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CASOS ADMINISTRATIVO I

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José está inscrito em concurso público para o cargo de assistente administrativo da Administração Pública direta do Estado de Roraima. Após a realização das provas, ele foi aprovado para a fase final do certame, que previa, além da apresentação de documentos, exames médicos e psicológicos. A lista dos candidatos aprovados e o prazo para a apresentação dos documentos pessoais e para a realização dos exames médicos e psicológicos foram publicados no Diário Oficial do Poder Executivo do Estado de Roraima após 1 (um) ano da realização das provas; assim como foram veiculados através do site da Internet da Administração Pública direta do Estado, tal como previsto no respectivo edital do concurso.
Entretanto, José reside em município localizado no interior do Estado de Roraima, onde não circula o Diário Oficial e que, por questões geográficas, não é provido de Internet. Por tais razões, José perde os prazos para o cumprimento da apresentação de documentos e dos exames médicos e psicológicos e só toma conhecimento da situação quando resolve entrar em contato telefônico com a secretaria do concurso.
Insatisfeito, José procura um advogado para ingressar com um Mandado de Segurança contra a ausência de intimação específica e pessoal quando de sua aprovação e dos prazos pertinentes à fase final do concurso.
Na qualidade de advogado de José, indique os argumentos jurídicos a serem utilizados nessa ação judicial.
RESPOSTA: A despeito da ausência de norma editalícia prevendo a intimação pessoal e específica do candidato José, a Administração Pública tem o dever de intimar o candidato, pessoalmente, quando há o decurso de tempo razoável entre a homologação do resultado e a data da nomeação, em atendimento aos princípios constitucionais da publicidade e da razoabilidade.
É desarrazoada a exigência de que o impetrante efetue a leitura diária do Diário Oficial do Estado, por prazo superior a 1 (um) ano, ainda mais quando reside em município em que não há circulação do DOE e que não dispõe de acesso à Internet.
O Governador do Estado X, após a aprovação da Assembleia Legislativa, nomeou o renomado cardiologista João das Neves, ex-presidente do Conselho Federal de Medicina e seu amigo de longa data, para uma das diretorias da Agência Reguladora de Transportes Públicos Concedidos de seu Estado. Ocorre que, alguns meses depois da nomeação, João das Neves e o Governador tiveram um grave desentendimento acerca da conveniência e oportunidade da edição de determinada norma expedida pela agência. Alegando a total perda de confiança no dirigente João das Neves e, após o aval da Assembleia Legislativa, o governador exonerou-o do referido cargo.
Considerando a narrativa fática acima, responda aos itens a seguir, empregando os argumentos jurídicos apropriados e apresentando a fundamentação legal pertinente ao caso.
A) À luz do Poder Discricionário e do regime jurídico aplicável às Agências Reguladoras, foi juridicamente correta a nomeação de João das Neves para ocupar o referido cargo?
RESPOSTA: Ainda que discricionária a escolha do chefe do Poder Executivo, tal escolha deve atentar para o caráter técnico do cargo a ser ocupado, vez que as agências reguladoras se caracterizam pela especialização no setor regulado, que para o seu correto exercício, exige uma formação especial dos ocupantes de seu cargo. Ante ao exposto, não foi correta a nomeação.
B) Foi correta a decisão do governador em exonerar João das Neves,  com aval da Assembleia Legislativa, em razão da quebra de confiança?
RESPOSTA: Como sabido, é uma características das agências reguladoras, a estabilidade reforçada dos dirigentes. Trata-se de estabilidade diferenciada, caracterizada pelo exercício de mandato a termo, na qual se afigura impossível a exoneração  ad nutum. Desse modo, só perderão seus cargos por meio de renuncia, sentença transitada em julgado ou de processo administrativo disciplinar.
A Secretaria de Saúde do Município de Muriaé-MG realizou procedimento licitatório na modalidade de concorrência, do tipo menor preço, para aquisição de insumos. Ao final do julgamento das propostas, observou-se que a microempresa Alfa havia apresentado preço 8% (oito por cento) superior em relação à proposta mais bem classificada, apresentada pela empresa Gama.
Diante desse cenário, a Pasta da Saúde concedeu à microempresa Alfa a oportunidade de oferecer proposta de preço inferior àquela trazida pela empresa Gama. Valendo-se disso, assim o fez a microempresa Alfa, sendo em favor desta adjudicado o objeto do certame.
Inconformada, a empresa Gama interpôs recurso, alegando, em síntese, a violação do princípio da isonomia, previsto no Art. 37, XXI, da Constituição da República e no Art. 3º, da Lei n° 8.666/1993.
Na qualidade de Assessor Jurídico da Secretaria de Saúde do Município de Muriaé-MG, utilizando-se de fundamentação e argumentos jurídicos, responda aos itens a seguir.
