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FATEC GERENCIAMENTO DA ÁGUA E DO ESGOTO SANITARIO

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Faculdade de Tecnologia Senac Rio 
 
Rua Santa Luzia n⁰ 735 / 4⁰,5⁰,6⁰, 7⁰ andares – centro - RJ 
 
Graduação: Tecnologia em Gestão Ambiental - 2⁰ período - Noite 
 
Carga horária: 40 horas 
 
Docente : Gláucio Alves 
 
Unidade Curricular: Gerenciamento da água e esgoto sanitário. 
 
Pensamento Sustentável : “Com este pensamento, que é à base da 
sustentabilidade, de consumir os bens naturais de maneira coerente, para 
que eles possam ser renovados naturalmente. É necessário que um esforço 
em conjunto de toda a sociedade em parceria com os governos locais, 
instituições financeiras e entidades sem fins lucrativos, para que todos os 
envolvidos possam firmar um compromisso ecologicamente correto”. 
 
A importância da água, hoje no mundo: A água, tal como o Sol, é 
essencial para a vida na terra. As plantas verdes captam a energia radiante 
solar e u�lizam-na no processo da fotossíntese que transforma, por meio de 
reações químicas, a água, o óxido de carbono e sais minerais em compostos 
orgânicos, que são indispensáveis aos seres vivos, como fonte de energia e 
para cons�tuição e renovação das células. 
 
Fotossintese : A fotossíntese libera oxigênio livre para a atmosfera que 
permite a respiração. Assim, só depois do aparecimento na Terra da 
fotossíntese, puderam se desenvolver animais. Estes animais não têm, como 
as plantas verdes, capacidade para fabricar compostos orgânicos a par�r de 
um ambiente inorgânico e por isso nutre-se de plantas e outros animais, 
formando assim a cadeia alimentar. 
 
Ciclo da Água: A imagem informa o ciclo da água em nosso planeta 
 
 
 
Dados indicativos da quantidade de Água em nosso 
planeta: 
 
▪ Água salgada = 97.5% 
▪ Água doce = 2.5% 
▪ Rios e lagos = 0.006% 
▪ Águas subterrâneas = 0.514% 
▪ Geleiras = 1.979% (água salgada) 
▪ Atmosfera = 0.001% 
 
 
 
 
 
2 
 
Água e doenças : A água pode cons�tuir veículo de disseminação de 
doenças entre os seres vivos quando está contaminada por microrganismos 
patogênicos ( Refere-se a organismos que provocam doenças ) ou poluída 
por agentes químicos ou radioa�vos. Pode também ser criadouro para larvas 
de mosquitos transmissores de doenças contagiosas. A água contaminada é 
uma forma de poluição. 
 
Agentes patogênicos presentes na água podem penetrar no organismo 
humano, tanto via oral como através da pele (via cutânea), causando 
diversas molés�as. 
 
Moléstias - via oral : disenteria bacilar, disenteria amebiana, hepa�te etc. 
Moléstias – via cutânea : esquistossomose, leptospirose. 
 
Doenças causadas por agentes químicos: Chumbo, que tem efeito 
cumula�vo, causando saturnismo e envenenamento, flúor que em grande 
quan�dade pode atacar os esmalte dos dentes, causando fluorose, arsênico 
que provoca envenenamento 
 
Monitoramento das Águas : O monitoramento das águas é o 
conjunto de prá�cas que visam o acompanhamento de determinadas 
caracterís�cas de um sistema, sempre associado a um obje�vo. 
 
“No monitoramento da qualidade das águas naturais, são acompanhadas as 
alterações nas características físicas, químicas e biológicas da água, 
decorrentes de atividades antrópicas (que resulta em ação humana) e de 
fenômenos naturais.” 
 
As prá�cas relacionadas ao monitoramento de qualidade de água incluem a 
coleta de dados e de amostras de água em locais específicos feitas em 
intervalos regulares de tempo, de modo a gerar informações que possam ser 
u�lizadas para a definição das condições presentes de qualidade da água. 
 
3 
 
É fundamental que associado a este monitoramento seja feita a 
determinação da vazão, de forma a determinar a carga de poluentes 
afluente. 
 
O monitoramento visa, ao final, permi�r uma avaliação adequada da 
qualidade da água. Para tanto, podem ser u�lizadas diversas configurações, 
em termos de localização dos pontos de monitoramento, de periodicidade e 
de �po de parâmetros monitorados, sempre em função dos obje�vos 
visados: 
 
Monitoramento básico: Realizado em pontos estratégicos para 
acompanhamento da evolução da qualidade das águas, iden�ficação de 
tendências e apoio a elaboração de diagnós�cos. Além disso, os resultados 
ob�dos no monitoramento permitem a iden�ficação de locais onde é 
necessário um maior detalhamento. 
 
A frequência deste �po de monitoramento acompanha os ciclos 
hidrológicos, ou seja, geralmente varia de uma frequência mínima trimestral 
até uma frequência mensal . 
 
