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Resumo Civil 2 prova Requião

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Aula 1
Ausência
1-Curadoria
2-Sucessão Provisória
3-Sucessão Definitiva
Dissolução da Sociedade conjugal
Pessoa Juridica
Noções Gerais
Natureza Jurídica
Direito da personalidade
Função social
Classificação
Criação
Capacidade e (RE) Presentação
Extinção
Aula 2
Responsibilidade da pessoa civil
Desconsideração da pessoa jurídica
Texto + 5 perguntas
Aula 3
Associações
Noções Gerais
Criação
Associados
Assembleia Geral
Extinção
Sociedades
Fundações
Noções Gerais
Criação
Estatuto
Extinção
Aula 5 e 6
Domicílio
Domicílio x Residência
Unidade,Pluralidade e ‘’falta’’ de domicílio
Especie
Voluntario x Necessário
Geral x Especial
Domicílio da Pessoa Jurídica
Bens Jurídicos
Teoria dos Bens
Bens Considerados em si mesmos
Bens Reciprocamente considerados
Bens Públicos
Bens de familia
Aula 03.09
Ausência (em slide)
“Art. 22. Desaparecendo uma pessoa do seu domicílio sem dela haver notícia, se não houver deixado representante ou procurador a quem caiba administrar-lhe os bens, o juiz, a requerimento de qualquer interessado ou do Ministério Público, declarará a ausência, e nomear-lhe-á curador.”
3 fases: Curatela dos bens ; Sucessão Provisória; Sucessão Definitiva 
Na 1ª fase há uma proteção dos bens (Art. 22 a 25)
Na 2ª fase há a proteção dos bens mas com mais relevância aos interesses dos herdeiros
Na 3ª fase há a proteção dos interesses dos herdeiros (art. 25 a 38) 
 Obs: O código de 16 colocava o ausente como Absolutamente Incapaz pensando no cuidado dos bens, pois relacionava o desaparecimento a possibilidade do transtorno mental.Nessa êpoca exitia 3 absolutamente(16,problemas mentais,por causa transitoria n exprimiram vontade) Curador do incapaz é estabelecido da incapacidade do sujeito para representar ou assistir.Aqui fala da pessoa que está desaparecida e precisa de álguem para arrecadar os bens.Representante e assistente é a função do tutor ou curador.
1 Fase- Curadoria
Art. 23. Também se declarará a ausência, e se nomeará curador, quando o ausente deixar mandatário que não queira ou não possa exercer ou continuar o mandato, ou se os seus poderes forem insuficientes.
Art. 24. O juiz, que nomear o curador, fixar-lhe-á os poderes e obrigações, conforme as circunstâncias, observando, no que for aplicável, o disposto a respeito dos tutores e curadores.
Art. 25. O cônjuge do ausente, sempre que não esteja separado judicialmente, ou de fato por mais de dois anos antes da declaração da ausência, será o seu legítimo curador.
§ 1o Em falta do cônjuge, a curadoria dos bens do ausente incumbe aos pais ou aos descendentes, nesta ordem, não havendo impedimento que os iniba de exercer o cargo.
§ 2o Entre os descendentes, os mais próximos precedem os mais remotos.
§ 3o Na falta das pessoas mencionadas, compete ao juiz a escolha do curador.
Desapareceu (não tem notícias) Sem deixar Procurador ou Representante O juiz a requerimento de interessado ou do MP, declara a ausência. 
Declarada a ausência Arrolamento/arrecadação dos bens Nomeia um Curador 
Obs: Também será nomeado curador quando o ausente deixar mandatário mas esse não querer/poder/continuar o mandato. (Art. 23)
Lista de Preferência para a curadoria Se o cônjuge não estiver separado judicialmente ou de fato por mais de 2 anos, antes da ausência, então será o curador. 
Na falta do cônjuge Pais e Descendentes (Art. 25, § 1º) Na falta destes, o juiz nomeará um Curador Dativo. 
Carlos Roberto Gonçalves fala sobre a possibilidade do companheiro(a) assumir a curadoria. E isso foi previsto pelo Enunciado de número 97 da Jornada de Direito Civil pelo Conselho da Justiça Federal. 
A curadoria dura 1 ano e são publicados editais para que o ausente veja e possa retomar a posse dos bens. 
A curadoria pode cessar: 
a) Pelo comparecimento do ausente ou do procurador/representante 
b) Pela certeza da morte 
c) Pela sucessão provisória
2ª Fase - Sucessão Provisória
Interesses dos sucessores
Passado 1 ano (ou 3 anos quando deixado procurador) Os interessados podem requerer a S.P. (Art. 26 e 27) 
Sentença de abertura da S.P 180 dias para começar os efeitos Mas logo depois do julgado já tem a abertura do testamento (se houver), e do inventário, para que haja a partilha dos bens.(mas ainda não são definitvos)
Os bens são entregues aos herdeiros Caráter Condicional (prestação de cauções/ garantias) penhor ou hipoteca e Provisório. 
Sem a garantia Não recebe o bem (eliminado da sucessão provisória) O quinhão fica com o curador ou com outro herdeiro que apresente caução(garantia). (Art. 30, § 1º) 
Os ascendentes, descendentes e o cônjuge recebem o quinhão mesmo sem prestar garantias Ficam com todos os Frutos e Rendimentos destes Os outros herdeiros recebem metade desses frutos (Art. 29) Têm que prestar conta ao juiz. 
O eliminado da sucessão se justificar o porquê não apresentou caução, poderá requerer a metade dos Frutos e Rendimentos do quinhão que lhe era destinado. (Art. 34)
A sucessão provisória cessará com o aparecimento do ausente, e este recebe todos os bens no estado em que deixou. 
Converte a sucessão provisória em definitiva quando (Art. 37 e 38) : 
a) Quando houver certeza da morte 
b) 10 anos depois de passada em julgado a sentença de abertura da sucessão provisória
c) Quando o ausente tiver 80 anos e de 5 anos datarem as últimas notícias (A expectativa de vida no Brasil é de 70 anos).
Art. 29. Antes da partilha, o juiz, quando julgar conveniente, ordenará a conversão dos bens móveis, sujeitos a deterioração ou a extravio, em imóveis ou em títulos garantidos pela União.
Ex carro que tem valor deteriodado com o tempo, vende e compra algo que não sedeteriora.
Juiz analisa o caso, não é algo obrigatorio fazer isso.
3ª Fase - Sucessão Definitiva
Interesses definitivos dos sucessores
10 anos após a sentença de abertura da S.P, poderão os interessados requerer a abertura da S.D e o levantamento dos cauções.(bem que deram como garantia) 
Aqui os sucessores passam a ter o domínio dos bens É resolúvel Se o ausente retornar nos 10 anos seguintes Terá direito a reaver seus bens, no entanto, no estado em que eles estão. (Art. 39) 
Neste momento se declara a Morte Presumida do Ausente. 
Dissolução da sociedade conjugal
Constitui causa de dissolução da sociedade conjugal nos termos do Art. 1.571, § 1º, do Código Civil. 
“[...] § 1o O casamento válido só se dissolve pela morte de um dos cônjuges ou pelo divórcio, aplicando-se a presunção estabelecida neste Código quanto ao ausente.”
No mínimo 20 anos até a Morte Presumida do ausente.
 Pode acontecer a dissolução através do divórcio direto, pela separação de fato por mais de 2 anos, requerendo a citação do ausente por edital. (Art. 1.580, § 2º)
Pessoa Jurídica 
Introdução 
O ser humano tem em sua essência a característica de se agregar, e justamente por conta disso, surgiu a necessidade de regulamentar as chamadas Pessoas Jurídicas. 
Ao longo da história, até se chegar a issa idéia de pessoa jurídica que é mais comum hoje, houveram diversos entendimentos (jurídicos), falando sobre o que seria a pessoa Jurídica. 
Natureza Jurídica 
Uma das primeiras Teorias que versava sobre esse assunto, foi a no Direito Francês, que negava a Personalidade Jurídica, ou seja, dizia que não existia esse tipo de Pessoa. Daí a discussão começou a surgir e alguns juristas (um deles chamado Planiol), acreditavam que não haveria sentido pretender qualificar como Pessoa, algo diferente do ser humano, já que esta seria de natureza abstrata, ideal. 
É importante salientar que essa resistência em admitir a existência da Pessoa Jurídica, estava inserida em um período de combate ao Estado Absolutista, o que levava à idéia de focar no ser humano como um fator biológico importante. Entretanto, por outro lado também, havia de forma muito forte o movimento burguês, que há o começo de “empreendimentos” de sujeitos que têm muito dinheiro e passa a ser interessante para estes, conseguir separar os seu empreendimento da sua pessoanatural (física). Dessa forma, há ali uma necessidade de se pensar nessa Pessoa Jurídica como sendo um ente diferente do dono. 
Diante desses fatos, uma primeira Teoria que surgiu em favor a idéia da Pessoa Jurídica, partiu de outro jurista francês chamado de Savigny. Essa Teoria é chamada de Teoria da Ficção, e tem como idéia a premissa de que não se está afirmando nessa teoria que exista no contexto social esse ente da Pessoa Jurídica, mas como há muitas situações que precisam ser feitas, então para fins do direito, deve-se criar uma ficção de que existe esse outro ente, separado da pessoa natural. Com o passar do tempo, essa discussão vai progredindo e já se começa a ter a idéia das Teorias Realistas, que se diferenciam da idéia da Teoria da Ficção justamente por se pensar/reconhecer, que essa Pessoa jurídica é uma realidade para o mundo, e não uma mera concessão do direito, uma ficção. Ou seja, essas Teorias Realistas, reconhecem a existência da Pessoa Jurídica no mundo. No entanto, em um primeiro momento a partir de uma subdvisão dessas Teorias, chamada de Teoria da Realidade Objetiva, ela quer equiparar de maneira muito forte a Pessoa Jurídica à Pessoa Natural, ou seja, busca em um primeiro momento colocar essa PJ (pessoa jurídica), como sendo um ente de existência equivalente/sem diferenças da PN (pessoa natural). No entanto, estas não podem ser consideradas a mesma coisa, pois a PJ não tem uma existência orgânica, sua extinção é completamente diferente do que acontece com a PN, e é a partir daí, com base nessas informações, que se tem a Teoria da Realidade Técnica, que reconhece a existência da PJ nesse meio social enquanto ente, mas que a diferencia das PN. Assim, hoje, essa Teoria da Realidade Técnica é a mais utilizada no Direito. 
