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RELATÓRIO FLE I VERSÃO FINAL

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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAPÁ
PRÓ-REITORIA DE ENSINO DE GRADUAÇÃO
COORDENADORIA DE ENSINO DE GRADUAÇÃO
COORDENAÇÃO DO CURSO DE LICENCIATURA PLENA EM LETRAS
ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM FLE I
KATIUSCIA FERNANDES DA SILVA
NIXON ROCHA SARGES
ROMÁRIO ESTRÃO PELAES
RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM FLE I
MACAPÁ – AP
2018
NIXON ROCHA SARGES
ROMÁRIO ESTRÃO PELAES
RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO FLE I
Relatório de Estágio do Curso de Licenciatura em Letras Português-Francês da Universidade Federal do Amapá, realizado na E. E. Maria Ivone de Menezes, no período 23/10 a 01/12 de 2017, totalizando 105h, como parte dos requisitos para obtenção nota na disciplina Estágio Supervisionado em FLE I, sob a orientação da Professora Katiuscia Fernandes da Silva.
MACAPÁ – AP
2018
 
1. INTRODUÇÃO 
O presente trabalho relata o desenvolvimento do Estágio Supervisionado em FLE I do curso de Letras Português/Francês da Universidade Federal do Amapá – UNIFAP, realizado pelos acadêmicos Nixon Rocha Sarges e Romário Estrão Pelaes da turma 2014. 1, sob orientação da Professora Katiuscia Fernandes da Silva. Este trabalho é um resultado de todas as ações realizadas através do Estágio, com carga horária de 105h, distribuídas em 6 etapas interligadas entre si, e teve como temática na regência o conteúdo “De 0 a 100 (chiffres et nombres) ”. 
Assim a primeira etapa do estágio consistiu na apresentação da disciplina, da professora, do cronograma do estágio, dos assuntos norteadores para o estágio como “considerações sobre a abordagem comunicativa”, “considerações sobre a perspectiva acional”, “La Perspective Actionnelle” e os PCNs de língua estrangeira do ensino fundamental”, “Dynamiser la classe de FLE” e “Papéis do professor na sala de aula de língua estrangeira”. A segunda etapa foi destinada para as orientações dos preenchimentos das fichas de estágio; nos foram repassadas as fichas de apreciação da regência, de controle de atividade, de observação de aula, de observação de ambiente escolar. A terceira etapa consistiu na elaboração do projeto de estágio e do plano de aula; nos foram dadas as devidas orientações e correções do texto, tudo feito seguindo um cronograma. A quarta etapa foi direcionada para a visita à escola campo, entrega do ofício, diálogo com a coordenação pedagógica, registro fotográfico. A quinta etapa foi reservada para observação das turmas e para a regência, e por fim a sexta etapa para a elaboração do relatório final e entrega.
Neste relatório constará em anexos e apêndices todas as documentações exigidas pelo referido estágio: ofício, fichas de observações, fotos da escola e de suas estruturas, plano de aula, slides utilizados na regência, atividades feitas pelos alunos, entre outros.
O objetivo maior desse estágio foi coletar dados, vivenciar o cotidiano escolar, ter fundamentos para a elaboração e posteriormente à aplicação de um projeto de intervenção por nós acadêmicos, com a finalidade de nos proporcionar um contato direto com o campo de atuação do professor.
Para a realização dessa pratica docente foram dedicados muitos momentos de pesquisa e estudos para a elaboração de um bom planejamento, com base nas teorias e demais atuações proporcionadas pela disciplina e nos conteúdos estabelecidos pela titular da turma na qual atuamos; quanto aos projetos, foram desenvolvidos principalmente para despertar o interesse dos alunos, a fim de promover momentos mais significativos de aprendizagem.
O estágio foi desenvolvido a partir de atividades teóricas ampliadas dentro da instituição de ensino e foram relacionadas com atividades práticas realizadas no âmbito escolar. Como se tratava de crianças, ou mesmo pré-adolescentes, a metodologia das aulas tinha de ser dentro de uma perspectiva dinâmica e interativa; assim, buscamos utilizar slides com animações, desenhos e cores para chamar a atenção dos alunos.
Não se constitui como pretensão apresentar um elenco de orientações a serem seguidas, mas tenciona-se incitar o aprofundamento da discussão, objetivando a melhoria da prática pedagógica e do próprio Estágio Supervisionado, bem como da educação como um todo. Assim segue o relatório que apresentará a nossa experiência docente em Língua Francesa, apontando realizações, possibilidades e dificuldades, trazendo planejamentos, materiais selecionados para as aulas e trabalhos produzidos pelos alunos, além de relatar como foram trabalhadas as habilidades da língua, oralidade, leitura e interpretação.
2. QUADRO TEÓRICO
O Estágio Supervisionado ocupa lugar importante na formação docente, visto que interfere de forma incisiva na pratica pedagógica do professor. Assim sendo, caracteriza-se como um momento fundamental, pois possibilita ao aluno-professor uma aproximação com o seu futuro campo de trabalho, ou seja, a escola e a sala de aula.
O Estágio Supervisionado de Licenciatura é uma exigência da lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei 9394/96). É necessário à formação profissional a fim de adequar essa formação às expectativas do mercado de trabalho onde o licenciado irá atuar. Assim, o estágio permite aliar a teoria à prática, além de ser um momento da formação acadêmica em que o graduando pode vivenciar experiências didáticas, pedagógicas, sociais e humanas na escola, conhecendo melhor o contexto geral de sua área de atuação.
Nesse sentido, o estágio “possibilita ao graduando desenvolver a postura de pesquisador, despertar a observação, ter uma boa reflexão crítica, facilidade de reorganizar as ações para poder reorientar a prática quando necessário (KENSI, 1994 apud LOMBARDI, 2005)
Dessa forma, o Estágio Supervisionado busca fortalecer a relação teórica e prática baseado no princípio metodológico de que o desenvolvimento de competências profissionais implica em utilizar conhecimentos adquiridos, quer na vida acadêmica quer na vida profissional e pessoal. 