Inventários: Esta modalidade compreende observações associadas à 
avaliação intensiva de um espectro mais ou menos amplo de parâmetros 
com o obje�vo de estabelecer um diagnós�co da qualidade das águas de um 
trecho específico de curso d’água. 
 
Esta avaliação pode estar associada ao acompanhamento de ações limitadas 
no tempo ( implantação de empreendimentos hidrelétrico ). No inventário a 
frequência de amostragem é alta, variando de diária até mensal, por um 
período de tempo determinado. 
 
Vigilância : Nesta modalidade incluem-se as observações efetuadas em 
locais onde a qualidade das águas é de fundamental importância para um 
determinado uso (especialmente para consumo humano) ou em locais 
crí�cos em termos de poluição associada ao uso da água. Neste caso é 
necessário um monitoramento pra�camente em tempo real, o que 
4 
 
pressupõe a u�lização de aparelhos automá�cos de medição, o que limita os 
�pos de parâmetros monitorados. 
 
Entretanto, um bom acompanhamento dos parâmetros pH, oxigênio 
dissolvido e condu�vidade elétrica, já permitem iden�ficar alterações 
associadas a ações antrópica s, configurando um alerta para a tomada de 
providências. 
 
De Conformidade : Nesta modalidade incluem-se as observações feitas 
pelos usuários dos recursos hídricos (auto-monitoramento) em atendimento 
a requisitos legais presentes nos marcos regulatórios ( Portaria no 518 do 
Ministério da Saúde, Resolução no 357 do CONAMA ), nas condicionantes 
das licenças ambientais e nos termos de outorga. Tanto a periodicidade 
quanto os parâmetros monitorados são determinados pelos órgãos 
competentes. 
 
Rede de monitoramento de qualidade de água: Uma rede de 
monitoramento de qualidade de água é cons�tuída pelos seguintes 
elementos: 
 
▪ Pontos de coleta, denominados estações de monitoramento, definidos 
em função dos obje�vos da rede. 
▪ Conjunto de instrumentos u�lizados na determinação de parâmetros em 
campo e em laboratório. 
▪ Conjunto de equipamentos u�lizados na coleta: baldes; amostradores em 
profundidade (garrafa de Van Dorn); corda; frascos, caixa térmica, 
veículos; barcos; e motores de popa. 
▪ Protocolos para a determinação de parâmetros em campo; para a coleta e 
preservação das amostras, para análise laboratorial dos parâmetros de 
qualidade; e para iden�ficação das amostras. 
▪ Estrutura logís�ca de envio das amostras: locais para o envio das 
amostras; disponibilidade de transporte; logís�ca de recebimento e 
encaminhamento das amostras para laboratório. 
 
5 
 
Para que serve uma rede de monitoramento de qualidade 
de água?: A crescente urbanização e a concentração demográfica nos 
grandes centros populacionais têm contribuído de forma crescentepara 
deterioração da qualidade das águas. Paralelamente à redução da qualidade, 
as demandas urbanas por água crescem proporcionalmente à população, 
impondo a necessidade de se buscar água cada vez mais longe, algumas 
vezes em outras bacias. 
 
Tendo em vista a necessidade de estabelecer um equilíbrio sustentável entre 
o necessário desenvolvimento econômico e demográfico e a disponibilidade 
hídrica em quan�dade e qualidade, que contemple os diversos usos da água, 
é fundamental o estabelecimento de um programa de monitoramento 
hídrico, que forneça subsídios para a avaliação das condições dos mananciais 
e para a tomada de decisões associada ao gerenciamento dos recursos 
hídricos. 
 
Como se planeja uma rede de monitoramento de qualidade 
de água? : O planejamento de uma rede de monitoramento de qualidade 
de água inicia-se pela definição dos obje�vos do monitoramento. A par�r da 
definição dos obje�vos define-se a configuração da rede em termos do 
número e da localização das estações; da frequência de monitoramento; e 
dos parâmetros a serem monitorados. Estas definições são condicionadas à 
disponibilidade de recursos para o monitoramento. 
 
A par�r do desenho da rede, determinam-se os roteiros de operação 
considerando-se a compa�bilidade dos tempos de deslocamento e de coleta 
com os prazos para o envio e processamento das amostras. Definidos os 
roteiros, são iden�ficados os aparatos necessários para a coleta e 
preservação das amostras, bem como para determinação de parâmetros em 
campo. 
 
PNQA (programa nacional da qualidade da água): O Portal da 
Qualidade das Águas é um espaço virtual criado no âmbito do Programa 
Nacional de Avaliação da Qualidade das Águas – PNQA , des�nado à 
6 
 
divulgação de informações e intercâmbio de conhecimentos sobre a situação 
da qualidade das águas no país. 
 
