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Resumo: Maquiavel, Hobbes, Locke, Rousseau, Durkheim, Weber e Marx.

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Maquiavel – séc XV: 
Não acreditava que os governantes deveriam agir conforme a vontade do povo porque ele sabia que na pratica ninguém o faria. Buscava saber o que era realmente fundamental na pratica – empirismo – em vista das relações politicas. Haviam estados soberanos e independentes, porem fracos, exemplo Espanha e França. 
Teoria política baseada no pragmatismo, num olhar voltado para a realidade. Claro que ele não desfazia da questão das virtudes e valores, mas acreditava que isso na pratica e na experiência não contava muito. Ou seja, embora virtude seja algo necessário não somos sempre seres morais ou o somos quanto realmente desejaríamos ser. 
Ordem alcançada por ações práticas e não se vincula a limitação das leis naturais ou leis divinas, mas sim por conveniência da ocasião em vista de um fim. Ou seja, não é a lei natural ou divina que fará a diferença uma vez que a força lida com a parte genérica. Por exemplo, o individuo ou o grupo pode ser religioso e outro grupo racionalista então, à medida que nem todos se submetam a uma mesma ordem, é preciso de um Estado que use a força física porque a força física abrange tudo. Só o Estado pode manter e usar a força na medida em que ele possui o monopólio dela e assim mantenha a ordem. Característica central do estado moderno: poder político. 
Influência sobre o mundo moderno e contemporâneo. A política: ser entendida e praticada de forma objetiva e cirscunstancial. A política moderna deveria estar atenta os acontecimentos do presente. Rompeu com a visão e práticas políticas tradicionais.
Conceitos: virtu e fortuna
Virtu: características - próprias dos governantes – que (independentes de qualquer conceito moral como ser bom ou ruim) o capacita para ter exercer função. O príncipe age conforme a necessidade/contexto buscando a manutenção do poder. Não é um conceito moral, é puramente pragmático. Se refere a força, astúcia, flexibilidade, firmeza, tradução da realidade.
Fortuna: Se refere ao que está fora de nosso controle; acaso, destino.
O verdadeiro governante:
Alinha virtu e fortuna, ou seja, saber ler a realidade e agir conforme o momento, devendo usar a força e a astúcia. Deverá ser como leão e raposa: impulsivo, forte, força militar; sutil, frio e esperto.
O bom governante deve ser amado pelos súditos e se não for possível, deverá ser temido, mas não em formas exageradas. Deverá fazer boas ações de forma periódica para que o temor não se torne ódio e isso prejudique o governo. O governante precisa dar a impressão de ser o que realmente ele não e, demonstrar-se como ser virtuoso, um cara bom etc. Exemplo: caso do Pablo Escobar – criminoso que na medida que se envolveu com política, fez doações e até hoje muita pessoas o veneram. 
“Os fins justificam os meios.” Pois o príncipe pode se passar por algo que não é, certo imoralismo, devia ser usado somente quando necessário, somente quando fosse defender o poder e do Estado. 
O príncipe é apenas um individuo diante de paradoxos políticos que lhe exigem uma ação que muitas vezes não tem cunho moral, agindo assim de forma flexível, independente da moral e buscando somente a manutenção do poder. 
Se o príncipe abusa da condição de ser imoral, ele já não possui a virtu, pois esta é uma capacidade administrativa para manter o poder. Ou seja, o governante não deve ser tirano. 
Favorável a um governo republicano e não ditatorial. 
Hobbes
Contratualista: havia um momento onde a sociedade não vivia um governo efetivo, ou seja, um estado de natureza (já havia em Maquiavel e ele retoma isso)
Ser humano naturalmente mal; “O homem é o lobo do homem”.
O direito natural do homem é o direito a vida, pois este lhe é alienável. E para este fim, ocorre o estado de guerra (o homem precisa lutar para defender a própria vida e seu território) de todos contra todos – gera guerra e instabilidade constante no indivíduo; 
Estado de guerra é ruim por causa da constante insegurança e impossibilidade de progresso; atacar e defender gera essa condição extremamente insegura; seria melhor abrir mão dessas prerrogativas egoístas e direitos que viver no estado natural, que é uma guerra constante. Nesse momento ocorre o contrato social - criação do Estado, ou seja, a transferência dos direitos naturais e, esta transferência, é dada ao soberano em vista de permitir que essa soberania da força dada a instituição, tendo em vista primeiramente a garantia da segurança e da ordem e depois de outras potencialidades.
Não poderia haver qualquer concorrência contra o Estado, nada de divisões, apenas um Estado soberano absoluto para gerar a unidade. Se nos submetemos a um contrato social, o soberano teria ao poder absoluto para que não fosse retornado ao estado de natureza.
Segurança como aspecto obrigatório. A partir do momento que o homem se sente inseguro e abre mão de seus direitos, o Estado se torna obrigado a garantir a segurança. 