Fazendo referência a posição geográfica do Estado do Amapá, o qual faz fronteira com a Guiana Francesa, compreendemos que é de suma importância que a disciplina de Língua Francesa faça parte da matriz curricular de todas as escolas a partir do ensino fundamental. É relevante lembrar aqui um ponto ressaltado nos PCNs de Língua Estrangeira sobre a Língua Francesa:
[...] O Francês, por exemplo, desempenhou e desempenha importante papel do ponto de vista das trocas culturais entre o Brasil e a França e como instrumento de acesso ao conhecimento de toda uma geração de brasileiros (PCN, 1998) 
 As diversas situações de aprendizagem vivenciadas favorecem a edificação de uma pratica pedagógica dinâmica, permeada pela relação reflexão-ação-reflexão, buscando atender as demandas da sociedade moderna, num processo investigativo e construtor de diferentes saberes. 
Assim, a concepção determinada pela reflexão-ação-reflexão, quando vem embasar o trabalho docente, na sala de aula, estreitam “fronteiras” entre os questionamentos e respostas que estes buscam alcançar, e os quais promovem a conquista de objetivos que arrolam todo o sistema de ensino. Além disso, oferece subsídios investigativos para a construção de novos saberes que podem transformar o modo de pensar e agir da sociedade. Para Demo (2009, p. 17) “não existe conhecimento sem um sujeito cognitivo, cultural e biologicamente plantado”. Segundo ele, “entre as dinâmicas mais fantásticas do desenvolvimento humano está a habilidade infinita de aprender e conhecer.” Nesta perspectiva, buscando se evidenciar as situações distintas que o estágio provoca na formação do docente, oferecendo-lhe uma gama de conhecimentos que não poderiam ser verdadeiramente construídos sem uma prática pedagógica efetiva, e ainda, determinar essas contribuições para o processo de aprendizagem, como um todo, pretendeu-se apresentar resultados que vão ampliar as discussões acerca da ação docente e de suas implicações sociais, bem como, promover mecanismos que levem a socialização
dos envolvidos nas atividades de intervenções.[1: DEMO, Pedro. Educação pela pesquisa. Campinas: Editores associados, 2009.]
Para Castro (2000), o Estágio Supervisionado precisa oferecer condições para que o diferente saber aprendido reverta-se em capacidades especificas no exercício docente ao aproximar a aluno-professor da realidade concreta, futuro campo profissional. Levar para a sala de aula, todos aqueles saberes que adquirimos na universidade, leva ao acadêmico certa segurança para que ele futuramente possa aplicar seus saberes em sala de aula com seus alunos.
Pimenta (2007) sugere que se considere a pratica social como ponto de partida e de chegada da formação docente, ou seja, o saber-fazer do futuro professor não pode ser constituído senão a partir de seu próprio fazer, com o objetivo de superar a fragmentação e realizar uma ressignificação de saberes.
3. A ESCOLA CAMPO
O estágio em questão ocorreu dos dias 23/10 a 01/12 de 2017 nas turmas de 6º, 7º e 8º ano do ensino fundamental, turno matutino, na Escola Estadual Maria Ivone de Menezes. A referente escola está situada na Rua Antônio Pelaes Trajano de Souza, nº 1.332, bairro Cidade nova I, Macapá – Ap.
A referida escola foi criada pelo decreto nº 5386/94 – GEA de 10/11/94, portaria de autorização de funcionamento de nº 673/2000 – SEED, reconhecida através da Resolução nº 02/2009 – CEE – AP. Atualmente é dirigida pela professora Maria de Lourdes Gama Neres, tendo como Diretor Adjunto o professor Paulo Henrique de Oliveira e como secretária escolar a professora Ivane Ramos do Nascimento. A escola atua com os segmentos: 6º A 9º ANO DO Ensino Fundamental e Ensino Médio Regular.
Funciona com: telessala, biblioteca, sala de leitura, laboratório de informática, sala dos professores, refeitório, sala de direção, secretária escolar, sala de coordenação pedagógica, sala de ensino especial, sala multiuso, uma rádio escolar, sala do “Mais Educação” (projeto federal), quadra esportiva, uma cozinha, 16 salas de aula e 4 banheiros, assim distribuídas:
1º turno: 05 turmas de 6º ano, 05 turmas de 7º ano e 05 turmas de 8º ano.
2º turno: 10 turmas de Ensino Médio e 4 turmas de 8ª série perfazendo um total de 907 alunos.
Seu quadro de funcionário é composto de 59 professores, 03 pedagogos, 01 assistente social, 02 auxiliares de secretaria, 01 agente de portaria, 04 cozinheiras e 07 serventes.
Buscamos informações com a direção da escola sobre a rotina da escola nos foi repassado que os professores sempre que possível, fazem cursos de capacitação oferecidos pela instituição e outras entidades.
4. RELATO DAS ATIVIDADES
4.1 OBSERVAÇÕES
Dia 23.10.2017 – Observação da Escola Campo
Neste dia ocorreu a observação na escola campo; foi o momento em que passamos a conhecer o espaço físico, estrutural e funcional da escola. Aqui, fizemos registros escritos e fotográficos desse ambiente.
Entregamos o oficio e o projeto de estágio na coordenação da referida escola e nos foi apresentada a diretora e a equipe pedagógica, ali estava presente a professora que futuramente seria responsável por nós, Danielle Silva dos Santos. Nos demos bem logo de início, rapidamente conversamos, falamos da dificuldade que tivemos em conseguir uma escola para estagiar. A professora foi bastante compreensiva e nos indicou com rapidez as turmas que poderíamos observar e nos cedeu os horários. 
Mais tarde, neste mesmo dia a professora nos levou para observar o ambiente escolar, nos mostrou tudo, telessala, sala dos professores, biblioteca, enfim, registramos tudo com fotos. Em conversa com os outros professores pudemos notar que ali, apesar de ser uma escola simples e de periferia, existem professores compromissados com a educação e mesmo que sem materiais adequados para ministrar as aulas encontravam um jeito de continuarem a disciplina e ajudar os alunos, como por exemplo, o professor de educação física que não disponibilizava de rede de vôlei e mesa de tênis e que mesmo assim improvisou e seguiu sua aula.
Segundo a professora, apenas algumas noções básicas da Língua Francesa são ensinadas aos alunos. Existem também alguns problemas de cunho administrativo que interferem no processo de ensino/aprendizagem na referida escola, como a falta de merenda escolar, assim os alunos acabam sendo dispensados mais cedo.
Ficamos por uma semana observando o cotidiano das turmas e as aulas de Língua Francesa. Durante a semana assistimos aula em turmas diferentes e em todas elas a professora nos apresentava dizendo que iriamos passar alguns dias juntos. Fomos bem recebidos por boa parte dos alunos.
