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Custos Industriais ~Apostilha V 2012.docx 1⇒277 Antonio Victorino Avila Eng.º Civil, MSc. Versão – 2.5 Florianópolis 2012 � ∴ Custos Industriais ~Apostilha V 2012.docx 2⇒277 Catalogação na publicação por Graziela Bonin – CRB14/1191. Custos Industriais 1 – Introdução 2 – Teoria da Produção – Custos 3 – Ajuste de curvas polinomiais; 4 – O Plano de Contas; 5 – A margem de contribuição; 6 – O custeio; 7 – A apropriação de custos; 8 – Sistemas de apropriação de custos; 9 – Métodos modernos de custeio 10 – O custo padrão; 11 - A depreciação; 12 - O lucro e a produtividade; 13 – Tributos 14 – Encargos Sociais; 15 – A precificação; 16 – Preços Estratégicos de Mercado 17 – Balanced Scorecard; 18– Referências Bibliográficas A958c AVILA, Antonio Victorino. Custos & precificação / Antonio Victorino Avila; Antonio Edésio Jungles. – Florianópolis. "Programa de Educação Tutorial da Engenharia Civil - UFSC", 2012. 276 p. : il. color. ; 24 cm Inclui Bibliografia. ISBN 1. Custos industriais. 2. Precificação. 3. Contabilidade. I. Jungles, Antônio Edésio. II. Título. CDU 624 Custos Industriais ~Apostilha V 2012.docx 3⇒277 Custos Industriais e Precificação O objetivo deste livro é contribuir para que o aluno disponha, antecipadamente, do conteúdo a ser ministrado em sala de aula. A assim tenha condições de conhecer, acompanhar a evolução do programa e discutir a matéria durante a sua apresentação. É intenção do autor evitar que o aluno copie conteúdo ou teoria apresentada em quadro negro. Deste modo, ao findar o curso, o discente disporá de uma expressão documental contínua e coerente com o que foi discutido, apresentado ou resolvido durante em sala de aula. Ela não dispensa a consulta e o estudo da bibliografia em referência ou complementar, pois representa simples notas de aula, resumo do conteúdo tratado. O autor recomenda ao aluno resolver os exercícios constantes da apostilha e, refazer, aqueles solvidos em sala de aula visando à devida fixação do conteúdo discutido. Florianópolis, março de 2012. Antonio Victorino Avila Engenheiro Civil, MSc. Em Engenharia de Produção Versão 2.5 – Agosto de 2.012 Copyright do Autor Permitida cópia e reprodução, citada a fonte. Engº Civil Antônio Victorino Avila Custos Industriais e Precificação Custos Industriais ~Apostilha V 2012.docx 4 SUMÁRIO 1 - INTRODUÇÃO ................ ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 1.1 - DA IMPORTÂNCIA EM CONHECER CUSTOS. ....................................................... 8 1.2 – OBJETIVOS. ...................................................................................................... 8 1.3 – CONTABILIDADE E DISPÊNDIOS. ....................................................................... 9 1.3.1 - Principais Grupos Contábeis ................................................................ 9 1.3.2 – Classificação dos dispêndios ............................................................... 12 1.3.3 – Definindo custo .................................................................................... 12 1.3.4 – Definindo despesa ................................................................................ 13 1.3.5 – Definindo investimento ....................................................................... 13 2 – TEORIA DA FIRMA .................................................................... 16 2.1 – OBJETIVO ....................................................................................................... 16 2.2 – TEORIA DA PRODUÇÃO ................................................................................... 16 2.2.1 – Conceituação ........................................................................................ 16 2.2.2 – Processo de Produção .......................................................................... 17 2.2.3 – O curto e o longo prazo. ........................................................................ 17 2.3 – TEORIA DOS CUSTOS. ..................................................................................... 18 2.3.1 – Classificação dos Custos .................................................................... 18 2.3.2 – Regras de Classificação ....................................................................... 18 2.3.3 – Tipos de Custos .................................................................................... 19 2.3.4 – Custos Fixos ......................................................................................... 19 2.3.5 – Custos Variáveis .................................................................................. 20 2.3.6 – Custos Totais ........................................................................................ 21 2.3.7 – Custo Marginal .................................................................................... 21 2.3.8 – Análise Gráfica .................................................................................... 23 2.3.9 – Minimização de Custos. ........................................................................ 24 2.4 – TEORIA DA RENDA. ........................................................................................ 27 2.4.1 – Conceitos. .............................................................................................. 27 2.4.2 – Ponto de Equilíbrio Operacional ....................................................... 29 2.4.3 – Maximização do Lucro. ......................................................................... 31 2.4.4 – Economia de Escala. ............................................................................. 34 2.5 – OTIMIZAÇÃO DA PRODUÇÃO - RESUMO ...................................................... 35 2.5.1 - Da minimização dos custos .................................................................. 35 2.5.2 - Da maximização do Lucro ................................................................... 36 2.5.3 - Produção Ótima ................................................................................... 36 2.6 – ANÁLISE DE CAPACIDADE INSTALADA ........................................................... 36 2.6.1 – Conceitos. .............................................................................................. 36 2.7 – RATEIO DO CUSTO FIXO .................................................................................. 38 2.7.1 - Tipos de rateio ........................................................................................ 38 2.7.2 - Rateio Técnico ....................................................................................... 39 2.8 – EXERCÍCIOS. ................................................................................................... 41 2.8.1 – EXERCÍCIO RESOLVIDO. ..............................................................................41 2.8.2 – EXERCÍCIOS PROPOSTOS. ............................................................................. 42 3 – AJUSTES DE CURVAS POLINOMIAIS .................................. 46 3.1 - INTRODUÇÃO................................................................................................... 46 3.2 – O MODELO ..................................................................................................... 47 3.3 – ARTIFÍCIO DE CÁLCULO ................................................................................. 47 3.4 – AJUSTES DE RETA ........................................................................................... 48 3.5 – AJUSTE DE CURVA – FUNÇÃO QUADRÁTICA – 2º GRAU. ................................ 50 3.5.1 – O Modelo ............................................................................................... 50 3.6 – AJUSTE DE CURVA – FUNÇÃO DO 3º GRAU. .................................................... 50 3.6.1 – O Modelo ............................................................................................... 50 3.7 – AJUSTE DE CURVA – FUNÇÃO DO 4º GRAU. .................................................... 50 3.7.1 – O Modelo ............................................................................................... 51 3.8 – APLICAÇÃO DA METODOLOGIA. ..................................................................... 51 3.8.1 – Curva do 2º grau – Ajuste ................................................................... 51 ........................................................................................................................... 52 3.8.2 – Custos Totais – ajuste .......................................................................... 54 3.9 – RAÍZES DO POLINÔMIO DE TERCEIRO GRAU ................................................... 55 3.9.1 – Objetivo ................................................................................................. 55 3.9.2 – A Metodologia ...................................................................................... 