Buscar

TCC..atuação da cipa no ambiente de trabalho

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 59 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 59 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 59 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

ESTÁCIO ROMUALDO
CURSO DE pós-graduação em DIREITO E PROCESSO DO TRABALHO E DIREITO PREVIDÊNCIÁRIO
ATAIDE DE SOUZA SOARES
ATUAÇÃO DA CIPA NO AMBIENTE DE TRABALHO
NATAL 
2018 
ATAIDE DE SOUZA SOARES
ATUAÇÃO DA CIPA NO AMBIENTE DE TRABALHO
Trabalho de Curso, na modalidade Monografia, apresentado ao Curso de pós-graduação em direito, em processo do trabalho e direito previdenciário da Estácio Romualdo como requisito parcial para obtenção do título de pós-graduado.
Orientador: Prof.ª Esp. Higor Kalliano Fernandes Queiroz de Sousa 
NATAL
2018�
ATAIDE DE SOUZA SOARES
ATUAÇÃO DA CIPA NO AMBIENTE DE TRABALHO
Trabalho de Curso, na modalidade Monografia, apresentado ao Curso de pós-graduação em direito, em processo do trabalho e direito previdenciário da Estácio Romualdo como requisito parcial para obtenção do título de pós-graduado.
entregue em, Natal (RN), ______ de _______________________ de 2018.
COMISSÃO DE AVALIAÇÃO:
____________________________________________________________
 Prof.ª Esp. Higor Kalliano Fernandes Queiroz de Sousa 
Dedico este trabalho a Deus, por ter permitido a finalização desta jornada, com coragem e saúde, e aos meus pais, que me trouxeram ao mundo e me acompanharam desde sempre.
�
AGRADECIMENTOS
 Gostaria de agradecer primeiramente a Deus por ter me dado à oportunidade de estar concluindo este curso, principalmente o presente trabalho. A os meus familiares que ao longo de toda minha jornada me acompanharam e me apoiaram em minha vida estudantil. agradeço a todos os professores do curso de pós-graduação da Estácio unidade Romualdo Galvão, meu carinho e gratidão, além de professores foram mestres e amigos. Não me esqueço de agradecer todos meus companheiros de classe, que nesta jornada estiveram juntos comigo, e a todos que de uma maneira ou de outra contribuíram para a realização desta conquista, os meus sinceros agradecimentos.
�
 “Sem sombra de dúvida, a vontade do capitalista consiste em encher os bolsos, o mais que possa. E o que temos a fazer não é divagar acerca da sua vontade, mas investigar o seu poder, os limites desse poder e o caráter desses limites.” 
Karl Marx
 �
Sumário
9RESUMO	�
11ABSTRACT	�
131 INTRODUÇÃO	�
172 CONCEITOS BÁSICOS	�
172.1 O que é CIPA?	�
2.2 A COMISSÃO DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES NA CLT..............17
2.3 HISTÓRICO DO SURGIMENTO DA CIPA...........................................18
2.4 CIPEIRO......................................................................................................20
2.5 AMBIENTE DE TRABALHO...................................................................21
3 LEGISLAÇÃO REGULAMENTADORA DA COMISSÃO INTERNA DE PREVENÇAO DE ACIDENTES –CIPA- NR5.......................................25
3.1 DO OBJETIVO DA CIPA.........................................................................25
3.2 DA CONSTITUIÇÃO E ORGANIZAÇÃO DA CIPA...........................27
3.3 ATRIBUIÇÕES DA CIPA.........................................................................29
3.4 FUNCIONAMENTO DA CIPA ...............................................................32
3.5 DO TREINAMENTO DOS MEMBROS DA CIPA................................34
3.6 PROCESSO ELEITORAL DA CIPA......................................................38
4 ESTABILIDADE E GARANTIA DE EMPREGO DO MEMBRO DA CIPA..................................................................................................................40
4.1CONCEITO DE ESTABILIDADE...........................................................40
4.2 CONCEITO DE GARANTIA DE EMPREGO......................................41
4.3 EVOLUÇÃO HISTORICA DA ESTABILIDADE................................42
4.4 ESTABILIDADE DOS MEMBROS DA CIPA......................................44
COMCLUSÃO.................................................................................................49
REFERÊNCIAS...............................................................................................50
�
RESUMO
A segurança no trabalho é uma necessidade empresarial que, cada vez mais, torna-se uma exigência mundial. As empresas devem procurar minimizar os riscos aos quais expõem seus funcionários, pois, apesar do avanço tecnológico, qualquer atividade envolve certo grau de risco. A falta de eficácia no sistema de segurança e saúde ocupacional acaba acarretando em problemas de relacionamento humano, produtividade, qualidade dos produtos e/ou serviços prestados e consequentemente há o aumento de custos. Porém, enquanto empresas e colaboradores não se conscientizarem que o acidente de trabalho pode gerar um grande problema, nenhum esforço obterá sucesso. Atuando na prevenção de acidentes a empresa não só está cumprindo com as leis, mas também está exercendo o seu papel social. Pelo lado empresarial, necessita-se de uma mudança de visão de que a implantação e manutenção de sistemas de gestão da segurança e saúde ocupacional são consideradas investimentos e não custos. Pelo lado do trabalhador é necessário uma maior conscientização e colaboração quanto ao cumprimento das normas internas e leis da segurança do trabalho. O trabalhador é sem dúvidas o mais beneficiado com ações de prevenção de acidentes do trabalho, no entanto é necessária uma mudança cultural, onde a visão dos trabalhadores vai além das paredes e portões que cercam o seu local de trabalho. A presente pesquisa tenciona demostrar a importância da atuação da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) tendo como objetivo primordial analisar a legislação aplicável ao tema, observando-se os aspectos concernentes à garantia da segurança e a qualidade de vida e saúde do trabalhador, como forma de proteção de sua integridade e dignidade. O tema é apresentado em 03 (três) capítulos, sendo o primeiro dedicado ao estudo dos conceitos de CIPA e ambiente de trabalho e como surgiu a CIPA. Em seguida, no segundo capítulo, é feita uma abordagem a cerca da NR5 que é a legislação regulamentadora da comissão interna de prevenção de acidentes (CIPA), no qual contem seus objetivos, suas atribuições, seu funcionamento, treinamento da CIPA Processo eleitoral, com as informações necessárias para um perfeito entendimento do tema. Sabe-se que a CIPA é constituída de representantes do empregador e dos empregados, com a função precípua de investigar os acidentes, promover e divulgar a necessária observância das normas de segurança, nos termos previstos na Norma Regulamentadora do Ministério do Trabalho (NR) n° 05. Desta forma, a prevenção de acidentes consiste num processo dinâmico, caracterizado por ações que devam ser tomadas no sentido de evitar, controlar, eliminar ou impedir a evolução e perpetuação dos riscos no ambiente de trabalho, proporcionando, assim, um ambiente de trabalho mais saudável e seguro. Por fim, no terceiro e último capítulo, tem-se uma análise sobre a estabilidade e garantia de emprego do membro da CIPA, abordando sobre a evolução histórica e o que é estabilidade e para que serve essa estabilidade do membro da CIPA. A metodologia utilizada neste trabalho consiste na coleta de dados obtidos por pesquisa do tipo bibliográfica, na qual se procura explicar o tema proposto tomando por base a literatura da área jurídica já publicada sobre o assunto. No que tange à tipologia da pesquisa, isto é, segundo a utilização dos resultados, é pura, visto ser realizada com a finalidade de aumentar o conhecimento do pesquisador para uma nova tomada de posição. A abordagem é qualitativa, procurando aprofundar e abranger as ações e relações humanas, observando os fenômenos sociaisde maneira intensiva. Quanto aos objetivos, a pesquisa é exploratória, objetivando aprimorar as ideias mediante informações sobre o tema em foco aprimorando o conhecimento e estimular o desenvolvimento de comportamentos mais seguros no meio ambiente de trabalho, promovendo, assim, o equilíbrio necessário para a realização de um trabalho mais digno para nosso povo. A participação da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) na proteção da saúde do trabalhador no âmbito das relações laborais demonstra a intensa preocupação com a qualidade do meio ambiente de trabalho no qual o indivíduo encontra-se realizando sua tarefa. A valoração do meio ambiente do trabalho e a adoção de medidas que previnam de acidentes são obrigações que devem ser observados por todos, sejam empregados ou empregadores. A presente pesquisa aborda justamente essa preocupação com a prevenção de acidentes tendo como objetivo analisar a doutrina e a legislação aplicável ao tema, observando-se os aspectos concernentes à garantia da segurança e a qualidade de vida e saúde do trabalhador, como forma de proteção de sua integridade e dignidade.
Palavras-chave: CIPA, Prevenção de Acidentes, Segurança do Trabalho.