Dia 24.10.2017 – Observação Turma 8ºB
A professora nos apresentou a turma e explicou o motivo de estarmos ali. Os alunos entenderam e nos saudaram em francês. Neste dia a professora fez uma revisão dos verbos terminados em ER. Ela iniciou a aula às 7h40, como suporte utilizou um livro didático de francês. Aqui vale ressaltar que o material que a professora utiliza em sala de aula, o método de francês sobretudo, foi produzido por ela. Ela não utiliza métodos de FLE como “Latitudes”, “Alors?”, “Taxi!”, “Alter ego”, enfim. O material que ela produziu foi por nós analisado e percebemos que é bastante completo, possui atividades ricas e produtivas. Ele foi disponibilizado aos alunos por meio de copias, e como a professora não tinha recursos para reproduzir muitas copias foi feito um montante por meio de vendas de rifas e o dinheiro arrecadado foi destinado para este fim.
Os alunos em sua grande maioria eram tranquilos, com atitude respeitosa entre si e o professor, com duas ou três exceções que eram com certa frequência alertadas pelo professor. Havia entre eles um aluno mais extrovertido, que atrapalhava a aula, querendo chamar a atenção da professora. Os alunos salvo exceções eram animados, em boa parte seguros nas suas respostas quando questionados, curiosos e atenciosos. O termino da aula se deu às 08h20.
 
Dia 24.10.2017 – Observação Turma 8ºE
Neste mesmo dia assistimos aula em outra turma, de mesmo ano, no horário das 9h10 às 10h. A professora nos apresentou a turma, fomos bem recebidos, ocupamos um lugar e observamos. Percebemos que poucos alunos estavam presentes. A aula também foi sobre os verbos terminados em ER. A aula foi iniciada com perguntas sobre esses verbos, em seguida foram distribuídas fotocopias para que os alunos pudessem acompanhar a revisão. Após a explicação foi feita uma atividade de fixação no qual todos participaram.
Os alunos, salvo exceções, se comportavam bem, participavam, demonstravam interesse na aula. A professora foi também excelente, tem boa didática, por algumas vezes demostrou ter bom controle de sala e de conteúdo.
Dia 26.10.2017 – Observação Turma 8ºB
Neste dia a professora deu continuidade à revisão dos verbos terminados em ER dada na aula anterior e começou a revisão dos verbos être, avoir, s’appeler e habiter. A aula iniciou às 7h30 e a professora deu alguns avisos que a diretora havia pedido e em seguida deu continuidade às aulas. Após, foram feitas atividades de fixação e apresentação de diálogos, tudo rapidamente.
Dia 26.10.2017 – Observação Turma 6ºB
A aula seguiu com a mesma metodologia da aula ministrada na turma anterior com os conteúdos, revisões, atividades de fixação. Os alunos estavam poucos participativos, talvez por estarem um pouco intimidados com a nossa presença ou por serem iniciantes e estarem com vergonha. Notamos que também havia poucos alunos ali. Ao indagarmos à professora o motivo, ela nos informou que a frequência desses alunos varia bastante, têm dias que vão bastante alunos e têm dias que vão menos da metade.
Dia 27.10.2017 – Observação Turma 6ºB
A aula seguiu com a continuação da aula anterior, dia 26, em que a professora deu continuação ao conteúdo e as atividades. Aqui percebemos que a metodologia da professora embora seja boa ficou um tanto monótona. Sabemos que ela tem que cumprir com o conteúdo programático, mas seria bom que de vez em quando ela mudasse uma atividade ou a forma de interação
com os alunos, pois são turmas e níveis diferentes. A forma como um aluno aprende é diferente da do outro, imagine uma turma então. Percebemos que os alunos estavam dispersos, havia algumas conversas paralelas, a maioria participou e contribuiu com a aula, mas não notamos entusiasmo.
Dia 27.10.2017 – Observação Turma 6ºB
A aula foi destinada a revisão dos verbos être, avoir, s’appeller e habiter e em seguida como havia tempo, a professora começou um novo assunto: “se présenter e présenter quelqu’un”, para melhor fixar o conteúdo novo foram feitas atividades e diálogos.
Os alunos estavam participativos, apesar de termos notado que a grande maioria tinha vergonha de falar, mas a professora soube contornar a situação, mostrando um bom domínio de classe com o alunado.
Dia 27.10.2017 – Observação Turma 7ºE
A aula foi uma revisão de alguns verbos. Foram utilizadas fotocopias como auxilio para a aula e em seguida foi feita a explicação do conteúdo e após exercícios tanto orais como escritos. 
Dia 27.10.2017 – Observação Turma 8ºE
A aula foi uma continuação da aula ministrada no dia 24. A dinâmica da aula, da exposição dos conteúdos e das atividades seguiu os mesmos moldes da aula anterior: conteúdo e depois atividades de fixação.
Dia 30.10.2017 – Observação Turma 7ºA
A professora iniciou as aulas entregando algumas provas antigas e em seguida abordou o tema “tipos de frases”, depois escreveu um diálogo no quadro, leu rapidamente e pediu que os alunos formassem duplas, ensaiassem e depois começaram as apresentações dos diálogos. A turma participou, apenas duas alunas se recusaram pois talvez estavam envergonhadas ou sem ânimo. 
4.2 REGÊNCIA
A regência é entendida como eixo articulador de produção do conhecimento em todo o processo de desenvolvimento, isto é, possibilita ao professor-estagiário entrar em contato com problemas reais do cotidiano escolar, além de fazer uma leitura mais ampla e crítica de diferentes demandas sociais, com base em dados resultantes de experiências diretas em sala de aula.
Para o educador é indispensável o contato com os educandos de forma direta. Por isso, a regência é algo importantíssimo nesse processo educativo, pois é um dos momentos onde o professor e o aluno interagem de forma benéfica, fazendo desta forma uma relação intrínseca entre teoria e prática.
Levando em consideração esses pressupostos, a regência se faz necessária para dar início à prática propriamente dita do docente em âmbito escolar, preparando o profissional da área. Para tanto, se tornou relevante todas as etapas do plano de aula, desde o planejamento até a experiência concreta em classe. A regência ocorreu de acordo com o plano de aula seguindo a necessidade da turma, e este, assumiu o papel de preparação para a regência, considerando os critérios que demandam a troca de informações e a dinâmica em sala.