Teorias negativistas- Marcel Planiol-. Ela diz que não existiria a pessoa jurídica, não haveria sentido você pretender qualificar como pessoa algo diferente do ser humano(ente de substância organica) pois a pessoa jurídica seria um ente abstrato, um ente de existência ideal.Nelas vislumbra,apenas, um patrimônio sem sujeito Pecado da teoria-confundir a pessoa jurídica com os bens que possuía.
Teorias afirmativistas da personalidade jurídica da pessoa jurídica. 
Teorias afirmativas – (como se explica a pessoa jurídica). 
Teoria da ficção- Savigny: Só o homem poderia ser capaz de titularizar relações jurídicas.Logo, a pessoa jurídica seria simples criação artificial da lei.Existiria apenas na inteligência dos juristas. 
Teoria da realidade objetiva ou orgânica: Seriam pessoas jurídicas organismos sociais com existência e vontade próprios,diversos do seus membros, tendo por fim realizar objetivos sociais.Ente equivalente a pessoa natural.Recaiu no erro, ao eliminar a vontade humana. Tenta equiparar plenamente a pessoa jurídica à pessoa natural – mais radical, a pessoa jurídica não tem uma existência orgânica, então não pode afirmar que ela se equipara a pessoa natural.
Teoria da realidade técnica*: Reconhece a pessoa jurídica, mas reconhece a diferença em relação às pessoas naturais.
Direitos da Personalidade da Pessoa Jurídica 
Essa é uma redação que traz algumas discuções, já que esta é bem diferente do que a redação do Art. 2º, ou do Art. 11 e 12. Pois são artigos que de certa forma falam que a pessoa natural tem direitos da personalidade, já esse art. 52 segue outro rumo, visto que nele está escrito “(...) no que couber, a proteção (...)”. então, surge na doutrina uma certa discussão sobre se é possível falar que a PJ é detentora dos direitos da personalidade ou se ela teria a proteção desses direitos. 
Essa discussão de dá porque os direitos da personalidade foram frutos da construção histórica que envolvem lutas das pessoas naturais, dos seres humanos, por conquistas de direitos. Assim, a construção do rol exemplificativo desses direitos, não é uma construção pensando na PJ, mas sim na PN. Por conseguinte, quando se fala nos DP (direitos da personalidade), para a PJ, o primeiro ponto que deve ser atentado é o “no que couber”, e o segundo ponto é que a interpretação da doutrina vai mais no sentido de dizer que não haveria por assim dizer, uma titularidade desses DP por parte da PJ. 
Existe um Enunciado dessas Jornadas do Direito Civil (Enunciado Nº 286), que fala que os DP são direitos inerentes e essenciais à pessoa humana, decorrentes de sua dignidade, não sendo as PJ titulares de tais direitos. Ou seja, há uma parte da doutrina que considera que não seria adequado falar em PJ como titular dos DP. 
Logo, é possível perceber que este é um tema polêmico, fora que, se for levar em consideração, existem coisas que não têm nem como aplicar à PJ, por exemplo, proteção ao corpo, proteção da imagem retrato, intimidade, honra subjetiva e etc. 
Assim, boa parte dos DP, não precisam nem seguir a doutrina, mas por uma questão de ordem lógica não têm como serem aplicados a PJ.
Obs: Na jurisprudência, na doutrina e em súmula do STJ, se admite dano moral para PJ, até pela idéia que se tem hoje, de que o dano moral não está mais associado a idéia de sofrimento, mas sim havendo lesão a dignidade da pessoa humana ou a direitos da personalidade. Embora exista uma discussão se é realmente um dano moral ou se é um dano patrimonial por lesão a personalidade. 
Sobre a discussão: O que se costuma afirmar com o dano moral da PJ seria realmente um dano MORAL? Já que, com base no que vimos no decorrer do semestre, essa idéia de quando a PJ pede dano moral, na maioria das vezes, ela está pedindo essa indenização porque houve uma ofensa a sua personalidade, que gerou um reflexo no seu patrimônio. 
Ex: Sai uma matéria propagando notícias falsas sobre a empresa Dias Da’villa. Neste caso, pode-se pensar que quando ocorreu esse fato, houve uma ofensa a imagem atributo da Água Dias Da’villa. No entanto, na realidade, o que isso gera para a empresa é a redução no seu número de vendas. 
Função Social 
Embora exista os interesses individuais, o sujeito não pode fazer isso a custo de trazer o prejuízo para sociedade. Assim, quando se pensa na existência da pessoa jurídica, embora não tenha nada no código expressamente que fale sobre isso, é importante ter em mente que quando pensamos na existência da PJ é necessário falar também da questão social dessa. Visto que, a tendência é que as PJ sejam mais poderosas do que as PN (uma mega empresa tem um poder de interferir na sociedade que uma pessoa comum, não tem). 
Dessa maneira, quando se fala em PJ não se pode pensar que ela possa agir como elemento negativo/desestabilizador na sociedade. Todavia, isso não quer dizer que ela deva praticar filantropia, mas o que não se pode é obter lucro, por exemplo, de qualquer maneira (Ex: fabricar um produto que faz mal ao consumidor com o intuito de economizar na produção). Art. 52. Aplica-se às pessoas jurídicas, no que couber, a proteção dos direitos da personalidade.
Exemplo Real: Caso Ford Após a produção e venda de um carro, a empresa descobriu que se houvesse uma colisão no fundo desse automóvel a partir de certa velocidade, havia uma chance razoável do mesmo pegar fogo. A atitude da empresa quanto a isso foi a de não tomar nenhuma providencia, pois partindo de um calculado (tantos carros vendidos + trocas das peças com defeitos = determinado valor, hipoteticamente 1 milhão. / Tantos carros vendidos + supondo que 10% desses carros tenham acidente e 5% venham a pegar fogo e desses, somente 1% venham a processar a empresa = determinado valor, inferior a 1 milhão), seria mais barato pagar uma indenização para a família dessas pessoas que morreram, do que fazer a troca das peças. 
Nesse caso, a empresa foi condenada a pagar uma indenização não só pelo dano que a pessoa sofreu, mas também uma punição a conduta de quem causou o dano. Ou seja, a indenização prevista pela Corte Americana foi muito além, do que a que era prevista pelo cálculo da empresa, justamente para coibir esse tipo de conduta. 
Classificação 
Existe a divisão de Pessoa Jurídicade Direito Público e de Direito Privado, dentro das PJ de Direito Público, nós temos as de direito interno e de direito externo. São elas: 
Art. 40. As pessoas jurídicas são de direito público, interno ou externo, e de direito privado.
Art. 41. São pessoas jurídicas de direito público interno:
I - a União;
II - os Estados, o Distrito Federal e os Territórios;
III - os Municípios;
IV - as autarquias, inclusive as associações públicas; (Redação dada pela Lei nº 11.107, de 2005)
V - as demais entidades de caráter público criadas por lei.
Parágrafo único. Salvo disposição em contrário, as pessoas jurídicas de direito público, a que se tenha dado estrutura de direito privado, regem-se, no que couber, quanto ao seu funcionamento, pelas normas deste Código.
Obs: Autarquias são entes administrativos descentralizados (ex: Transalvador). 
Mesmo sendo ente de direito público, se ele tiver uma organização de direito privado irá se aplicar as normas do código (ex: Petrobrás empresa pública mas que parte das suas atividades que realiza serão regulamentadas pelas leis de direito privado). 
Direito Público Externo, são elas: 
Art. 42. São pessoas jurídicas de direito público externo os Estados estrangeiros e todas as pessoas que forem regidas pelo direito internacional público.
Ou seja, nações estrangeiras (ex: Argentina, Coreia do Norte e etc), serão consideradas como PJ de direito público externo, porque são Estados estrangeiros. Assim como, também organizações que sejam regidas por essas normas internacionais (ex: ONU, Mercosul). 
Direito Privado, são elas: 
Art. 44. São pessoas jurídicas de direito privado:
I - as associações;
II - as sociedades;
III - as fundações.
IV - as organizações religiosas;  (Incluído pela Lei nº 10.825, de 22.12.2003)
V - os partidos políticos.   (Incluído pela Lei nº 10.825, de 22.12.2003)
VI - as empresas individuais de responsabilidade limitada. (Incluído pela Lei nº 12.441, de 2011)         (Vigência)
§ 1o São livres a criação, a organização, a estruturação interna e o funcionamento das organizações religiosas, sendo vedado ao poder público negar-lhes reconhecimento ou registro dos atos constitutivos e necessários ao seu funcionamento.  (Incluído pela Lei nº 10.825, de 22.12.2003)
§ 2o As disposições concernentes às associações aplicam-se subsidiariamente às sociedades que são objeto do Livro II da Parte Especial deste Código.           (Incluído pela Lei nº 10.825, de 22.12.2003)
§ 3o Os partidos políticos serão organizados e funcionarão conforme o disposto em lei específica.           (Incluído pela Lei nº 10.825, de 22.12.2003)
Associação
É uma Pessoa Jurídica criada a partir da reunião de pessoas para um objetivo que não seja o de obter lucro. Isso não quer dizer que a associação não possa ter receita, mas sim que o seu objetivo não é o de gerar lucro para as pessoas que dela fazem parte. 
Sociedades
Em regra também são formadas em reunião de pessoas, mas diferem das associações porque seu objetivo é o de gerar lucro. 
Fundações
Ao contrário das sociedades e associações, elas não são criadas pela reunião de pessoas, mas sim pela dotação de um patrimônio. Ou seja, uma pessoa por atos inter vivos ou mortis causas, diz que uma parte dos seus bens será separada do seu patrimônio e irá ser destinada para que a partir dela seja criada uma PJ. 