Locke: século XVII
Ser humano como uma tábula rasa: o homem não é bom nem ruim.
Vida, propriedade privada e punição são direito inalienáveis no ser humano, e estas logo devem se manter como direito do indivíduo.
Também acata a ideia de estado natural mas para ele existiam duas leis que predominavam antes do contrato social, sendo elas: a lei de Deus e a lei da natureza. 
As pessoas mesmo sendo uma tábula rasa tinham tendência a serem boas por causa da lei divina e, se tem tal tendência, elas não criariam tantos conflitos como Hobbes acreditava. Logo cada pessoa conheceria o limite do outro, e respeitaria isso, com base na divina que estava impregnada na mentalidade do indivíduo. Por exemplo: reconhecer que a propriedade privada pertencia a outro individuo não poderia ser invadida, mesmo ainda estando em estado natural. 
Propriedade privada: direito de ter isso e de viver bem.
Direito de punição: aqueles que comentem algum tipo de delito (lembrando que para Locke ninguém nasce bom ou mal, é uma tabula rasa) devem ser punidos por quem lesou, porém essa a punição deveria proporcional a lei religiosa e lei natural. O homem teria, portanto, direito de punir, porém deveria haver também juízes imparciais para delimitar esses conflitos.
Locke diz que nesse estado natural faltam 3 elementos muito importante: leis criadas pelos homens, juízes imparciais e poder policial ou uma espécie de coerção. 
 O homem precisa ser uma criatura livre – Locke era um liberalista, em partes - e ter direito de fazer suas próprias leis, uma vez que já existiam as leis divinas e as naturais e nestas o homem não participava das formulações. Logo, as leis do homem complementariam as outras duas – divinas a naturais - e tudo isso faria parte da sociedade humana do contrato.
Precursor do Liberalimo em certos aspectos. 
- juízes imparcais: especialistas nas leis, imparciais, poder da força militar (força física) para subjugar os conflitos e obrigar as pessoas as ações corretas ou para delimitar as punições adequadas - sec XVII).
O Estado surge, segundo Locke, para garantir, de certa forma, o bom estado de natureza, tendo como base o consentimento para garantir a liberdade, ou seja, os direitos naturais não serão transferidos sumariamente pro Estado como acontece em Hobbes, mas serão lhe são repassados temporariamente para que este possa agir. 
Locke fala da separação de poderes, diferentemente de Hobbes que defende o Estado absolutista, deliberando certa liberdade individual que seria coagida se houvesse um estado absolutista como Hobbes acreditava. Essa liberdade individual era fundamental para manter-se boa parte do estado de natureza. Além do mais, a separação de poderes garantiria limitação a qualquer arbitrariedade do soberano. Os poderes executivo, legislativo e federativo – consistiriam basicamente no poder limitado representado na figura do rei, do parlamento e como que relações internacionais, respectivamente. 
Locke foi o primeiro a falar sobre eleições, a questão de eleger um governante, mas essa tarefa estaria limitada a uma classe, e este é um dos questionamentos em Rosseau, no séculoXVIII. Pra Locke, o indivíduo exerce seu direito natural cedendo esse direito para o governo através das eleições, que seria uma espécie de democracia representativa (em termos atuais), representante da defesa da liberdade de individualidade contra o Estado interventor como era em Hobbes; o Estado nada poderia fazer caso não houvesse conflitos, pois era efetivo na medida em que estes ocorressem.
Rousseau: século XVIII
Não analisa o aspecto jurídico do Estado mas o que o sustenta. Separa três elementos históricos diferentes pra explicar como seria o contrato social. Em Hobbes e Locke, existiam duas fases: o estado natural e o contrato social, já em Rosseau, existem 3, a saber: 
I - O estado de natureza: segundo o qual o homem é bom por natureza, contrapondo Hobbes (“homem lobo do homem”, homem mal por natureza) e Locke (homem é uma tabula rasa, não é nem mau nem bom, embora tenda a esta última vertente por causa da lei divina). Ele diz isso porque aqui o homem não é um ser sociável, ele vive em grupos muito pequenos isolados nas florestas – “bom selvagem” -, onde o contato com grupos externos era quase nulo, viviam muito bem e eram pessoas boas, não sabiam o que era propriedade privada, e este correspondia ao seu primeiro estado de natureza;
II – Estado sociedade: nesse segundo estado, o grupo isolado passa a ter contato com os outros (até mesmo por causa do crescimento populacional) e aqui o ser humano se corrompe, alterando assim seu estado de natureza para ruim devido ao conceito de propriedade privada (que o Rosseau critica muito, antes mesmo de Marx; Rousseau foi um dos precursores da Revolução Francesa). Segundo ele, a propriedade privada gerava certa desigualdade, pois nessa situação, as pessoas não eram livres uma vez que a miséria as limitava de maneira extraordinária, sendo assim iludidas com falsas liberdades e falsas igualdades, diferentemente da perspectiva de Locke, onde os ricos seriam eleitos, fazendo do direito apenas um privilégio levado a perpetuação da desigualdade, mesmo que contidos num contexto de liberdade do indivíduo.