55 4 – PLANO DE CONTAS. ................................................................. 57 4.1 – DEFINIÇÃO ..................................................................................................... 57 4.2 – CONTABILIDADE LEGAL E GERENCIAL. .......................................................... 57 4.3 – ECONOMICIDADE DA INFORMAÇÃO ................................................................ 58 4.3.1 – Do Plano de Contas. .............................................................................. 58 4.3.2 – Das Contas Contábeis. ........................................................................... 59 4.4 – MODELOS DE PLANOS DE CONTA. .................................................................. 62 4.4.1 - Micro E Pequenas Empresas ............................................................... 62 4.4.2 – Plano de Contas - Empresa Construtora ........................................... 66 4.4.3 – Plano de Contas por Ordem de Fabricação. ........................................... 71 4.5 – DOS RELATÓRIOS DE CONTROLES. ................................................................. 74 4.5.1 – Exigibilidades ....................................................................................... 74 4.5.2 - Fluxogramas de Acompanhamento. ....................................................... 76 4.6 – FLUXOS CONTÁBEIS ....................................................................................... 78 4.6.1 - Visão Contábil ........................................................................................ 78 Engº Civil Antônio Victorino Avila Custos Industriais e Precificação Custos Industriais ~Apostilha V 2012.docx 5 4.6.2 – O Fluxo Contábil / Processo de Encerramento ................................. 79 4.6.3 - Fluxo das Despesas. ............................................................................... 80 4.6.4 – Fluxo dos Custos. .................................................................................. 80 5 – MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO. ............................................. 85 5.1 – DEFINIÇÃO. .................................................................................................... 85 5.1.1 – Determinação da margem de contribuição. ........................................... 85 5.1.2 – Margem específica e margem relativa ............................................... 86 5.1.3 – Margem de contribuição e margem de lucro .................................... 87 5.2 – METODOLOGIA DE CÁLCULO. ........................................................................ 88 5.2.1 - Calculo da Margem – rateio das horas totais. ........................................ 88 5.2.1.1 – Metodologia. ...................................................................................... 89 5.2.1.2 – Aplicação. .......................................................................................... 90 5.2.2 – Calculo da Margem – rateio pelo valor do custo. .................................. 91 5.3 – EXERCÍCIOS. ................................................................................................... 93 5.4 – PONTO DE EQUILÍBRIO E MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO. ................................. 95 5.4.1 – Introdução. ............................................................................................ 95 5.4.2 – Produto Único. ...................................................................................... 95 5.4.3 – Ponto de Equilíbrio para Múltiplos Produtos. ....................................... 96 5.4.4 – Tipos de Pontos de Equilíbrio. .............................................................. 99 5.5 – DEFESA DE CAIXA PELO PONTO DE EQUILÍBRIO. ........................................... 101 5.5.1 – Metodologia e conceitos .................................................................... 101 5.5.2 – Aplicação ............................................................................................ 102 5.6 – EXERCÍCIO. .................................................................................................. 103 6 – O CUSTEIO ................................................................................. 104 6.1 – INTRODUÇÃO. ............................................................................................... 104 6.2 – CUSTEIO POR ABSORÇÃO OU INTEGRAL. ...................................................... 105 6.2.1 – O Método. ........................................................................................... 105 6.3 – CUSTEIO DIRETO, VARIÁVEL OU MARGINAL ............................................... 107 6.3.1 – O método. ............................................................................................ 107 6.3.2 – Vantagens do Custeamento Direto ...................................................... 108 6.3.3 -– Desvantagens do Custeio Direto. ....................................................... 109 6.4 – PONTO DE EQUILÍBRIO. ................................................................................ 110 6.5 – PRODUTOS DE MAIOR MARGEM ................................................................ 111 6.6 – ACRÉSCIMO DE PRODUÇÃO. ......................................................................... 112 6.7 – EXEMPLO PARA EMPRESA COMERCIAL ........................................................ 113 6.8 – ANÁLISE DIFERENCIAL DE CUSTO. ................................................................ 114 6.9 - EXERCÍCIOS PROPOSTOS ............................................................................... 115 7 – APROPRIAÇÃO DE CUSTOS. ................................................ 120 7.1 – CENTROS DE CUSTOS................................................................................... 120 7.2 – DEFININDO CENTROS DE CUSTOS. ................................................................ 121 8 – SISTEMAS DE APROPRIAÇÃO DE CUSTOS ..................... 123 8.1 – TIPOS DE SISTEMAS. ..................................................................................... 123 8.2 – SISTEMA POR ORDEM DE SERVIÇO. .............................................................. 123 8.2.1 – Documentação Básica e Contabilização .............................................. 125 8.3 – SISTEMA POR PROCESSO. .............................................................................. 126 9– MÉTODOS MODERNOS DE CUSTEIO ................................. 128 9.1 – CUSTEIO ABC. ............................................................................................. 128 9.1.1 - Introdução ............................................................................................ 128 9.1.2 - O Método ............................................................................................. 128 9.1.3 - Vantagens e Desvantagens. .................................................................. 128 9.1.4 - Exemplo. .............................................................................................. 128 9.1.5 - Exercício Proposto ............................................................................... 128 9.2 – CUSTEIO POR META. ..................................................................................... 128 9.2.1 - Introdução ............................................................................................ 128 9.2.2 - O Método ............................................................................................. 128 9.2.3 - Vantagens e Desvantagens. .................................................................. 128 9.2.4 - Exemplo. .............................................................................................. 128 9.2.5 - Exercício Proposto ............................................................................... 128 9.3 – CUSTEIO PELO CICLO DE VIDA. .................................................................... 128 9.3.1 - Introdução ............................................................................................ 128 9.3.2 - O Método ............................................................................................. 128 9.3.3 - Vantagens e Desvantagens. .................................................................. 128 9.3.4 - Exemplo. .............................................................................................. 128 9.3.5 - Exercício Proposto ............................................................................... 128 9.4 – CUSTEIO KAIZEN. ......................................................................................... 128 9.4.1 – Introdução. ........................................................................................... 128 9.4.2 – O método. ............................................................................................ 128 9.4.3 - Vantagens e Desvantagens. .................................................................. 