�
ABSTRACT
The job security is a business necessity, increasingly becomes a global requirement. Companies should seek to minimize the riscosaos which expose their employees, because in spite of technological advance, any activity involves some degree of risk. The lack of effective occupational safety and health system eventually resulting in human relationship problems, productivity, quality of products and / or services and therefore there is an increase in costs. But while companies and employees do not become aware that the work accident can cause a big problem, no effort will succeed. Acting to prevent accidents the company is not only complying with the law but is also exercising their social role. The business side, you need is a change of view that the implementation and maintenance of safety management systems and occupational health are considered investments and not costs. The worker's side need a greater awareness and collaboration for compliance with internal rules and laws of safety. The worker is undoubtedly the most benefit from actions to prevent work-related injuries, but a cultural change is required, where the workers' vision goes beyond walls and gates surrounding their workplace. This study intends to demonstrate the importance of the Internal Commission acting for Accident Prevention (CIPA) with the primary objective to analyze the law applicable to the subject, observing the aspects related to ensuring the safety and quality of life and health of workers, to protect their integrity and dignity. The theme is presented in 03 (three) chapters, the first being devoted to the study of the concepts of CIPA and the workplace and how did the CIPA. Then in the second chapter, it is made an approach about the NR5 which the regulatory legislation of the internal committee for accident is prevention (CIPA), which contains its objectives, its powers, its operation, the CIPA electoral process training, with the information necessary for a perfect understanding of the theme. It is known that CIPA is composed of representatives of the employer and the employees, with the primary function of investigating accidents, promoting and disseminating the necessary compliance with the safety standards laid down in Regulatory Norm of the Ministry of Labour (NR) n ° 05. thus, the prevention of accidents is a dynamic process, characterized by actions that should be taken to prevent, control, eliminate or prevent the development and perpetuation of risk in the workplace, thereby providing an environment healthier and safer work. Finally, the third and final chapter, there is an analysis of the stability and job security CIPA member, addressing on the history and what is stability and serving this CIPA member of stability. The methodology used in this study consists of collecting data from research literature type, in which he seeks to explain the theme proposed building on the literature of the legal department already published on the subject. With respect to the type of research, that is, according to the use of the results is pure, as it is carried out with the purpose of increasing the knowledge of the researcher to a new position paper. The approach is qualitative, looking deeper and address the human actions and relations, observing the social phenomena intensively. As to the objectives, the research is exploratory, aimed at generating solutions through information on the subject in focus improving knowledge and encourage the development of safer behavior in the working environment, thus promoting the necessary balance for holding a job worthier for our people. The participation of the Internal Accident Prevention Commission (CIPA) on workers' health protection under labor relations demonstrates the intense concern with the quality of the working environment in which the individual is doing its thing. The valuation of the work environment and the adoption of measures to prevent accidents are obligations that must be observed by all, whether employees or employers. This research precisely addresses this concern with the prevention of accidents must analyze the doctrine and the law applicable to the subject, observing the aspects related to ensuring the safety and quality of life and occupational health as a means of protection their integrity and dignity.
Keywords: CIPA, Accident Prevention, Safety.�
1 INTRODUÇÃO
 A participação da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) na proteção da saúde do trabalhador no âmbito das relações laborais demonstra a intensa preocupação com a qualidade do meio ambiente de trabalho no qual o indivíduo encontra-se realizando sua tarefa. A adoção de medidas que previnam de acidentes são obrigações que devem ser observados por todos, sejam empregados ou empregadores. 
O presente trabalho é um tema atual e disseminado em todo o mundo, ultrapassando fronteiras, mesmo que ainda em estágios diferentes em cada parte do mundo. Independentemente do porte da organização, este assunto deve ser destaque na rotina de qualquer empresa tendo em vista que a responsabilidade social e a preocupação com o bem-estar dos funcionários e de seus familiares devem ser assuntos discutidos em todos os momentos na empresa. Pode reforçar ainda mais a importância desta pesquisa, o fato que o Brasil, segundo dados da previdência social, apresenta um alto índice de ocorrência de acidentes do trabalho em relação aos índices encontrados em outros países, causando inúmeros problemas sociais e econômicos.
 Somente com o início da Revolução Industrial, no século XVIII, foi que esse tema passou a ser relevante para o mundo das relações laborais, porquanto nascia o processo de industrialização, Surgiram a partir dessa época, diversos tipos de acidentes decorrentes das novas formas de trabalho que apareceram com a chegada das máquinas, objetos até então desconhecidos dos trabalhadores, tornando indispensável a elaboração de normas que melhorassem o meio ambiente de trabalho, em seus mais diversos aspectos, preservando-o em benefício do próprio obreiro.
 Um meio ambiente laboral equilibrado é um assunto relativamente novo que está começando a ser debatido por estudiosos e que vem se tornado uma conquista considerável de proteção das variadas formas de relações de trabalho, reconhecendo que a qualidade de vida do trabalhador é reflexo das próprias condições de trabalho as quais ele esta submetido, isto é, da existência de um local de trabalho sadio e seguro.
Considerando o conceito de meio ambiente de trabalho como sendo o local onde o homem realiza sua atividade funcional, que é a prestação objeto da relação jus laboral, tem-se, de um lado o empregador, que é o sujeito detentor dos meios de produção, responsável pela direção da atividadeeconômica e, de outro, o empregado trabalhador, que aliena a sua força física em troca da intenção de receber salario.
 No entanto, tem-se observado com frequência que nessa relação de troca entre mão-de-obra e capital, a busca incessante por maiores lucros e mais rendimentos, fins da atividade econômica, estão fazendo com que os atuais trabalhadores sejam meros instrumentos de especulação e ganho fácil do empresariado. É a procura frenética por mais e mais lucros, sem a devida preocupação com as condições de trabalho que tornan os trabalhadores totalmente alheios aos seus direitos e colocando-os em condições de risco de sofrerem acidentes no exercício de seu labor.
 Resta claro que não há a preocupação, por parte dos patrões, em oferecer condições de proteção à saúde do obreiro no local de trabalho. Muitas vezes isso acontece pelo fato de o próprio empregador não se preocupar com a segurança e a vida da pessoa, enquanto trabalhador, no exercício de sua tarefa laboral, ou pelo fato de pretender a diminuição de custos e tributos. Os empregados, por sua vez, sujeitam-se a tais condições desumanas para não perder os seus empregos, ou até, em muitos casos, pela razão de eles próprios não terem consciência dos riscos que correm ao trabalharem sob essas condições.
 Os elevados índices de acidentes do trabalho, com inúmeras mutilações e mortes, mostram que a proteção e a prevenção de tais acidentes não se exaurem com a simples regulamentação das relações de trabalho, ou seja, é preciso que, tanto empregadores, com empregados, saibam da real importância de seu papel na proteção do ambiente de trabalho.
As reais condições em que o trabalho é exercido, o local, o estabelecimento ou ambiente no qual o trabalho é exercido e a intensidade do mesmo são elementos indispensáveis à compreensão da questão do acidente de trabalho.
 A prevenção de acidentes deve obedecer a um processo dinâmico e permanente que se caracterize por ações satisfatoriamente prevencionistas que devam ser tomadas no sentido de evitar, controlar, eliminar ou impedir a evolução e perpetuação dos riscos no ambiente de trabalho. A criteriosa investigação de um acidente ocorrido oferece valiosos elementos para a análise que deveria ter sido feito, concluindo-se sobre suas causas e suas consequências.
Compete à CIPA, formada por representantes do empregador e dos empregados em número de acordo com o dimensionamento previsto, ressalvadas as alterações disciplinadas em atos normativos para setores econômicos específicos, investigar os acidentes de trabalho e promover e divulgar a importância da observância das normas de segurança, prevenção de acidentes e doenças decorrentes do trabalho, a fim de tornar compatível permanentemente o trabalho com a preservação da vida e a promoção da saúde do obreiro.
 Desta forma, um ambiente adequado e seguro para o trabalhador é aquele onde as pessoas, os materiais e os demais elementos da relação encontram-se livres de dano, perigo ou moléstia grave, devendo haver um conjunto de princípios e regras destinados a preservar a saúde do trabalhador e um estudo sistemático dos meios de prevenção de acidentes. Existindo, dessa forma, uma completa harmonização entre os trabalhadores e os materiais fornecidos a fim de que se possam evitar os possíveis acidentes e assim promover a segurança necessária ao trabalhador e tornar aquele local de trabalho apropriado para o regular exercício de cada tarefa. Sendo assim, diante dos fatos brevemente expostos, no presente trabalho, serão discutidos sobre a importância da CIPA no ambiente de trabalho, e como a atuação da CIPA pode-se evitar muitos acidentes de trabalho, e a relação da CIPA com a busca por um meio ambiente de trabalho equilibrado, enfim, veremos sobre a instabilidade do trabalhador membro da CIPA. A justificativa para esta pesquisa reside no fato de que, mesmo esse assunto sendo um tema relativamente recente em discussões, já se observa uma certa preocupação por parte dos empregadores, em oferecer melhores condições de proteção à saúde do trabalhador no local de trabalho, prevenindo, desta forma, os acidentes. Felizmente, já está solidificada na sociedade a cultura de um ideal de valorização do trabalhador, uma cultura que se preocupa cada vez mais com a prevenção dos acidentes de trabalho, com a garantia de condições saudáveis de trabalho, valorizando a saúde e a integridade física do obreiro.
 O presente trabalho tem por objetivo geral analisar a legislação aplicável ao tema, observando seus reflexos na efetiva proteção da atividade laboral no que tange o respeito à garantia da segurança, da qualidade de vida e da saúde do trabalhador, como forma de proteção de sua integridade e dignidade. E como objetivos específicos Analisar normas vigentes relacionadas a o tema proposto, explicar como e o funcionamento CIPA dentro das empresas e apresentar uma abordagem sobre os conceitos de Segurança no Trabalho, também promover o interesse e conscientização sobre a importância dos assuntos acima descritos averiguar o que vem a ser um meio ambiente de trabalho sadio e seguro e analisar as atuais formas de proteção destinadas ao trabalhador no seu ambiente de trabalho; demonstrar que a exigência de um meio ambiente laboral seguro e sadio é considerada umas das grandes preocupações dos empregadores e dos órgãos fiscalizadores, com o escopo de oferecer uma melhor qualidade de vida aos trabalhadores.