Assim como acontece nas associações, as fundações não têm o objetivo de gerar lucro. Inclusive existe um rol de quais são as atividades que a fundação pode exercer. 
Organizações Religiosas 
A organização também tem uma estrutura associativa de certa forma, só que é uma estrutura mais simplificada, porque ela tem que atender/dar conta de garantir a liberdade religiosa prevista na Constituição Federal. Ou seja, não é possível criar um procedimento muito exigente, nem muito custoso de criação de uma organização religiosa, porque isso implicaria em impedir a criação de organizações religiosas. 
Entretanto, esse tipo de pessoa, recebe muitas críticas (negativas e positivas), um exemplo disso seria a parte tributária das organizações religiosas que é extremamente beneficiada, e isso muitas vezes pode ser utilizada para fins ilícitos (ex: organizações que são amplamente acusadas de lavagem de dinheiro) 
Partidos Políticos 
Eles têm um modelo de criação mais complicado (ex: REDE). 
Aula 10.09
Criação da Pessoa Jurídica 
Existem 3 modos de sistemas para criação da pessoa jurídica, são eles: 
 Livre informação: Duas pessoas querem criar uma sociedade, sendo assim, elas devem sentar redigir um contrato social dessa sociedade, cada um assinar e a partir do momento que os documentos constitutivos estivessem feitos, automaticamente, passaria a existir a PJ. Esse sistema não é adotado no Brasil, e são poucos os lugares que o adotam, porque ele cria um inconveniente enorme, que é o de não se ter nenhum controle sobre essa PJ.
Sistema do Reconhecimento: Para que a PJ passe a existir é necessário que tenha a autorização estatal, ou seja, só poderia criar a PJ se fosse autorizado pelo Estado a sua criação. Esse sistema não é a regra do nosso ordenamento, mas aparece em alguns casos. Algumas PJ para serem criadas no Brasil, vão precisar da autorização estatal. 
Ex: Uma pessoa que tem um monte de dinheiro e queira abrir um banco, esse é um caso que vai precisar da autorização do Estado para que possa ser criada a PJ. Assim como, a criação de uma empresa de seguros, empresa que vai explorar algum minério etc. 
Sistema de Disposições Normativas: Esse sistema é a regra do nosso ordenamento, e ele prevê que para criar a PJ, por um lado, há liberdade (você pode criar uma PJ sem que o Estado precise te autorizar), porém, a PJ só será criada realmente, só passará de fato a existir, a partir do registro. É diferente da autorização que o Estado tem que dar, pois este não vai te impedir de criar a PJ, o que ele vai exigir são os requisitos que a Lei lista para que haja a criação da pessoa, havendo todos, o registro será deferido e a PJ(sociedade de direito) será criada. Ou seja, antes do registro, NÃO existe a PJ, o que se pode falar, é de uma existência de uma sociedade de fato.- aqui não tem a proteção q a PJ teria ex divida responderia com o patrimonio da própria pessoa não da PJ.
O Código de 2002, traz alguns requisitos gerais para a criação da PJ, visto que cada PJ possui normas específicas sobre sua criação. 
 
Art. 45. Começa a existência legal das pessoas jurídicas de direito privado com a inscrição do ato constitutivo no respectivo registro, precedida, quando necessário, de autorização ou aprovação do Poder Executivo, averbando-se no registro todas as alterações por que passar o ato constitutivo.
Parágrafo único. Decai em três anos o direito de anular a constituição das pessoas jurídicas de direito privado, por defeito do ato respectivo, contado o prazo da publicação de sua inscrição no registro.
Esse artigo basicamente traz a questão da importância do registro para que só assim, de fato, passe a existir a PJ. Art. 46. O registro declarará:
I - a denominação, os fins, a sede, o tempo de duração e o fundo social, quando houver;
II - o nome e a individualização dos fundadores ou instituidores, e dos diretores;
III - o modo por que se administra e representa, ativa e passivamente, judicial e extrajudicialmente;
IV - se o ato constitutivo é reformável no tocante à administração, e de que modo;
V - se os membros respondem, ou não, subsidiariamente, pelas obrigações sociais;
VI - as condições de extinção da pessoa jurídica e o destino do seu patrimônio, nesse caso.
Esse artigo traz os requisitos necessários para o registro da PJ, ou seja, no registro haverá desde elementos que são essenciais para a própria identificação da PJ, como também sobre a administração, responsabilidade e extinção da mesma. Ou seja, ele termina “cobrindo” quase tudo que diz respeito a PJ. 
Capacidade de (Re)presentação 
A capacidadede Direito, vista no inicio do curso, é evidente que a PJ possui, afinal ela tem aptidão para titularizar direitos e deveres na órbita civil. No entanto, a discussão acontece em relação a capacidade de exercício, apesar de que, hoje na doutrina acredita-se que essa capacidade de exercício não caberia na PJ, pois não é um ente biológico que viria por exemplo a sofrer alguma causa de incapacidade. 
O significado da palavra Representação, com o “Re” entre parênteses, se dá porque alguns autores partindo dessa lógica da falta da capacidade de exercício, não gostam de falar em representação da PJ, visto que a representação sempre dá a idéia de um terceiro que está praticando um ato em nome do representado. Dessa forma, eles afirmam que aquele sócio quando está assinando um contrato/cheque, ele não está ali representando a PJ, mas sim como se esta fosse, ou seja, ele estaria Presentando. Todavia, essa discussão é muito mais ligada a uma questão de nomenclatura, do que de fato sobre algo que tenha algum impacto prático.
No Código há dois artigos que falam principalmente sobre essa questão da representação: 
Art. 48. Se a pessoa jurídica tiver administração coletiva, as decisões se tomarão pela maioria de votos dos presentes, salvo se o ato constitutivo dispuser de modo diverso.
Parágrafo único. Decai em três anos o direito de anular as decisões a que se refere este artigo, quando violarem a lei ou estatuto, ou forem eivadas de erro, dolo, simulação ou fraude.
Esse artigo é uma norma de natureza supletiva, ou seja, ele diz que se for o caso de um PJ que tenha administração coletiva a regra geral vai ser a de que as decisões serão tomadas por maioria. 
No estatuto ou contrato social, as pessoas podem determinar que as decisões só vão ser implementadas em unanimidade ou quando tiver 2/3 dos votos... Ou seja, podem fazer outras regulamentações diferentes dessa que está no código. Já se os atos constitutivos da PJ forem omissos quanto a isso, vai valer essa regra do art. 48, de que a decisão se dá pela maioria.
Art. 49. Se a administração da pessoa jurídica vier a faltar, o juiz, a requerimento de qualquer interessado, nomear-lhe-á administrador provisório.
Esse também é um artigo que só irá ser aplicado se no próprio documento da PJ isso for algo que não esteja resolvido. 
Ex: O presidente da PJ vem a morrer e o estatuto não dispõe sobre essa substituição. 
Extinção da Pessoa Jurídica 
Extinção Convencional: Se a PJ foi criada a partir de um ato de vontade, nada mais justo do que também por um novo acordo as pessoas resolvam extinguir a PJ. 
Extinção Legal: Acontece quando qualquer requisito legal que seja essencial para a existência da PJ esteja faltando, e isso resultará na extinção legal da mesma. 
Ex: associação que ficou somente com um associado (precisa de mais pessoas)
Extinção Administrativa: Vai acontecer exclusivamente naqueles casos de PJ sujeitas ao regime de reconhecimento, ou seja, só vai ter extinção administrativa, naquelas situações em que há uma PJ sujeita ao agir de reconhecimento (autorização estatal), e aí administrativamente essa autorização é retirada, o que consequentemente, leva a extinção da mesma. Só existe com a autorização do estado.
Extinção Judicial: Acontece quando a PJ é extinta a partir da determinação do juiz em uma sentença. 
Ex: Uma PJ que fugiu da função social e trouxe um prejuízo para a sociedade, diante disso, o juiz decidiu extinguir a mesma. 
Seja qual for a causa da extinção, o procedimento (base), está previsto no código: 
Art. 51. Nos casos de dissolução da pessoa jurídica ou cassada a autorização para seu funcionamento, ela subsistirá para os fins de liquidação, até que esta se conclua.
§ 1º Far-se-á, no registro onde a pessoa jurídica estiver inscrita, a averbação de sua dissolução.
§ 2º As disposições para a liquidação das sociedades aplicam-se, no que couber, às demais pessoas jurídicas de direito privado.
§ 3º Encerrada a liquidação, promover-se-á o cancelamento da inscrição da pessoa jurídica.
Assim como o ato de criação da PJ precisa passar por um registro, também no ato de extinção será algo necessário. No mesmo cartório que foi registrada a criação da PJ, irá ser feita uma averbação da sua extinção. Entretanto, nota-se que para que a PJ seja extinta, é necessário que primeiro se proceda a sua liquidação, ou seja, que se verifique qual é o ativo e passivo dessa PJ, fazer o pagamento dos credores, para só depois disso você poder extinguir. Para evitar uma situação em que haja um esvaziamento desse patrimônio da PJ, e os credores depois não tenham mais a PJ para recorrer. Assim, não vai haver o cancelamento da inscrição sem a liquidação prévia, sendo que a regra geral da liquidação vai ser a das sociedades. 
Perguntas feitas em sala
1. Discorra sobre as origens da Pessoa Jurídica
Ela decorre da necessidade dos seres humanos se organizarem em grupos desde que o mundo é mundo. Com o avanço da ciência e as modificações sociais e econômicas, os grupos se tornaram ainda mais organizados e com existência padronizada.
Entretanto, o termo pessoa jurídica é ainda mais recente, remontando ao início do século XIX, por criação de Savigny, sem substituição das pessoas morais e pessoas místicas.
2. Discorra sobre a questão da Efetividade do Processo.
A efetividade do processo consiste na concretização de um direito reconhecido judicialmente.
A crítica que se faz é em relação a se ter um devido processo legal que assegure a proteção dos direitos fundamentais, dê adequação e celeridade ao processo, mas impossibilite sua concretização, em razão de extremo formalismo.