O Portal da Qualidade das Águas foi elaborado para permi�r um amplo 
acesso à informação por parte da sociedade civil e uma maior interação 
entre os órgãos públicos direta ou indiretamente envolvidos com o 
monitoramento e avaliação da qualidade das águas no país. 
 
Os dados e informações disponibilizados neste Portal são provenientes do 
monitoramento de qualidade de água realizado pela Agencia Nacional de 
Águas - ANA e por órgãos estaduais de meio ambiente e recursos hídricos 
que possuem redes de qualidade de água e aderiram ao PNQA . 
 
IQA (índice da qualidade da água): O Índice de Qualidade das 
Águas foi criado em 1970, nos Estados Unidos, pela National Sanitation 
Foundation . A par�r de 1975 começou a ser u�lizado pela CETESB 
(Companhia Ambiental do Estado de São Paulo). 
 
Nas décadas seguintes, outros Estados brasileiros adotaram o IQA, que hoje 
é o principal índice de qualidade da água u�lizado no país. 
 
IQA : Foi desenvolvido para avaliar a qualidade da água bruta visando seu 
uso para o abastecimento público, após tratamento. Os parâmetros 
u�lizados no cálculo do IQA são em sua maioria indicadores de 
contaminação causada pelo lançamento de esgotos domés�cos. 
 
A avaliação da qualidade da água ob�da pelo IQA apresenta limitações, já 
que este índice não analisa vários parâmetros importantes para o 
abastecimento público, tais como substâncias tóxicas; ex: metais pesados, 
pesticidas, compostos orgânicos, protozoários patogênicos e substâncias 
que interferem nas propriedades organolépticas da água. 
 
O IQA é composto por nove parâmetros (ver descrição do parâmetros do 
IQA), com seus respec�vos pesos (w), que foram fixados em função da sua 
importância para a conformação global da qualidade da água. 
7 
 
 
Oxigênio Dissolvido : O oxigênio dissolvido é vital para a preservação da 
vida aquá�ca, já que vários organismos, precisam de oxigênio para respirar. 
As águas poluídas por esgotos apresentam baixa concentração de oxigênio 
dissolvido pois o mesmo é consumido no processo de decomposição da 
matéria orgânica. 
 
Por outro lado as águas limpas apresentam concentrações de oxigênio 
dissolvido mais elevadas, geralmente superiores a 5mg/L , exceto se 
houverem condições naturais que causem baixos valores deste parâmetro. 
 
As águas eutrofizadas (ricas em nutrientes) podem apresentar 
concentrações de oxigênio superiores a 10 mg/L, situação conhecida como 
supersaturação . Isto ocorre principalmente em lagos e represas em que o 
excessivo crescimento das algas faz com que durante o dia, devido a 
fotossíntese, os valores de oxigênio fiquem mais elevados. 
 
Coliformes termotolerantes : As bactérias coliformes termotolerantes 
ocorrem no trato intes�nal de animais de sangue quente e são indicadoras 
de poluição por esgotos domés�cos. Elas não são patogênicas (não causam 
doenças) mas sua presença em grandes números indicam a possibilidade da 
8 
 
existência de microorganismos patogênicos que são responsáveis pela 
transmissão de doenças de veiculação hídrica ( desinteria bacilar, febre 
tifóide, cólera ). 
 
Potencial Hidrogeniônico (pH) : O pH afeta o metabolismo de várias 
espécies aquá�cas. A Resolução CONAMA 357/2005 , estabelece que para a 
proteção da vida aquá�ca o pH deve estar entre 6 e 9. Alterações nos valores 
de pH também podem aumentar o efeito de substâncias químicas que são 
tóxicas para os organismos aquá�cos, tais como os metais pesados. 
 
Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO 5,20) : A Demanda 
Bioquímica de Oxigênio representa a quan�dade de oxigênio necessária para 
oxidar a matéria orgânica presente na água através da decomposição 
microbiana aeróbia. A DBO 5,20 é a quan�dade de oxigênio consumido 
durante 5 dias em uma temperatura de 20°C. 
 
Valores altos de DBO5,20 , num corpo d'água são provocados geralmente 
causados pelo lançamento de cargas orgânicas, principalmente esgotos 
domés�cos. A ocorrência de altos valores deste parâmetro causa uma 
diminuição dos valores de oxigênio dissolvido na água. 
 
T emperatura da água : A temperatura influência vários parâmetros 
�sico-químicos da água, tais como a tensão superficial e a viscosidade. Os 
organismos aquá�cos são afetados por temperaturas fora de seus limites de 
tolerância térmica, o que causa impactos sobre seu crescimento e 
reprodução. 
 
Todos os corpos d’água apresentam variações de temperatura ao longo do 
dia e das estações do ano. No entanto, o lançamento de efluentes com altas 
temperaturas pode causar impacto significa�vo nos corpos d’água. 
 