A) É juridicamente correto oferecer tal benefício para a microempresa Alfa? 
RESPOSTA: Sim, observando o disposto no Art. 44, § 1º, da Lei Complementar nº 123/2006 presume como empate as hipóteses em que as propostas apresentadas pelas microempresas e empresas de pequeno porte forem iguais ou 10% (dez por cento) superiores a melhor proposta. É o denominado “empate ficto ou presumido”.
B) Houve violação ao princípio da isonomia? 
RESPOSTA: Não, O princípio da isonomia, sob seu aspecto material, pressupõe tratamento desigual entre aqueles que não se enquadram na mesma situação fático-jurídica. No caso em questão, a própria Constituição estabelece a necessidade de tratamento diferenciado às microempresas e às empresas de pequeno porte.
No curso de obra pública de ampliação da malha rodoviária, adequadamente licitada pela Administração Pública, verifica-se situação superveniente e excepcional, na qual se constata a necessidade de realização de desvio de percurso, que representa aumento quantitativo da obra.
Diante do caso exposto, empregando os argumentos jurídicos apropriados e a fundamentação legal pertinente, responda aos itens a seguir.
A) É possível que a Administração Pública exija o cumprimento do contrato pelo particular com a elaboração de termo aditivo, mesmo contra a sua vontade?
RESPOSTA: É obrigado a aceitar a alteração contratual promovida unilateralmente pela Administração no limite de 25%, uma vez que não se trata de reforma de edifício ou equipamento (em que a alteração permitida é de até 50%). Trata-se da prerrogativa da mutabilidade dos contratos administrativos, legalmente disciplinada no artigo 65, da Lei nº 8.666/93, que representa uma das possibilidades de alteração unilateral do contrato pelo Poder Público.
B) Em havendo concordância entre o particular, vencedor da licitação, e a Administração Pública, há limite para o aumento quantitativo do objeto do contrato?
RESPOSTA: Sim, há limite. Em se tratando de alteração consensual, somente não se aplicam os limites previstos no artigo 65, § 1º, da Lei nº 8.666/93 no caso de supressões, conforme o § 2°, II, da referida Lei.
Uma Autarqui a Fe de ral , por f al ha admi ni strativ a, não consegui u conclui r o proces so de li ci tação para obras de re forma de 
e scritóri o re gional . De acordo com o pare cer té cni co cons tante dos autos, e ssas obras de re f orma ti nham que se r concl uídas 
ante s do pe ríodo das chuvas, sob pe na de o ref e ri do e s cri tóri o re gional desabar. Não havendo te mpo hábil para se conclui r, 
ante s do pe ríodo das chuv as, o proces so de li ci tação, a A utarqui a Federal re al izou uma contratação di re ta com base no art. 
24, IV , da Le i 8. 666/ 93. Mani f este - se a res pei to da legal idade , ou i le gal idade, dessa contratação di re ta. Fundamente a 
res pos ta.
Uma Autarqui a Fe de ral , por f al ha admi ni strativ a, não consegui u conclui r o proces so de li ci tação para obras de re forma de 
e scritóri o re gional . De acordo com o pare cer té cni co cons tante dos autos, e ssas obras de re f orma tinham que se r concl uídas 
ante s do pe ríodo das chuvas, sob pe na de o ref e ri do e s cri tóri o re gional desabar. Não havendo te mpo hábil para se conclui r, 
ante s do pe ríodo das chuv as, o proces so de li ci tação, a A utarqui a Federal re al izou uma contratação di re ta com base no art. 
24, IV , da Le i 8. 666/ 93. Mani f este - se a res pei to da legal idade , ou i le gal idade, dessa contratação di re ta. Fundamente a 
res pos ta.
Uma Autarqui a Fe de ral , por f al ha admi ni strativ a, não consegui u conclui r o proces so de li ci tação para obras de re forma de 
e scritóri o re gional . De acordo com o pare cer té cni co cons tante dos autos, e ssas obras de re f orma ti nham que se r concl uídas 
ante s do pe ríodo das chuvas, sob pe na de o ref e ri do e s cri tóri o re gional desabar. Não havendo te mpo hábil para se conclui r, 
ante s do pe ríodo das chuv as, o proces so de li ci tação, a A utarqui a Federal re al izou uma contratação di re ta com base no art. 
24, IV , da Le i 8. 666/ 93. Mani f este - se a res pei to da legal idade , ou i le gal idade, dessa contratação di re ta. Fundamente a 
res pos ta.
Uma Autarqui a Fe de ral , por f al ha admi ni strativ a, não consegui u conclui r o proces so de li ci tação para obras de re forma de 
e scritóri o re gional . De acordo com o pare cer té cni co cons tante dos autos, e ssas obras de re f orma ti nham que se r concl uídas 
ante s do pe ríodo das chuvas, sob pe na de o ref e ri do e s cri tóri o re gional desabar. Não havendo te mpo hábil para se conclui r, 
ante s do pe ríodo das chuv as, o proces so de li ci tação, a A utarqui a Federal re al izou uma contratação di re ta com base no art. 