Para Hobbes, o estado de natureza é ruim e só melhora com o estabelecimento do contrato social, enquanto para Rosseau, o caminho é inverso: o estado da sociedade é quem corrompeu o estado de natureza. Para remediar/reverter essa situação é que se estabeleceria o contrato, que seria o responsável da mudança do estado social para um novo estado. Também seria necessário se libertar de toda a alienação do estado sociedade e implantar uma democracia direta (não a democracia representativa que se vê de certa forma em Locke). Rosseau critica o absolutismo do soberano – Hobbes - e a democracia representativa dos abastados - Locke.
Participar do processo democrático (eleições e definições de leis) provaria que o individuo é realmente livre e, portanto, significaria fazer parte do processo também da ação legisladora, sendo realmente livre pra consentir com ela ou não. 
Traz o conceito de vontade geral: expressão da boa natureza que todo individuo tem. Não significa a vontade de todos contra um, ou a vontade de minoria contra todos, não tem caráter ideológico, muito pelo contrário: pelo fato dos indivíduos serem bons por natureza, eles saberiam o que seria certo ou errado, então deixar de olhar pros princípios individuais (de sua própria natureza) e olhar para os fatos concretos (como o príncipe de Maquiavel) seria corromper o homem. Por exemplo, se todos quisessem matar a alguém e essa fosse uma decisão unânime, Rosseau diria que todos estavam errados e corrompidos pelo estado de sociedade uma vez que este corrompeu o estado de natureza segundo o qual é errado assassinar alguém. O individuo que saiu do estado de natureza e foi corrompido, para voltar pro primeiro estado em vista do contrato social, exigiria a figura do legislador, que seria capaz de ajudar no retorno aos princípios naturais, que é a condição de bondade da natureza de cada indivíduo.
Rosseau pressupõe uma democracia direta e, no exercício dessa ação, se cria a ideia de soberania popular - totalmente avessa à condição de transferir o poder de forma total para o soberano (como em Hobbes) ou ceder o poder para o soberano agir (como em Locke) - porque os direitos naturais e a natureza boa do individuo devem ser mantidos nele mesmo. A ideia de soberania popular atual, por exemplo, vem do pensamento de Rosseau, logo, quem executa as leis são os governantes (apenas um executor) e os súditos todos os indivíduos, garantindo então a liberdade e igualdade pra todos. 
Com base na vontade geral seria garantida a verdadeira igualdade social. O individuo seria então o soberano, porque o individuo faz parte do povo e o soberano é o povo e, nesse caso não haveria então uma separação de poderes, prevalecendo à vontade geral. Soberania é infalível e absoluta, pois faz parte do elemento da natureza humana, e as pessoas punidas seriam as que contrariariam a própria natureza. Rousseau também dizia que se o raciocínio de um altruísmo humano desse errado seria então necessária a intervenção de um ditador (no estilo romano, um ditador “contratado” para resolver problemas pontuais e assim que resolvidos devolveria o poder para o estado/povo/soberano). 
Influência dos autores na constituição de um Estado Moderno: 
Hobbes: conceito de soberano, estado e contrato social.
Locke: liberdade, conceito de separação de poder, conceito de eleição.
Rousseau: enfatiza mais o aspecto de democracia direta, aspecto da participação popular.
https://www.youtube.com/watch?v=MyfxSSgjEe0
Karl Marx: século XIX
Para Marx, a base para entender a sociedade é entender as maneiras como os homens produzem, trabalham e transformam o mundo moldam as relações sociais. Dessa forma, o foco do estudo social é a relação dos homens com os meios de produção e o antagonismo estabelecido à partir da luta entre as duas classes distintas (burguesia e proletariado) que formam o contexto social.
Marx viveu no século XIX e suas ideias foram influenciadas pelo sistema e contexto histórico da época, isto é, o sistema capitalista e a Revolução Industrial. Analisando a sociedade dessa forma, as relações de produção se caracterizam pela propriedade privada dos meios de produção (máquinas, capital, etc), os detentores dos meios de produção (burguesia) e aqueles que vendem sua força de trabalho por um salário (proletariado).
Intrinsecamente a esse processo produtivo, surge a luta de classes sob a qual se localizam em pólos opostos os burgueses (donos dos meios de produção e capital) e os proletários (possuidores somente de sua força de trabalho). Não obstante, mesmo os burgueses possuindo máquinas e capital, eles necessitam da mão de obra humana assalariada para reproduzir sua força de trabalho e através dela gerar mais valia, que será consolidada com a comercialização do produto final. Isso garante que o capital do burguês aumente e que o sistema permanece existindo da mesma forma.