Nitrogênio Total : Nos corpos d’água o nitrogênio pode ocorrer nas 
formas de nitrogênio orgânico, amoniacal. Além dos metais, pode se 
detectar nitrogênio amoniacal nos cursos d águas ( que indica presença de 
9 
 
matéria orgânica e mata os peixes por asfixia ) e coliformes totais e 
termotolerantes (também indicam contaminação por matéria orgânica). 
Folha de São Paulo, 28/05/2012 
 
Pelo fato dos compostos de nitrogênio serem nutrientes nos processos 
biológicos, seu lançamento em grandes quan�dades nos corpos d’água, 
junto com outros nutrientes tais como o fósforo, causa um crescimento 
excessivo das algas, processo conhecido como eutrofização, o que podeprejudicar o abastecimento público, e a preservação da vida aquá�ca. 
 
As fontes de nitrogênio para os corpos d’água são variadas, sendo uma das 
principais o lançamento de esgotos sanitários e efluentes industriais. Em 
áreas agrícolas, o escoamento da água das chuvas em solos que receberam 
fer�lizantes também é uma fonte de nitrogênio, assim como a drenagem de 
águas pluviais em áreas urbanas. 
 
Fósforo Total : Do mesmo modo que o nitrogênio, o fósforo é um 
importante nutriente para os processos biológicos e seu excesso pode causar 
a eutrofização Procedimento capaz de fazer com que um corpo de água 
alcance elevados níveis de nutrientes (fosfatos e nitratos), ocasionando a 
acumulação de matéria orgânica em estado de decomposição 
Entre as fontes de fósforo destacam-se os esgotos domés�cos, pela presença 
dos detergentes superfosfatados e da própria matéria fecal. A drenagem 
pluvial de áreas agrícolas e urbanas também é uma fonte significa�va de 
fósforo para os corpos d’água. Entre os efluentes industriais destacam-se os 
das indústrias de fer�lizantes, alimen�cias, la�cínios, frigoríficos e 
abatedouros. 
 
Turbidez : A turbidez indica o grau de atenuação ( perda gradual de 
intensidade de qualquer tipo de fluxo de luz, através de um meio ), que um 
feixe de luz sofre ao atravessar a água. Esta atenuação ocorre pela absorção 
e espalhamento da luz causada pelos sólidos em suspensão ( silte, areia, 
argila, algas, detritos, etc ). 
 
10 
 
A principal fonte de turbidez é a erosão dos solos, quando na época das 
chuvas as água pluviais trazem uma quan�dade significa�va de material 
sólido para os corpos d’água. 
 
A�vidades de mineração, lançamento de esgotos e de efluentes industriais, 
também são fontes importantes que causam uma elevação da turbidez das 
águas. 
 
O aumento da turbidez faz com que uma quan�dade maior de produtos 
químicos, sejam u�lizados nas estações de tratamento de águas, 
aumentando os custos de tratamento. Além disso, a alta turbidez também 
afeta a preservação dos organismos aquá�cos, o uso industrial e as 
a�vidades de recreação. 
 
Resíduo Total : O resíduo total é a matéria que permanece após a 
evaporação, secagem ou calcinação da amostra de água durante um 
determinado tempo e temperatura. Quando os resíduos sólidos se 
depositam nos leitos dos corpos d’água podem causar seu assoreamento, 
que gera problemas para a navegação e pode aumentar o risco de 
enchentes. 
 
Além disso podem causar danos à vida aquá�ca pois ao se depositarem no 
leito eles destroem os organismos que vivem nos sedimentos e servem de 
alimento para outros organismos, além de danificar os locais de desova de 
peixes. 
 
Padrões de Balneabilidade das praias: A análise de balneabilidade 
avalia a qualidade dos corpos d’água para a recreação de contato primário, 
sendo u�lizada tanto em praias litorâneas quanto em águas interiores. A 
legislação que estabelece os critérios e limites para análise de balneabilidade 
é a Resolução CONAMA nº 274 , de 29 de novembro de 2000 . A par�r dos 
resultados ob�dos nos monitoramentos (semanal e mensal), a CETESB 
(Companhia Ambiental do Estado de São Paulo) desenvolveu um índice de 
Balneabilidade, que representa uma síntese da qualidade das águas 
monitoradas ao longo do ano. Nos locais em que é realizado monitoramento 
11 
 
semanal o Índice de Balneabilidade é calculado a par�r das classificações 
ob�das ao longo das 52 semanas do ano . 
 
 
 
Ensaios : http://www.inmetro.gov.br/consumidor/produtos/praias 
 
Os ensaios verificaram a conformidade das amostras de água de praia em 
relação à Resolução do CONAMA n° 20 , do Ministério do Meio Ambiente 
Recursos Hídricos e da Amazônia Legal. Os ensaios foram realizados pelas 
Secretarias Estaduais de Meio Ambiente, em parceria com os IPEM s – 
Ins�tuto de Pesos e Medidas – de cada estado. A tabela a seguir mostra os 
órgãos, de cada estado, que realizaram os ensaios. 
 