Dia 13.11.2017 – Regência turma 7ºA
As regências realizadas na escola Maria Ivone de Menezes, na disciplina de Língua Francesa foram uma experiência que vivenciamos e que consideramos de extrema importância. A professora responsável pela disciplina de estágio e que nos orientou desde o começo também estava presente, chegou pontualmente na escola. Elaboramos nosso plano de aula, apresentamos a professora regente da turma juntamente com a ficha de apreciação do estágio e iniciamos a aula, ficamos nervosos de início, porém depois nos sentimos mais à vontade.
A metodologia que utilizamos durante a regência foi a de utilização de slides para apresentar o conteúdo de forma ilustrativa. Nossas aulas tiverem como temática o assunto “De 0 a 100 (chiffres et nombres) ”. De início, perguntamos aos alunos se eles tinham algum conhecimento sobre os números em francês, alguns muito animados disseram que a professora havia ensinado os números de 0 à 20, mas que já fazia algum tempo. Então, tomamos partida e rapidamente fomos apresentando os números e eles foram lendo conosco. Apresentamos algumas diferenças e semelhanças dos métodos de contagem do Brasil e da França, a pronúncia e regras básicas.
Em seguida, passamos às atividades; pedimos que os alunos sentassem em dupla ou em trio e entregamos as atividades fotocopiadas. De início eles não aceitaram muito bem, mas depois que citamos que valeria um prêmio, rapidamente eles ficaram animados e se dispuseram a fazer. 
Dia 01.12.2017 – Regência turma 7ºE
Para despertar maior interesse da turma e por estar em período de atividades avaliativas e ainda levando em consideração o tema que abordamos, a professora regente da turma utilizou-se de nossa prática para atribuir nota pelo critério de interesse e participação a seus alunos, o que foi aceito pelos mesmos, havendo assim maior número de presentes e maior interesse nas atividades propostas.
Utilizamos a mesma metodologia abordada na outra turma, a mesma temática, interação e atividades, porém notamos que os alunos dessa turma estavam mais dispostos, já que valia pontuação para a disciplina. Percebemos dificuldades, pois eram alunos repetentes e um pouco difícil de lidar. Tinham bastante dificuldade na pronúncia, e receio de errar e serem debochados pelos outros colegas. A professora Danielle nos ajudou bastante, pois já sabia o modo como aqueles alunos iriam nos receber.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A Língua Francesa é um idioma razoavelmente usado no Estado do Amapá, no município de Oiapoque é mais comum dado a proximidade com a Guiana Francesa. Sabemos que a Língua Francesa é componente linguístico como disciplina nas escolas estaduais do Amapá dado a proximidade com a Guiana francesa e a liberdade que as escolas têm em escolher um segundo idioma de forma optativa para atender às necessidades da comunidade escolar. Entretanto, sabemos também que o Francês, assim como todo idioma tem suas particularidades linguísticas quanto ao ensino-aprendizagem, que quando apresentado aos alunos do Ensino Fundamental e Médio causa um impacto no primeiro momento, por causa da grande diferença em relação a língua e a cultura brasileira.
Apesar de haver certa transparência idiomática entre o francês e o português ainda há uma resistência por parte dos alunos em a Língua Francesa, por pensarem que para falar francês, é preciso fazer “biquinho” para se pronunciar as palavras. Outro ponto são os modos de se portar situacionalmente desde a forma polida ao informal como se os aprendizes da língua tivessem que abdicar de suas culturas para vivenciá-las enquanto falantes.
Vale a pena ressaltar que o professor de Língua Francesa deve estar atento quanto o planejamento e avaliações, pois, o ensino dessa língua ainda é visto por muitos como um conteúdo enfadonho, difícil, complicado e pouco estimulante. Diante dessas observações, o professor deve recorrer a métodos dinâmicos e criativos no intuito de estimular e motivar seus alunos a participarem ativamente das atividades, construindo em sala de aula um ambiente propicio à troca de conhecimentos e experiências.
Convém lembrar também que o alunado ao adquirir o conhecimento nem sempre se mostra capaz de absorver e canalizar o conteúdo da melhor forma e aí que entra o papel do professor, o qual deverá disponibilizar mecanismos que lhe permitam filtrar as informações recebidas, possibilitando a interação do aluno com os novos conhecimentos, assim produzindo modos diferenciados de construção crítica do pensamento.
O estágio oportunizou analisar, refletir, criar, planejar, avaliar e intervir sobre a rotina de sala de aula e do trabalho didático/pedagógico, com o objetivo de proporcionar um ensino significativo aos alunos. Assim, nós, acadêmicos, partilhamos nosso conhecimento e ampliamos nossos horizontes para a realidade concreta dentro do âmbito escolar, em especial a sala de aula.
Ao final, observamos como foi rica nossa experiência no estágio, principalmente no que diz respeito ao conhecimento adquirido na prática no processo de ensino/aprendizagem da Língua francesa. Em geral, as turmas foram receptivas, algumas bem acolhedoras, assim como a direção, o corpo
docente, em especial a professora titular da turma, Danielle S. dos Santos, que se demostrou disposta a nos ajudar em tudo o que fosse necessário para o bom andamento da nossa prática. Observamos que apesar dos inúmeros problemas que a área da educação do nosso Estado vem sofrendo, ainda nos deparamos com profissionais comprometidos com uma educação de qualidade em busca de um futuro melhor tanto para eles quanto para os alunos.
O objetivo do estágio é aprender como são diferentes os ritmos de cada aluno. Aprende-se ali, vendo, ajudando, interagindo e comprovando como estes alunos têm uma enorme capacidade de formar novas aprendizagens e adaptá-las na sua memória cognitiva sempre que lhes são apresentados novos saberes. Percebe-se que a ação de educar é um trabalho árduo e requer educadores comprometidos e dedicados pedagogicamente com o processo de ensino/aprendizagem. O estágio trouxe subsídios necessários para a nossa pratica pedagógica e fez com que refletíssemos ainda mais sobre a nossa futura atuação como professores de Língua francesa.
As aulas preparadas alcançaram os objetivos previstos, elaboramos nosso próprio suporte didático, o que em muito contribuiu para o êxito em nosso trabalho em sala de aula. O retorno foi em suma satisfatório não apenas pelo aprendizado, pelos gestos de aceitação, mas pelo retorno dado a cada atividade aplicada em sala de aula.