128 9.4.4 - Exemplo. .............................................................................................. 128 9.4.5 - Exercício Proposto ............................................................................... 128 10 – O CUSTO PADRÃO ............................................................... 129 10.1 – OBJETIVO. .................................................................................................. 129 10.2 – CONTROLE CONTÁBIL. ............................................................................... 129 ......................................................................................................................... 129 10.2.1 – Rotina do Custo Padrão .................................................................. 130 10.3 – ANÁLISE DE DESVIOS. ................................................................................ 131 10.3.1 - Variação de Quantidade. .................................................................... 131 10.3.2 - Variação de Preço ............................................................................. 131 Engº Civil Antônio Victorino Avila Custos Industriais e Precificação Custos Industriais ~Apostilha V 2012.docx 6 10.3.3 – Variação de Composição ................................................................. 131 10.3.4 – Exemplo ............................................................................................ 131 10.4 – ANÁLISE DE DESEMPENHO ......................................................................... 132 11 – DEPRECIAÇÃO. ......................................................................................... 136 11.1 – INTRODUÇÃO. ............................................................................................. 136 11.2 – DEDUÇÃO OU DESPESA. ............................................................................. 136 11.3 – O MÉTODO DA LINHA RETA ....................................................................... 137 11.3.1 – Utilização .......................................................................................... 137 11.3.2 – Exercício .......................................................................................... 138 11.4 - MÉTODO DA SOMA DOS DÍGITOS DOS ANOS ............................................... 138 11.4.1 - Utilização .......................................................................................... 138 11.4.2 – Exercício ........................................................................................... 138 11.5 - MÉTODO DO SALDO DECRESCENTE ......................................................... 139 11.5.1 - Utilização. .......................................................................................... 139 11.5.2 – Exemplo ............................................................................................ 139 11.6 - MÉTODO DA UNIDADE DE PRODUÇÃO ........................................................ 140 11.7. - EXEMPLOS. ................................................................................................ 141 11.8 - EXERCÍCIOS. ............................................................................................... 142 12 – O LUCRO & A LUCRATIVIDADE ....................................... 148 12.1 – INTRODUÇÃO .............................................................................................. 148 12.2 - VISÃO COMERCIAL ..................................................................................... 148 12.2.1 - Definições. ......................................................................................... 148 12.2.2 - Caso do comércio. .............................................................................. 149 12.2.3 – Caso da construção. ........................................................................... 150 12.3 – MÉTODO DUPONT. ..................................................................................... 151 12.4 – EXEMPLOS DE CASOS ................................................................................. 151 12.5 – APLICAÇÃO DO SISTEMA DUPONT. ............................................................. 153 12.6 – PARADIGMA DO LUCRO .............................................................................. 153 12.7 - EXERCÍCIO .................................................................................................. 154 13 13 13 13 ---- TRIBUTRIBUTRIBUTRIBUTOSTOSTOSTOS ......................................................................................156 13.1 – INTRODUÇÃO. ............................................................................................. 156 13.2 – TIPOS DE TRIBUTOS .................................................................................... 156 13.2.1 - Impostos ............................................................................................. 157 13.2.2 - Contribuições ..................................................................................... 157 13.2.3 - Taxas. ................................................................................................. 157 13.2.4 - Fundos. ............................................................................................... 157 13.3 – CALCULO DO TRIBUTO E BASE DE CÁLCULO ............................................. 158 13.3.1 – Enquadramento tributário. ................................................................. 158 13.3.2 – Ramo da Empresa .............................................................................. 159 13.3.3 – Regimes de tributação ................................................................. 159 13.4 – IMPOSTO SOBRE SERVIÇOS – ISS. ............................................................... 161 13.5 – O ICMS. ..................................................................................................... 162 13.5.1 – Do Imposto ........................................................................................ 162 13.5.2 – Exemplo ............................................................................................. 163 13.6 – O IPI. .......................................................................................................... 164 13.6.1 - Conceituação ...................................................................................... 164 13.7 – REGIME DO LUCRO REAL. .......................................................................... 166 13.8 – O IMPOSTO DE RENDA – LUCRO REAL........................................................ 168 13.8.1 – Conceituação ..................................................................................... 168 13.8.2 – EXERCÍCIO I. RENDA - LUCRO REAL ........................................................ 169 13.9 – CONTRIBUIÇÃO SOCIAL SOBRE O LUCRO LÍQUIDO – LUCRO REAL ............. 170 13.9.1 – Conceitos e alíquotas ......................................................................... 170 13.9.2 – Exercícios de aplicação ..................................................................... 170 13.10 – COFINS E PIS-PASEP............................................................................. 171 13.10.1 - Regime de incidência cumulativa ..................................................... 171 13.10.2 - Regime de incidência não-cumulativa .............................................. 171 13.11 – REGIME DO LUCRO PRESUMIDO ............................................................... 172 13.11.1 – Conceituação ................................................................................... 172 13.11.2 – Imposto de Renda – Lucro Presumido. ............................................ 174 13.11.2.2 - Percentuais de presunção. ...................................................... 175 13.11.2.3 – Construção Civil. ...................................................................... 176 13.11.3 – CSLL – Lucro Presumido. ............................................................... 176 13.11.4 - Conceito de Receita Bruta ................................................................ 178 13.11.5 - Valores Integrantes da Base de Cálculo ........................................... 178 13.11.6 - Receitas Tributadas na Fonte .................................................... 180 13.11.7 – Exemplos de Aplicação. .................................................................. 181 13.12 – O SIMPLES NACIONAL. ............................................................................. 184 13.12.1 – Definições. ....................................................................................... 184 13.12.2 – Calculo do Tributo ........................................................................... 185 13.12.3 – Exemplo ........................................................................................... 186 13.13 – DA INCORPORAÇÃO DE EDIFÍCIOS. ........................................................... 