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Crise Ética na Sociedade e na Política

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Atividade Aula 8
Aluno(a): Isis de Oliveira Silva França
Administração Pública
Pólo Três Rios
1. Identifique como se apresenta a “crise ética” no noticiário dos últimos tempos. Até que ponto é
reconhecida também, nos meios de comunicação, uma “crise da ética”? Em que sentido as duas
abordagens se chocam?
2. Tendo em conta a situação em que vivemos, seja na família, seja no trabalho ou nas relações
sociais em geral, qual a moral que predomina na vida prática? Antiga, medieval ou moderna? Que
mostras você encontra na vida cotidiana de que há um conflito entre éticas diferentes?
3. Tome como exemplo um fato recente da vida política nacional ou estadual em que se assinalou a
“falta de ética”, e analise-o para mostrar a diferença entre uma abordagem do fato a partir da “ética
de responsabilidade” e a partir da “ética da convicção”. Verifique também sob qual perspectiva ética
os meios de comunicação social abordaram ou abordam o fato analisado.
Questão 1
Considerando a História é possível perceber que a ética adotada pelos povos se modificou ao longo
do tempo e, atualmente, vivemos sem dúvida, um momento de crise ética. Tal crise é percebida na
dificuldade da sociedade em definir se determinados comportamentos são éticos ou não, se são bons
ou não. Em um primeiro momento pode-se achar que esta reflexão não interfere no dia a dia das
pessoas, porém não é o que se vê nos noticiários. Todos os dias somos informados de que pessoas
sofrem diversos tipos de violência por motivos banais, sem contar os maus tratos recebidos por
crianças e idosos. Soma-se a isso também o descaso de alguns ocupantes de cargos públicos que
trabalham para enriquecer a si mesmos ao invés de promover o desenvolvimento da comunidade.
Tais notícias expressam que os homens modernos não possuem em sua consciência um motivo que
os impulsionem a cumprir efetivamente as normas éticas atualmente estabelecidas e talvez uma das
razões pelas quais isso acontece seria por considerarem que tais leis não refletem os conceitos
morais aceitos. No que diz respeito à crise da ética, pode se dizer que está relacionada à crise das
normas vigentes por não refletirem o atual status da sociedade. Contudo, apesar de se perceber a
necessidade de estabelecimento de uma nova ética, tal tarefa não tem se mostrado fácil. Isto porque
as pessoas estão cada vez mais individualistas e não existe ética se não houver uma vida em
comunidade, em que se considera o direito do outro. Esta crise da ética também pode ser observada
nos noticiários. Diante de diversos acontecimentos até mesmo os juristas ou aqueles responsáveis
pela formulação de novas leis, sejam elas ambientais ou penais, por exemplo, se vêem em debates
sem fim e, muitas vezes, não chegam a um resultado satisfatório para a sociedade.
Portanto, o que vemos é uma sociedade com dificudades para distinguir o bem e o mal (crise ética)
e, dessa forma necessita do estabelecimento de novas regras, mas todavia também não se vê apta ou
disposta a construir uma nova ética, dado o individualismo em que os indivíduos estão imersos.
Questão 2
Pode-se dizer que atualmente prevalecem os padrões da ética moderna, estabelecidos por meio de
leis ou convenções aceitos pela sociedade. Isto porque os indivíduos já não partilham da ideia
proposta por Aristóteles, em que a felicidade de cada membro estaria diretamente relacionada à
harmonia com a pólis (cidade). Além disso, diferentemente do período da Idade Média, em que a
religião predominante era a cristã e havia uma relação muito forte entre igreja e política, hoje o
cenário é diferente. As pessoas tem liberdade para seguirem outros padrões religiosos e existe a
separação entre Estado e Igreja. Contudo, tendo em vista que nossa sociedade foi construída com
base nos princípios cristãos vemos atualmente um grande conflito entre alguns aspectos da ética
cristã e a ética moderna. Como por exemplo podemos citar a proposta de legalização das drogas e
do aborto, bem como a questão da diversidade de gêneros, muito debatidos atualmente.
Questão 3
A fim de analisar as diferentes perspectivas da ética da convicção e ética de responsabilidade,
utilizamos como exemplo o escândalo do esquema de cobrança de propinas e compra de votos de
deputados em que o ex presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, está envolvido. 
Sob o prisma da ética por convicção, Cunha infringiu os princípios da administração pública, quais
são: legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência. A cobrança de propinas,
utilização de bens públicos para benefício próprio, bem como a compra dos votos dos deputados
quando do processo de Impeachment, não foram, por exemplo, atos condizentes com a legislação
em vigor, assim como não demonstraram impessoalidade, ao contrário, beneficiariam apenas seus
agentes em detrimento da sociedade com um todo. Tendo em vista que diante da lei o ex presidente
da Câmara cometeu atos ilícitos, os mesmo não foram articulados publicamente, ferindo mais um
dos princípios da administração pública.
Já sob a ética de responsabilidade, Eduardo Cunha, no intuito de promover seu enriquecimento,
articulou vários esquemas de cobrança propinas e, quanto à compra de votos que desencadearam o
impeachment da presidente Dilma, pode-se dizer que os fins justificariam os meios. Diante da
acusação de pedaladas fiscais cometidas pela presidente, Cunha comprou votos de vários deputados
a fim de garantir que Dilma fosse retirada do poder. 
Os meios de comunicação abordaram o caso em questão a partir da perspectiva da ética por
convicção, expondo os fatos e comparando com a legislação vigente.

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