Esta disciplina de estágio mostrou-se relevante não só pela valorização da licenciatura, inserindo os acadêmicos no cotidiano das escolas públicas, mas também, porque essa prática eleva a qualidade da formação inicial dos professores a fim de que estes contribuam, principalmente com a formação cidadã dos alunos, além dos limites de formalidade. Por isso não basta apenas apreender o conteúdo teórico que vimos durante o curso, mas, é necessário também adentrar no cotidiano escolar para compreender como as teorias se aplicam na prática. 
Desse modo, todo trabalho em sala de aula deve estar centrado em textos orais e escritos, associados a recursos audiovisuais e outros visando à interação de seus interlocutores. Por isso, o professor de Língua Francesa deve estar atento às colocações e indagações de seus alunos, para que não ocorra um processo de comunicação fragmentado, pois sabemos que não se domina a Língua Francesa somente por meio de livros, mas pelo uso em situações comunicativas interpessoais entre seus interlocutores.
Percebemos que durante o estágio tudo é cuidadosamente analisado, principalmente as mudanças que vêm ocorrendo no contexto sociocultural escolar. Observamos que o futuro educador deve desenvolver metodologias para aperfeiçoar a sua prática de ensino. No que diz respeito à uma língua estrangeira, o futuro professor deve ter cuidado ao escolher e selecionar livros e atividades a serem trabalhados em sala de aula, para que não permaneça monótono ou obrigatório, mas que faça o alunado entender que aprender uma segunda língua pode ser algo prazeroso. Além disso devemos possibilitar a eles a reflexão sobre a realidade da sociedade.
Na concepção da aula de Língua Francesa como espaço de reflexão crítica, é necessário organizar e planejar nossa prática pedagógica, relacionada a partir de uma abordagem crítica, permitindo assim, estimular e motivar os alunos o pensar por si, indagando, questionando e negociando significados por meio de situações concretas e significativas. 
REFERÊNCIAS
CASTRO, M.A.C.D. Abrindo espaços no cotidiano escolar para o Estágio Supervisionado: uma questão do “olhar” e da relação na formação inicial em serviço. 2000. Tese (doutorado em Psicologia da Educação) – Pontifícia Universidade católica de São Paulo, São Paulo, 2000. Disponível em: https://sapientia.pucsp.br/handle/handle/16416. Acesso em 17 Jan. 2018.
DEMO, Pedro. Educação pela pesquisa. Campinas: Editores associados, 2009.
LOMBARDI, Roseli Ferreira. Formação inicial: uma observação da prática docente por alunos estagiários do curso de Letras, 2005. Disponível em internet. http://www.congresso/ed2005.puc.c/pdf/ferreira%20lombardi.pdf. Acesso em 17 Jan. 2018.
PIMENTA, S. G; LIMA, M. S. L . Estágio e docência. São Paulo: Cortez, 2007.
ANEXOS
SALA DOS PROFESSORES
QUADRA DA ESCOLA
FOTOS DA ESCOLA
AULA IMPROVISADA DE EDUCAÇÃO FÍSICA
BLOCOS DE SALAS DE AULA E CORREDORES
SALAS DE: SERVIÇO SOCIAL – AEE - COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA
SALAS DE: LEITURA – DEPÓSITO - MULTIMÍDIA
BIBLIOTECA – COORDENAÇÃO DE PROJETOS - REPROGRAFIA
GRÊMIO ESTUDANTIL – SALA DE TÊNIS - LIED
REFEITÓRIO - BANHEIROS
	DIRETORIA - SECRETARIA
AULAS DOS ESTAGIÁRIOS
APÊNDICES
APENDICE A – PROJETO DE ESTÁGIO
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAPÁ
PRÓ-REITORIA DE ENSINO DE GRADUAÇÃO
COORDENADORIA DE ENSINO DE GRADUAÇÃO
COORDENAÇÃO DO CURSO DE LICENCIATURA PLENA EM LETRAS
PROJETO DE ESTAGIO 
ESCOLA ESTADUAL MARIA IVONE DE MENEZES
IDENTIFICAÇÃO
Universidade Federal do Amapá – UNIFAP
Curso: Licenciatura em Língua Portuguesa e Língua Francesa e suas respectivas Literaturas
Professora (a) orientador (a): Katiuscia Fernandes da Silva Dias
Disciplina: Estágio Supervisionado em FLE I
Acadêmicos: Nixon Rocha Sarges e Romário Estrão Pelaes
Turma: 2014.1
2 – JUSTIFICATIVA
A oferta de línguas estrangeiras na escola pública tem por base o artigo 26, parágrafo 5º da lei de diretrizes e bases (LDB) nº 9394, que assim determina: “§ 5º- Na parte diversificada do currículo será incluído, obrigatoriamente, a partir da 5ª série, o ensino de pelo menos uma Língua Estrangeira (L.E), cuja escolha ficará a cargo da comunidade escolar, dentro das possibilidades da instituição”. Sendo assim, a Escola Estadual Maria Ivone de Menezes incluiu em sua matriz curricular o ensino de uma L.E. (a língua francesa) a alunos do 6º ao 8º ano do ensino fundamental II. Assim escolhemos esta escola para aplicarmos os conhecimentos sobre a língua e cultura francófonas obtidos durante alguns semestres de licenciatura.
O Estágio Supervisionado em FLE no curso de licenciatura em Letras Português/Francês da Universidade Federal do Amapá é realizado no último ano do curso, ou seja, no oitavo e nono semestres. Durante o oitavo semestre do curso os alunos realizam o Estágio Supervisionado em FLE I no Ensino Fundamental II e no decorrer do nono semestre de curso os discentes realizam o Estágio Supervisionado em FLE II no Ensino Médio. 
O Estágio Curricular Supervisionado em um curso de licenciatura consiste em um processo planejado, visando à integração entre conhecimentos práticos e conhecimentos teóricos que complementem a formação acadêmica do aluno. Este projeto tem como finalidade inserir o acadêmico e futuro professor no contexto real de ensino de uma L.E., em que seja possível notar as dificuldades, os desafios enfrentados tanto pelos professores quanto pelos alunos para ensinar e aprender uma L.E. nas escolas; mostrar o dia a dia, a realidade desse contexto de ensino, no qual seja possível também para o acadêmico, verificar o uso das teorias ensinadas, discutidas e debatidas em sala de aula e, posteriormente, fazer uso delas no momento de prática docente que o estágio proporciona. Este projeto é de grande relevância para os acadêmicos, pois permite que eles tenham cesso a uma rica experiência de como é ser professor, de como é trabalhar de fato com uma L.E. 