A efetividade do processo se afigura no contrapeso à proteção que pretende dar segurança jurídica e garantismo processual. Isso porque o instituto da despersonalização da pessoa jurídica pretende justamente buscar o equilíbrio e a conciliação entre a proteção e a efetividade
3. Quais são as teorias sobre a desconsideração da personalidade jurídica presentes no ordenamento brasileiro. Elenque os dispositivos legais (quais artigos), em que elas se apresentam, apontando ainda os requisitos. 
Podemos citar duas teorias abordadas pelos doutrinadores:
· Teoria maior objetiva - estabelece que para ocorrer a desconsideração não basta que a separação patrimonial seja empecilho para o adimplemento obrigacional, mas também que isso seja consequência de ter havido abuso de personalidade (confusão patrimonial e desvio de finalidade). Essa teoria está disposta no art. 50, CC.
· Teoria maior subjetiva – pressupõe que além dos requisitos da teoria objetiva exista a intencionalidade do agente. Em cometer o abuso de direito.Diferença em termos probatórios.Prova mas dificil do que a objetiva.
· Teoria menor subjetiva – pressupõe que o único requisito exigido seja que a personalidade jurídica seja óbice ao inadimplemento das obrigações.
· Dispositivos
o Art. 50, CC
o Art. 28, CDC
o Art. 134, VII e 135, CTN
o Art. 2º, §2º, CLT
4. Quais são as variações da desconsideração da personalidade jurídica apresentadas pela doutrina?
Desconsideração expansiva – atingir o sócio oculto que não seria alcançado pela forma regular.
· Desconsideração indireta – alcançar as empresas controladoras da devedora das obrigações.
o Qualificada – claramente insuficiente
o Simples- parcialmente
· Desconsideração por subcapitalização – quando não possui capital social suficiente para satisfazer os objetivos sociais.
· Desconsideração inversa – a empresa é chamada a responder pelos débitos de seus sócios. Em situações de desvio de finalidade e confusão patrimonial que não seriam alcançadas pela doutrina convencional.
5. Como se dá o incidente de desconsideração da personalidade jurídica a partir do CPC/15? 
O incidente para ser instaurado requer a petição explícita nos autos, demonstrando o preenchimento dos pressupostos legais relativos à desconsideração. Além disso, exige-se a identificação dos terceiros sob os quais recairá eventual responsabilização.É cabível em todas as fases do processo de conhecimento, no cumprimento de sentença e na execução fundada em título executivo extrajudicial.
O art. 1.062, NCPC, prevê a possibilidade de aplicação ao processo de competência dos juizados especiais.
É possível igualmente ao procedimento falimentar.
Responsabilidade Civil da Pessoa Jurídica
No Brasil trabalhamos com duas ideias de responsabilidade civil (Responsabilidade Civil Subjetiva e Responsabilidade Civil Objetiva), nas duas há Conduta + Dano + Nexo Causal, sendo que na subjetiva tem que ser um conduta culposa. 
No código no Art. 43, está determinado que “as pessoas jurídicas de direito público interno, são civilmente responsáveis por atos dos seus agentes que nessa qualidade causem danos a terceiros, ressalvado direito regressivo contra os causadores do dano, se houver, por parte destes, culpa ou dolo.”. Ou seja, se, por exemplo, qualquer ato que um agente estatal gera para o si, é responsabilidade civil objetiva. 
Ex: Um policial envolvido em um abuso numa blitz, ele responderá objetivamente. O que quer dizer que, mesmo que o Estado tenha tido o cuidado para treinar esse policial, o Estado mesmo sem ter culpa, vai responder pela conduta do policial. 
Empresa privda que lesa o consumidor- responsabilidade civil subjetiva
Além dessa questão do limite da responsabilidade, outra coisa que não é nem tanto de responsabilidade, mas sim de um momento anterior, que é o de assumir obrigações.Preocupações com os terceiros. 
A PJ não tem uma existência física, então a garantia de quem trata com a PJ é justamente a de verificar no estatuto quem é que está dito que pode agir pela PJ.
Ex: Existe uma PJ que é formada por 4 sócios, estes deliberaram e decidiram não fazer um negócio, mas um deles foi vencido, só que no estatuto diz que quem administra essa PJ é esse sujeito que foi vencido. Assim, se depois esse sujeito for lá e fizer o contrato, mesmo essa não sendo a vontade vencida na deliberação, a PJ estará ainda assim obrigada, porque analisando os atos constitutivos, aquela pessoa tinha o poder para agir como tal. 
Desconsideração da Pessoa Jurídica Art. 47. Obrigam a pessoa jurídica os atos dos administradores, exercidos nos limites de seus poderes definidos no ato constitutivo.
Grande vantagem para a PN é a separação patrimonial.
Consiste na responsabilização pessoal dos sócios ou administradores por obrigações que são da pessoa jurídica, eu responsabilizo o sócio administrador por obrigações que são da pessoa jurídica, ou seja, a desconsideração é um mecanismo de satisfação dos credores, não é uma punição. 
Com a desconsideração, eu não extingo a pessoa jurídica, com a desconsideração não liquida a autonomia patrimonial da pessoa jurídica de maneira definitiva, Luciano Chaves chama de descobrimento do véu, uma linguagem figurada que diz que existe um véu que separa a pessoa jurídica dos seus sócios administradores e a desconsideração permite levantar esse véu permitindo que as obrigações se comuniquem e ai eu posso responsabilizar o sócio administrador. A desconsideração é determinada no processo e apenas para aquele processo.
O problema se dá quando essa desconsideração começa a acontecer de maneira abusiva, quando se tem essa divisão entre os patrimônios da PJ e dos seus sócios e ela passa a não ser mais tão respeitada, levando a uma confusão para que se possa determinar os bens pertencentes a cada um. Assim, é dentro dessa perspectiva que começa a surgir as Teorias sobre Desconsideração da Personalidade Jurídica. 
Obs: Não confundir desconsideração da personalidade jurídica com extinção da pessoa jurídica. Porque a desconsideração é pontual, episódica, não está fazendo com que a pessoa jurídica deixe de existir, mas sim, para o fim daquela obrigação específica terá a desconsideração da sua personalidade jurídica, ou seja, será afastada essa separação que existe entre a pessoa jurídica e a pessoa natural para poder atingir o patrimônio dessa pessoa natural. 
A doutrina diz que aqui no Brasil a desconsideração da personalidade jurídica é fundada em duas Teorias, chamadas de Teoria Menor e Teoria Maior (subdividida em subjetiva e objetiva). A que é adotada pelo nosso Código é a Teoria Maior Objetiva. 
Art. 50. Em caso de abuso da personalidade jurídica, caracterizado pelo desvio de finalidade, ou pela confusão patrimonial, pode o juiz decidir, a requerimento da parte, ou do Ministério Público quando lhe couber intervir no processo, que os efeitos de certas e determinadas relações de obrigações sejam estendidos aos bens particulares dos administradores ou sócios da pessoa jurídica.
Quando se fala na Teoria Objetiva Maior( ta no CDC tb)n precisa querer a confusão patrimonial, além do fator que se fala de não possuir recursos para pagamento das dívidas (que é a base da teoria menor), também se exige que haja o abuso de personalidade, que no código civil vai significar:
Um desvio de finalidade- Pj esta sendo usada para outro fim
Ex assosiação para uma finalidade mas é utilizada para outra
Ex Sociedade para uma razão social mas é usada para outra 
Confusão patrimonial. Ex: Pessoa Natural que pega dinheiro no caixa da Pessoa Jurídica e paga a parcela do seu carro pessoal. 
Obs: Não há a necessidade de a pessoa ter desejado realizar a confusão patrimonial, o que importa é esta ter acontecido. Já se fosse a Maior Subjetiva, precisaria que o sujeito tivesse tido o desejo de realizar aquela confusão patrimonial. 
A Teoria Menor: É essa adotada pelo Código de Defesa do Consumidor e também pela Legislação Ambiental. 
Art. 28. O juiz poderá desconsiderar a personalidade jurídica da sociedade quando, em detrimento do consumidor, houver abuso de direito, excesso de poder, infração da lei, fato ou ato ilícito ou violação dos estatutos ou contrato social. A desconsideração também será efetivada quando houver falência, estado de insolvência, encerramento ou inatividade da pessoa jurídica provocados por má administração.
§1° (Vetado).
§ 2° As sociedades integrantes dos grupos societários e as sociedades controladas, são subsidiariamente responsáveis pelas obrigações decorrentes deste código.
§ 3° As sociedades consorciadas são solidariamente responsáveis pelas obrigações decorrentes deste código.
§ 4° As sociedades coligadas só responderão por culpa.
§ 5° Também poderá ser desconsiderada a pessoa jurídica sempre que sua personalidade for, de alguma forma, obstáculo ao ressarcimento de prejuízos causados aos consumidores.
Aula 07.11
Além dessas situações vistas para a desconsideração da personalidade começam sempre a surgir outros problemas, como por exemplo, o sujeito que é realmente fraudulento vai arranjar outro jeito de maquiar essa confusão patrimonial e aí que se surgem as subdivisões como por exemplo a ideia da Desconsideração Expansiva (que vai tentar atingir aquele sócio oculto).
Ex: Uma pessoa tem uma empresa, mas essa não ta dando certo, ai se começa a demitir os empregados e não paga nada a ninguém (o que vai acumulando), e um dia, em tese, a pessoa paga. Mas o que de fato acontece muitas vezes é que a pessoa não extingue a pessoa jurídica, porque se ele fizer isso e depois criar outra ou não, a responsabilidade direta dele vai ser muito árdua, então o que muitas vezes ele faz é manter a pessoa jurídica, faz uma negociação para que um laranja que não tenha bens ingresse como sócio e ele sai da sociedade, então no radar de quem ta cobrando a pessoa jurídica, essa continua existindo e quando o sujeito vai descobrir ele percebe que o ativo dessa PJ foi todo embora, e que pela desconsideração daria no mesmo. Aí em perspectivas como essa, é que surge essa ideia da desconsideração expansiva. 