12 
 
 
 
Metodologia aplicada e ensaios realizados: De acordo com a 
Resolução CONAMA n° 20, foram coletadas, durante cinco semanas, 
amostras de água das praias selecionadas. As coletas foram realizadas, em 
quase todos os estados, preferencialmente aos domingo. 
 
Após cada coleta, as amostras foram imediatamente encaminhadas para 
laboratório, dando início aos ensaios antes que sofressem qualquer �po de 
alteração. Foram realizados dois �pos de ensaios, o de Coliforme Fecal e o 
de pH . 
 
O ensaio de coliforme fecal verifica a presença e o número de bactérias de 
origem fecal na amostra de água da praia. Esta bactéria pode ser veículo de 
transmissão de doenças como a hepa�te ou agente causador de problemas 
gastro intes�nais. 
 
Além disso, a presença de coliformes fecais na água de praia, indica que esta 
pode ter sido contaminada com água de esgoto, que pode trazer outras 
doenças, caso o usuário da praia venha a ingerir a água. O maior risco, neste 
caso, é da população infan�l. 
 
13 
 
O ensaio de pH , é um indicador do nível de acidez da água. Caso a água da 
praia esteja com o pH fora da faixa determinada pela Resolução, o usuário 
corre o risco de sofrer algum �po de irritação da pele ou olhos. 
Para o ensaio de coliforme fecal, a Resolução CONAMA , determina que pelo 
menos 80% das amostras analisadas apresentem uma contagem de 
bactérias inferior a 1000/100 ml de amostra, para que a balneabilidade da 
praia seja considerada sa�sfatória. 
 
Nas análises realizadas, foram coletadas cinco amostras de água de cada 
praia. Segundo a Resolução, pelo menos 4 (quatro) amostras, não poderão 
apresentar contagem de bactérias do grupo coliforme fecal, acima de 
1000/100 ml, para que a balneabilidade seja considerada sa�sfatória. 
 
Para o ensaio de pH é estabelecido uma faixa de variação, que vai de 5 a 8,5, 
dentro da qual o pH pode variar, sem risco para a balneabilidade da praia. 
 
Análise pontual : No estado do Rio de Janeiro foram selecionados três 
praias para análise: praia do Leme, praia de Copacabana, praia da Barra da 
Tijuca (dois trechos). 
 
 
 
“Os trechos analisados foram considerados, de acordo com a Resolução do 
CONAMA , próprios para o banho. Cabe destacar, entretanto, que o trecho 
14 
 
analisado na praia do Leme e o da Barra, em frente a Barraca do Pepê, 
apresentaram, em um dos dias de análise, níveis de coliformes fecais 
bastante elevados.” 
 
Captação e tratamento de água para uso domestico: Estação 
de coleta, tratamento e distribuição de água: A água, antes de chegar aos 
reservatórios de nossas casas, é captada na super�cie (em barragens, rios e 
lagos) e passa por uma série de etapas que irão purificá-la, para que possa 
ser consumida. 
 
As águas re�radas da super�cie são tratadas nas chamadas ETAs (Estações 
de Tratamento de Água). Podemos dizer que estas etapas de tratamento são: 
coagulação, decantação, filtração e desinfecção, como mostra o desenho. 
 
 
 
A água é bombeada até um tanque, onde se processam as fases do 
tratamento.Na fase de coagulação, é adicionado um produto químico 
chamado “sulfato de alumínio” na água bruta do tanque. O sulfato provoca 
uma atração entre as impurezas que estão suspensas na água, o que vai 
formando pequenos flocos. 
15 
 
 
À medida que esses flocos vão ficando mais pesados, tendem a se depositar 
no fundo, tornando então a água mais clara. Esta é a fase de decantação. A 
água, a seguir, passa por outro processo, chamado de filtração, e que nada 
mais é do que um filtro que retém os flocos que não decantaram , as 
bactérias e demais impurezas em suspensão na água. 
 
Por úl�mo, na etapa de desinfecção, é adicionado o cloro, que tem a 
propriedade de eliminar as bactérias que ainda conseguiram passar pelos 
filtros. Essas bactérias, que são pequeninos seres vivos, muitos dos quais nos 
causam graves doenças, são mortos pela ação do cloro. Após estas quatro 
fases, a água tratada é bombeada por meio de uma tubulação denominada 
de adutora de água tratada, e é conduzida até um grande reservatório. A 
este reservatório, normalmente localizado em um morro próximo, é ligada 
outra tubulação, que conduzirá a água até as nossas casas. Essa tubulação, 
chamada de rede de distribuição, passa por debaixo de todas as ruas e 
avenidas da cidade. 
 
 
 
Esgotos : A coleta, o afastamento, o condicionamento e a disposição final 
do esgoto e águas servidas são ações fundamentais para o saneamento do 
meio. 
16 
 
Características, físicas, químicas e biológicas dos esgotos: A 
qualidade da água é determinada pela presença de inúmeros elementos e 
compostos que podem ocorrer na forma sólida, líquida ou gasosa. Estas 
substâncias são provenientes do ar, na etapa de precipitação atmosférica; do 
solo sobre o qual a água circula ou é armazenada e, principalmente devido 
ao lançamento de poluentes das a�vidades antrópicas (provocado pela ação 
do homem). 
 