24, IV , da Le i 8. 666/ 93. Mani f este - se a res pei to da legal idade , ou i le gal idade, dessa contratação di re ta. Fundamente a 
res pos ta.
Uma Autarquia Federal, por falha administrativa, não conseguiu concluir o processo de licitação para obras de reforma de escritório regional. De acordo com parecer técnico constante dos autos, essas obras de reforma tinham que ser concluídas antes do período das chuvas, sob pena de o referido escritório regional desabar. Não havendo tempo hábil para se concluir, antes do período das chuvas, o processo de licitação, a Autarquia Federal realizou uma contratação direta com base no art. 24, IV da Lei 8.666/93.
Manifeste-se a respeito da legalidade, ou ilegalidade, dessa contratação direta. Fundamente a resposta.
RESPOSTA: Observando o disposto no art. 24, IV da lei 8.666/93, fica dispensável a licitação nos casos de emergência ou calamidade publica quando caracterizada urgência de atendimento de situação que possa ocasionar prejuízo ou comprometer a segurança de pessoas, obras, serviços ou outros bens públicos ou privados. No caso em tela, nota-se a necessidade da realização da obra, caracterizada pela emergência, haja visto o prédio correr risco de desabar.
Prefeito de um interior do estado nomeia seu genro como assessor.
RESPOSTA: conceituado como o ato humano de se prevalecer de cargos para fazer valer vontades particulares, ou seja, desvio de conduta por parte do agente público, atuando contrariamente ao interesse publico, desviando sua finalidade. 
Abílio, vendedor ambulante e camelô, comercializava os seus produtos em uma calçada no centro da cidade do Rio de Janeiro, mediante autorização expedida pela Prefeitura do Município do Rio de Janeiro.
Em razão de obras no local, todos os ambulantes foram retirados e impedidos de comercializar seus produtos na calçada onde Abílio e seus companheiros vendiam seus produtos.
Abílio, não conformado com a decisão da Administração Pública municipal, resolve ingressar com uma ação na Justiça, por meio da qual pretende uma indenização por danos morais e materiais, em virtude do período em que ficou sem seu trabalho, além do restabelecimento da autorização para que volte a vender seus produtos no mesmo local.
Na qualidade de advogado de Abílio, identifique a natureza jurídica da autorização municipal e exponha, de forma fundamentada, se Abílio possui ou não direito às indenizações pelos danos morais e materiais, além do restabelecimento da autorização.
RESPOSTA: A natureza jurídica da autorização municipal é precária e, consequentemente Abílio não possui direito á indenização pelos danos morais e materiais, nem mesmo do restabelecimento da autorização, pois a autorização precária isenta a Administração Pública de arcar com esses direitos. Tais autorizações possuem o caráter de PRECARIEDADE e, desta forma, podem ser, a qualquer tempo, cassadas pela autoridade pública, sem que possam os respectivos titulares arguir eventual direito adquirido, nos termos dos atos normativos regedores da espécie, que geralmente estipulam: A autorização do ambulante ou camelô é pessoal e intransferível e concedida a título precário
Os atos administrativos ficam sujeitos à apreciação do Poder Judiciário, no que tange à sua legalidade, sendo defeso ao mesmo verificar a conveniência e a oportunidade dos atos discricionários da Administração Pública? (Trecho do acórdão proferido no processo 2001.02010156069/RJ 8ª Turma do TRF2ª Região - Remessa ex-officio 263705). 
Acerca dos atos administrativos responda, justificadamente: 
a) O Poder Judiciário pode revogar ato administrativo de outro Poder? Por quê?
RESPOSTA: NÃO, haja visto, o poder judiciário só poder anular ato administrativo ilegal, além domais podendo ferir a separação dos poderes.
b) A Administração Pública pode revogar seus próprios atos, inclusive os vinculados? Fundamente indicando o princípio de direito administrativo.
RESPOSTA: Diante do princípio da auto tutela já estudado, se faz plenamente possível o uso da revogação pela administração pública, contudo, aqueles atos de natureza vinculada dada sua característica de definitividade não poderão ser atingidos por tal forma extintiva a não ser que se venha por revogar a base legal que os legitima, o que mesmo assim terá que manter aquilo que já fora legitimamente concedido. 
c) Como se distinguem a anulação e a revogação dos atos administrativos, no que tange aos efeitos? 
RESPOSTA: Na revogação dada a produção de efeitos até sua aplicação considera o ex - nunc. Já na anulação a pesar da modulação entre nulo e anulável, opera-se o efeito ex-tunc dada a retroatividade que atinge o momento originário do ilícito.

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