186 13.14 – CONSTRUÇÃO CIVIL ................................................................................. 187 13.14.1- Composição dos tributos sobre o faturamento. ................................. 187 13.14.2 - Análise de Sensibilidade .................................................................. 188 13.15 – EXERCÍCIOS .............................................................................................. 193 13.15.1 - Exercícios Resolvidos ...................................................................... 193 13.15.1 - Exercícios Propostos. ....................................................................... 198 14 14 14 14 ---- ENCARGOS SOCIAIS E TENCARGOS SOCIAIS E TENCARGOS SOCIAIS E TENCARGOS SOCIAIS E TRABALHISTAS.RABALHISTAS.RABALHISTAS.RABALHISTAS. ......................................... 200 14.1 - INTRODUÇÃO............................................................................................... 200 14.2 – CÁLCULO DOS ENCARGOS. ......................................................................... 201 14.2.1 – OS TIPOS DE ENCARGOS. ......................................................................... 201 Engº Civil Antônio Victorino Avila Custos Industriais e Precificação Custos Industriais ~Apostilha V 2012.docx 7 14.2.2 – Metodologia. ..................................................................................... 201 14.2.3 – Índice de Encargos. ........................................................................... 202 14.2.4 – Horas normais e extraordinárias. ....................................................... 202 14.3 – DEFINIÇÃO DOS ENCARGOS ...................................................................... 205 14.3.1 - Contribuição ao INSS ....................................................................... 205 14.3.2 - Encargos Previdenciários Básicos. ..................................................... 205 14.3.3 – Descanso Semanal Remunerado - DSR............................................. 207 14.3.4 - Auxílio-doença. .................................................................................. 207 14.3.5 - Encargos mensais sobre 13º Salário. .................................................. 208 14.3.6 – Encargo sobre Férias. ........................................................................ 208 14.3.7 - Reincidência de Encargos Previdenciários. ....................................... 209 14.3.8 - Multa FGTS – Rescisão sem justa causa ........................................... 210 14.3.9 – Aviso Prévio Indenizado. .................................................................. 210 14.3.10 - Adicional de Periculosidade. ............................................................ 211 14.3.11 - Adicional da insalubridade. .............................................................. 211 14.3.12 - Salário Família. ................................................................................ 212 14.4 – EXEMPLOS DE CALCULO DE ENCARGOS. .................................................... 212 14.4.1 – Caso do Trabalhador Permanente – Mensalista................................. 212 14.4.2 - Caso de Trabalhador Temporário. ...................................................... 214 14.5 – EXERCÍCIO .................................................................................................215 14.5.1 – Salário Líquido. ................................................................................. 215 14.5.2 – Custo do empregado. ......................................................................... 215 15.1 – INTRODUÇÃO. ............................................................................................. 219 15.2 - PREÇO POR COMPOSIÇÃO DE CUSTOS. ........................................................ 220 15.2.1 – Preço sob regime do lucro real. ......................................................... 220 15.2.2 – Preço sob regime do lucro presumido ............................................... 222 15.2.3 – Preço sob o regime do simples nacional......................................... 223 15.2.4 – Exercício ........................................................................................... 224 15.3 – CASO DO PROFISSIONAL LIBERAL – PREÇO POR PROJETO. ........................... 224 15.3.1 – Produção e mercado. ......................................................................... 224 15.3.2 - O preço por projeto.......................................................................... 227 15.3.3 – Produção Anual de Equilíbrio - PAE. ........................................... 229 15.3.4 - A Produção Anual Máxima. .............................................................. 231 15.3.5 – Resumo da Metodologia. ................................................................. 232 15.3.6 – Exercícios resolvidos. ........................................................................ 232 15.3.7 – A influência dos tributos e o lucro. ................................................... 233 15.3.8 – Exercício ........................................................................................... 235 15.4 - PROFISSIONAL LIBERAL – PREÇO POR VISITA .............................................. 237 15.4.1 – Metodologia. ..................................................................................... 237 15.4.2 – Exercício proposto. ............................................................................ 237 15.5 – INDÚSTRIA E COMÉRCIO – MARK-UP ......................................................... 238 15.5.1 – Definição do mark-up. ....................................................................... 238 15.5.2 – Metodologia de formação do mark-up .......................................... 239 15.5.3 – Exemplo. ............................................................................................ 239 15.5.4 – Exercício proposto ........................................................................... 240 15.6 – PREÇO HORÁRIO DE EQUIPAMENTO. ........................................................... 241 15.6.1 – Custos administrativos e financeiros. ................................................ 241 15.6.2 – Custos de manutenção. ...................................................................... 241 15.6.3 – Custos de operação. ........................................................................... 241 15.6.4 – Impostos e Taxas. .............................................................................. 242 15.6.5 – Metodologia. ...................................................................................... 242 15.6.6 – Exercício. ........................................................................................... 243 15.7 – PREÇOS DE SERVIÇOS POR ENCOMENDA – BDI .......................................... 245 15.7 1. - Metodologia ...................................................................................... 245 15.7.2 – Exemplo de aplicação ........................................................................ 247 15.7.3 – Exercícios propostos ........................................................................ 249 15.8 – FORMAÇÃO DO PREÇO INDUSTRIAL. ........................................................... 250 15.9 – PREÇO DE VENDA DE PRODUTOS. ............................................................... 252 15.9.1 – Metodologia ...................................................................................... 252 15.9.2 - Exemplo – Caso de um Produto ...................................................... 252 15.10 - PREÇO DE MIX DE PRODUTOS. .................................................................. 253 15.10.1 – Teoria. .............................................................................................. 254 15.10.2 - Aplicação. ......................................................................................... 255 15.11 – PREÇO DE SERVIÇOS PROFISSIONAIS. ....................................................... 257 15.11.1 – Metodologia .................................................................................... 257 15.12 – EXERCÍCIOS PROPOSTOS. .......................................................................... 258 16 16 16 16 ---- PREÇO ESTRATÉGICO DEPREÇO ESTRATÉGICO DEPREÇO ESTRATÉGICO DEPREÇO ESTRATÉGICO DE MERCADOMERCADOMERCADOMERCADO. ........................................... 262 16.1 – ATRIBUIÇÃO DE PREÇOS DISTINTOS. .......................................................... 262 16.2 – PREÇOS COMPETITIVOS. ............................................................................. 262 16.3 – PREÇOS POR LINHA DE PRODUTO. .............................................................. 263 16.4 - COMENTÁRIOS. ........................................................................................... 264 17 - BALANCED SCORECARD .................................................... 