Estes elementos ou compostos ocorrem tanto em solução quanto em 
suspensão e são iden�ficados mediante procedimentos padronizados de 
laboratório, classificados em parâmetros físicos , químicos e biológicos de 
análise da água. 
 
“Podemos agrupar estes parâmetros em três grandes grupos, em função do 
aproveitamento dos recursos hídricos”: 
 
▪ Estéticos: cor, turbidez, odor, sabor. 
▪ Fisiológicos: toxicidade, patogenicidade, salinidade. 
▪ Ecológicos: pH, oxigênio dissolvido, produtividade primária. 
 
Os parâmetros esté�cos levam em conta a percepção do usuário. A cor, 
turbidez, odor, sabor, materiais em suspensão ou flutuantes na água não 
causam necessariamente riscos para sustentação da vida animal ou vegetal. 
 
Parâmetros fisiológicos : Afetam a saúde especialmente do ser 
humano. A classificação de água potável requer ausência de organismos 
patogênicos (que causam doenças), bem como de substâncias tóxicas. 
 
Parâmetros ecológicos : São os que interferem na vida e reprodução 
dos organismos aquá�cos. A seleção das técnicas de tratamento de 
efluentes requer a iden�ficação dos poluentes a serem destruídos ou 
removidos, o que é realizado pelo estudo entre as caracterís�cas físicas , 
químicas e biológicas das águas residuárias. 
 
17 
 
Características físicas: As caracterís�cas �sicas de interesse para 
iden�ficação de poluentes em águas residuárias são baseadas nas seguintes 
análises: 
 
▪ Turbidez, 
▪ cor, 
▪ odor, 
▪ temperatura, 
▪ quantidade de matéria sólida, 
▪ condutividade elétrica, 
▪ vazão 
 
Análises �sicas adicionais podem ser requeridas em casos par�culares, tais 
como a radioa�vidade, massa específica, viscosidade. São empregados 
diversos parâmetros para iden�ficação de poluentes presentes em águas 
residuárias. 
 
Entretanto, podemos destacar a matéria sólida como um dos mais 
importantes, pois indica de maneira rápida e simplificada a quan�dade total 
de impurezas presentes na água. 
 
Os esgotos são compostos por diversos tipos de despejos: 
 
▪ Águas residuais : líquidos ou efluentes do sistema domés�co ou industrial 
▪ Despejos domésticos : despejos líquidos das habitações, 
estabelecimentos comerciais, ins�tuições e edi�cios públicos. 
▪ Águas imundas : águas residuais que contém dejetos (material fecal). 
▪ Despejos industriais : efluentes de operações industriais (processos) 
 
Sistema de tratamento de esgoto doméstico NBR 12209 : Esta 
Norma fixa as condições exigíveis para a elaboração de projeto 
hidráulico-sanitário de estações de tratamento de esgoto sanitário (ETE), 
observada a regulamentação específica das en�dades responsáveis pelo 
planejamento e desenvolvimento do sistema de esgoto sanitário. 
 
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Esta Norma se aplica aos seguintes processos de 
tratamento: Separação de sólidos por meios �sicos; filtração biológica; 
lodos a�vados; tratamento de lodo. 
 
O caminho do esgoto: O esgoto, ou águas residuais, são os despejos 
líquidos de casas, edi�cios, estabelecimentos comerciais, ins�tuições e 
indústrias. Podemos dividi-los conforme o �po de efluente. Veja o esquema: 
 
 
 
Os componentes de um sistema de esgoto são definidos conforme a 
quan�dade de líquido escoado, número de pessoas, custos, �po de 
efluentes, solo, entre outros. No esquema abaixo resumimos de forma clara 
as possibilidades existentes quanto ao encaminhamento dos esgotos 
domés�cos (águas imundas e servidas). 
 
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Esgoto sem transporte hídrico: Como podemos ver no esquema 
anterior, os esgotos podem ser levados ao seu des�no final com ou sem 
“transporte hídrico”, ou seja, u�lizando a água para transporte dos dejetos. 
O transporte hídrico é usado em locais onde há abastecimento de água em 
quan�dade suficiente para isto. Onde não é possível o transporte hídrico, é 
u�lizado normalmente à fossa negra, ou fossa seca. 
 
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Sumidouro ou poço absorvente: Ainda muito u�lizado no Brasil, 
trata-se de um buraco aberto no solo cujas dimensões variam de acordo 
com a quan�dade de esgoto eliminada e com a porosidade do solo. O fundo 
do poço deve estar a 1,5 metros acima do lençol d'água, para evitar a 
poluição da água subterrânea. Para evitar desmoronamentos, as paredes 
laterais são feitas em alvenaria, u�lizando-se �jolos em crivo que são juntas 
abertas para permi�r a infiltração no terreno. 
 