 A metodologia utilizada neste trabalho consiste na coleta de dados obtidos por pesquisa do tipo bibliográfica, na qual se procura explicar o tema proposto tomando por base a literatura da área jurídica já publicada sobre o assunto. No que tange à tipologia da pesquisa, isto é, segundo a utilização dos resultados, é pura, visto ser realizada com a finalidade de aumentar o conhecimento do pesquisador para uma nova tomada de posição. A abordagem é qualitativa, procurando aprofundar e abranger as ações e relações humanas, observando os fenômenos sociais de maneira intensiva. Quanto aos objetivos, a pesquisa é exploratória, objetivando aprimorar as ideias mediante informações sobre o tema em foco. O tema é apresentado em 03 (três) capítulos, sendo o primeiro dedicado ao estudo dos conceitos de CIPA e ambiente de trabalho e como surgiu a CIPA. Em seguida, no segundo capítulo, é feita uma abordagem acerca da NR5 que é a legislação regulamentadora da comissão interna de prevenção de acidentes (CIPA), no qual contem seus objetivos, suas atribuições, funcionamento, treinamento e Processo eleitoral da CIPA, com as informações necessárias para um perfeito entendimento do tema. Sabe-se que a CIPA é constituída de representantes do empregador e dos empregados, com a função precípua de investigar os acidentes e promover e divulgar a necessária observância das normas de segurança, nos termos previstos na Norma Regulamentadora do Ministério do Trabalho (NR) n° 05. Desta forma, a prevenção de acidentes consiste num processo dinâmico, caracterizado por ações que devam ser tomadas no sentido de evitar, controlar, eliminar ou impedir a evolução e perpetuação dos riscos no ambiente de trabalho, proporcionando, assim, um ambiente de trabalho mais saudável e seguro.
 Por fim, no terceiro e último capítulo, tem-se uma análise sobre a estabilidade e garantia de emprego do membro da CIPA, abordando sobre a evolução histórica e o que é estabilidade e para que serve essa estabilidade do membro da CIPA. 
Levando-se em consideração a suma importância desse instituto me resta dizer que a CIPA é sem sombra de duvidas, o maior departamento da empresa pois, mesmo sendo simplesmente uma comissão interna, aparentemente sem peso dentro da organização de trabalho, dela depende o bem estar de todos os funcionários e membros da diretoria da empresa (lembrando que também salvaguarda a vida do empregador), mas com o desenvolvimento de seus projetos e proposições, ela mantém a saúde não só dos funcionários e membros da diretoria doempregador, ela ainda consegue manter a saúde financeira da mesma, pois economiza em até 3% de custas extra de impostos sobre o recolhimentos do FGTS, entre outras formas como a de indenização em caso de invalidez permanente e temporária com afastamento do funcionário acidentado e com contratação de mais mão de obra, para suprir a falta deste afastado, neste caso além das despesas, de afastamento temos a de encargos por contratações necessárias a contingencia da falta do acidentado
2 CONCEITOS BÁSICOS
2.1 O que é CIPA?
COMISSÃO INTERNA DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES.
 A CIPA é formada por um grupo de pessoas que contam com representantes do empregador (Empresa) e empregado (Funcionários), com o objetivo de prevenção de acidentes e doenças do trabalho. Seu campo de atuação é interno, sendo assim restrita a própria empresa. O trabalho da CIPA é um trabalho de prevenção tendo como ideia principal antecipar-se aos riscos, para quando depararmos com esse tipo de situação, dar a ideia de trabalho correto.
 A CIPA foi criada pelo Decreto-Lei 5.432, de 01/05/1943 e está atualmente em vigor pela NR-5 desde 24 de maio de 1978 pela Portaria 3.214/78, que regulamentou o estabelecimento no artigo 163 da CLT, regulamentando as regras para a CIPA. 
Toda empresa pública e privada, Sociedades de Economia Mista, Órgãos da Administração Direta e Indireta, Instituições Beneficentes, Associações Recreativas, Cooperativas e outras instituições que admitam trabalhadores como empregados, deverá constituir uma CIPA, e mantê-la em regular funcionamento com o objetivo de dar continuidade de ambiente de trabalho saudável, mesmo quando o estabelecimento não se enquadrar no Quadro I. Neste caso, a empresa designará um responsável ('representante1') pelo cumprimento dos objetivos da Norma Regulamentadora Nº 05.
2.2 A Comissão de Prevenção de Acidentes na CLT.
 As normas relativas à proteção dos trabalhadores diante dos riscos existentes do ambiente de trabalho fazem parte da legislação trabalhista e estão contidas nos dispositivos destinados à segurança e medicina do trabalho da CLT – Consolidação das Leis do Trabalho, abrangendo todos os empregados de empresas privadas. Impende ressaltar que não estão acobertados por esta legislação os servidores públicos estatutários, ou seja, aqueles que estão submetidos a estatutos próprios em nível federal, estadual ou municipal. No entanto, existem muitos órgãos públicos que possuem servidores contratados sob regime da CLT, sendo assim, obrigados a cumprir a referida legislação. Nesse sentido, têm-se as palavras de Mônica Maria Lauzid de Morais, tecendo comentários acerca do tema: Segundo as normas sobre a CIPA, incluídas na referida NR, todas as empresas privadas ou públicas e órgãos da administração direta ou indireta que possuem 50 ou mais empregados, regidos pela CLT, estão obrigados a organizar Comissão Interna de Prevenção de Acidentes. 
 Os atuais dispositivos da CLT referentes à segurança e medicina do trabalho, foram estabelecidos pela Lei n. 6.514/77 e encontram-se inseridos nos artigos 154 a 201, nos quais constam várias formas de se buscar a conservação e prevenção do meio ambiente de trabalho, a fim de se prevenir acidentes, impondo deveres aos empregados e empregadores, assim como aos órgãos da Administração Pública. No que tange à CIPA, a CLT traz nos arts. 162 a 165 importantes informações que merecem ser transcritas:
Seção III - dos órgãos de segurança e de medicina do trabalho nas empresas.
Art.162 As empresas, de acordo com normas a serem expedidas pelo Ministério do Trabalho, estarão obrigadas a manter serviços especializados em segurança e em medicina do trabalho.
Parágrafo único As normas a que se refere este artigo estabelecerão :
a) classificação das empresas segundo o número de empregados e a natureza do risco de suas atividades;
b) o número mínimo de profissionais especializados exigido de cada empresa, segundo o grupo em que se classifique, na forma da alínea anterior;
c) a qualificação exigida para os profissionais em questão e o seu regime de trabalho;
d) as demais características e atribuições dos serviços especializados em segurança e em medicina do trabalho, nas empresas.
Art.163 Será obrigatória a constituição de Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA), de conformidade com instruções expedidas pelo Ministério do Trabalho, nos estabelecimentos ou locais de obra nelas especificadas.
Parágrafo Único. O Ministério do Trabalho regulamentará as atribuições, a composição e o funcionamento das CIPAs.
Art.164 Cada CIPA será composta de representantes da empresa e dos empregados, de acordo com os critérios que vierem a ser adotados na regulamentação de que trata o parágrafo único do artigo anterior.
§ 1º Os representantes dos empregadores, titulares e suplentes, serão por eles designados.
§ 2o Os representantes dos empregados, titulares e suplentes, serão eleitos em escrutínio secreto, do qual participem, independentemente de filiação sindical, exclusivamente os empregados interessados.
§ 3º O mandato dos membros eleitos da CIPA terá a duração de 1 (um) ano, permitida uma reeleição.
§ 4º O disposto no parágrafo anterior não se aplicará ao membro suplente que, durante o seu mandato, tenha participado de menos da metade do número de reuniões da CIPA.
§ 5º O empregador designará, anualmente, dentre os seus representantes, o Presidente da CIPA e os empregados elegerão, dentre eles, o Vice-Presidente.
Art.165 Os titulares da representação dos empregados nas CIPAs não poderão sofrer despedida arbitrária, entendendo-se como tal a que não se fundar em motivo disciplinar, técnico, econômico ou financeiro.
Parágrafo único. Ocorrendo a despedida, caberá ao empregador, em caso de reclamação à Justiça do Trabalho, comprovar a existência de qualquer dos motivos mencionados neste artigo, sob pena de ser condenado a reintegrar o empregado.
(Consolidação das leis Trabalhistas. Artigos 162. 163. 164. 165.)’
 Sendo assim, nos termos do art. 163 da CLT, é obrigatória a constituição da CIPA nos estabelecimentos que possuam 50 (cinquenta) ou mais empregados. No entanto, sabe-se que os maiores índices de agressões à saúde e à segurança do trabalhador encontram-se nas pequenas empresas, nas quais os números de acidentes são elevados e onde encontramos as piores condições de higiene e segurança.
 os demais dispositivos da CLT relativos ao tema serão abordados nos próximos tópicos deste capitulo, tendo em vista que tais artigos são a base geral e disciplinadores da NR-05 do ministério do trabalho e emprego.