O estágio é dividido em Observação e Regência de classe, assim distribuídos: 10h/a de observação, no mínimo, e 5h/a aulas de Regência em sala de aula. A observação é o momento em que o estagiário examina a prática pedagógica de professores já formados e que atuam na rede de ensino pública ou privada e o momento de regência é quando o acadêmico atua em sala de aula juntamente com o professor, desenvolve algumas atividades e/ou ministra aulas escolas com base no planejamento previamente elaborado. Essas práticas têm como objetivo contextualizar as áreas e os eixos de formação curricular, associando teoria e
prática e destinam-se à iniciação profissional como um saber - fazer que busca orientar-se por teorias de ensino-aprendizagem para responder às demandas colocadas pela prática pedagógica à qual se dirige.
O estágio tem esse papel, de inserção no contexto real de ensino, de prática docente, uma vez que ele é o momento de observar e praticar as teorias ensinadas nas salas de aula da universidade, permitindo que o acadêmico se veja como professor. Quanto a este aspecto, Pimenta e Lima dizem que “O estágio é o eixo central na formação de professores, pois é através dele que o profissional conhece os aspectos indispensáveis para a formação da construção da identidade e dos saberes do dia-a-dia” (PIMENTA e LIMA, 2004).
Nesse sentido, buscaremos desenvolver as atividades de observação e regência com o fim de refletir sobre a prática docente para que como futuro professores busquemos cada dia melhorar nossa prática, com intenção de fazer com que os alunos tenham maior interesse e participação nas aulas, entenda a importância do que está sendo ensinado e possam construir o máximo de conhecimento possível.
O aprendizado de uma L.E., e nesse caso o francês, trata de oferecer ao aluno de escola pública uma visão de outras culturas e de outros povos, para que tenha maiores oportunidades não apenas de falar outro idioma – exigência cada vez maior na sociedade atual – mas principalmente de voltar-se para o Outro e através dele ver melhor a si mesmo. 
Além de tudo, na busca de novos conhecimentos e na possibilidade da sua ampliação, uma L.E. desenvolve processos que permitem o alunado repensar sua conduta, atitudes e conceitos e por meio dessas reflexões que podem começar a participar mais das discussões que envolvem o convívio político, ético e social entre as pessoas como abordamos PCNs (1998):
O distanciamento proporcionado pelo envolvimento do aluno no uso de uma língua diferente o ajuda a aumentar sua auto percepção como ser humano e cidadão. Ao entender o outro e sua alteridade, pela aprendizagem de uma língua Estrangeira.Ele aprende mais sobre si mesmo e sobre um mundo plural, marcado por valores culturais diferentes e maneiras diversas de organização política e social. (PCN, 1998, p. 19)
A aprendizagem de uma L.E. é, portanto, necessária como instrumento de compreensão do mundo, de inclusão social e valorização pessoal. Por meio do estudo de uma L.E, ampliam-se as possibilidades de conhecimento de outra (s) cultura (s) e, com isso, desenvolvimento de um olhar crítico a respeito de sua própria cultura, reconhecendo nela seus valores e sua diversidade. O Ensino e Aprendizagem de uma L.E. insere-se, assim, dentro dessa perspectiva de compreensão de outros hábitos, outras linguagens, outras maneiras de ver o mundo, abrindo janelas e conscientizando sobre a importância da linguagem dentro desse contexto. Quanto a importância da L.E. no currículo dos alunos os PCNs (1998) afirmam que:
A aprendizagem de L. E. contribui para o processo educacional como um todo, indo muito além da aquisição de um conjunto de habilidades linguísticas. Leva a uma nova percepção da natureza da linguagem, aumenta a compreensão de como a linguagem funciona e desenvolve maior consciência do funcionamento da própria língua materna. Ao mesmo tempo, ao promover uma apreciação dos costumes e valores de outras culturas, contribui para desenvolver a percepção da própria cultura por meio da compreensão da (s) cultura (s) estrangeira (s). (PCN, 1998, p. 37).
É importante destacar também a necessidade de aprender a língua estrangeira no uso real, aprender com o outro, cooperativamente. Assim, as propostas de ensino e aprendizagem para os alunos do ensino fundamental II devem também partir da análise das necessidades desses. Vale lembrar também que a aprendizagem se faz num contexto de interações e, portanto, aprender a interagir cooperativamente com os pares também é um objetivo importante a ser trabalhado em Língua Estrangeira. Evidenciamos também que o professor tem um papel muito importante como mediador e orientador dessas interações, à medida que promove oportunidades de trabalhar com troca de ideias, de saberes, construção coletiva de novos conhecimentos, respeitando o modo de pensar dos colegas e aprendendo com eles, como é discutido na Approche Actionnelle de Christian Puren (1994) onde é defendido que os atores têm de trabalhar juntos para obter um objetivo específico. Para Puren, o aprendiz é um ator social e deve ser motivado para poder desenvolver as atividades propostas em sala. Com isso, deve haver interação entre os aprendizes para que a tarefa seja realizada, neste caso, um problema a ser efetivado e resolvido em grupo. Essa tarefa, não importando qual seja, nos levará também a uma análise dos comportamentos percebidos em sala de aula. Durante uma atividade lúdica, como uma dinâmica, os alunos estarão mais aptos a nos mostrar quais são seus medos, dúvidas e anseios.
Salientamos também que as aulas de Língua Estrangeira (neste caso, especificamente, a francesa) não devem apenas se apoiar na gramática, na memorização de conjugações, mas devem procurar usar a língua para promover interações reais de uso em uma perspectiva dinâmica e contextualizada, tal como propõe a Abordagem Comunicativa, pois segundo essa perspectiva o objetivo é o ato de se comunicar e não o conhecimento explícito da gramática ou de frases memorizadas. Essa abordagem dispensa ao professor e aos alunos o papel primordial do processo de ensino/aprendizagem (MARTINEZ, 1978 p.65 apud SILVA, 2013, p.19).
O foco da aula está no uso da linguagem em diferentes situações discursivas/comunicativas, fazendo com que o domínio do vocabulário e a correção gramatical não sejam exaustivamente enfatizados, uma vez que se acredita que eles não garantem a habilidade de usar a linguagem oralmente de forma comunicativa. As quatro competências (audição, fala, leitura e escrita) são trabalhadas na sala de aula e o erro é visto como parte do processo de aprendizagem. A ênfase na comunicação autêntica remete à importância dada à negociação de significados em interações reais. A Abordagem Comunicativa no ensino de línguas estrangeiras tem como prioridade a aprendizagem de uma língua na interação com o meio e realça que o aluno consiga utilizar esta língua em diferentes contextos que não seja somente os diálogos programados em sala de aula.