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Irrigação sub-superficial: Forma u�lizada quando o lençol subterrâneo 
está muito próximo da super�cie do solo. É composto basicamente por 
tubos de drenagem que permanecem enterrados, com certo espaçamento 
entre si. Veja o esquema abaixo. 
 
 
 
Para a sua construção, podem ser u�lizados tubos de PVC rígidos para 
drenagem, de diâmetro 100 mm, instalados no fundo das valas. 
 
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A declividade dos tubos enterrados deve ser entre 0,25 % e 0,5 %. Por 
exemplo, se tenho uma linha com 10 metros de comprimento, e quero uma 
declividade de 0,5%, teremos o seguinte valor de declividade: (10 x 0,5) : 100 
= 0,05 metros = 5 cm 
 
 
O afastamento mínimo recomendado entre as valas é de 1 metro, e o 
comprimento das linhas não deverá ser maior que 30 metros. Um critério 
aproximado para se dimensionar esse �po de sistema é o es�mado,comprimento total da linha em função do �po de solo do local onde será 
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instalado o sistema e do número total de pessoas a u�lizarem a habitação 
considerada. Neste caso consultamos a tabela 
 
 
 
O valor de C representa a taxa de infiltração do solo. Quanto maior o valor, 
mais facilidade o líquido terá para se infiltrar no solo. Com o valor de C 
�rado da tabela, calculamos o valor do comprimento das linhas ( L ) com a 
seguinte fórmula: 
 
 
 
Onde: 
 
L: Comprimento das linhas (metros); 
N: Número de pessoas da residência; 
C: Taxa de infiltração do solo 
 
Para exemplificar : Suponhamos uma residência de 5 pessoas, com solo do 
classe 2, onde teremos: 
 
 
 
Obs.: Para se obter um melhor desempenho, é recomendado que a linha 
tenha no máximo 30 metros de comprimento. Sendo assim, em nosso 
exemplo, poderemos construir o sistema com 4 linhas de 12,5 metros. 
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Detalhe sistema de drenagem 
 
 
Trincheiras filtrantes: Este sistema é u�lizado quando o solo local não 
consegue absorver o esgoto através dos dois sistemas anteriores. É formado 
por duas linhas de tubulação, uma sobre a outra, com uma camada de areia 
entre elas. 
A linha superior faz a irrigação e a inferior coleta. Quando o esgoto passa por 
esta camada de areia, pra�camente eliminam-se as bactérias existentes, 
permi�ndo o lançamento posterior em um curso d'água, ou sarjeta, 
conforme o local. Quanto maior a camada de areia e mais fino o grão de 
areia (granulometria), melhor é a filtragem. 
 
25 
 
 
 
 
 
Detalhe trincheiras filtrantes 
 
 
A declividade dos tubos enterrados varia entre 2% e 3 %. Por exemplo, se 
tenho uma linha com 10 metros de comprimento, e quero uma declividade 
de 0,2%, teremos o seguinte valor de declividade: (10 x 0,2) :100 = 0,02 
metros = 2 cm, As valas deverão ter uma profundidade de 1,20 a 1,50 
metros, com largura de 0,50 metros. A extensão mínima das linhas deverá 
ser de 6 metros por pessoa. Não é recomendado menos de 2 valas para 
atender uma fossa sép�ca. 
Exemplo : Em uma residência com 4 pessoas, teremos um sistema com 4 
linhas de 6 metros cada uma. 
 
26 
 
 
 
Estação de tratamento individual (modelo 1): É aquele, onde 
cada casa da cidade possui o seu próprio sistema de coleta, e tratamento do 
esgoto. Neste sistema, o esgoto é encaminhado a uma fossa sép�ca, que é 
uma espécie de caixa que recebe todo o esgoto domés�co, onde existe a 
ação de bactérias chamadas “anaeróbias”. Estas bactérias transformam parte 
da matéria orgânica sólida em gases, que saem pela tubulação de ven�lação. 
 
Durante o processo, depositam-se no fundo da fossa as par�culas sólidas, 
que formam o lodo. Na super�cie do líquido também se forma uma camada 
de crosta, ou espuma, que contribui para evitar a circulação do ar, facilitando 
a ação das bactérias. 
 