265 17. 1. - OBJETIVO .................................................................................................. 265 17.2 - PROCESSO E INDICADORES. ......................................................................... 266 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS. .......................................... 269 18 – CASOS EM CUSTOS. ............................................................. 274 18.1 – FUNÇÃO DE PRODUÇÃO – CENÁRIOS. .......................................................... 274 18.2 – CASO DA MARGEM ESPECÍFICA E RELATIVA ................................................ 275 18.3 – CASO DO RATEIO DAS DESPESAS E O IMPACTO NO LUCRO .......................... 276 18.4 – ANÁLISE DE CUSTEIO ................................................................................. 277 Engº Civil Antônio Victorino Avila Custos Industriais e Precificação Custos Industriais ~Apostilha V 2012.docx 8 1 – Dos Custos e Dispêndios 1.1 - Da Importância em Conhecer Custos. Custos podem ser definidos como sendo a expressão monetária dos recursos colocados à disposição da produção, sejam eles humanos, tecnológicos, financeiros. Conhecer custos é condição básica para administrar qualquer empresa, seja comercial, industrial ou de serviços, de micro a grande porte. É plenamente reconhecido pelos estudiosos da administração que o conhecimento e a aplicação do conhecimento de custos integram a arte de bem administrar uma empresa. Havendo acompanhamento formal de custos, qualquer empresa passa a dispor de informações necessárias a medir o seu desempenho; a comparar o que foi orçado como o realizado dispondo de dados confiáveis para análise de desempenho; a definir o preço próprio; enfim, a decidir sobre estratégias adequadas a competir no mercado onde atua, apoiada em dados próprios que exprimem a sua realidade. No mercado competitivo e globalizado, conhecer os custos incorridos é condição de sobrevivência. Tal conhecimento permite definir estratégias comerciais, pois se pode decidir, entre outros, sobre: a) A manutenção, ou não, de um produto em linha de produção dado oscustos praticados; b) Efetuar propostas de preço ou participar de licitações conhecendo a lucratividade a ser alcançada; c) Avaliar a evolução do custo dos insumos que integram cada produto; d) Analisar a realização da produção em instalações próprias ou terceirizadas. e) Avaliar quando um produto deva ser ofertado ou tiver sua produção descontinuada. Entende o autor que dados sobre custos contribuirão para uma boa gestão somente se atenderem a três requisitos básicos: serem fidedignos; permitir fácil acesso ou recuperação; e serem únicos para a empresa como um todo. E, para tanto, o instrumento recomendado é a disponibilidade de um eficiente sistema contábil que conjugue a contabilidade gerencial e a legal. 1.2 – Objetivos. Uma empresa apura custos visando, basicamente, três objetivos gerais: I) Atender às exigências legais, com vistas à avaliação dos estoques e a composição dos balanços; II) À tomada de decisão e ao exercício de processos de controle, visando medir o desempenho havido e o cumprimento das margens de lucro desejadas; III) Permitir ao administrador efetuar a análise do preço de seus produtos e serviços de modo racional, de modo a manter a competitividade da empresa junto ao mercado em que atua. Para tanto, dois instrumentos são disponíveis, a contabilidade de custos, ou gerencial, e a contabilidade legal. Engº Civil Antônio Victorino Avila Custos Industriais e Precificação Custos Industriais ~Apostilha V 2012.docx 9 A contabilidade de custos tem os seguintes objetivos específicos: a) Determinação do custo dos insumos aplicados à produção; b) Determinação dos custos incorridos pelas diversos áreas ou órgãos da organização; c) Análise da evolução dos custos dos produtos; d) Controle das operações e atividades; e) Apoio ao processo de decisão; f) Elaboração dos orçamentos; g) Análise de desperdícios, tempo ocioso, etc.. No caso de apoio ao processo de decisão, a contabilidade de custos pode subsidiar à: a) Formação do preço de venda; b) Definição ou verificação do quanto cada produto, linha de produção ou órgão da organização contribui para o lucro; c) Definição do preço mínimo a ser praticado; d) Definição do nível mínimo de atividades para que um departamento, órgão ou a empresa como um todo seja viável; e) Etc.. A contabilidade legal, por sua vez, tem por objetivo apurar o resultado da empresa visando estabelecer o lucro tributável, atender às exigibilidades fiscais e apresentar o desempenho da empresa aos acionistas. Não é o objetivo desta disciplina se aprofundar no estudo da contabilidade. Mas, recomenda-se ao interessado dispor de um sistema contábil único capaz de atende às exigibilidades de ambos os tipos de contabilidades. Justifica-se tal procedimento pela economia de custos propiciada pela adoção de um sistema único de controle bem como pela confiabilidade gerada por tal sistema no corpo gerencial da organização devido à unicidade das informações dele advindas. 1.3 – Contabilidade e dispêndios. 1.3.1 - Principais Grupos Contábeis. Para o entendimento do assunto a ser discutido, é importante ter presente a nomenclatura utilizada pela contabilidade e pela análise de custos quanto à escrituração dos dispêndios. Do ponto de vista contábil, define-se como dispêndio a todo gasto efetuado, ocorra ou não saída de caixa. É importante para a análise, acompanhamento e controle de custos, que se disponha conhecimento dos documentos contábeis que os registrem fidedignamente. Os principais documentos contábeis necessários a um acompanhamento da evolução ou variação de custos incorridos são: o balanço patrimonial, representado pelo conjunto de contas do ativo e do passivo, e o demonstrativo do resultado do exercício; a seguir comentados. O ativo é o documento contábil que registra os bens e direitos de propriedade da empresa e se divide em dois principais grupos: ativo circulante e o ativo não circulante. No ativo circulante são contempladas as contas: caixa, depósitos a vista em bancos, duplicatas a receber de clientes, Engº Civil Antônio Victorino Avila Custos Industriais e Precificação Custos Industriais ~Apostilha V 2012.docx 10 aplicações financeiras, estoques, adiantamentos realizados a fornecedores e impostos pagos antecipadamente, enfim, bens e direitos com alto grau de liquidez e realizáveis no próximo exercício. O ativo não circulante se divide em quatro sub-grupos denominados: • Realizável a longo; • Investimentos; • Imobilizado; • E, o intangível. Cada um destes subgrupos, por sua vez, é composto por contas contábeis que permitem analisar e conhecer a situação da empresa. Ver Tab.1.1 – Contas de Ativo. O passivo, documento que demonstra as dividas da empresa de curto prazo para com terceiros e, também, para com os sócios, é dividido em três principais grupos. São eles: o passivo circulante; o passivo exigível de longo prazo, integrado por contas a serem pagas no longo prazo. E, o patrimônio líquido, onde está registrado o capital dos sócios e as reservas de capitais não distribuídas ou com destinação específica. Ver o exemplo exposto na Tab. 1.2 – Contas de Passivo. E, o DRE – demonstrativo de resultados do exercício, é um documento que demonstra como foi realizado o lucro ou o prejuízo do exercício contábil. Ver o exemplo da Tab.1.3 - Demonstrativo de Resultados do Exercício. Balanço Patrimonial 1 - Ativo R$ 1.1 - Circulante 712.823.08 1.1.1. Caixa e Bancos 1.1.2. Recebíveis de Clientes 1.1.3. Aplicações Financeiras 1.1.4. Prov. Devedores Duvidosos (-) 1.1.5. Impostos a Compensar 1.1.6. Estoques Produtos Acabados 1.1.7. Estoques de Produtos em Elaboração 1.1.8. Estoques de Matérias Primas 1.1.9. Adiantamentos a Fornecedores 1.1.10. Contratos de obras 44.653.73 121.033.96 23.872,07 4.430,51 1.037,12 220.000,00 57.197,70 70.934,41 9.663,58 160.000,00 1.2 – Não Circulante 1.275.176,92 1.2.1 – Realizável em Longo Prazo 216.408,27 • 1.2.1.1 – Créditos em Coligadas • 1.2.1.2 – Financiamentos a clientes • 1.2.1.3 - Contratos futuros 13.085,87 103.322,40 100.000,00 1.2.2 - Investimentos 430.347,00 • 1.2.2.1 – Empresa A • 1.2.2.2 – Empresa B 130.347,00 300.000,00 1.2.3 – Imobilizado 578.282,57 • 1.2.3.1 - Imóveis • 1.2.3.2 - Equipamentos • 1.2.3.3 - Veículos • (-) Depreciações 370.000,00 100.282,57 129.600,00 21.600,00 1.2.4 - Intangível 50.139,08 • 1.2.4.1 - Diferido • 1.2.4.2 - Patentes 30.139,08 20.000,00 1.3 - Total do Ativo 1.988.000,00 Tab. 1.1 – Contas de Ativo Engº Civil Antônio Victorino Avila Custos Industriais e Precificação Custos Industriais ~Apostilha V 2012.docx 11 Balanço Patrimonial 2 - Passivo R$ 2.1 - Circulante 294.039,54 2.1.1. Bancos 2.1.2. Fornecedores 2.1.3. Obrigações Fiscais a Recolher 2.1.4. Encargos Sociais 2.1.5. Encargos Trabalhistas 2.1.6. Outras Obrigações 2.1.7. Provisões 61.325,00 165.895,52 10.181,46 