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FISIOLOGIA BÁSICA - SISTEMA ENDÓCRINO

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FISIOLOGIA BÁSICA
SISTEMA ENDÓCRINO - INTRODUÇÃO
Natureza química dos hormônios:
Os hormônios são divididos em dois grandes grupos:
Peptídeos e derivado: peptídeos complexos, de tamanho intermediário, pequenos peptídeos e derivados de aminoácidos.
Esteróides: derivados de colesterol.
Armazenamento e secreção hormonal:
Hormônios peptídicos: Depois de passar pelas suas etapas de processamento, os hormônios peptídicos são enviados para o complexo de Golgi onde terão o seu processamento terminado, sendo finalmente armazenados em vesículas ou grânulos secretórios, que, após receberem um estimulo apropriado, migram para a superfície celular, fundindo-se com a membrana plasmática. Nesse momento, devido a alterações de permeabilidade iônica local, a vesícula secretória recebe um influxo de água que supera sua capacidade, rompendo-se logo a seguir. Esse processo, conhecido como exocitose, resulta na liberação das proteínas para o espaço extracelular e corrente circulatória
Hormônios esteróides: Todos os hormônios esteróides vão ser processados, tendo como precursor a molécula de colesterol. Depois de processados, o seu armazenamento será diferente dos hormônios peptídicos. Os estoques de hormônios esteróides serão pequenos, já que o seu armazenamento celular é dificultado devido à alta lipossolubilidade do hormônio. Assim, a secreção dos esteróides é sempre o resultado imediato de uma ativação de sua biossíntese, com exceção dos hormônios T3 e T4 que são armazenados no colóide em um mecanismo que será explicado posteriormente. Uma vez sintetizados, os esteróides difundem-se através do reticulo endoplasmático até atingir a membrana plasmática e ganhar o espaço extracelular.
Transporte plasmático dos hormônios:
Hormônios hidrossolúveis (peptídicos): Circulam em solução no compartimento plasmático, não requerendo qualquer mecanismo de transporte.
Hormônios lipossolúveis (esteróides e tireoidianos) requerem mecanismos específicos de transporte, ou seja, proteínas transportadoras.
OBs: “A presença dessas proteínas transportadoras implica na existência de suas formas de hormônios na circulação: ligada e livre. A fração ligada, cujo tamanho depende diretamente da quantidade e afinidade da proteína transportadora, é sempre a predominante, correspondendo a mais de 95% em todos os casos. Entretanto, não obstante a grande diferença de tamanho, as duas frações mantêm-se em equilíbrio dinâmico, sendo a ligada considerada reservatório hormonal extracelular, e a livre, a responsável direta pelo aporte de moléculas hormonais para os tecidos-alvo. Dessa forma, acredita-se que, a medida que uma molécula de hormônio livre entra numa célula-alvo, uma molécula de hormônio ligado desloca-se da fração ligada para a livre a fim de manter constante a oferta tecidual.” perguntar!
Mecanismo de ação dos hormônios:
Hormônios lipossolúveis (peptídicos): Atravessam facilmente a membrana plasmática de suas células-alvo e interagem com receptores nucleares, modificando diretamente a expressão de genes-alvo específicos.
Hormônios hidrossolúveis (esteróides e tireoidianos): Não são capazes de atravessar a membrana plasmática, tendo que interagir com receptores específicos localizados na superfície celular. A combinação desses hormônios com seus receptores desencadeia uma série de alterações na membrana plasmática que resultam na geração de mensagens do lado citoplasmático da membrana celular. A natureza desses mensageiros intracelulares irá variar de acordo com a natureza do hormônio e do receptor envolvidos. De uma forma geral, esses mensageiros são moléculas capazes de ativar quinases protéicas e elevar sua concentração citosólica, estas, por sua vez, molduram reações enzimáticas, modificam a permeabilidade iônica celular e, ainda, atuam a nível nuclear modificando a expressão gênica. 
Regulação hormonal: feedback
Mecanismo que controla de momento a momento a taxa de produção e secreção hormonal, fazendo com que os níveis plasmáticos dos hormônios possam ser modulados de acordo com as necessidades do organismo. 
O mecanismo do feedback baseia-se na capacidade que uma glândula tem de monitorar a intensidade da sua secreção através da medida do efeito biológico causado pelos seus hormônios.
Feedback positivo: A secreção hormonal aumenta a medida que o seu efeito biológico é intensificado.
Exemplo: Durante o parto, a distensão do colo uterino e da parede vaginal causada pela cabeça do feto, a cada contração uterina, estimula receptores nervosos locais que sinaliza, ao hipotálamo no sentido de aumentar a secreção neuro-hipofisária de occitocina. A occitocina, por sua vez, intensifica a contração da musculatura uterina, aumentando o estimulo dos mecanorreceptores, o que aumenta o estímulo neuro-hipofisário para a sua secreção. Esse mecanismo persiste até o nascimento, quando cessa o estimulo para a secreção de occitocina.
Feedback negativo: Quando a concentração do hormônio está muito alta e serve de estimulo para que a sua produção seja cessada.
Existem dois maneiras de perdermos o mecanismo de feedback negativo:
Neoplasias (cânceres): As células cancerígenas não detectam os estímulos que indicam que elas devem parar de produzir o hormônio.
HIPOTÁLAMO – HIPÓFISE ANTERIOR E POSTERIOR
O hipotálamo possui:
2 núcleos (supraópticos e paraventriculares) que controlam a hipófise posterior (tem origem embrionária neuronal, ou seja, suas células são neurônios)
3 núcleos que controlam a hipófise anterior (tem origem embrionária de células epiteliais
Hipófise:
Hipófise posterior (neurohipófise): 
É a prolongação dos neurônios que tem seus corpos celulares nos núcleos paraventriculares e supraópticos no hipotálamo.
Os hormônios da hipófise posterior são sintetizados nos núcleos do hipotálamo e posteriormente são armazenados na hipófise posterior. (nos terminais nervosos dos neurônios)
Hormônios: Ocitocina e Hormônio antidiurético (ADH ou vasopressina)
Hipófise anterior (adenohipófise):
Os neurônios dos núcleos ventrolmedialis, dorsomedialis e infundibularis passam pela haste hipofisária (a qual liga o hipotálamo com a hipófise anterior), encontrando-se ao seu final com o sistema sanguíneo que irriga a hipófise anterior.
Os hormônios são jogados na corrente sanguínea e percorrem a circulação sistêmica até chegarem nos seus tecidos/células-alvo
Hormônios: ACTH, FSH (folículo estimulante), LH (luteinizante), TSH, Prolactina, Melatonina e Hormônio do crescimento (GH)

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