2.3 Histórico do surgimento da CIPA
A Comissão Interna de Prevenção de Acidentes surgiu a partir da revolução industrial, segunda metade do século XVIII, na Inglaterra, em decorrência da chegada das máquinas, do aumento do número de acidentes, da adaptação do homem ao trabalho, bem como da necessidade de um grupo que pudesse apresentar sugestões para a correção de possíveis riscos de acidentes.
Em 1921, a OIT – Organização Internacional do Trabalho organizou uma comissão para pesquisar a situação da segurança e da higiene do trabalho nas indústrias dos países e a ela filiados. Como parte das conclusões dessa pesquisa, a comissão propôs que fossem criados comitês de segurança do trabalho que teriam atribuições voltadas à prevenção de acidentes nas indústrias. Tendo origem a versão brasileira que é a nossa tradicional CIPA – Comissão Interna de Prevenção de Acidentes.
 A OIT expediu instrução aos governos dos países membros para que legislassem sobre a criação de comitês de segurança do trabalho sugerindo que fossem tornados obrigatórios em indústrias com vinte e cinco ou mais empregados.
 Alguns países adotaram os comitês já nos anos vinte; outros só mais tarde.
A CIPA foi criada em 10/11/1944, pelo Decreto-lei nº 7.036, passando mais tarde a fazer parte da Consolidação das Leisdo Trabalho – CLT. A princípio não foi dada às CIPAS a importância devida em decorrência da falta de estrutura e conhecimento das empresas sobre o assunto.
 Em1945, a Portaria nº 229, de 19/06, regulamentou definitivamente o nome dado a Comissão e tornou obrigatória a sua implantação em empresas com mais de 100 (cem) empregados. Em 1953 foi aprovada a nova regulamentação da CIPA, através da Portaria nº 155, do Ministério do Trabalho, a qual consolidou algumas atribuições dos membros da CIPA o que contribuiu para a organização e integração de patrões e empregados num trabalho conjunto pela prevenção de acidentes de trabalho.
 A composição da CIPA foi regulamentada pela Portaria n.º 3.214/78, a qual estabelece que a Comissão deva compor um número igual de representantes do empregador e dos empregados de acordo com a totalidade de empregados da empresa, os quais são designados através de eleição secreta pelos funcionários da organização, sendo que o cargo de Presidente e Vice-Presidente são sempre ocupados por um representante do empregador e um dos empregados, respectivamente.
Durante o processo de eleição os candidatos realizam intensa campanha no intuito de divulgar sua proposta de trabalho, incentivando todos a votarem e demonstrando a importância da participação e organização da classe para o processo democrático organizacional.
 As eleições devem ocorrer durante o período normal de trabalho para que todos participem. Após o término do processo eleitoral e de posse de cópias das atas da eleição e do calendário anual das reuniões asserem realizadas, a Comissão eleita deve registrar-se no Ministério do Trabalho até dez dias após a data da eleição. A partir de tais procedimentos a CIPA passa a atuar, tendo como atribuições: investigar e observar situações que coloquem em risco a saúde e segurança do trabalhador, assim como relatar e propor medidas que visem a melhoria nas condições de trabalho, solicitar a manutenção de equipamentos e ambientes que possam colocar em perigo a integridade física e psicológica do trabalhador. Os membros eleitos da CIPA exercem um mandato de duração de um ano podendo haver reeleição.
Os membros da CIPA reúnem-se mensalmente em horário de expediente de trabalho da empresa, sendo liberados de sua função e quando da ocorrência de acidente de grande gravidade em reunião extraordinária, para discutir as causas do acidente e que providências tomar para que não ocorra mais.
A divulgação de informações é fundamental para a CIPA como recurso na orientação aos empregados no uso correto dos equipamentos de segurança, através de boletins informativos, seminários e palestras que tratem de assuntos relativos à saúde e qualidade de vida do trabalhador, além de promover treinamentos e eventos referentes à prevenção de acidentes, como o de Combate ao Incêndio e Primeiros Socorros e a Semana Interna de Prevenção de Acidentes - SIPAT, realizada anualmente com o objetivo de conscientizar o empregado da importância da prevenção de acidentes para a sua melhoria de vida. Entretanto para que isso se concretize é necessário que os próprios membros da CIPA se qualifiquem na questão de prevenção de acidentes de trabalho através da participação em Cursos, Seminários e Encontros referentes ao assunto que ocorram dentro ou fora da empresa para que possam repassar seu conhecimento aos empregados de forma adequada e segura.
Mas apesar de todas as medidas tomadas é comum a ocorrência de acidentes de trabalho, seja ele de grandes ou pequenas proporções, ficando à cargo do Presidente da CIPA registrar todo e qualquer acidente sofrido pelo empregado dentro da empresa no formulário de Comunicação de Acidente de Trabalho – CAT, o qual é encaminhado ao Técnico de Segurança do Trabalho da empresa para que o mesmo possa discutir com o empregador medidas que evitem a ocorrência de novos acidentes.
2.4 CIPEIRO
 Cieiro é o funcionário (colaborador) da empresa, eleito ou nomeado, para uma gestão de um ano.
O primeiro passo para ser um bom Cipeiro é acreditar que as condições ambientais podem ser modificadas, que os processos de trabalho podem ser melhorados e que todos devem participar desta melhoria. 
O Cipeiro faz parte de uma Comissão e as ações devem ser propostas e discutidas em grupo, sempre com a anuência da maioria, dificuldades irão existir, mas com vontade e determinação a comissão atuará positivamente.
A Cipa para atingir seus objetivos depende das ações de outros departamentos, da diretoria e do apoio dos empregados. O SESMT (Serviço Especializado em Segurança e Medicina do Trabalho) deverá assessorar os Cipeiros nos levantamentos, controle e orientações de ações corretivas e de conscientização.
É necessário que o Cipeiro esteja consciente de sua responsabilidade, que se proponha a ser um agente de mudança, elemento articulador para resolver problemas.
Deve ser indispensável que a CIPA norteie suas ações na Prevenção de Acidentes, o grupo ganhará maior coesão quando todos os seus membros reconhecerem a importância destes objetivos.
O Cipeiro deve, portanto: 
. Ter uma atitude receptiva com tudo que diz respeito a prevenção de acidentes.
. Estar disposto a participar de treinamento para formação de membros da CIPA, adquirindo conhecimentos necessários à sua atuação.
. Buscar e propor soluções para os problemas do dia-a-dia.
. Ter em mente que as ações dependem de perseverança e convicção de que é possível 
 Melhorar e modificar as condições de trabalho.
(Ministério do Trabalho. Norma Regulamentar 5. Comissão Interna de Prevenção de Acidentes.)
 A função do "Cipeiro" é observar qualquer atividade prejudicial que possa haver nos serviços. Constatando algum risco, ou mesmo um fator evidente de comprometimento da saúde dos funcionários, a Cipa entra em contato com o Serviço de Engenharia de Medicina do Trabalho (SESMT), que deverá tomar as devidas providências. 
Os integrantes da comissão recebem um curso de orientação promovido todos os anos pelo Sesmt. Além disso, são feitas reuniões mensais onde, a CIPA discute o que foi observado e os procedimentos a serem tomados.
2.5 Ambiente de trabalho
 A Lei 6.938/81, em seu art. 3º, I, define meio ambiente como "o conjunto de condições, leis, influências e interações de ordem física, que permite, abriga e rege a vida em todas as suas formas”. No entanto, tal conceito veio evoluindo com o passar dos anos, a fim de abranger também, além do fator natural e físico, o artificial, o cultural e o meio ambiente do trabalho. 
Quanto a este último, em especial, constata-se que o mesmo tomou conotação de interesse notadamente difuso, tornando-se um importante direito de todos os trabalhadores e da sociedade em geral, além da obrigação do Estado de protegê-lo, o que certamente tem levado às empresas a darem mais atenção ao ambiente de suas instalações, tais como escritórios e parques industriais, adequando-os aos novos ditames mundiais de desenvolvimento e de qualidade de vida, o que tem trazido vantagens diretas aos trabalhadores e indiretamente a toda sociedade.
 Do conceito de meio ambiente trazido pela Lei n° 6.938/81, pode-se considerar o meio ambiente laboral como sendo o conjunto de fatores físicos, climáticos ou quaisquer outros que, inter-relacionados, ou não, estão presentes no local onde os trabalhadores realizam suas atividades laborais, ou seja, é o local onde o ser humano realiza a prestação da relação trabalhista, desenvolvendo suas atividades profissionais em favor de uma atividade econômica. Sendo assim, esse ambiente deve ser adequado e sadio para o trabalhador.
Amauri Mascaro Nascimento define o meio ambiente do trabalho como sendo:
 “O meio ambiente do trabalho é, exatamente, o complexo maquina-trabalho, as edificações do estabelecimento, equipamentos de proteção individual, iluminação, conforto térmico, instalações elétricas, condições de salubridade ou insalubridade,de periculosidade ou não, meios de proteção a fadiga, outras medidas de proteção ao trabalhador, jornadas de trabalho e horas extras, intervalos, descanso, férias, movimentação, armazenagem e manuseio de materiais que formam o conjunto de condições do trabalho, etc.”.