11.283,18 10.500,00 30.070,75 4.783,63 2.2 – Exigível de Longo Prazo 184.602,63 2.2.1. Financiamentos a Pagar 2.2.2.Débitos em Coligadas 2.2.3. Contratos p/ Entrega Futura 71.104,34 13.469,61 100.028,68 2.3 – Patrimônio Líquido 1.509.358,23 2.3.1. Capital Social 2.3.2. Reservas de Capital 2.3.3. Reservas de Lucro 1.156.110.00 95.545,85 62.408,78 2.3.4. Lucros Acumulados no exercício 195.293,60 2.4 - Total do Passivo 1.988.000,00 Tab. 1.2 – Contas de Passivo 3 - Demonstrativo de Resultados do Exercício item R$ 3.1 Receita Operacional Bruta + 956.712,25 3.2 Deduções à Receita (-) 147.764,69 3.2.1 – Tributos 3.2.2 - Descontos 124.372.56 23.392,13 3.3 Receita Operacional Líquida = 808.947,56 3.4 Custo de Produtos Vendidos (-) 470.370,65 3.4.1 – Produto A 3.4.2 - Produto B 3.4.3 – Serviços Técnicos 92.630,65 178.230,00 199.510,00 3.5 Lucro Operacional Bruto = 338.576,91 3.6 Despesas Operacionais. (-) 40.267,59 3.6.1 - Despesas com Vendas 3.6.2 - Despesas Gerais e Administrativas 1.237,04 39.030,55 3.7 Lucro Operacional Líquido - EBITDA1 298.309,32 3.8 3.9 3.10 Depreciação Amortizações Resultado Financeiro 3.10.1 – Juros Recebidos (+) 3.10.2 – Juros Pagos (-) (-)............5.500,00 (-) 4.166,51 (-) 2.728,54 4.194,35 6.422,89 3.11 Lucro Operacional = 254.531,74 3.12 Resultado Não Operacional 3.12.1 - Receitas Não Operacionais 3.12.2 - Despesas Não Operacionais + 5.004,01 7.004,01 (-) 2.000,00 3.13 Lucro Antes do Imposto de Renda - LAIR = 259.535,75 3.14 Provisão p/ o Imposto de Renda – 15%+10% (-) 40.883,93 3.15 Contribuição Social s/ o Lucro Líquido – 9% (-) 23.358,22 3.16 Lucro Líquido do Exercício = 195.293,60 3.17 Depreciação 5.500,00 3.18 Geração Anual de Caixa 200.793,60 Tab.1.3 - Demonstrativo de Resultados do Exercício (1) EBITDA = Earnings before interest, tax, depreciation, and amortization. Esta é a expressão utilizada em língua inglesa referente ao lucro operacional líquido. Ou seja, o lucro antes da incidência de juros, taxas, depreciação e amortização. Engº Civil Antônio Victorino Avila Custos Industriais e Precificação Custos Industriais ~Apostilha V 2012.docx 12 1.3.2 – Classificação dos dispêndios. Conforme o destino do dispêndio realizado, a alocação contábil do gasto é lançada em contas contábeis diferentes e devem receber tratamento distinto no processo contábil da empresa. Assim sendo, são escriturados em contas contábeis que apresentam distintas nomenclaturas, conforme esquema mostrado na Tab.1.4 – Classificação dos Dispêndios. Antes de definir os principais gastos efetuados pela empresa, é importante conhecer a definição do que seja gasto e os tipos em que podem ser subdivididos. Gasto ou dispêndio é entendido como qualquer compromisso financeiro efetuado na aquisição de bens e serviços, seja ele pago ou não. Podem ser divididos em três principais tipos: • Custos – são os dispêndios realizados diretamente no esforço de produção, seja de bens ou serviços, e correspondem à aquisição de insumos, mão de obra ou serviços necessários ao cumprimento desse esforço. • Despesas – correspondem aos dispêndios realizados tanto no processo de administração da empresa como no de vendas e marketing. • Investimentos – correspondem aos dispêndios realizados na aquisição de imóveis, equipamentos necessários ao cumprimento do objeto social da empresa. E, também em capital de giro, a exemplo dos estoques de matéria prima, necessidades mínimas de caixa, numerário destinado ao cumprimento de obrigações como salários e encargos sociais, aluguéis, etc. Investimentos Custos Despesas Ativo Circulante ⇓ Estoques Demonstrativo do Resultado do Exercício (Lucro Bruto) ⇓ Dispêndios realizados no esforço de produção ⇓ Custos Diretos Demonstrativo do Resultado do Exercício (Lucro Operacional) ⇓ Gastos administrativos, com vendas e pagamento de juros. ⇓ Custos Indiretos Ativo Imobilizado ⇓ Máquinas, Imóveis, Participações Societárias Tab.1.4 – Classificação dos Dispêndios. 1.3.3 – Definindo custo. Os custos são definidos como sendo os gastos incorridos com o consumo de materiais, de mão de obra e de serviços contratados e necessários à fabricação de produtos ou na realização de serviços. A regra geral a ser utilizada para a caracterização do custo é considerá-lo como o dispêndio realizado diretamente no cumprimento da atividade fim da empresa. Seja realizado na confecção de manufatura ou na realização de serviços. Como exemplo tem-se: salários de empregados alocados na linha de produção, insumos, combustíveis, aluguel de equipamentos, encargos sociais, combustíveis e lubrificantes, Engº Civil Antônio Victorino Avila Custos Industriais e Precificação Custos Industriais ~Apostilha V 2012.docx 13 energia elétrica, água industrial, etc., enfim, gastos necessários ao cumprimento das atividades de produção. Os custos, contabilmente, são apropriados no Demonstrativo de Resultados do Exercício – DRE e permitem estabelecer o Lucro Operacional Bruto. 1.3.4 – Definindo despesas. Os gastos com despesas constituem aqueles dispêndios efetuados com a aquisição de bens e serviços consumidos de forma direta, ou indiretamente, e vinculados à administração da empresa ou ao processo de vendas, porém necessárias à obtenção das receitas. As despesas, do mesmo modo que os custos, também são contabilmente apropriados no Demonstrativo de Resultados do Exercício – DRE e permitem estabelecer o montante do Lucro Operacional. São consideradas despesas, contabilmente falando: a) As despesas gerais e administrativas, tais como salário de diretores e do pessoal da sede ou administrativos, material de escritório e de comunicação, gastos com efetuados com concessionárias de serviços públicos, impostos lançados sobre a manutenção e utilização de instalações, etc.; b) As despesas com vendas, tais como a remuneração de vendedores, diárias, estadia ou alimentação, vinculadas ao esforço de vendas, material de propaganda e publicidade; c) Os juros pagos ou devidos no exercício; d) Outras despesas operacionais a exemplo de: multas, ações judiciais, honorários de advogados etc., enfim, gastos extraordinariamente incorridos. A importância de registrar em contas contábeis distintas os gastos efetuados com despesas é permitir o seu adequado controle de modo a dispor ao gestor de dados que permitam sua análise com dados fidedignos e específicos. 1.3.5 – Definindo investimento. Investimentos englobam os gastos realizados com inversões em bens e direitos registrados no ativo da empresa visando à utilização, transformação, venda ou disponibilidade pela mesma. Os investimentos são escriturados no Ativo Circulante, quando aplicados em estoques: de insumos ou matérias primas, produtos em elaboração e de produtos acabados. Ou, no Ativo Não Circulante, compreendendo todo dispêndio quando destinado à operação da empresa, tais como imóveis, equipamentos e maquinários,patentes, participações societárias, financiamentos e contratos, etc. I – Ativo Não Circulante. Custos → Lucro Operacional Bruto Despesas → Lucro Operacional Engº Civil Antônio Victorino Avila Custos Industriais e Precificação Custos Industriais ~Apostilha V 2012.docx 14 No caso de investimentos em ativo não circulante as contas devem ser são apropriados em: realizável em longo prazo, investimentos, imobilizado ou no intangível. a) Realizável em longo prazo – compreende em direitos a serem recebíveis em exercícios futuros tais como contratos já firmados ou em execução e recebíveis ou financiamentos a clientes; b) Investimentos correspondem ao conjunto de contas contábeis onde estão registradas aplicações que a empresa efetuou em participações societárias em outras empresas, seja em ações ou cotas parte de capital; c) Imobilizado, contas onde constam as inversões realizadas em imóveis e em equipamentos. Em imóveis constam as contas de terrenos ou edificações destinados ao uso da empresa. Em equipamentos, as contas relativas com a aquisição de bens móveis destinados à operação da empresa, tais como, veículos, computadores, móveis e utensílios, máquinas e equipamentos, etc. d) O intangível contempla, especialmente, as contas do diferido e de patentes. O diferido refere-se à apropriação de investimentos em desenvolvimento, porém não operacionais ou em projetos. Patentes, corresponde à aquisição do direito de uso processos desenvolvidos por terceiros. II - Ativo Circulante. Gastos quando destinados à venda, transformação ou disponibilidade, são lançados, respectivamente, em estoques de matérias primas ou de produtos acabados e integram o conjunto de contas que participam da formação do Capital de Giro. As contas de estoque são subdivididas em três tipos: os estoques de matérias primas, os estoques de produtos em elaboração e os estoques de produtos acabados. A utilização dos insumos faz com que há uma evolução na contabilização do custo dos insumos. Deste modo um investimento em matéria prima, inicialmente é lançado na conta estoque de matérias