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Ilha das flores

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Ilha das flores
O título ilha das flores dado ao curta-metragem brasileiro, do gênero documentário, escrito e dirigido pelo cineasta Jorge Furtado traz à tona uma realidade brasileira vivida por vários brasileiros que é a da vivencia constante em meio ao lixo. 
O filme traz consigo duras críticas ao atual sistema econômico, o capitalismo, onde o mesmo faz uma analogia constante em seu decorrer, do fato dos humanos serem seres altamente evoluídos, porem para algumas parcelas da população o fato de serem humanos e totalmente ignorado por seus semelhantes.
A realidade mostrada no filme não se limita apenas a ilha das flores pois segundo uma matéria publicada pelo portal de notícias G1 O Brasil ainda despeja 30 milhões de toneladas de lixo por ano, de forma inadequada, expondo os cidadãos ao risco de doenças. E isso apesar da lei que determinou o fim dos lixões. Alagoas é o estado recordista em volume de lixo no lugar errado. Mais de 95% dos resíduos produzidos em Alagoas são abandonados a céu aberto. Na Bahia, o recorde é no número de lixões, o maior do país: são mais de 300 vazadouros em situação irregular.
Brasília só tem um lixão: a 20 quilômetros do centro da capital do país, que recebe quase 80% do lixo produzido no Distrito Federal. Em São Paulo, o estado mais populoso e rico do Brasil, a maior parte do lixo vai para o lugar certo: os aterros sanitários. Mas 14 mil toneladas de resíduos sólidos ainda vão para lixões diariamente.
No filme acompanhamos o percurso de um material industrializado desde a sua produção até seu descarte, no caso o tomate do senhor Suzuki, que percorre desde a sua plantação, onde é colhido e transportado ao supermercado, onde é comprado e levado a uma residência para servir de alimento para uma família, porem por esta com um aspecto ruim e descartado e jogado no lixo, onde o mesmo vai servir de alimento para os porcos na ilha das flores, contudo devido ao aspecto ruim ele é considerado inadequado para os porcos e em uma triste reviravolta acaba novamente servindo de alimento para uma família.
Ao decorrer do filme uma analogia e sempre referida, que consiste no fato de os seres com telencéfalo altamente desenvolvido e polegares opositores são seres humanos, a mesma referência se faz aos judeus, isto é devido ao Holocausto também conhecido como Shoá, que foi o genocídio ou assassinato em massa de cerca de seis milhões de judeus durante a Segunda Guerra Mundial, no maior genocídio do século XX, através de um programa sistemático de extermínio étnico patrocinado pelo Estado nazista, liderado por Adolf Hitler e pelo Partido Nazista e que ocorreu em todo o Terceiro Reich e nos territórios ocupados pelos alemães durante a guerra. 
O fato de serem mencionados no filme reflete a mesma ideia proposta por ele de que humanos devem ser tratados como humanos, esta analogia coloca o porco como peça principal no filme uma vez que este não se trata de um ser humano, porém, obtém de melhores condições de alimentação em relação aos humanos da ilha das flores.
Dentre os principais problemas ambientais e de saúde pública causados pelos lixões:
Contaminação do solo pelo chorume (líquido de cor escura proveniente da decomposição da matéria orgânica presente no lixo);
Contaminação das águas subterrâneas com a penetração no solo do chorume produzido pela decomposição do lixo;
Mau cheiro por causa da decomposição do lixo;
Aumento dos casos de doenças, pois o lixo atrai ratos, baratas e moscas. Além disso, ainda pode tornar-se criadouro de mosquitos vetores de enfermidades como a dengue;
Aumento do número de incêndios causados pelos gases que foram gerados a partir da decomposição dos resíduos depositados nos lixões.
Problema social
O lixão também constitui um problema social, uma vez que essa área pode ser frequentemente procurada para a catação e venda de materiais para a reciclagem pela população pobre como o único meio de conseguir dinheiro.
Ao manipular o lixo, essas pessoas não utilizam itens de segurança e, por isso, estão expostas a vários acidentes, como cortes com vidros quebrados e lascas de madeira, e à contaminação por agentes encontrados nos lixos, como líquidos que vazam de pilhas, solventes, herbicidas e metais pesados. Além disso, elas podem estar sujeitas a agentes patogênicos, ou seja, causadores de doenças, como vírus e bactérias. Muitas pessoas podem ainda se alimentar dos restos de comida presentes no lixo, o que pode provocar-lhes intoxicações alimentares.
Além desses problemas de saúde causados pelo trabalho realizado no lixão, devemos lembrar que os catadores estão sujeitos a fatores psicológicos, pois a grande maioria que ganha a vida nos lixões é excluída pela sociedade e, muitas vezes, é humilhada por causa de sua ocupação. Isso constitui, portanto, para muitos catadores, uma vida de sofrimento psicológico.

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