(Amauri Mascaro Nascimento. 2014.pag74)
 A ideia do conceito de meio ambiente de trabalho não deve ser confundida com a do conceito de local de trabalho. Entende-se que o conceito de local de trabalho está inserido dentro do meio ambiente de trabalho, porquanto o meio ambiente do trabalho é o conjunto dos elementos e condições suficientes e indispensáveis para a garantia da qualidade da vida e da segurança do obreiro, influenciando-o em sua saúde mental e física, comportamento e valores reunidos no local de trabalho, caracterizando-se, desta forma, como a soma das influências que afetam diretamente o homem, desempenhando aspecto primordial na prestação e performance da atividade laboral. Em uma análise ampla, podem ser destacados diversos fatores que interferem diretamente no bem-estar do empregado. Não só o posto de trabalho, mas tudo que está a sua volta, ou seja, o ambiente do trabalho. 
 Na seara trabalhista, notadamente no que concerne à Consolidação das Leis do Trabalho — CLT — e às Normas Regulamentadoras do Ministério do Trabalho [8], fica claro que o legislador se preocupou muito mais com a defesa da saúde do trabalhador do que com o meio que o cerca, restringindo-se apenas ao ambiente de trabalho e esquecendo-se do ambiente externo ou circundante.
O professor Júlio César de Sá da Rocha tece alguns comentários sobre o meio ambiente de trabalho externo:
 “Não se limita ao empregado; todo trabalhador que cede a sua mão-de-obra exerce sua atividade em um ambiente de trabalho. Diante das modificações por que passa o trabalho, o meio ambiente laboral não se restringe ao espaço interno da fábrica ou da empresa, mas se estende ao próprio local de moradia ou ao ambiente urbano. Muitos trabalhadores exercem suas atividades percorrendo ruas e avenidas das grandes cidades, como por exemplo, os condutores dos transportes urbanos”. 
(Júlio César de Sá.1997.pag.40)
 
Outro importante fato a ser destacado no que tange o conceito de meio ambiente de trabalho é o de que, devido à grande diversidade de espécies de atividades laborais, tem-se também uma grande variedade de tipos de meio ambiente de trabalho e seus respectivos riscos à saúde e à vida do trabalhador. 
 Em outras palavras, é indispensável a identificação do ambiente de trabalho para uma posterior identificação de riscos referentes a um determinado tipo de trabalho. Sendo assim, não é possível fazermos uma comparação, por exemplo, entre o risco que um operário de uma indústria química sofre com aquele a que um bancário é submetido devido à diferença de ambientes de trabalho e, consequentemente, de riscos suportados. Ressalte-se que as doenças decorrentes do trabalho podem ter longos períodos de latência, tornando-se difícil a determinação de sua causa, como, por exemplo, absorção de agentes químicos, tais como o benzeno; contato com substâncias tóxicas como o amianto; prática de lesões por esforços repetitivos; e ambientes de severa pressão psicológica e esforço mental acentuado. 
 A potencialidade dos riscos será sempre variável de acordo com a atividade exercida, inclusive a tomada de medidas de segurança com o escopo de diminuir ou anular os riscos. 
 No meio ambiente laboral há diversos elementos de extrema importância que estão diretamente relacionados ao bem-estar do empregado, seja no exercício de sua atividade ou em horários de folgas, seja com a forma de organização do trabalho, com a duração da jornada de trabalho, com a satisfação pessoal, com a remuneração ou com outros elementos constantes numa relação de trabalho. Segundo Júlio César de Sá da Rocha:
 “No que diz respeito às relações humanas no meio ambiente do trabalho, são cada vez mais importantes as análises acerca dos elementos psicológicos como a pressão para desempenho da atividade, que desencadeia a depressão e distúrbios emocionais.” (Júlio César. 2013.pag685)
 Assim sendo, o meio ambiente do trabalho deve necessariamente permitir a preservação da integridade física e psicológica do trabalhador, compatibilizando os meios de produção com o equilíbrio ambiental interno aos locais nos quais se desenvolvem as atividades laborais. Trata-se, portanto, do direito à vida, bem indissociável à saúde, que lhe atribui a necessária qualidade, tendo como resultado que o bem jurídico ambiental tutelado, quando se trata especificamente do aspecto relativo ao meio ambiente do trabalho, é a saúde.
3 LEGISLAÇÃO REGULAMENTADORA DA COMISSÃO INTERNA DE PREVENÇAO DE ACIDENTES –CIPA- NR5
3.1 do objetivo da CIPA
 A CIPA tem como objetivo precípuo fiscalizar as relações entre o trabalhador e o trabalho por ele realizado, visando a constante melhoria das condições de trabalho e a prevenção de acidentes e doenças decorrentes da relação laboral. A NR-05 traz textualmente o objetivo da CIPA:
 Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA - tem como objetivo a prevenção de acidentes e doenças decorrentes do trabalho, de modo a tornar compatível permanentemente o trabalho com a preservação da vida e a promoção da saúde do trabalhador. 
 Já para o professor Sérgio Pinto Martins lecionando sobre o papel da CIPA explica, em outras palavras, qual é o objetivo da CIPA: 
‘Tem a CIPA por objetivo observar e relatar as condições de risco nos ambientes de trabalho e solicitar as medidas para reduzir até eliminar os riscos existentes e/ou mesmo neutralizá-los, discutindo os acidentes ocorridos e solicitando medidas que os previnam, assim como orientando os trabalhadores quanto a sua prevenção’. 
(Pinto Martins.2013.pag.478)
 
Também expressando seu entendimento acerca do objetivo da CIPA, o doutrinador Sebastião Geraldo de Oliveira afirma que:
 “A CIPA tem por objetivo a prevenção de acidentes, atuando no sentido de eliminar os riscos, bem como requerendo providências da direção da empresa para adequar o ambiente do trabalho às normas de segurança, higiene e medicina do trabalho”. (Sebastião Oliveira.2014.pag.254).
Destarte, cabe à CIPA fiscalizar, promover e divulgar a efetiva observância das normas de segurança no ambiente de trabalho, priorizando a prevenção de acidentes, em suas mais variadas espécies, e evitando a ocorrência de doenças profissionais e do trabalho, a exemplo do Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho – SESMT.
 Cabe ressaltar que para atingir estes objetivos só será possível quando a CIPA tiver uma atuação constante e interesse melhorar as condições ambientais de trabalho de todos os colaboradores da empresa.
 
3.2 Da constituição e organização da CIPA.
 No diz respeito à constituição da CIPA, faz-se necessário iniciar nossos comentários citando o bastante didático item 5.2 da Norma Regulamentadora n. 05:
 Devem constituir CIPA, por estabelecimento, e mantê-la em regular funcionamento as empresas privadas, públicas, sociedades de economia mista, órgãos da administração direta e indireta, instituições beneficentes, associações recreativas, cooperativas, bem como outras instituições que admitam trabalhadores como empregados.
 Conforme vimos, a CIPA é obrigatória para todas as empresas que possuam empregados com vínculo de emprego, isto é, as empresas públicas e privadas e os órgãos governamentais que tenham servidores regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho – CLT, ficam obrigados a organizar e manter em funcionamento uma Comissão Interna de Prevenção de Acidentes – CIPA, por estabelecimento. Havendo órgão público, ou empresa pública, onde existam trabalhadores com vínculo de emprego regidos pela CLTe outros estabelecidos, conforme o estatuto do servidor público, a CIPA deve ser constituída levando-se em conta o número de empregados efetivamente vinculados ao regime celetista. Sendo assim, somente os empregados celetistas devem ser candidatos e somente eles podem votar, todavia, impende ressaltar que não pode haver determinação de medidas discrimatórias entre esses dois grupos de trabalhadores, como, por exemplo, a solicitação de distribuição de determinados equipamentos somente para os celetistas.
Edwar Abreu Gonçalves, lecionando sobre a constituição da CIPA, faz um breve resumo acerca dos itens 5.2 a 5.5 da NR-05:
 “Deve ser organizada e mantida em funcionamento nos estabelecimentos públicos ou privados que possuam empregados contratados sob a égide da CLT, sendo que, quando a empresa possuir, dois ou mais estabelecimentos, em um mesmo município, deverá garantir a integração das CIPAs e dos designados, conforme o caso, objetivando harmonizar as políticas de segurança e saúde no trabalho”.
(Edward Abreu. 2015.pag.58)
 
 Sendo assim, devem instituir a CIPA os empregadores, e equiparados, que possuem empregados, conforme determina o art. 3° da CLT, considerado empregado, para fins dessa norma, a pessoa física com vínculo de emprego com a empresa, como também a pessoa física que preste serviço de natureza não eventual a empregador, sob dependência deste e mediante salário, em número acima do estabelecido para sua categoria especifica.
Quanto à organização da CIPA, assim como fizemos em relação à sua constituição, é importante transcrever, de logo, alguns dos itens da NR-05 que dizem respeito ao tema: 
 -A CIPA será composta de representantes do empregador e dos empregados, de acordo com o dimensionamento previsto no Quadro I desta NR, ressalvadas as alterações disciplinadas em atos normativos para setores econômicos específicos:
- Os representantes dos empregadores, titulares e suplentes serão por eles designados.
- Os representantes dos empregados, titulares e suplentes, serão eleitos em escrutínio secreto, do qual participem, independentemente de filiação sindical, exclusivamente os empregados interessados.