Logo, compreendendo essa contradição presente na relação capital versus trabalho, Marx defende que qualquer mudança na sociedade provém de alterações dos meios de produção e isso acontece através do de um processo revolucionário nascido pelas mãos do proletariado, onde se estabeleceria primordialmente uma ditadura do proletariado – socialismo – e após, seria implantado um regime comunista, responsável por coletivizar a propriedade dos meios de produção (a produção é de posse de quem produziu) e consequentemente seria dissolvido o Estado e as classes.
Atualmente, os meios de produção são diferentes dos da época de Marx e existem mais classes, formas de trabalho, etc. Apesar disso, as mesmas concepções da sociologia de Marx, conhecida como Materialismo Histórico Dialético, podem ser utilizadas para interpretar a sociedade, pois o cerne do processo produtivo e da construção das relações sociais continua o mesmo, onde todas as relações sociais e de trabalho se tornam mercadorias, distanciando cada vez mais o homem da possibilidade de sua emancipação.
Émile Durkheim: séc XXDurkheim era um positivista, inspirado por Comte, cuja principal preocupação era desenvolver uma nova ciência, a Sociologia, que tivesse rigor científico – pois parte de critérios objetivos e métodos advindos das Ciências Naturais - e fosse capaz de entender as regras, as normas e as instituições que padronizam a sociedade.
Durkheim entendia que a sociedade era um organismo que funcionava como um corpo, onde cada órgão tem uma função e depende dos outros para sobreviver. Ao seu olhar, o que importa é o indivíduo se sentir parte do todo, pois caso contrário ocorrerá anomalias sociais, deteriorando o tecido social.
Para Durkheim, a Sociologia deve estudar os fatos sociais, os quais possuem três características: 1) coerção social; 2) exterioridade; 3) poder de generalização. Os fatos sociais apresentam vida própria, sendo exteriores aos indivíduos e introjetados neles a ponto de virarem hábitos.
Pela sua perspectiva, o cientista social deve estudar a sociedade a partir de um distanciamento dela – tratando seu objeto de estudo como coisa -, sendo neutro, não se deixando influenciar por seus próprios preconceitos, valores, sentimentos etc.
Quanto à organização social, ela se dá por meio de duas formas: através de solidariedade mecânica ou solidariedade orgânica.
A solidariedade mecânica é caracterizada pelas sociedades primitivas ou arcaicas e nelas a sociedade se mantém coesa porque todos os indivíduos compartilham dos mesmos valores, crenças e tradições.
Já na solidariedade orgânica, característica de sociedades mais complexas e com elevado grau de divisão do trabalho, a sociedade funciona como um organismo humano, onde cada órgão tem uma função diferente e não funciona independente dos outros, ou seja, há uma aproximação pela diferença, uma complementariedade, para que o organismo – a sociedade – funcione bem. Caso contrário, ocorrem anomias sociais. Neste caso, a anomia é senão uma fonte do processo de desagregação/ desmembramento da coesão social, quando começam a serem questionadas as instituições morais que são as principais responsáveis por essa coesão.
A aproximação da obra de Durkheim com as ciências naturais se realiza no que tange a 2 aspectos: as leis como postulado científico e tratar os objetos como coisas. Buscava sistematizar para universalizar e se afastar do objeto para não se deixar “contaminar” por ele, discernindo bem objeto e estudioso e alcançando a neutralidade, respectivamente. 
Individualismo para Durkheim: “culto ao indivíduo”; conceito que se refere a uma moral que busca pelo bem do ser humano; defender o indivíduo independente de quem ele seja (parecido com a atual defesa dos direitos humanos) – uma moral que defendesse toda a sociedade; defesa por uma moral universal que geraria ordem e progresso.
Papel do Estado: principal regulador de um novo código moral (individualismo) no caso de ruírem as instituições reguladoras como a religião. Daí a perspectiva de igualdade para Durkheim: onde o Estado age como cérebro do organismo e todos são tratados de forma “igual”, sem defesa de interesses específicos de alguns.
A diferença básica entre Marx e Durkheim consiste basicamente em que este último entende a sociedade como um organismo funcionando, suas partes se completando, e além do mais vê o conflito como algo patológico, uma vez que somente a ordem traria como consequência o progresso (não obstante, mesmo sendo conservador no sentido de não admitir o conflito como forma de mudanças ele percebia as mudanças nas instituições, na moral, etc). Enquanto Marx afirma que o proletariado deve unir-se e lutar contra a ordem constituída - dominada pela burguesia que explora sua força de trabalho e impede sua emancipação -, ressaltando assim a luta/conflito entre as classes dominada e dominante como forma de buscar a superação da exploração e das desigualdades sociais.

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