Um pouco diferente seria a outra subdivisão chamada de Desconsideração e Subcaptalização, porque aqui o problema normalmente é originário, pois quando se cria a PJ vai ser declarado o capital social dela (quanto ela tem em bens), só que não há necessariamente uma integralização, ouseja, não tem que apresentar no momento de criação da PJ uma conta com aquele valor, o que se terá é alguns bens, mas que pode ser feita é que venha a ter algum integralização daquele capital, mas o que acontece é muitas vezes a integralização não é feita e aí se cria uma PJ subcaptalizada, ou seja, ta lá nos atos constitutivos dela dizendo que possui 100 mil reais, mas na verdade só tem 80 mil. O que gera vários problemas.Formaalmente tem um valor maior.
Ex: Você vai negociar com alguém e apresenta o seu capital social, e muitas vezes a pessoa só fecha o contrato por conta desse valor, quando na verdade ele não é real. 
E por último temos a questão da Desconsideração Inversa: Art. 133, §2, CPC/15. Enquanto na desconsideração normal o que se está fazendo é desconsiderar a personalidade da pessoa jurídica para poder atingir os patrimônios do sócio administrador, aqui na desconsideração inversa acontece porque se está buscando cobrar algo desse sócio administrador e você quer atingir o que é dá PJ. Vemos muitos desses casos no que se refere ao Direito de Família. 
Ex: O sujeito é casado, tem ali os seus bens e ele ta pensando em se divorciar. Então ele começa a pegar esses bens que seriam seus e desviar para uma PJ que ele já tinha antes e não integra o regime de bens do casamento e vai esvaziando o seu patrimônio próprio, para que quando eventualmente ele de fato se divorcie e os bens sejam separados, não tenha nada para tal, porque está tudo na PJ. São nesses casos em que há a possibilidade da desconsideração inversa. 
Aula 17.10
Associação 
Art. 53. Constituem-se as associações pela união de pessoas que se organizem para fins não econômicos.
Parágrafo único. Não há, entre os associados, direitos e obrigações recíprocos.
O Código não traz nenhuma ressalva sobre quais são as finalidades que pode ter associação, na verdade, a conclusão é algo que termina se fazendo por exclusão, ou seja, finalidades que não sejam a de perseguir lucro. No entanto, isso não significa que a associação não possa desenvolver atividades que gerem receita, até porque essa pessoa jurídica terá despesas para pagar (apesar de que muitas vezes a renda das associações decorre dos próprios associados, através de anuidades ou mensalidades). 
Ex: Clube Espanhol 
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: (Constituição Federal) 
 XVII - é plena a liberdade de associação para fins lícitos, vedada a de caráter paramilitar;
Além do Código, a associação está prevista na Constituição como um direito fundamental de todo cidadão. No entanto, embora esteja constitucionalmente previsto esse direito associativo, se faz uma ressalva às associações de caráter paramilitar, ou seja, aquela ideia das milícias é um tipo de associação que não é permitida, sendo assim uma atividade ilícita. 
Ex: Filme/Documentário “O ato de matar”.
Criação da associação
Art. 54. Sob pena de nulidade, o estatuto das associações conterá:
I - a denominação, os fins e a sede da associação;
II - os requisitos para a admissão, demissão e exclusão dos associados;
III - os direitos e deveres dos associados;
IV - as fontes de recursos para sua manutenção;
V – o modo de constituição e de funcionamento dos órgãos deliberativos;           (Redação dada pela Lei nº 11.127, de 2005)
VI - as condições para a alteração das disposições estatutárias e para a dissolução.
VII – a forma de gestão administrativa e de aprovação das respectivas contas.           (Incluído pela Lei nº 11.127, de 2005)
Esses vários itens que têm que constar no estatuto, será redigido e depois votado em assembléia, sendo que, tendo a aprovação, todos irão assinar e será levado o estatuto para registro, e a partir desse é que a associação é criada. Lembrando que no estatuto deve contar todos esses requisitos previstos no art. 54. 
Regulamentação da Associação
Os mesmo requisitos contidos no art. 54 serão também usados para a regulamentação da pessoa jurídica. Dessa forma, podemos dizer que o estatuto é uma ferramenta completa, foi vai regulamentar desde coisas básicas como denominação,sede,pra que criou a associação,direitos e deveres dos associados,fontes de renda da associação, até coisas mais importantes como a forma de gestão administrativa. Ou seja, todos os pontos principais em relação a associação já vão estar contidos nele, mas isso não quer dizer que ele não possa vir a dispor sobre outras coisas, só que normalmente, os associados não vão querer dispor sobre outras coisas no estatuto porque este de todos os documento constitutivos da associação, é o mais difícil de ser mudado. 
Assim, é criada a associação e a partir daí é comum que exista a possibilidade das pessoas (outras) também virem a se associar. Levando em consideração de novo o art. 5º, mas agora no inciso XX, está dito o seguinte “ninguém poderá ser compelido a associar-se ou a permanecer associado”. Dessa forma, através desse inciso podemos ter uma idéia da questão da liberdade de associação, ou seja, quando falamos de liberdade associativa, não estamos falando somente da liberdade para criar associações, mas também da liberdade que cada um tem para fazer parte ou deixar de fazer parte dessa PJ. 
Assim, por um lado, ninguém é obrigado a fazer parte de uma associação, se entretanto, a pessoa decidir fazer parte dessa PJ, e depois por qualquer razão, a pessoa resolva que não quer mais fazer parte da mesma, ela tem todo o direito de se desassociar. 
Logo, quando falamos em Liberdade de Associação, estamos falando tanto do ato de criação, como também sobre esse direito associativo. Todavia, mesmo existindo essa liberdade associativa, a associação pode determinar critérios para o ingresso, contanto que estes não sejam critérios discriminatórios. Contudo, essa associação (caso aconteça), é normalmente tratada de modo personalíssimo, ou seja, o fato de alguém ser associado, em regra, significa que normalmente não é transferível a característica de associado, porque se não, isso de certa forma estaria burlando a questão dos critérios de ingresso. 
Art. 56. A qualidade de associado é intransmissível, se o estatuto não dispuser o contrário.
Parágrafo único. Se o associado for titular de quota ou fração ideal do patrimônio da associação, a transferência daquela não importará, de per si, na atribuição da qualidade de associado ao adquirente ou ao herdeiro, salvo disposição diversa do estatuto.
Sobre o parágrafo único: Em algumas associações, o fato da pessoa ser associado gera pra você o direito de uma fração ideal do patrimônio da associação e esse direito patrimonial é transmissível, ou seja, pode ser deixado como herança. Assim, se em algum momento vier a acontecer a dissolução da associação, o herdeiro do associado irá receber o valor da fração ideal que o falecido possuía. 
Direitos e Deveres dos Associados 
O fato da pessoa se associar, vai fazer com que essa na qualidade de associado passe a ter direitos e deveres para com a associação, não gerando por conseguinte, direitos e deveres entre os associados (a não ser direitos e deveres previstos no estatuto). 
O Código determina também, que não pode haver entre associados do mesmo nível, algum tipo de discriminação, ou seja, os associados que estão no mesmo patamar não poderão ter direitos e deveres diferentes. 
Art. 53. Constituem-se as associações pela união de pessoas que se organizem para fins não econômicos.
Parágrafo único. Não há, entre os associados, direitos e obrigações recíprocos.
Art. 55. Os associados devem ter iguais direitos, mas o estatuto poderá instituir categorias com vantagens especiais.
Art. 58. Nenhum associado poderá ser impedido de exercer direito ou função que lhe tenha sido legitimamente conferido, a não ser nos casos e pelaforma previstos na lei ou no estatuto.
Ou seja, até para privar o associado de algum direito, é preciso passar por uma espécie de julgamento dentro da associação. 
Exclusão do Associado
Art. 57. A exclusão do associado só é admissível havendo justa causa, assim reconhecida em procedimento que assegure direito de defesa e de recurso, nos termos previstos no estatuto.        (Redação dada pela Lei nº 11.127, de 2005)
Assim, também para excluir um associado vai ter que haver um procedimento dentro da associação. Então o próprio estatuto tem que prever quais são as causas de exclusão (pode haver outras penalidades), o procedimento (qual será o órgão julgador), e tem que ser garantido o direito de defesa. Daí vai surgir uma decisão e dessa, tem que se garantir, dentro da associação ainda, grau de recurso (ou seja, uma segunda instância para poder reavaliar essa decisão). Entretanto, embora tenha esse procedimento, isso não significa que o associado não possa recorrer no Judiciário. 
Ex: Dois grupos que disputam o poder na associação, sendo que o que está no poder começa a perseguir o grupo que não está no poder, inventando, por exemplo, que um dos associados cometeu uma falta prevista no estatuto e por isso deve ser excluído. 
Assembléia Geral 
Na associação quando criado o estatuto, já vai dizer como se dá a administração dessa PJ. Podendo criar vários órgãos, mas sempre o órgão deliberativo máximo, vai ser a Assembléia Geral. Sendo que essa tanto pode ter competências que não serão exclusivas dela, como tem também as que estão somente sobre o seu domínio. Ou seja, tem coisas na associação que só podem ser deliberadas na Assembléia Geral, que a priori é constituída por todos os associados. 
Art. 59. Compete privativamente à assembléia geral:  (Redação dada pela Lei nº 11.127, de 2005)
I – destituir os administradores;         (Redação dada pela Lei nº 11.127, de 2005)
II – alterar o estatuto.        (Redação dada pela Lei nº 11.127, de 2005)
Parágrafo único. Para as deliberações a que se referem os incisos I e II deste artigo é exigido deliberação da assembléia especialmente convocada para esse fim, cujo quorum será o estabelecido no estatuto, bem como os critérios de eleição dos administradores.   
Art. 60. A convocação dos órgãos deliberativos far-se-á na forma do estatuto, garantido a 1/5 (um quinto) dos associados o direito de promovê-la.         (Redação dada pela Lei nº 11.127, de 2005)
Extinção da Associação
Art. 61. Dissolvida a associação, o remanescente do seu patrimônio líquido, depois de deduzidas, se for o caso, as quotas ou frações ideais referidas no parágrafo único do art. 56, será destinado à entidade de fins não econômicos designada no estatuto, ou, omisso este, por deliberação dos associados, à instituição municipal, estadual ou federal, de fins idênticos ou semelhantes.