Nesse sentido, buscaremos desenvolver as atividades de observação e regência com o fim de refletir sobre a prática docente para que como futuros professores, busquemos cada dia melhorar nossa prática, com intenção de fazer com que os alunos tenham maior interesse e participação nas aulas, entenda a importância do que está sendo ensinado e possam construir o máximo de conhecimento possível.
3 – OBJETIVOS 
3.1-GERAL: 
Aprimorar nossas habilidades quanto ao ensino de Língua Francesa e sua prática pedagógica, objetivando sempre a melhoria da qualidade de nossa formação profissional.
3.2-ESPECÍFICOS: 
Despertar os alunos à aquisição da competência comunicativa e enfatizar o uso da língua no desempenho de diversas funções comunicativas.
Instruir os educandos a perceber o caráter de uma L. E. como aspecto que estimula o interesse, a curiosidade, o espírito de investigação e o desenvolvimento da capacidade para compreender e comunicar-se.
Experienciar a comunicação como troca de ideias, de valores culturais e estimular o aluno no prosseguimento dos estudos.
Sugerir estratégias de ensino que desenvolvam as quatro habilidades linguísticas (Compreensão Oral, Compreensão Escrita, Produção Oral e Produção Escrita) no intuito de levar os alunos a perceber os conhecimentos obtidos como meios para compreender e transformar o mundo a sua volta.
Sugerir possibilidades de melhoria, caso necessário, na forma como a escola trabalha a L. E., buscando adequar à realidade dos alunos, a partir das observações realizadas na escola-campo.
Experienciar a regência como meio de crescimento e melhoria profissional.
4 – PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
O estágio ocorrerá na Escola Estadual Maria Ivone de Menezes, localizada no bairro Perpétuo Socorro, na Rua Antonio Pelaes Trajano de Souza, nº 1332, no período matutino. O estágio se dividirá em dois momentos centrais: a observação e a posteriori, a regência.
Inicialmente, será apresentado o ofício à coordenação da escola e posteriormente, em conformidade com a professora, decidiremos os horários, os dias e as turmas que iremos observar. Após essa definição partiremos para a observação de fato, em que buscaremos examinar a prática docente do professor responsável pela disciplina, a forma como trabalha, as teorias e métodos pedagógicos utilizados para o ensino e aprendizagem da Língua Francesa. Observaremos também os alunos, a forma como participam da aula, assim como a estrutura da escola, o que a escola oferece de suporte para o ensino de uma L.E.
Após concluída a fase de observação, será feita a regência, em conformidade com o cronograma da disciplina montada pelo professor. Serão ministradas 5 h/a, em que trabalharemos, na medida do possível, as diversas competências (Compreensão Oral, Compreensão Escrita, Produção Oral e Produção Escrita), colocando em prática as teorias ensinadas em sala de aula, visando a melhor compreensão do conteúdo por parte dos alunos.
Para efetividade das ações que planejamos faremos diálogo com a equipe pedagógica da escola, apresentaremos documentos e preencheremos fichas e formulários. Em encontros fora da escola-campo faremos a discussão e elaboração de aulas expositivas, discussão sobre os procedimentos, análises e apresentação dos resultados obtidos e no final a elaboração do relatório final e entrega da documentação final do estágio.
Como se tratam de crianças, ou mesmo pré-adolescentes, a metodologia dessas aulas será dentro de uma perspectiva dinâmica, lúdica e interativa, visando primordialmente a comunicação em língua francesa e algumas noções de cultura da França e de outros países que falam o francês.
5 – RECURSOS (HUMANOS E FÍSICOS)
O estágio contará com a participação direta e indireta do professor e dos alunos envolvidos, e também com apoio da coordenação pedagógica da escola, bem como com o próprio espaço físico da escola para a realização das atividades programadas a serem desenvolvidas com os alunos. Além desses recursos, é possível a utilização de instrumentos tecnológicos, como: notebook, Data show e caixa de som. Outros materiais que podem igualmente ser utilizados são: cartazes, apostilas e livros, quadro branco, pinceis, apagador, além de tarefas elaboradas previamente pelo professor e também produzidas pelos alunos em sala de aula, as quais serão organizadas tendo o foco na comunicação oral e escrita, enfim, dar-se-á ênfase ao modo de como usar determinada forma para se atingir determinada necessidade da comunicação. Além de diálogos preestabelecidos, o que se pretende é integrar as habilidades prévias dos alunos às funções comunicativas através de diálogos, mini textos, músicas e ações que se tornem motivadoras à aprendizagem e ao uso da língua alvo. 
Durante as aulas, poderão ser utilizados textos, imagens, músicas e vídeos onde serão observadas estruturas que atuarão como base para a motivação à comunicação. Os alunos atuarão em grupos e duplas e organizarão suas produções orais e escritas para serem apresentadas nas aulas.
6 - CRONOGRAMA
	Data 
	Atividade
	16.10.17
	Visita a escola campo: Entrega do ofício, apresentação para a professora-regente e para as turmas, coletas de informações sobre a escola.
	17.10.17
	Início das observações de aulas
	27.10.17
	Fim das observações de aulas
	30.10 a 04.11
	Elaboração do plano de aula e de material didático
	06.11 a 11.11
	Regência
 OBS.: As datas poderão ser modificadas de acordo com a disponibilidade da professora.
7 – REFERÊNCIAS
BRASIL. Parâmetros Curriculares Nacionais: terceiro e quarto ciclos do ensino fundamental: língua estrangeira / Secretaria de Educação Fundamental. Brasília: MEC/SEF, 1998. 120 p.
PIMENTA. S.G.L, LUCENA SM. Estágio e Docência. São Paulo: Cortez, 2004.
PUREN, C., 1994, La didactique des langues étrangères à la croisée des méthodes/ Essai sur l’éclectisme, Paris, Crédif-Didier, 1994, 206 p.
SILVA, A. Z. R. O. O Ensino Significativo: Algumas Reflexões Sobre O Processo De Ensino/Aprendizagem Da Língua Inglesa Na Escola Pública. 2013. 37 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Licenciatura em Letras). Universidade do Estado da Bahia, Conceição do Coité, 2013.