- O mandato dos membros eleitos da CIPA terá a duração de um ano, permitida uma reeleição.
- É vedada a dispensa arbitrária ou sem justa causa do empregado eleito para cargo de direção de Comissões Internas de Prevenção de Acidentes desde o registro de sua candidatura até um ano após o final de seu mandato.
- O empregador deverá garantir que seus indicados tenham a representação necessária para a discussão e encaminhamento das soluções de questões de segurança e saúde no trabalho analisadas na CIPA
- O empregador designará entre seus representantes o Presidente da CIPA, e os representantes dos empregados escolherão entre os titulares o vice-presidente.
- Os membros da CIPA, eleitos e designados serão empossados no primeiro dia útil após o término do mandato anterior.
- Será indicado, de comum acordo com os membros da CIPA, um secretário e seu substituto, entre os componentes ou não da comissão, sendo neste caso necessária a concordância do empregador.
- Empossados os membros da CIPA, a empresa deverá protocolizar, em até dez dias, na unidade descentralizada do Ministério do Trabalho, cópias das atas de eleição e de posse e o calendário anual das reuniões ordinárias.
 (Ministério Trabalho e Emprego. NR5. 2015.)
Conforme se observa, no tocante à organização, a CIPA, será composta de representantes do empregador, por ele designados, e dos representantes dos empregados eleitos. Tendo em vista tratar-se de uma como comissão paritária, isto é, as partes têm igual número de representantes, onde metade dos membros titulares e suplentes será designada pelo empregador, podendo reconduzi-los por dois mandatos, enquanto a outra metade de titulares e suplentes será constituída por meio de representantes escolhidos pelos trabalhadores, através de eleição direta e secreta, para um mandato com duração de um ano, permitindo uma recondução. Vale ressaltar que o voto dos empregados não é obrigatório, podendo haver abstenção nas eleições dos representantes da CIPA.
 A CIPA deverá ser composta de modo a obedecer critérios que permitam que a maior parte dos setores do estabelecimento esteja representada, não devendo, assim, faltar representação dos setores que ofereçam maior grau risco ou que apresentem maior número de acidentes.
 Nos termos do art. 10, II, a do ADCT e do item 5.8 da NR-05, é vedada a dispensa arbitrária ou sem justa causa do empregado eleito para cargo de direção da CIPA, desde o registro de sua candidatura até um ano após o final de seu mandato. Entretanto, caso o empregado deseje sair da empresa, deverá, primeiramente, solicitar por escrito sua renúncia ao mandato ou ao direito da garantia de emprego, quando o mandato já houver encerrado. Em seguida, a empresa deverá enviar correspondência ao MTE, comunicando o fato e a substituição do membro da CIPA pelo suplente.
 De acordo com item 5.11 da NR-05, o presidente da CIPA será escolhido pelo empregador dentre seus representantes titulares, enquanto os representantes dos empregados escolherão, dentre os titulares, o vice-presidente.
 O secretário e seu substituto serão escolhidos, de comum acordo, pelos membros titulares da CIPA, dentre os integrantes, ou não, da comissão, sendo, nesse caso, necessária a concordância do empregador.
 A CIPA deverá ser registrada no órgão regional do Ministério do Trabalho até 10 dias após a eleição, com as respectivas atas devidamente registradas em livros próprios. Será a CIPA composta de representantes da empresa e dos empregados. Os representantes do empregador, titulares e suplentes, serão por ele designados anualmente, entre os quais o presidente da Cipa. Os representantes dos empregados, titulares e suplentes, serão eleitos em escrutínio secreto pelos interessados, independentemente de serem sindicalizados, entre os quais estará o vice-presidente da Cipa. O mandato dos membros eleitos da Cipa é de um ano, permitindo uma reeleição. Os representantes titulares do empregador não poderão ser reconduzidos por mais de dois mandatos consecutivos. 
3.3 ATRIBUIÇÕES DA CIPA
 Norma Regulamentadora NR 5 diz que as empresas privadas, públicas e órgãos governamentais que possuam empregados regidos pela CLT ficam obrigados a organizar e manter em funcionamento uma Comissão Interna de Prevenção de Acidentes.
De acordo com a, Norma Regulamentadora, NR-5 a CIPA terá por atribuição:
a) identificar os riscos do processo de trabalho, e elaborar o mapa de riscos, com a participação do maior número de trabalhadores, com assessoria do SESMT, onde houver. Portanto, é imprescindível que os membros da CIPA observem e conheçam seu ambiente de trabalho, visando constar riscos que os trabalhadores estão sujeitos. Neste processo, devem procurar envolver o maior número de trabalhadores possível, para que a participação destes possa ser decisiva para uma gradual redução dos riscos de acidentes.
b) elaborar plano de trabalho que possibilite a ação preventiva na solução de problemas de segurança e saúde no trabalho. Esta elaboração envolve formas de evitar-se acidentes. Por exemplo: no setor de produção, determinado equipamento expõe o trabalhador a risco de choques elétricos. Portanto, além da sinalização no local, evidenciando o risco, deverá ser solicitado a um especialista na área elétrica que verifique quais as formas de minimizar a ocorrência do choque elétrico, implantando as suas sugestões e acompanhando sua eficácia.
c) Participar da implementação e do controle da qualidade das medidas de prevenção necessárias, bem como da avaliação das prioridades de ação nos locais de trabalho. A CIPA não é um órgão burocrático, apenas para cumprir a 
Legislação. Seus membros devem envolver-se diretamente na solução dos riscos ao trabalhador, de formaque suas ações possam reduzir/eliminar tais riscos. Desta forma, ao sugerir e recomendar modificações para maior segurança nos locais de trabalho, a CIPA deverá acompanhar a implementação de tais medidas, incluindo uma avaliação de sua eficácia. A gestão da CIPA deve priorizar os setores que, historicamente, apresentam maior incidência de acidentes, bem como determinar quais os locais que precisam de modificações urgentes para assegurar ao trabalhador melhores condições de trabalho.
d) Participar da implementação e do controle da qualidade das medidas de prevenção necessárias, bem como da avaliação das prioridades de ação nos locais de trabalho. Esta inspeção é local, ou seja, os membros da CIPA, após um mapeamento de todas as seções do estabelecimento, irão até os locais para averiguar as respectivas condições de segurança. Não devem delegar este compromisso a terceiros, ou aos próprios trabalhadores da seção, já que foram treinados e têm a confiança dos demais empregados (pois foram eleitos por eles) para sua função.
e) realizar, a cada reunião, avaliação do cumprimento das metas fixadas em seu plano de trabalho e discutir as situações de risco que foram identificadas. Engana-se quem pensa que a atuação da CIPA é restrita às reuniões e sugestões oriundas das mesmas. Entre as reuniões, os membros precisam estar atentos às situações diárias, aos objetivos traçados e como está sendo implementado o plano de trabalho. Uma vez identificado algum risco, o mesmo deverá ser discutido entre os membros, na reunião ordinária. Sendo o risco grave, o mesmo deverá ser apresentado imediatamente, em reunião extraordinariamente convocada para este fim.
f) divulgar aos trabalhadores informações relativas à segurança e saúde no trabalho. De nada adiantará o extenso trabalho dos membros da CIPA, se não houver envolvimento dos demais trabalhadores, tanto recebendo informações quando proporcionando sugestões. Esta divulgação poderá ocorrer mediante palestras, reuniões, cartazes, avisos, jornal da empresa, etc.
g) participar, com o SESMT, onde houver, das discussões promovidas pelo empregador, para avaliar os impactos de alterações no ambiente e processo de trabalho relacionados à segurança e saúde dos trabalhadores. As alterações físicas dos ambientes de trabalho (exemplo: a construção de um novo galpão para abrigar uma nova seção dentro do estabelecimento) 
Devem ser antecedidas de análises por parte da CIPA e da SESMT (onde houver). O empregador, apesar de possuir liberdade na gestão de seus negócios (pois não é função da CIPA interferir no dia-a-dia das atividades do empreendedor), deve convocar os membros da CIPA para discutir com eles as 
Alterações que ocorrerem no estabelecimento, antes de sua efetivação.
h) requerer ao SESMT, quando houver, ou ao empregador, a paralisação de máquina ou setor onde considere haver risco grave e iminente à segurança e saúde dos trabalhadores. A ação da CIPA, apesar de cautelosa, não deve ser tímida. A existência de perigo grave e evidente à saúde do trabalhador deve ser imediatamente comunicada ao SESMT (quando houver) ou ao empregador, independentemente de formalidades como convocação de reunião extraordinária, etc. A negligência da CIPA, neste sentido, traz enormes prejuízos ao trabalhador, por isso a necessidade permanente que os próprios trabalhadores sejam conscientizados dos processos de segurança de trabalho. A CIPA poderá requerer até a paralisação de máquina ou setor que gere risco grave à segurança. Por isso, nada melhor que ter a participação de todos os trabalhadores, devidamente conscientizados, para facilitar a localização de tais riscos e prevenir acidentes.
A paralisação das atividades está consignada na Convenção 155 da Organização Internacional do Trabalho - OIT e na NR-9:
“art. 13 – Em conformidade com a prática e as condições nacionais, deverá ser protegido, de consequências injustificadas, todo trabalhador que julgar necessário interromper uma situação de trabalho por considerar, por motivos razoáveis, que ela envolve um perigo iminente e grave para sua vida ou sua saúde".
