalho jornalístico ou que vai ingressar em 
breve. Falamos do potencial do jornalismo comunitário, das práticas alternativas 
de jornalismo e de aspectos mais ligados ao advento da internet, como é o caso 
da reportagem assistida por computador e do jornalismo digital. 
Também apontamos exemplos que contribuem para ilustrar as mudanças 
que podem ser percebidas. Você conhecia alguns desses exemplos? Há outros 
que você poderia listar? Se a resposta for positiva, ótimo. Significa que você está 
atento para as questões atuais do jornalismo. Se a resposta for negativa, não 
tem problema. Agora é justamente a hora de começar a saber um pouco mais 
sobre todas as possibilidades que o jornalismo apresenta. 
Referências 
FERNANDES, M. Civic journalism: há um modelo brasileiro? Guarapuava: 
Unicentro, 2008. 
PENA, F. Teoria do jornalismo. São Paulo: Contexto, 2005.

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