APENDICE B – PLAN DE COURS TURMA 7ºA
MISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAPÁ
COORDENAÇÃO DO CURSO DE LICENCIATURA PLENA EM LETRAS
PLAN DE COURS
	I. Identification
	École: Maria Ivone de Menezes
Directrice: Maria de Lourdes
Professeur: Danielle Silva dos Santos
Stagiaires : Nixon Rocha Sarges et Romário Estrão Pelaes
Classe: 7°E
Date: 01 décembre 2017
Séances: 2 (7h30 - 9h10)
	II. Objectifs: 
	 Rendre les élèves capables de:
Prononcer les nombres correctement.
Savoir employer les chiffres quand ils parlent de l’âge, numéro de téléphone, adresse, heures, le prix, des opérations, quantité, par exemple.
Analyser la différence entre les nombres en portugais et en français.
	III. Sujet: 
	les numéros de 0 à 100 (chiffres et nombres)
	IV. Méthodologie: 
	Classe descriptive-dialoguée avec activités de lecture et d'écriture.
	V. Recours didactiques: 
	Rétroprojecteur; ordinateur portable ; tableau ; Feutres pour TB (tableau blanc) ; papier A4 ; materiel photocopié.
	VI. Évaluation :
	Participation
Intérêt
Frequence
Résolution des activités proposées : Proposition d’exercices de compréhension et production écrite.
	VII. Développement :
	- Présentation du professeur et de la méthodologie.
- Acitivité de sensibilisation au thème : demander d'abord aux étudiants s'ils connaissent déjà les chiffres. Leur demander de dire leurs numéros de téléphone, ou demander dans quelle situation ils pourraient utiliser les nombres (numéro de résidence, pointure des chaussures, prix des objets, par exemple. Conduire à utiliser les numéros initiaux, si finalement ils le savent déjà)s
- Projection vidéo sur Power-point : explication par moyen du rétroprojecteur (texte et images) les chiffres et nombres de 0 à 100.
- Lecture des chiffres et nombres de 0 à 100.
- Expliquer la différence de comptage du système brésilien par rapport au français.
- À la fin du cours, ils devront résoudre une activité écrite avec quatre questions proposées: « 1.	Faitez correspondre les chiffres aux nombres en lettres. » « 2.	Écrivez les nombres en lettres. » « 3. Retrouvez les chiffres. » et « 4.	Écrivez en chiffres. » et toutes serviront comme outil d’évaluation ; les activités seront faites en par deux ou par trois ; nous allons donner un temps moyen de 20 min ; nous allons choisir les élèves au hasard afin que tout le monde puisse participer et qui puisse répondre à ce qui est demandé, et puis nous allons corriger ensemble à travers le rétroprojecteur.
	VIII. Références
	 « Os numerais cardinais em francês» Disponible sur: «http://www.aprender frances.com/numerais-frances.html » Accédé le : 07 novembre 2017
« Chiffres et nombres de 0 à 100» Disponible sur : « https://www.francaisfacile.com/exercices/exercice-francais-2/exercice-francais-24147.php » Accédé le : 07 novembre 2017
APENDICE C – PLAN DE COURS TURMA 7E
MISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAPÁ
COORDENAÇÃO DO CURSO DE LICENCIATURA PLENA EM LETRAS
PLAN DE COURS
	I. Identification
	École: Maria Ivone de Menezes
Directrice: Maria de Lourdes
Professeur: Danielle Silva dos Santos
Stagiaires : Nixon Rocha Sarges et Romário Estrão Pelaes
Classe: 7°E
Date: 01 décembre 2017
Séances: 2 (7h30 - 9h10)
	II. Objectifs: 
	 Rendre les élèves capables de:
Prononcer les nombres correctement.
Savoir employer les chiffres quand ils parlent de l’âge, numéro de téléphone, adresse, heures,
le prix, des opérations, quantité, par exemple.
Analyser la différence entre les nombres en portugais et en français.
	III. Sujet: 
	les numéros de 0 à 100 (chiffres et nombres)
	IV. Méthodologie: 
	Classe descriptive-dialoguée avec activités de lecture et d'écriture.
	V. Recours didactiques: 
	Rétroprojecteur; ordinateur portable ; tableau ; Feutres pour TB (tableau blanc) ; papier A4 ; materiel photocopié.
	VI. Évaluation :
	Participation
Intérêt
Frequence
Résolution des activités proposées : Proposition d’exercices de compréhension et production écrite.
	VII. Développement :
	- Présentation du professeur et de la méthodologie.
- Acitivité de sensibilisation au thème : demander d'abord aux étudiants s'ils connaissent déjà les chiffres. Leur demander de dire leurs numéros de téléphone, ou demander dans quelle situation ils pourraient utiliser les nombres (numéro de résidence, pointure des chaussures, prix des objets, par exemple. Conduire à utiliser les numéros initiaux, si finalement ils le savent déjà)s
- Projection vidéo sur Power-point : explication par moyen du rétroprojecteur (texte et images) les chiffres et nombres de 0 à 100.
- Lecture des chiffres et nombres de 0 à 100.
- Expliquer la différence de comptage du système brésilien par rapport au français.
- À la fin du cours, ils devront résoudre une activité écrite avec quatre questions proposées: « 1.	Faitez correspondre les chiffres aux nombres en lettres. » « 2.	Écrivez les nombres en lettres. » « 3. Retrouvez les chiffres. » et « 4.	Écrivez en chiffres. » et toutes serviront comme outil d’évaluation ; les activités seront faites en par deux ou par trois ; nous allons donner un temps moyen de 20 min ; nous allons choisir les élèves au hasard afin que tout le monde puisse participer et qui puisse répondre à ce qui est demandé, et puis nous allons corriger ensemble à travers le rétroprojecteur.
	VIII. Références
	 « Os numerais cardinais em francês» Disponible sur: «http://www.aprender frances.com/numerais-frances.html » Accédé le : 07 novembre 2017
« Chiffres et nombres de 0 à 100» Disponible sur : « https://www.francaisfacile.com/exercices/exercice-francais-2/exercice-francais-24147.php » Accédé le : 07 novembre 2017
APENDICE D – SLIDES DAS AULAS
APENDICE E – ACTIVITÉS
APENDICE F – MATERIEL PHOTOCOPIÉ

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