§ 1o Por cláusula do estatuto ou, no seu silêncio, por deliberação dos associados, podem estes, antes da destinação do remanescente referida neste artigo, receber em restituição, atualizado o respectivo valor, as contribuições que tiverem prestado ao patrimônio da associação.
§ 2o Não existindo no Município, no Estado, no Distrito Federal ou no Território, em que a associação tiver sede, instituição nas condições indicadas neste artigo, o que remanescer do seu patrimônio se devolverá à Fazenda do Estado, do Distrito Federal ou da União.
Supondo que por alguma razão se extinguiu a associação, entra-se na questão da destinação do patrimônio, mas antes terá que se realizar a liquidação desse patrimônio (o que tem de ativo e passivo), pagar a quem se deve, para só então seguir as outras medidas previstas no artigo. 
Fundação
Ao contrário da associação, ela não é criada a partir da reunião de pessoas, mas sim através da dotação de um patrimônio para criação dessa PJ. Ou seja, uma pessoa, pega alguns bens do seu patrimônio, separa deste, criando um patrimônio à parte com a finalidade de que a partir desse novo patrimônio, seja criada essa PJ. Que também não tem finalidade econômica. 
Agora, ao contrário da associação, o art. 62, enumera as finalidades possíveis para uma fundação. 
Art. 62. Para criar uma fundação, o seu instituidor fará, por escritura pública ou testamento, dotação especial de bens livres, especificando o fim a que se destina, e declarando, se quiser, a maneira de administrá-la.
Parágrafo único. A fundação somente poderá constituir-se para fins de:        (Redação dada pela Lei nº 13.151, de 2015)
I – assistência social;        (Incluído pela Lei nº 13.151, de 2015)
II – cultura, defesa e conservação do patrimônio histórico e artístico;        (Incluído pela Lei nº 13.151, de 2015)
III – educação;        (Incluído pela Lei nº 13.151, de 2015)
IV – saúde;        (Incluído pela Lei nº 13.151, de 2015)
V – segurança alimentar e nutricional;        (Incluído pela Lei nº 13.151, de 2015)
VI – defesa, preservação e conservação do meio ambiente e promoção do desenvolvimento sustentável;        (Incluído pela Lei nº 13.151, de 2015)
VII – pesquisa científica, desenvolvimento de tecnologias alternativas, modernização de sistemas de gestão, produção e divulgação de informações e conhecimentos técnicos e científicos;        (Incluído pela Lei nº 13.151, de 2015)
VIII – promoção da ética, da cidadania, da democracia e dos direitos humanos;        (Incluído pela Lei nº 13.151, de 2015)
IX – atividades religiosas;        (Incluído pela Lei nº 13.151, de 2015)
Esse rol foi modificado recentemente, pois antes tinha uma redação que dizia que a fundação tinha que ter fim “religioso, moral, cultural ou assistencial”, sendo que essa mudança trouxe uma discussão sobre se esse rol, se ele seria exemplificativo ou taxativo. A maior parte dos autores costumavam considerar como um rol exemplificativo, porque era mais aberto, já com esse atual a maior parte continua pensando que é exemplificativo, no entanto, Requião tem algumas dúvidas quanto a isso, pois quando se enumera muito e não há “dentre outras”, meio que se reforça a questão da taxatividade. 
Exemplo de fundação: FGV
Criação da Fundação 
Ela se dá a partir da dotação de um patrimônio, o que pode ser tanto por atos inter vivos como por mortis causas. Quando é feita essa dotação, também há a determinação de quem será a pessoa responsável por criar a fundação. 
Eventualmente pode ser que o ativo que tenha sido destinado para criação da fundação, não seja suficiente e caso isso ocorra, o art. 63 dispõe sobre o que pode ser feito com esse valor. 
Art. 63. Quando insuficientes para constituir a fundação, os bens a ela destinados serão, se de outro modo não dispuser o instituidor, incorporados em outra fundação que se proponha a fim igual ou semelhante.
Ou seja, se o valor não tiver sido suficiente para a criação da fundação e o instituidor não tiver dado nenhuma diretriz do que fazer com o dinheiro, este será incorporado em outra fundação que tenha fim igual ou semelhante. Além disso, como dito anteriormente o sujeito terá que determinar quem irá criar a fundação, assim, os art. 65 e 66, tratam disso. 
Art. 65. Aqueles a quem o instituidor cometer a aplicação do patrimônio, em tendo ciência do encargo, formularão logo, de acordo com as suas bases (art. 62), o estatuto da fundação projetada, submetendo-o, em seguida, à aprovação da autoridade competente, com recurso ao juiz.
Parágrafo único. Se o estatuto não for elaborado no prazo assinado pelo instituidor, ou, não havendo prazo, em cento e oitenta dias, a incumbência caberá ao Ministério Público.
Fica claro nesse artigo que o Ministério Público tem uma atuação nas fundações muito mais forte do que ele tem nas outras PJ, porque como a fundação é só uma massa patrimonial, é importante que tenha o Ministério Público para fiscalizar se as pessoas que estão administrando essa massa estão seguindo o que foi determinado. Nota-se que aqui, antes do registro, passa-sepelo juiz para que ele possa dar um “ok”, e se nesse prazo, a pessoa que o instituidor determinou não criar o estatuto, a incumbência passa para o Ministério Público. 
Vale ressaltar que esse MP, ao longo da vida da fundação vai continuar sendo o responsável por essa PJ. 
Art. 66. Velará pelas fundações o Ministério Público do Estado onde situadas.
§ 1º Se funcionarem no Distrito Federal ou em Território, caberá o encargo ao Ministério Público do Distrito Federal e Territórios.        (Redação dada pela Lei nº 13.151, de 2015)
§ 2o Se estenderem a atividade por mais de um Estado, caberá o encargo, em cada um deles, ao respectivo Ministério Público.
Alteração do Estatuto da Fundação 
Aqui temos um quadro diferente do da associação, pois nesta, vimos que a alteração do estatuto passa pela Assembléia Geral, dessa forma, tem-se a participação dos sujeitos de forma muito mais clara. Já na fundação, por apenas possuir administradores, a alteração do seu estatuto também será algo que vai passar por uma fiscalização legal.
Art. 67. Para que se possa alterar o estatuto da fundação é mister que a reforma:
I - seja deliberada por dois terços dos competentes para gerir e representar a fundação;
II - não contrarie ou desvirtue o fim desta;
III – seja aprovada pelo órgão do Ministério Público no prazo máximo de 45 (quarenta e cinco) dias, findo o qual ou no caso de o Ministério Público a denegar, poderá o juiz supri-la, a requerimento do interessado.           (Redação dada pela Lei nº 13.151, de 2015)
O segundo requisito trata de uma vedação a uma alteração do estatuto que modifique a finalidade da fundação, ou seja, essa sempre vai ter que ser preservada. 
Quando a alteração não for unânime, os interessados na alteração vão ter que pedir que os outros interessados, que foram vencidos, sejam intimados para que eles apresentem suas razões, se assim quiserem, para que o Ministério Público na hora que for analisar se aprova ou não o estatuto, tenha acesso tanto as razões de que venceu, quanto as razões de quem foi vencido. 
Extinção da Fundação 
Art. 69. Tornando-se ilícita, impossível ou inútil a finalidade a que visa a fundação, ou vencido o prazo de sua existência, o órgão do Ministério Público, ou qualquer interessado, lhe promoverá a extinção, incorporando-se o seu patrimônio, salvo disposição em contrário no ato constitutivo, ou no estatuto, em outra fundação, designada pelo juiz, que se proponha a fim igual ou semelhante.
Uma pessoa jurídica qualquer pode ser extinta por qualquer motivo ou até sem motivo, desde que a maioria dos seus integrantes delibere a extinção. Já a fundação, não pode ser extinta por qualquer razão, só pode ser extinta nas hipóteses que a lei prevê. As hipóteses são as seguintes:
Caso o seu objeto se torne ilícito: No momento do registro o seu objeto pode ser lícito, pois se fosse ilícito antes a fundação não seria aprovada e instituída. Mas esse objeto pode se tornar ilícito. 
Quando o objetivo se torne inócuo: Preservação de um animal que já foi extinto. Ou porque falhou ou porque teve sucesso.
Caso seja impossível a sua manutenção: Quando, por exemplo, o patrimônio não é mais suficiente para a finalidade. 
Caso vença o prazo de duração: Não é corriqueira, pois não é necessário que a fundação tenha um prazo, pode e não pode ter. Não é necessário que a fundação tenha prazo de existência. 
As causas de extinção da fundação são bem parecidas com as vistas anteriormente, só não tem aqui como vimos na associação, a possibilidade dela se extinguir porque deixaram de existir pessoas que a compunham. Aqui também não terá em regra a quem deixar o patrimônio, a não ser que eventualmente o fundador tenha deixado claro no momento de criação da fundação, a determinação de que cumprido o objetivo da fundação esse patrimônio seria destinado a algo ou alguém. Mas caso isso não tenha ocorrido, seguirá o rumo previsto no artigo. 
Domicílio 
PARTE GERAL LIVRO I – DAS PESSOAS
TÍTULO III – DO DOMICÍLIO (ART. 70º A 78º)
Categoria que é utilizada em questões de dir.civil,processual, dir. tributario, de ausência. Varias questões podem estar relacionadas com a ideia do domicilio.
Domícilio x Residência
São conceitos que se relacionam mas que não são exatamente as mesmas coisas.
Art. 70. O domicílio da pessoa natural é o lugar onde ela estabelece a sua residência com ânimo definitivo
Domicilio da pessoa Natural 
Índole Objetiva-Fixação da residência.
Índole Subjetiva-O ânimo de permanecer naquele local e ali ter a sede de suas atividades.