primas. Enquanto sofre transformação durante o processo fabril, o custo é lançado na conta estoque de Produtos em Elaboração. Concluso o processo de fabricação, o custo é lançado em conta aberta para classificar o bem produzido e relacionada na conta Estoque de Produtos Acabados. Depois de vendido o produto, o custo apurado e relacionado na conta Estoque de Produtos Acabados, é lançado no DRE, visando formar o lucro do exercício. Quando houver compras a prazo ou não pagas, são efetuados dois lançamentos contábeis. O primeiro em conta de ativo, o que demonstra a existência de um bem. O outro em conta de passivo, fato que demonstra a existência de dívida da empresa. No caso de dívida de curto prazo, o lançamento ocorre no passivo circulante e, sendo a dívida de longo prazo, o lançamento é realizado no passivo exigível de longo prazo. � Engº Civil Antônio Victorino Avila Custos Industriais e Precificação Custos Industriais ~Apostilha V 2012.docx 15 � Compra de Materiais ⇒ Investimentos em Estoque � Consumo de Materiais ⇒ Valor lançado em Estoque de Produtos Acabados e a custos de produção. � Venda de Materiais ⇒ Custo lançado no DRE RESUMO dos DISPÊNDIOS Engº Civil Antônio Victorino Avila Custos Industriais e Precificação Custos Industriais ~Apostilha V 2012.docx 16 2 – TEORIA DA FIRMA 2.1 – Objetivo. O objetivo deste capítulo é estudar o comportamento de custos e despesas, contabilmente denominados de gastos ou custos operacionais, necessários a determinar a quantidade de produção que permita produzir a menores custos e, em decorrência, resulte em maior lucro para a empresa. O objetivo, então, é estudar os limites da firma visando à maximização dos lucros e, em contraposição, a minimização dos custos. Esses limites são estudados no campo do saber denominado de Teoria da Firma, área do conhecimento que integra o campo de estudo da microeconomia, conhecimento imprescindível para o gestor que se preocupa em estudar e conhecer o comportamento de sua empresa. A Teoria da Firma se subdivide em três áreas: • Teoria da Produção • Teoria dos Custos • Teoria dos Rendimentos 2.2 – Teoria da Produção. 2.2.1 – Conceituação. Conhecer a Teoria da Produção é importante devido aos seguintes fatos: a) Seus princípios gerais proporcionam as bases para a análise dos custos e da oferta dos bens produzidos; b) Seus princípios, também, se constituem peças fundamentais para a análise dos preços e do emprego dos fatores de produção, bem como da alocação desses fatores entre os diversos usos alternativos na economia. (GUERREIRO, 2009). O estudo da produção pode ser efetuado ao se dispor de uma Função de Produção, expressão que exprime qual a quantidade a ser produzida de um dado produto a partir da quantidade utilizada dos fatores de produção. Uma função de produção pode ser expressa pelo modelo abaixo em que xi corresponde à quantidade utilizada de um fator de produção i, seja fixo ou variável, e q, a quantidade a ser produzida. q = f (x1, x2,..., xn), E, define-se fator de produção como seno o conjunto de insumos, capital e trabalho demandados no esforço de produção de dado produto. Os fatores de produção podem ser classificados como sendo fixos ou variáveis. Um fator de produção é dito fixo quando acarreta dispêndio independentemente da quantidade de produção a ser realizada. Como exemplo tem-se: salário dos diretores e da administração da empresa; remuneração de escritório de contabilidade; custos realizados com veículos alocados à administração; aluguel do espaço utilizado, etc. Engº Civil Antônio Victorino Avila Custos Industriais e Precificação Custos Industriais ~Apostilha V 2012.docx 17 Um fator de produção é definido como variável quando sua demanda é função do volume de produção a ser realizado. Como exemplo cita-se: mão de obra empregada no processo de produção; energia elétrica, matéria-prima, etc. 2.2.2 – Processo de Produção. O processo de produção é realizado sob dois sistemas: o de produção contínua e o da produção por encomenda. O processo de produção contínua ocorre em linha de produção, realizada por produto único ou família de produtos, em que os bens produzidos, via de regra, os permitem ser mantidos em estoque. Como exemplo tem-se as produções de: têxteis, aço, produtos de limpeza, fios e cabos, produtos alimentícios, automóveis, etc. O processo de produção por encomenda visa atender a uma demanda especial do cliente e é produzido para um fim específico. Como exemplo tem-se: geradores de hidrelétricas, transformadores de grande porte, pontes de rodovias, edificações, pontes rolantes, projetos de engenharia em geral, etc.É interessante notar que cada indústria ou empresa apresenta características próprias no seu sistema de produção e gestão e que custos classificados numa empresa como fixos, noutra podem ser classificados como variáveis. Cabe ao gestor os saber diferenciar e os classificar adequadamente, segundo melhor atender o processo de controle da empresa, visando permitir uma boa análise do seu comportamento em cada etapa da produção e na formação do custo total praticado. 2.2.3 – O curto e o longo prazo. O estudo dos fatores de produção, seja ele fixo ou variável, pode ser realizado no curto e no longo prazo. É fácil notar que qualquer fator de produção fixo, no longo prazo, também varia. Como exemplo da assertiva acima, seja o aluguel do espaço utilizado. Ele pode ser constante por alguns meses, e sua variação anual pode até ser desconsiderada. Entretanto, não é correto considerar que esse fator seja fixo em um prazo suficientemente longo, como de dez anos. Portanto, a definição de fatores fixos e variáveis está ligada ao conceito de curto e longo prazo. (GUERREIRO, 2009). O curto prazo é definido como o espaço de tempo em que pelo menos um fator envolvido no processo de produção é fixo. O longo prazo corresponde à situação ou período onde todos os fatores de produção são variáveis. Observa-se que curto e longo prazo são situações sem uma relação definida com o tempo, mas com a oscilação dos custos e das tecnologias vinculados à elaboração de um produto. Logo, cabe acompanhamento constante quanto à oscilação dos fatores de produção visando uma adequada fixação dos preços com o objetivo da realização do lucro ou de manter a margem de lucro pré-definida. Engº Civil Antônio Victorino Avila Custos Industriais e Precificação Custos Industriais ~Apostilha V 2012.docx 18 2.3 – Teoria dos Custos. 2.3.1 – Classificação dos Custos. Os gastos operacionais, contabilmente classificados como custos de produção ou despesas administrativas e de vendas, são classificados sob duas óticas distintas e comumente denominados de custos: • Quanto à utilização do insumo no produto fabricado; • Quanto à quantidade do insumo empregado no produto fabricado. a) Quanto à utilização do insumo no produto fabricado. Sob esta ótica os insumos podem ser subdivididos em dois principais grupos: CUSTOS DIRETOS & CUSTOS INDIRETOS Os custos diretos são aqueles incorridos diretamente no esforço de produção. Ou seja, os custos de insumos agregados diretamente na confecção do produto ou na realização do serviço. Os custos indiretos são aqueles incorridos no esforço de administração da empresa e com vendas. Aí se enquadram: o salário da diretoria e de empregados vinculados à administração central, custos de manutenção e operação da sede, impostos como o IPTU, despesas realizadas com serviços públicos concedidos. b) Quanto à quantidade do insumo empregado. Sob esta ótica, os custos também são divididos em: CUSTOS FIXOS & CUSTOS VARIÁVEIS Os custos fixos, que correspondem aos custos indiretos da ótica anterior, são aqueles incorridos, por exemplo, para a manutenção e operação da administração da empresa e com as despesas de vendas, com propaganda institucional, com contabilidade, etc. São denominados de fixos, pois não variam, ou se mantém constante, quando ocorre variação na quantidade produzida. Situação esta considerada no curto prazo já que, no longo prazo, todos os custos são crescentes ou variáveis. Os custos são denominados de variáveis quando os respectivos insumos variam segundo varia a quantidade de produção realizada. 2.3.2 – Regras de Classificação. Duas são as regras práticas recomendadas para a classificação de um custo: I - Sendo possível identificar a quantidade do elemento de custo aplicado ao produto ou serviço, este custo é classificado como DIRETO OU VARIÁVEL. Assim sendo, o custo direto é apropriado pelo que efetivamente for consumido na realização do produto ou serviço. II - Havendo a impossibilidade de identificar a quantidade do elemento de custo a ser adicionado ao produto ou serviço e, conseqüentemente, haja a necessidade de algum tipo de rateio Engº Civil Antônio Victorino Avila Custos Industriais e Precificação Custos Industriais ~Apostilha V 2012.docx 19 para a sua alocação, este custo é classificado como INDIRETO OU FIXO. A alocação do custo indireto a ser suportado por algum produto ou serviço exige e a necessidade de se empregar algum critério de rateio sobre o custo indireto da firma. 