Uma fossa sép�ca com 1500 litros de capacidade está apta a atender uma 
residência de até 7 pessoas, prevendo-se a sua limpeza a cada 2 anos. Não é 
recomendável a instalação de uma fossa com capacidade menor que 1250 
litros. O material que permanece diluído no líquido do esgoto segue pela 
tubulação até ser distribuído no terreno por um dos seguintes sistemas: 
 
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Estação de tratamento individual, (modelo 2): Elas são mais 
comuns nas muitas regiões do país onde a rede pública de tratamento de 
esgoto ainda não chegou. Mas já começam a surgir, também nas grandes 
cidades, casas com estações próprias para tratar seus detritos que incluem 
um sistema de reaproveitamento da água. O espaço u�lizado por elas é bem 
pequeno: cerca de quatro metros quadrados. E o melhor, os custos nem são 
tão altos assim. Com cerca de R$ 6 mil é possível construir uma ETE (estação 
de tratamento de esgoto) em uma casa de três quartos com cinco 
moradores 
 
 
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Sistemas de Tratamento Coletivo : A outra solução adotada para 
coleta, afastamento e tratamento do esgoto com transporte hídrico. É o mais 
recomendado por não despejar no solo qualquer �po de resíduo de esgoto, 
visto que é coletado diretamente por uma rede de tubulações, que o 
encaminha para um adequado tratamento. 
 
 
 
Os esgotos das casas e comércios em geral são encaminhados pelo coletor 
predial até uma rede coletora chamada de coletor público. Este passa pelas 
ruas da cidade, enterrado, encaminhando-se até um local onde se efetua o 
tratamento do esgoto: Estação de Tratamento de Esgoto – ETE 
 
Estação de tratamento de esgoto (ETE): Uma Estação de 
Tratamento de Esgoto tem a finalidade de tornar o esgoto recebido em 
condições de ser lançado aos rios, lagos ou ao mar. Os esgotos são 
encaminhados a ETE, onde inicialmente são re�radas as impurezas maiores 
(sólidos, gorduras e areia), para depois ser removida a matéria orgânica. 
 
O tratamento pode ser complementado adicionando-se cloro como uma 
forma de desinfecção. Os efluentes são lançados então por uma tubulação 
chamada emissário , aos rios, lagos ou ao mar. Neste ponto o esgoto tem um 
alto índice de purificação. Exemplo de uma ETE. 
 
29 
 
 
 
 
 
 
Emissário submarino: O emissário é uma canalização que transporta os 
efluentes desde a ETE até seu des�no final. É cons�tuído de uma parte 
terrestre e outra oceânica ficando, esta úl�ma, assentada no assoalho 
marinho onde é ancorada. 
 
Esquema ver�cal de emissário submarino 
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Emissário submarino instado no fundo do mar 
 
 
O comprimento do emissário ou, a distância de lançamento dos despejos, 
depende de estudos referentes a diluição inicial do esgoto, ás correntes de 
aproximação da costa, a profundidade do lançamento, maré e regime de 
ventos. Geralmente eles variam de 1 a 10 km de extensão. Nas cidades 
costeiras em todo o mundo, a grande capacidade depuradora dos oceanos, 
tem feito da disposição oceânica, uma alterna�va a ser considerada na 
concepção dos sistemas de tratamento e disposição final de esgotos. 
 
31 
 
 
 
Materiais empregados: Diferentes materiais vêm sendo u�lizados na 
confecção de tubos para emissários submarinos. Aço, ferro dúc�l, concreto, 
aço reves�do e materiais plás�cos a base de polipropileno e polie�leno. 
 
Propriedades como baixo peso, alta resistência à impactos, torção e 
esmagamento, flexibilidade, resistência a abrasão além do fato de serem 
quimicamente inertes tem feito do PEAD (Polie�leno de alta densidade) uma 
opção muito interessante para a confecção dos tubos para uso em 
emissários. A solda térmica permite a confecção de uma tubulação inteira 
com completa estanqueidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Tubos PEAD estocados. 
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Máquina de Solda Térmica 
 
 
 
 
 
 
 
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Blocos de Ancoragem 
 
 
Tubulação Pronta para Lançamento 
 
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Tubulação sendo rebocada até o local 
 
 
Emissário sendo afundado para ser instalado 
 
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Emissário Instalado no local defini�vo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Referênciasbibliográficas: 
 
▪ RESOLUÇÃO CONAMA No 274/2005 – Padrões de Balneabilidade para 
Águas Doces, Salobras e Salinas... 
▪ RESOLUÇÃO No 357, DE 17 DE MARÇO DE 2005 - Dispõe sobre a 
classificação dos corpos de água e diretrizes ambientais para o seu 
enquadramento... 
▪ NBR 12209 - Projeto de estações de tratamento de esgoto 
▪ NBR 8160 - Instalação de Esgoto residencial 
▪ Princípios básicos do saneamento do meio, editora SENAC São Paulo 
 
Pesquisa eletrônica: 
 
www.mma.gov.br/port/conama/legiano.cfm?codlegitipo=3 
www.extra.globo.com/casa/estacoes-de-tratamento-de-esgoto-individuais-p
ermitem-reutilizacao-da-agua- 
www.ecoterrabrasil.com.br 
www.pnqa.ana.gov.br 
www.conama.gov.br 
www.ana.gov.br 
www.tigre.com.br/enciclopedia/api.php/tag/1/tigre 
www.inmetro.gov.br/consumidor/produtos/praias.rj 
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