A ideia de domicilio não parte do presuposto que vc seja dono do imóvel que vc mora e sim que vc esteja residindo naquele local com o âmbito definitivo.
Ex o fato de uma pessoa estar morando de aluguel não descaracteriza a ideia de domícilio.-ideia de âmbito definitivo esta presente.
Ex intercambio vc fica em uma residencia mas não é um domicílio pois a pessoa não tem âmbito de definitivo.
Ex Locação de um casa por 2 meses em PF, é uma locação por tempora que não tem nenhum âmbito de ser definitivo por isso não é o domicílio.
 
Unidade, pluralidade e ‘’falta’’ de domicilio
Art. 71. Se, porém, a pessoa natural tiver diversas residências, onde, alternadamente, viva, considerar-se-á domicílio seu qualquer delas.
O código traz a questão da pluralidade de domiciolio, bem como não aceita a questão da pessoa não ter um domicilio.
Pluralidade- Pessoa possui mais de uma residência e vive alternadamente entre elas.Passa parte do tempo em uma e parte do tempo em outra.Nesse caso no código diz que a pessoa tem 2 domicilios e qualquer uma delas pode ser considerada domicílio do sujeito.
Ex Professor da aula em feira de santana,camaçari e salvador. Se entar em uma ação em relação a faculdade de camaçari poderia entar somente com as coisas que fossem especificas da relação de emprego de camaçari
Ex casa de praia na qual constantemente ou todo verão vai.O importante é a continuidade.
Art. 72. É também domicílio da pessoa natural, quanto às relações concernentes à profissão, o lugar onde esta é exercida
Parágrafo único. Se a pessoa exercitar profissão em lugares diversos, cada um deles constituirá domicílio para as relações que lhe corresponderem.
Falta de domicilio-
Art. 73. Ter-se-á por domicílio da pessoa natural, que não tenha residência habitual, o lugar onde for encontrada.
Temos também algumas situaçoes que se fossemos utilizar os requisitos do artigo 70 teriamos pessoas sem domicilio. Nesses casos precisamos definir aonde é o domicilio dessa pessoa pq se não cria uma fixão jurúidica que está presente no art73.Então aonde essas pessoas forem encontradas será considerado como sendo o seu domicilio.
Espécies
Voluntário x Necessário
Art. 76. Têm domicílio necessário o incapaz, o servidor público, o militar, o marítimo e o preso.
Parágrafo único. O domicílio do incapaz é o do seu representante ou assistente; o do servidor público, o lugar em que exercer permanentemente suas funções; o do militar, onde servir, e, sendo da Marinha ou da Aeronáutica, a sede do comando a que se encontrar imediatamente subordinado; o do marítimo, onde o navio estiver matriculado; e o do preso, o lugar em que cumprir a sentença.
Necessarios-Determinados pelo Art 76.
Art. 77. O agente diplomático do Brasil, que, citado no estrangeiro, alegar extraterritorialidade sem designar onde tem, no país, o seu domicílio, poderá ser demandado no Distrito Federal ou no último ponto do território brasileiro onde o teve.
Situação do diplomata brasileiro em que estiver prestando serviço no exterior- Se ele for citado no exterior m uma ação, ele pode alegar um beneficio de extraterritorialidade(está a serviço e não pode ser citado nesse local) e quando faz isso ele tb já pode indicar no Brasil onde é o domicilio dele(voluntariedade) mas se ele não indicar onde é o CC vai considerar domicilio desse sujeito no Distrito Federal ou o ultimo local onde foi o domicilio dele.
 Voluntário- dependeda vontade da pessoa
Geral x Especial
Art. 78. Nos contratos escritos, poderão os contratantes especificar domicílio onde se exercitem e cumpram os direitos e obrigações deles resultantes.
O domicilio do art 70 é usado para a generalidade das ações que é o domicilio onde vc fixa sua residencia com ambito definitivo. Mas quando se faz um contrato por escrito, os contratantes podem fixar para aquele contrato, fixar atraves do contrato um domicilio que é diferente do seu domicilio geral. Esse domicilio é chamado de domicilio especial, que vai servir como domicilio para as pessoas como um domicilio em relaçao aquele contrato. Também chamado de domicilio de eleição, não confundir com domicilio eleitoral.
Domicilio da pessoa Jurídica
Art. 75. Quanto às pessoas jurídicas, o domicílio é:
I - da União, o Distrito Federal;
II - dos Estados e Territórios, as respectivas capitais;
III - do Município, o lugar onde funcione a administração municipal;
IV - das demais pessoas jurídicas, o lugar onde funcionarem as respectivas diretorias e administrações, ou onde elegerem domicílio especial no seu estatuto ou atos constitutivos.
§ 1o Tendo a pessoa jurídica diversos estabelecimentos em lugares diferentes, cada um deles será considerado domicílio para os atos nele praticados.
§ 2o Se a administração, ou diretoria, tiver a sede no estrangeiro, haver-se-á por domicílio da pessoa jurídica, no tocante às obrigações contraídas por cada uma das suas agências, o lugar do estabelecimento, sito no Brasil, a que ela corresponder.
Para pessoa juridica não tem logica aplicar o art70. O Art 75 vai indicar quais são os domicilios das pessoas jurídicas.
Se uma empresa atua em varios locais cada lugar que ela atua é considerado seu domicilio
Pessoa estrangeiar seu domicilio é considerado o local onde tem sua representação. Muito útil,pois vc citar a pessoa fora do brasil envolve cartarrogatoria que envolve muito tempo.
BENS JURÍDICOS -LIVRO II dos bens
Objetos da relação jurídicas – bens jurídicos e prestações. 
Toda utilidade física ou ideal que seja objeto de um direito subjetivo (relação jurídica). Pode ter existência tangível ou não (ex. programa de computador). Pode ter expressão econômica ou não (ex. vida, honra, liberdade, direitos da personalidade). 
Noção Geral
Saimos do estudo do sujeito e entramos no estudo do objeto, bens são objetos do direito. Ou seja, aspecto importante pq vc nunca vai dizer que tem uma relação juridica com um bem pq relação juridica se da entre pessoas, quem possa titularizar direitos e deveres . Um bem vc pode ter dominio, titulariza-lo porque aquele bem é objeto.
Bens x Coisa
DIFERENÇA ENTRE BEM JURÍDICO E COISA: 
POSIÇÃO DE ORLANDO GOMES: Bem jurídico é o gênero e coisa a espécie. Tudo o que pode ser objeto de relação jurídica é bem jurídico. Coisa é aquele bem jurídico que tem existência física e expressão econômica. 
POSIÇÃO DE MARIA HELENA DINIZ: coisa é o gênero e bem é a espécie. Tudo que existe no universo, exceto o ser humano, é coisa. Bem jurídico é apenas aquilo que pode ser objeto de relação jurídica. *Aquilo que é insuscetível de apropriação ou cuja apropriação não é de interesse, embora seja coisa, não é bem jurídico. 
EX: sol, por existir no universo e não ser o ser humano, é coisa. Por não poder ser apropriado, não é objeto de relação jurídica. 
POSIÇÃO DE CAIO MARIO DE SILVA PEREIRA: bem é o gênero, coisa é a espécie. Tudo que pode ser objeto de relação jurídica é bem jurídico. Coisa é apenas o bem que tem existência física. Não exige economicidade. Posição predominante
Bem- Ao falar de bem tb pode se dizer que esta falando de algo que tem uma valor para o sujeito, não necessariamente economico, algo que lhe é de alguma forma interessante,útil, positiva. Quando falo de bem não é algo necessariamente material. Pode se fala em bens materiais ou em bens imateriais( direitos das personalidade)- não tem uma manifestção fisica,vc tem o dir. a privacidade mas vc não sente ele.
Bem Imaterial- não tem uma manifestação física no mundo. 
Bem Material- tem uma manifestação fisica no mundo. Os bens materiais são coisas.
A ideia de coisa também envolve a manifestação física no mundo.Mas nem todo bem é uma coisa(bem imaterial). A ideia de bem tb está vinculada a ideia de valor(não necessariamente economico) Tem coisas que podem não ter qualquer valor ex uma folha que caiu da arvore, é uma coisa mas não tem valor. Mas se um turista passa e guarda essa folha como recordação ela passa a ser um bem. 
Sobre as coisas, coisa é sempre material mas pode ser
Coisas corporeas- Coisas que tem forma. Ex notebook,cadeira.
Coisas incorporeas- Coisas que não tem uma forma definida. Ex energia eletrica. Energia eletrica tem manifestação física no mundo
Bens patrimoniais- bens que são economicamente apreciaveis.( credito bem imaterial mas patrimonial)
Bens extrapatrimoniais – bens que não são economicamente apreciaveis.(folha bem material mas extrapatrimonial)
Bens comuns-Não presente no CC. Ex luz solar,ar atmosferico
Patrimonio
Ideia de patrimonio ela algumas vezes é usado de forma equivocada pelas pessoas, no sentido de que as pessoas tem posses, mas quando falamos de patrimonios estamos falando de todos os aspectos economicamente apreciaveis da vida do sujeito. O erro das pessoas é que quando falamos de patrimonio não falamos apenas do positivo mas tb do negativo.O patrimonio tb envolve as dívidas que o sujeito tem, por exemplo.Todo patrimonio envolve o ativo e o passivo.Todo mundo sempre tem patrimonio pois é impossivel, lealmente impossivel, em vida fazer a trnsferencia dele como um todo pois vc sempre precisara ser possuidor,ou estara com credito ou divida com alguem.Todo mundo só tem um patrimonio.No assunto desconsiderção da personalidade juridica, isso so acontece pq ao inves de esse sujeito respeitar o que é o patrimonio dele e o que é o patrimonio da pessoa juridica, há uma confusão, desconsidera essa separação.Na extinção da associação ou fundação tb envolve a ideia do patrimonio mas o patrimonio liquido(o que sobra de ativo dps de pago o passivo).