2.3.3 – Tipos de Custos. Partindo da classificação acima, os custos podem ser definidos como custos unitários ou custos totais. Os custos são denominados de unitários quando se referem a uma unidade de produto. Os custos são classificados como custos totais quando englobam todos os custos incorridos por uma determinada área da empresa ou mesmo incorridos na produção de um produto qualquer. Resumindo, os custos podem ser classificados como: Custos Totais: Custo Fixo Total - CFT Custo Variável Total - CVT Custo Total – CT Custos Unitários: Custo Fixo Médio - CFM Custo Variável Médio - CVM Custo Médio ou Custo Unitário - CM Custo Marginal - CMg Nos itens em segmento serão analisados o modo de obtenção e de comportamento de cada um dos custos enumerados no quadro acima. 2.3.4 – Custos Fixos. Como já comentado, os custos fixos englobam as despesas gerais, administrativas e de vendas. Seu volume decorre do tamanho da estrutura administrativa instalada na empresa e independem da quantidade a ser produzida. Deste modo, no curto prazo, seja qual for o nível de produção realizado, estes custos existirão. No estudo de custos, basicamente, dois são os Custos Fixos a serem considerados. O Custo Fixo Total e o Custo Fixo Médio. a) O Custo Fixo Total equivale à soma de todos os custos, CFK, incorridos com despesas administrativas e de vendas. Matematicamente: CFT = Σ ( Despesas Administrativas + Despesas de Vendas ) CFT $ Custo Fixo Unitário $ Custo Fixo Total CFU Quantidade Quantidade Fig. 2.1 – Curvas do Custo Fixo. Engº Civil Antônio Victorino Avila Custos Industriais e Precificação Custos Industriais ~Apostilha V 2012.docx 20 ∑ = ++++== n 1k n321KT CFCFCFCFCFCF L Dada a definição de custo fixo, o Custo Fixo total, no curto prazo, não varia havendo variação da quantidade produzida. Assim sua representação gráfica em coordenadas cartesianas é expressa por uma reta paralela ao eixo das abscissas que representa as quantidades produzidas. Ver Fig. 2.1 – Curvas do Custo Fixo. b) O Custo Fixo Médio ou Custo Total Fixo Médio corresponde à parcela do Custo Total a ser atribuído a cada unidade de produto. Ele é definido pela razão entre o Custo Fixo Total e a quantidade produzida. Matematicamente: q CFCF TM = Conforme apresentado na Fig. 2.1 – Curvas do Custo Fixo, a representação típica desta curva de custo é decrescente com tendênciaa ser paralela ao eixo das abscissas conforme cresça o volume de produção. 2.3.5 – Custos Variáveis. Os Custos Variáveis ou Diretos representam o grupo de dispêndios efetuados diretamente na produção de bens ou serviços e variam segundo a oscilação do nível de produção. Como exemplo desses custos tem-se: matérias primas, mão de obra direta, energia elétrica, etc., onde, havendo maior ou menor produção, são consumidos em maior ou menor volume. Logo, função da variação do nível de produção. Dois são os tipos de custos variáveis a serem analisados. O Custo Variável Total e o Custo Variável Médio, cujas curvas típicas estão expressas na Fig.2.2. a) O Custo Variável Total equivale, para cada nível de produção realizado, ao somatório de todos os custos classificados como variáveis e incorridos na elaboração de um produto ou serviço. ∑ = ++++== n k nKT CVCVCVCVCVCV 1 321 L b) O Custo Variável Médio equivale à parcela do custo variável a ser suportado por unidade de produto, sendo definido como a razão entre o Custo Variável Total e a quantidade produzida. CVT Fig. 2.2 – Curvas do Custo Variável 0 1 K q 0 q $ Custo Variável Total $ Custo Variável Médio CVm Engº Civil Antônio Victorino Avila Custos Industriais e Precificação Custos Industriais ~Apostilha V 2012.docx 21 Da análise da curva representativa do Custo Variável Médio, Fig.2.2, pode-se inferir que os valores destes custos se apresentam como decrescentes desde a primeira unidade produzida até certa quantidade k, a partir da qual passam a ser crescentes. É interessante notar que a curva representativa deste custo se inicia na primeira unidade de quantidade. 2.3.6 – Custos Totais. Os custos totais também se apresentam sob dois tipos: o custo total e o custo médio ou custo unitário de produção. Ver Fig.2.2. a) O Custo Total é definido como sendo a soma dos Custos Variáveis Totais com os Custos Fixos Totais. Analisando uma curva típica de Custo Total, ver Fig.2.3, verifica-se que ela é paralela à curva do custo variável total e começa junto do início da curva do custo fixo total. b) O custo total médio, CM, ou simplesmente custo médio ou unitário, é função da relação entre o custo total pela quantidade a ser produzida. Este, então, é o custo a ser suportado por cada unidade do produto. Matematicamente: q CV q CF q CVCF q CTCM TTTT +=+== Da mesma forma que o Custo Variável Médio, da análise da curva representativa do Custo Médio pode-se inferir que os valores destes custos se apresentam como decrescentes, atingem um valor mínimo e passam a ser crescentes a partir deste ponto. Ver Fig.2.3. 2.3.7 – Custo Marginal 2.3.7.1 – Conceito. Economicamente, o custo marginal é definido como sendo o custo a ser incorrido para a obtenção de mais uma unidade de produto. q CVCV Tm = )q(CVCF)q(CT TT += CM Fig. 2.3 – Curvas do Custo Total Quantidade Quantidade CFT $ Custo Total $ Custo Médio CT CVT Engº Civil Antônio Victorino Avila Custos Industriais e Precificação Custos Industriais ~Apostilha V 2012.docx 22 Assim sendo, o custo marginal associado a uma determinada quantidade de produto é função derivada do custo total. E, sendo o custo marginal um custo unitário. Uma curva típica de custo marginal, Fig.2.4, a exemplo da curva do custo médio, também se mostra decrescente para as primeiras quantidades produzidas até chegar a uma quantidade que apresenta o menor valor de custo marginal. A partir desta quantidade, que caracteriza o menor custo marginal, os custos passam a ser crescentes. A definição de uma curva de custo marginal pode ser obtida de modo algébrico ou aritmético, conforme a quantidade de informações disponíveis, ou seja, segundo a disponibilidade de valores de custos totais relativos a diversas quantidades de produção. Para facilidade de análise e aplicação, a definição de curva de custo marginal será apresentada de modo algébrico e aritmético. Conceitualmente, partem do mesmo conceito. De modo algébrico, a curva dos custos marginais é obtida depois de efetuado algum processo de ajuste de curva polinomial. No modo aritmético, estabelecidas as quantidades a serem produzidas e os respectivos custos totais, a curva dele decorrente é obtida ao se levar esses valores a um gráfico em coordenadas cartesianas em que no eixo das abscissas são definidas as quantidades e em ordenadas o valor dos custos conexos a elas. 2.3.7.2 – Modo Algébrico. Matematicamente, o Custo Marginal é definido pela razão entre o incremento do Custo Total, conexo a um dado aumento de produção, e o acréscimo da Quantidade a ser produzida. )( )()( NT N&7N&0J ∆ ∆ = Quando se dispõe de um modelo ou função de custo total, levando-a ao limite chega-se à expressão do custo marginal. Então, da expressão acima, quando ∆q → 0, tem-se: CMg = lim �→ ∆CT ∆q = dCT dq ∴=+= GT G&9GT G&)GT G&9 &0J 777 dq dCFdCV dq dCTCM TTg + == Fig. 2.4 – Curva do Custo Marginal CMg Quantidade $ Engº Civil Antônio Victorino Avila Custos Industriais e Precificação Custos Industriais ~Apostilha V 2012.docx 23 dq dCVCMg T= 2.3.7.3 – Modo Aritmético. Por definição, o custo marginal corresponde ao incremento do custo total necessário a produzir mais uma unidade de produto. Ou seja: )k(q )k(CT)k(CMg ∆ ∆ = ∴ ∆ ∆ + ∆ ∆ = ∆ ∆ = )k(q CV )k(q CF )k(q )k(CT)k(CMg TT Considerando que o custo fixo total, CFT, permanece constante qualquer que seja a quantidade produzida, da expressão acima, ao se fazer ∆q = 1, chega-se a: CMg = ∆CT = ∆CVT Correspondendo o incremento à diferença entre dois valores consecutivos pode-se escrever, genericamente: ∆CT= CTn - CTn-1 e, ∆q = {qn – qn-1}. Levando as expressões do incremento de custo e da quantidade na expressão do custo marginal tem-se: 1nn 1nn qq CTCTCMg − − − − = Sob este formato, pode-se proceder a estudos de otimização da produção sem dispor de funções contínuas de custo, porém mantendo o rigor matemático conceitual. Além disso, é interessante constatar, que a indústria quando realiza a produção, normalmente, o faz em lotes de produtos, assim sendo, efetuar a análise de custos de modo discreto ou aritmético torna-se mais expedito para o gestor. 2.3.8 – Análise Gráfica. A Fig.2.5 apresenta, conjuntamente, as quatro curvas típicas dos custos unitários em coordenadas cartesianas. No gráfico, as quantidades a serem produzidas são lançadas no eixo das abscissas e os preços unitários no eixo das ordenadas. Do desenho pode-se verificar
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