(Convenção OIT 155, de 1981, aprovada no Brasil pelo Decreto Legislativo n° 2, de 17.03.92, do Congresso Nacional).
NR-9: “9.6.3 – O empregador deverá garantir que, na ocorrência de riscos ambientais nos locais de trabalho que coloquem em situação de grave e iminente risco um ou mais trabalhadores, os mesmos possam interromper de imediato as suas atividades, comunicando o fato ao superior hierárquico direto para as devidas providências”.
i) Colaborar no desenvolvimento e implementação do PCMSO e PPRA e de outros programas relacionados à segurança e saúde no trabalho. O PCMSO é um programa que especifica procedimentos e condutas a serem adotadas pelas empresas em função dos riscos aos quais os empregados se expõem no ambiente de trabalho. Seu objetivo é prevenir, detectar precocemente, monitorar e controlar possíveis danos à saúde do empregado.
 (Ministério Trabalho e Emprego. NR5. 2015.)
 A CIPA deverá fazer um plano de trabalho simples que conterá objetivos, metas, cronograma de execução e estratégia de ação. A elaboração de plano do trabalho foi escolhida dentro da visão de que a CIPA deve ser uma comissão proativa, que pretenda efetivamente contribuir, dentro de suas possibilidades, para a melhoria das condições de trabalho. Cabe ressaltar que o mesmo pode estar estruturado na própria ata, não necessitando constituir documento separado. É importante que a empresa garanta aos membros da CIPA o tempo necessário para que este plano seja elaborado e monitorado, A CIPA deve participar da implementação e controle das medidas de proteção uma vez que o conhecimento da realidade do trabalho é fundamental para que se estabeleça controle dos riscos, pois a cada dia as transformações tecnológicas e administrativas estão na pauta do dia, inserindo na realidade do trabalho novos perigos e riscos, que precisam ser conhecidos e avaliados pelo SESMT, quando houver, com a participação da CIPA.
3.4 Funcionamento da CIPA
A NR-05 também disciplina todo o funcionamento da CIPA. Prevê que a mesma terá reuniões ordinárias mensais (itens 5.23 a 5.26), de acordo com um calendário preestabelecido, sendo as mesmas realizadas durante o expediente normal da empresa e em local apropriado. Entende-se como expediente normal de trabalho o horário de trabalho em que laboram o maior número de empregados. No entanto, caso a reunião ocorra fora do horário de trabalho de algum integrante da CIPA, aquele horário será considerado como de efetivo exercício. Já o local apropriado é aquele que ofereça condições para regular desempenho da reunião, devendo haver mesas, cadeiras e etc. A referidas reuniões deverão ter atas assinadas por todos os presentes e serão encaminhadas das cópias para todos os membros da comissão, enquanto os originais permanecerão à disposição da Fiscalização Trabalhista.
O item 5.27 da NR5 prevê a possibilidade de serem realizadas reuniões extraordinárias sempre que houver denúncia da existência de situação de risco grave e iminente que determine aplicação de medidas corretivas de emergência. Tais denúncias são oriundas da CIPA e dos trabalhadores. As situações também podem se relacionar com eventos da natureza ou de situações externas que possam afetar o estabelecimento, como é o caso, por exemplo, de suspeita de rompimento de uma barragem que poderá provocar inundações.
 Reuniões extraordinárias também ocorrerão nos casos de acidente de trabalho grave ou fatal e quando houver solicitação expressa de umas das representações. Desta feita, sempre que houver acidente que resulte em morte, perda de membro ou de função orgânica e, ainda, cause prejuízo de grande monta, a CIPA deverá reunir-se em caráter extraordinário, no prazo máximo de 48 (quarenta e oito) horas após a ocorrência do fato, podendo ser exigida a presença do responsável pelo setor onde ocorreu o acidente.
 No tocante àsdecisões a serem deliberadas pela CIPA nas citadas reuniões (itens 5.28 a 5.29.1), essas serão preferencialmente tomadas por consenso de seus membros. Todavia, caso não haja consenso e as tentativas de negociação direta ou com mediação restarem frustradas, será instalado processo de votação, registrando-se a ocorrência nata da reunião. A mediação poderá ser feita por um terceiro, desde que conte com o aceite de ambas as partes. Pode, ainda, ser algum funcionário da própria empresa, alguém de um dos sindicatos ou até mesmo de um órgão regional do MTE.
 Das decisões da CIPA, caberá pedido de reconsideração, feito através de requerimento justificado. A reconsideração poderá ser de iniciativa do empregador, de um empregado ou de grupo deles, devendo o pedido ser encaminhado à CIPA até a data da próxima reunião.
 As hipóteses de perda e afastamento de mandato na CIPA, previstas nos itens 5.31 a 5.31.2 da norma regulamentadora, são muito bem sintetizadas por Edwar Abreu Gonçalves que assim dispõe:
“Sobre a perda de mandato na CIPA, é importante destacar que a nova NR-05 prevê que o titular perderá o mandato quando o titular faltar a mais de quatro reuniões ordinárias, caso em que o suplente assumirá a condição de titular, respeitada a ordem de colocação decrescente registrada na esta da eleição, sendo representante dos empregados, cabendo ao empregador comunicar à unidade descentralizada do Ministério do Trabalho e Emprego, qual seja à Delegacia Regional do Trabalho (DRT-MTE) as alterações e justificar os motivos. Outrossim, ocorrendo afastamento definitivo do Presidente, o empregador indicará o substituto, em dois dias úteis, preferencialmente, dentre seus outros representantes na CIPA. Se tal ocorrer com o Vice-Presidente, os membros titulares da representação dos empregados escolherão, dentre eles próprios, o substituo em dois dias úteis”. 
 (Edward Abreu. 2015.pag.83)
 É permitido ao empregador substituir o presidente por empregado que já não seja membro da CIPA. Neste caso, deverá ser promovido o treinamento do escolhido, seguindo os ditames previstos para o primeiro mandato da CIPA, ou seja, deve ser realizado até 30 (trinta) dias após a data da substituição.
 Os representantes dos empregados na CIPA, abrangendo titular e suplente, possuem, conforme visto, garantia provisória de emprego, desde o registro de sua candidatura até 1 (um) ano após o término de seu mandato (CF de 1988, art. 10, inciso II, “a”, das Disposições Transitória c/c art. 165 da CLT, Enunciado 339 do TST e Convenção n. 135 da OIT).
 Um aspecto bastante relevante na atividade da CIPA, é o seu relacionamento com a empresa. Isto porque, quando forem constatados riscos ou quando ocorrem acidentes, a CIPA deverá solicitar providencias ou sugerir medidas preventivas ao empregador, pois esse é o momento onde podem ocorrer, e de fato ocorrem, atritos entre a CIPA e a empresa. Tais conflitos geralmente ocorrem devido à ausência de resposta do empregador, demora na tomada de providências ou mesmo discordância da empresa em relação aos pedidos da CIPA.
 Sendo assim, a contribuição da CIPA para melhoria das condições de trabalho, muitas vezes, encontra-se, segundo Monica Maria Lauzid de Moraes, prejudicada “em face de má vontade empresarial, que negligencia a aplicação das medidas de prevenção ou eliminação das agressões”. Desta feita, uma das maneiras de se imprimir maior efetividade para a ação da CIPA seria, segundo a mesma autora, a atuação conjunta com o sindicato da categoria profissional, a fim deque as reivindicações passassem a ser exigíveis judicialmente, por força de acordo ou convenção coletiva.
3.5 do treinamento dos membros da CIPA.
DO TREINAMENTO
 A Norma Regulamentadora nº. 5 do MTE prevê a obrigatoriedade do treinamento para membros da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA ou ainda para os casos em que a empresa não se enquadrar no dimensionamento previsto no quadro anexo da NR-5 são os designados pela empresa para o cumprimento das atribuições descritas na referida norma que devem receber o treinamento. 
 O treinamento de membros e designados é tão importante quanto a existência da própria CIPA. É através do treinamento desses agentes da prevenção que conceitos importantes e informações mínimas necessárias lhe serão passadas, pois não se faz prevenção sem conhecimento. Por essas e outras razões que um treinamento de qualidade pode ser fator determinante para encaminhar a gestão da CIPA ou do designado para o sucesso. Para que seu treinamento seja um sucesso e garanta uma base sólida mínima para a atuação dos cipeiros seguem as diretrizes da NR5 do Ministério do Trabalho e Emprego 
 1- A empresa deverá promover treinamento para os membros da CIPA, titulares e suplentes, antes da posse.
 O treinamento deverá ser repetido quando o trabalhador for novamente indicado ou reeleito ou mesmo quando o indicado ou eleito já houver feito o curso anteriormente, em outro estabelecimento ou em outra empresa. O curso deve ser realizado para cada membro de cada mandato da CIPA. Profissionais titulados em matérias de segurança e saúde no trabalho deverão fazer o curso da CIPA se houverem sido eleitos ou indicados para a CIPA. O curso tem eminente caráter de treinamento, mas é também uma oportunidade de firmar laços para a consecução dos objetivos da comissão.
2- O treinamento de CIPA em primeiro mandato será realizado no prazo máximo de trinta dias, contados a partir da data da posse.
 Refere-se ao primeiro mandato no estabelecimento. É ponto de vista administrativo que o período de trinta dias valha também para a formação do presidente substituto quando esse não fizer parte da CIPA.