Teoria do Patrimonio Minimo
Essa teoria preconiza que os bens tb podem ser ali um fator importante para garantir a dignidade do sujeito. Ou seja, O pressuposto aqui é que a garantia de uma vida digna passa tb por uma ideia de um patrimonio minimo para aquele sujeito. Ou seja, é a ideia de que os bens patrimoniais eles tem uma função de garantir a dignidade desse sujeito.
Essa teoria não comete um erro que podria cometar pois não pretende dizer de ante mão quais são os bens que compoe o patrimonio minimo, pq os bens que compoe o patrimonio minimo vão variar em razão de dois fatores, 
1.Tempo pois o que compõe um patrimonio de uma pessoa hoje certamente não era o que compunha o patrimonio de uma pessoa há 50 anos atraz, NÃO DA PARA PENSAR NUMA LISTA DE QUAL SERIA O PATRIMONIO PQ AO LONGO DO TEMPO ESSA NECESSIDADE MUDA E A LISTA AUMENTA.Ex internet atualmente.
2.O segundo é o fato de que cada um dos sujeitos tem necessidades que são necessidades diferente, com isso quer dizer uma pessoa que seja cardiaca tem que tomar o remedio diariamente, o remedio compoe o patrimonio minimo desse sujeito, uma pessoa que use oculos seu patrimonio minimo sera composto por ele.
Fala-seTeoria do patrimmonio minimo pois na legislação n tem nenhum artigo de lei falando do patrimonio minimo. Mas tem uma categoria de bem, bem de familia que é uma logica parecida dessa teoria.Em processo civil tem alguns bens que são impenhoraveis(dialoga com essa logica da teoria)
Bens Considerados em si mesmos  CAPÍTULO I
Móveis x Imóveis
Criterio da mobilidade.
Móveis-A regra é que eles são transferido pela tradição, tradição é o ato de entregar o bem.Ex(1) te entrguei o celular então é seu. Ex(2) te vender um celular, um simples negocio juridico não transmite um bem.Acertamos um preço e Gabriela já me pagou, como não entreguei o celular vendo para helson, e ele agindo de boa fé paga e recebe( a propriedade foi transferidapara ele) o celular. Gabriela vai ficar sem o celula mas pode entrar com um processo de indenização de perdas e danos.
Imóvel- A transferencia se da por via de registro.Ex.Tem que ir no cartorio de imoveis para fazer a transferencia.
Art. 79. São bens imóveis o solo e tudo quanto se lhe incorporar natural ou artificialmente.
Acessão coisa que é incorporada ao solo.Ex(1) predio que foi construido, foi incorporado ao solo(acessão) pela via artificial. Ex(2) Arvore que nasceu
Antes do CC. de 2002 falava-se n so da acessão fisica mas da acessão intelectual, que era quando o bem estava destinado ao uso do solo. Ex pessoa tinha uma fazenda e o trator que estva destinado a arar a terra era considerado um bem.Hoje em dia isso não funciona mais.
Precisamos classifica todos os bens como imovel ou movel.Problema é que a classificação de bens moveis e imoveis do ponto de vista de logica mais estrita eu n teria como classificar bens imateriais como moveis ou imoveis Ex privacidade. Para resolver esse problema o CC. cria a fixão juridica, onde diz para efeitos legais esses bens são considerados bens imoveis ou moveis
Art. 80. Consideram-se imóveis para os efeitos legais:
I - os direitos reais sobre imóveis e as ações que os asseguram;
II - o direito à sucessão aberta.
Ex(1) direito de gozo sobre o imovel é considerado como bem imovel.
Ex(2) essoa morreu os herdeiros tem direito a sucessão aberta, esse direito tb é considerado um bem imovel.
Temos tb situações de bens que são imoveis mas que podem estar na situaçao de movidade, isso não faz com que ele perca a caracteristica de bem imovel.
Art. 81. Não perdem o caráter de imóveis:
I - as edificações que, separadas do solo, mas conservando a sua unidade, forem removidas para outro local;
II - os materiais provisoriamente separados de um prédio, para nele se reempregarem.
Ex(1) casa que seja transportada de um local a outro
Ex(2) Predio historico se retira a fachada para restauração e depois recoloca.
Art. 82. São móveis os bens suscetíveis de movimento próprio, ou de remoção por força alheia, sem alteração da substância ou da destinação econômico-social.
Bens semoventes- bem Imóvel que se mova por força própria.Ex animais.
Art. 83. Consideram-se móveis para os efeitos legais(fixão juridica)
I - as energias que tenham valor econômico;(por isso que se pode falar de furto de energia elétrica)
II - os direitos reais sobre objetos móveis e as ações correspondentes;(direitos relativos a coisas)
III - os direitos pessoais de caráter patrimonial e respectivas ações.(direito de crédito com alguem)
Art. 84. Os materiais destinados a alguma construção, enquanto não forem empregados, conservam sua qualidade de móveis; readquirem essa qualidade os provenientes da demolição de algum prédio.
Ex cimento e tijolos para construir uma casa, até construir o muro é considerado bem móvel. Ao construir o muro vira imóvel. Se destruir o muro ele vira móve novamente.
Fungíveis x Infungiveis
Fungível-A Ideia de fungibilidade é a ideia de se possivel substituir um por outro.Se vc pode substituir uma coisa por outra diz que são fungiveis.EX esses dois pilotos são bens fungiveis, tanto faz um como o outro, e como são fungiveis vc não consegue ver caracteristicas distintas.
Infugivel-Já quando um bem é infugivel ele tem caracteristicas que o diferenciam de outro bem da mesma especie.Ex professor tem um vade mecum e aluna outro, professor faz anotações em varios artigo e a aluna não, assim, o bem dele passa a ser infugivel e relação ao da aluna.
Importancia disso, obrigação de entregar um vade mecum, fechamos um contrato, mas ao entregar o livro roubaram e o que ele pode fazer entrega um ou outro vade mecum pq são iguais
Ex pintor pinta um quadro e vende mas é roubado, a solução é diferente,(ele não comentou)
Art. 85. São fungíveis os móveis que podem substituir-se por outros da mesma espécie, qualidade e quantidade
Só explica o fungivel, infugivel descobre-se por eliminação
Consumivel x Inconsumivel
Art. 86. São consumíveis os bens móveis cujo uso importa destruição imediata da própria substância, sendo também considerados tais os destinados à alienação.
A imensa maoria dos bens vai se deteriorar com o passar do tempo.Ex remedio vc toma e resulta na destruição imediata do bem consumivel
Bens consumiveis pode ser materialmente consumiveis e bens juridicamente consumiveis(destinados à alienação)
Ressalva , se tem os bens materialmentes consumiveis e bens juridicamentes consumidos, bens que se encontram naquele momento destinado à alienação Ex livros que se encontram na livraria para venda, mas quando vc compra ele deixa de ser consumive pois ele não é consumivel em essência, apenas juridicamente.
Divisiveis x Indivisiveis
IDEIA INICIAL É VER SE O BEM PODE SER FRACIONADO SEM ALTERAR A SUA SUBSTÂNCIA
Bem divisivel-é um bem que pode ser fracionado sem alterar a sua substancia em um primeiro sentido ex chocolate, pode ser partido, e cada etade continua sendo chocolate
Bem indivisivel- não pode ser divisivel pois vai alterar na sua substancia ex celular
Art. 87. Bens divisíveis são os que se podem fracionar sem alteração na sua substância, diminuição considerável de valor, ou prejuízo do uso a que se destinam.
Alguns bens embora possa de inicio pensar que são divisiveis por outras razões não são.Ex diamante, se vc fraciona se tem varios diamantes so que ao fracionar esses diamantes por força do quilate eles todos somados vao ter um valor menor do que aquele diamante inteiro.Embora fracionar o diamante não altera a sua substãncia eu vou considerar um bem indivisivel pois altera-lo traz um prejuizo de ordem economica. 
Art. 88. Os bens naturalmente divisíveis podem tornar-se indivisíveis por determinação da lei ou por vontade das partes.
Além disso o Art88 traz a possibilidade de um bem divisivel possar ser considerado indivisivel por razão da lei.EX a lei fixa um moldo rural que diz que aquilo é indivisivel. Ex eu te devo mil reais a priori divisivel posso te dar 500 e 500 , mas em um contrato pode considerar aqueles 1000 indivisivel.
Ex eu dev 1000 reais para 2 pessoas, modo logico paga 500 e 500. ExAgr devo o celular para 2 pessoas como pago¿ não pode entregar o celular apenas para 1 pessoa, assim pode trazer diversas consequencias.
Singulares x Coletivos
Singulares:
Simples- Bens que formam um todo homogêneo, cujas partes, unidas pela natureza ou pelo engenho humano, não precisam de determinação de lei, podendo-se exemplificar com um animal.Aqui a coesão é natural.
Compostas- São aquelas coisas formadas pela conjunção de coisas simples que, em consequência , perdem autonomia. As coisas reunidas podem ser de ordem material(edificio) ou imaterial(fundo de comécio). Trata-se da coesão artificial.
Art. 89. São singulares os bens que, embora reunidos, se consideram de per si, independentemente dos demais.
Art. 90. Constitui universalidade de fato a pluralidade de bens singulares que, pertinentes à mesma pessoa, tenham destinação unitária.
Parágrafo único. Os bens que formam essa universalidade podem ser objeto de relações jurídicas próprias.
Coletivos ou Universais- São aqueles agregados a um conjunto, contituidos por várias coisas singulares, passando a formar um todo único,possuidor de individualidade própria,distinta de seus componentesExarvaroe singular,floresta coletivo Ex coleção de livros de machado de asis, reunidos serão considerados coletivos,universialidade de fato(pertencentes a uma mesma pessoa e com uma finalidade única).
Um livro de machado de assis, ao ser destruido por uma pessoa causa um dano mas se a pessoa tiver a coleção e o mesmo livro for destruido o dano é maior .
Universalidade de Fato(universitas facti)- Referindo-se ao conjunto de bens singulares,corpóreos e homogêneos, ligados pela vontade humana para a consecção de um fim,exemplificando-se como uma biblioteca ou galeria de quadros. Não há de se confundir com as coisass singulares compostas, em razão da autonomia das coisas que formam a univesidalidade de fato.

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