3- As empresas que não se enquadrem no Quadro I, promoverão anualmente treinamento para o designado responsável pelo cumprimento do objetivo desta NR.
 O treinamento é equivalente em conteúdo àquele ministrado para os membros da CIPA sendo que a carga horária poderá ser negociada por Acordo ou Convenção Coletiva.
4- O treinamento para a CIPA deverá contemplar, no mínimo, os seguintes itens:
Estudo do ambiente, das condições de trabalho, bem como dos riscos originados do processo produtivo;
 O item tem o objetivo fazer com que os trabalhadores compreendam o ambiente e as condições de trabalho da empresa, inclusive, quanto aos critérios relacionados à organização do trabalho.
Metodologia de investigação e análise de acidentes e doenças do trabalho.
 É importante que o método escolhido seja participativo e que se proponha a buscar causas intervenientes, com o objetivo de eliminá-las ou de inserir barreiras protetoras, e não com o objetivo de classificar de forma simplória o acidente, que é sempre complexo, e, muito menos, de buscar configurar culpados.
 Noções sobre acidentes e doenças do trabalho decorrentes de exposição aos riscos existentes na empresa;
 Estudo dos casos clássicos de acidentes que tenham ocorrido na empresa ou em similares. O estudo das possibilidades de acidentes também se faz promissor.
d. Noções sobre a Síndrome da Imunodeficiência Adquirida – AIDS, e medidas de prevenção;
e. Noções sobre as legislações trabalhistas e previdenciária relativas à segurança e saúde no trabalho;
 
 Noções básicas das Normas Regulamentadoras e Acordos e Convenções Coletivas relacionados à segurança e saúde. Estudos básicos da legislação previdenciária, em especial os itens que tratam doAcidente de Trabalho.
f. Princípios gerais de higiene do trabalho e de medidas de controle dos riscos;
 O estudo pode se fundamentar no PPRA e em outros programas de saúde e segurança no trabalho adotados na empresa.
 g. Organização da CIPA e outros assuntos necessários ao exercício das atribuições da Comissão.
5- O treinamento terá carga horária de vinte horas, distribuídas em no máximo oito horas diárias e será realizado durante o expediente normal da empresa. 5.35 O treinamento poderá ser ministrado pelo SESMT da empresa, entidade patronal, entidade de trabalhadores ou por profissional que possua conhecimentos sobre os temas ministrados.
6- A CIPA será ouvida sobre o treinamento a ser realizado, inclusive quanto à entidade ou profissional que o ministrará, constando sua manifestação em ata, cabendo à empresa escolher a entidade ou profissional que ministrará o treinamento.
7- Quando comprovada a não observância ao disposto nos itens relacionados ao treinamento, a unidade descentralizada do Ministério do Trabalho e Emprego, determinará a complementação ou a realização de outro, que será efetuado no prazo máximo de trinta dias, contados da data de ciência da empresa sobre a decisão.
 (Ministério Trabalho e Emprego. NR5. 2015.)
 
 Não haverá credenciamento do profissional ou instituição que vai ministrar o curso para a CIPA. A avaliação do profissional ou instituição será feito pela própria CIPA. O Ministério do Trabalho e Emprego agirá no caso de denúncias de irregularidades e poderá determinar a realização de outro curso ou de complementação, caso o efetuado tenha sido incompleto. No caso de primeiro mandato a própria CIPA deve ser ouvida já na reunião de posse. O curso, nesse caso, poderá ser realizado até trinta dias após a posse. No caso de comissões subsequentes a CIPA que está encerrando o mandato deve ser ouvida na última reunião sobre a entidade ou o profissional que ministrará o curso.
 Na verdade, a qualidade do treinamento possui reflexo direto na qualidade da sua CIPA. Pense nisso e prepare sua CIPA para atuar da forma mais qualificada possível.
 Processo eleitoral da CIPA. 
 
 Compete ao empregador convocar eleições para a escolha dos representantes dos empregados, no prazo mínimo de 60 (sessenta) dias antes do término do mandato em curso, estabelecendo os mecanismos de comunicação necessários para o bom desenvolvimento do processo eleitoral. 
 Serão eleitos e tomarão posse como titulares e suplentes, os candidatos mais votados. Em caso de empate, assumirá aquele que tiver maior tempo de serviço no estabelecimento. Os candidatos votados e não eleitos serão relacionados na ata de eleição.
 Segue o que determina a NR5 do Ministério do Trabalho e Emprego:
É de responsabilidade do empregador convocar as eleições para escolha dos representantes dos empregados, sessenta dias antes do término do mandato.
Está bem claro que a convocação da eleição (convocada pelo empregador) tem que começar 60 (sessenta) dias antes de terminar. É recomendado que nesse período seja divulgado que o processo eleitoral está sendo iniciado. Como divulgar? Muito simples, panfletos e cartazes ou meios que você achar melhor.
2) O edital de convocação deverá ficar fixado durante quarenta e cinco dias, de maneira que todos os empregados que queiram se candidatarem tomem ciência e se inscrevam.
 É importante que esteja de fácil acesso e visualização. Ex: entrada do banheiro, próximo ao bebedouro, próximo ao cartão de ponto entre outros.
a) no ato da inscrição o candidato deverá receber um recibo;
 b) Todos os candidatos inscritos terão garantia de emprego até a eleição;
Como o artigo 10º dos ADCT define que a garantia de emprego deve ser a partir da inscrição é implícito que ficam garantidos, transitoriamente, os empregos de todos os candidatos, pois antes da eleição não se sabe quem vai ser eleito.
O empregador deverá constituir a Comissão Eleitoral cinquenta dias antes do término da gestão em curso, que será responsável pela organização e acompanhamento do processo eleitoral.
4) deverá ser publicado em Edital de Divulgação o nome dos empregados que se candidataram, esse deverá estar fixado durante quinze dias, de maneira que todos os empregados tomem ciência dos candidatos inscritos.
5) deverá ser realizada a eleição no prazo de trinta dias antes do término do mandato.
a) durante a eleição respeitar os turnos de trabalho; 
b) Folha de votação deverá ser assinada por todos os empregados que votarem; 
c) durante a eleição o voto deverá ser secreto;
 d) todo empregado do estabelecimento tem o direito a voto;
6) os representantes eleitos e designados deverão ser empossados, com o devido treinamento de 20 horas conforme a NR-5, no primeiro dia útil após o término do mandato em curso.
7) A empresa deverá protocolizar (requerimento) em até dez dias, na unidade descentralizada do Ministério do Trabalho, as cópias das atas de eleição de Instalação e Posse, e os Calendários anuais de reuniões, constando dia, hora e local, sendo doze reuniões entre o início e o término do mandato.
8) protocolizada a documentação na Delegacia Regional do Trabalho, o empregador não poderá desativar a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes CIPA, antes do término do mandato, exceto no caso de encerramento das atividades do estabelecimento. 
(Ministério Trabalho e Emprego. NR5. 2015.)
A participação do trabalhador é facultativa, sendo assim, a empresa deve se esforçar no sentido de incentivar os trabalhadores a participar do processo eleitoral. Havendo participação inferior a cinquenta por cento dos empregados na votação, não haverá a apuração dos votos e a comissão eleitoral deverá organizar outra votação, que ocorrerá no prazo máximo de dez dias. Em caso de anulação, por quaisquer motivos, a empresa convocará nova eleição no prazo de cinco dias.
 
4. ESTABILIDADE E GARANTIA DE EMPREGO DO MEMBRO DA CIPA.
4.1 Conceito de estabilidade
 A estabilidade é oriunda do princípio trabalhista da continuidade da relação de Emprego e do princípio da proteção, respaldando-se ainda no princípio da Causalidade da dispensa, impossibilitando a dispensa arbitrária ou abusiva, devendo propiciar ao empregado segurança adequada para o desempenho de seu papel Profissional. A estabilidade é o direito do empregado de continuar no emprego, mesmo contra a Vontade do empregador, desde que inexista uma causa objetiva a determinar sua despedida.
 (MINISTÉRIO DO TRABALHO. Manuais de Legislação Atlas.2015).
4.2 Conceitos de garantia de emprego
 A garantia no emprego abrange não só a restrição do direito protestativo de dispensa como também a instituição de mecanismos destinados à manutenção do emprego conseguido. É a vantagem jurídica de caráter transitório deferida ao empregado em virtude de uma circunstância contratual ou pessoal obreira de caráter especial de modo a assegurar a manutenção do vínculo empregatício por um lapso temporal definido, independentemente da vontade do empregador. Tais garantias têm sido chamadas, também, de estabilidades temporárias ou estabilidades provisórias.
4.3 Evolução histórica da estabilidade 
 A Estabilidade surgiu junto ao serviço público, antes mesmo da outorga da primeira Constituição Brasileira e, por conseguinte, da Proclamação da Independência do Brasil, através da Lei nº 2.924/1915, a qual proibia a despedida do servidor desde que possuísse ao menos dez anos de 72serviço. 
 Seguindo o exemplo do texto constitucional acima, a Constituição da República dos Estados Unidos do Brasil, de 24 de fevereiro de 1891, manteve a estabilidade ao servidor militar, todavia, condicionado a perda das Patentes à condenação em mais de dois anos de prisão, passada em julgado nos Tribunais

Continue navegando