Buscar

Fichamento sobre Classificação facetada

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 5 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Fichamento de CAMPOS, Maria Luiza de Almeida. Teoria da Classificação Facetada. In: Linguagem Documentária. Niterói, RJ: EdUFF. 2001. P 27- 58.
	Ranganathan cria a Teoria da Classificação Facetada na década de 30 a partir da Colon Classification, que foi criada para a Biblioteca da Universidade de Madras, pois antes dele ninguém havia apresentado nenhuma base teórica para suas tabelas. Ele escreveu quatro livros específicos sobre o assunto que mostram a influencia da Filosofia Oriental nas suas atividades.
	
Existem dois esquemas de classificação bibliográfica, o de organizar livros na estante e a de representar o conhecimento registrado numa área.
	
“A grande problemática dos Esquemas de Classificação existentes sempre foi a adequação dos assuntos tratados nos documentos à estrutura classificatória existente nos esquemas” (CAMPOS, 2001, p. 29)
	
“Os livros não mais abordam apenas um aspecto de um assunto, mas têm um tal grau de complexidade que, na maioria das vezes, tratam de vários aspectos de um problema ou reúnem conhecimento de áreas diversas” (CAMPOS, 2001, p. 30)
	
“De uma maneira geral, a Teoria Dinâmica vem se contrapor à Teoria Descritiva. Se, nesta última, se confundem a estruturada tabela e os assuntos dos documentos, naquela o esquema é elaborado a partir da estruturado conhecimento, com mecanismos que possibilitam a constante inovação do conhecimento. De fato, o que ela torna possível é organizar os conceitos relevantes das áreas representadas, os quais devidamente codificados (notação) e combinados em uma ordem pré estabelecida representam os assuntos dos documentos. O assunto não está pronto no esquema; ele é construído no momento da análise do documento. Assim, se o uso da Teoria Descritiva permite representar o conhecimento registrado de um dado momento histórico, a Teoria Dinâmica, por sua vez, vai interagir com esta realidade, já que possui princípios que norteiam a elaboração de esquemas flexíveis.” (CAMPOS, 2001, p.33)
	
Na teoria descritiva, Ranganathan monta vários esquemas em longas tabelas enumeradas por assunto: Esquema da Classificação Enumerativa, Esquema de Classificação Quase Enumerativa, Esquema de Classificação Quase Facetada. A diferença entre o Esquema da Classificação Enumerativa e o Esquema de Classificação Quase Enumerativa é que a primeira tem uma tabela só, com assuntos básicos enumerados e a segunda tem uma tabela mais ampla com mais assuntos. Os Esquemas Quase Facetados tem tabelas com os elementos do Esquema de Classificação Quase Enumerativa junto com mais algumas tabelas especiais.
	
“Os princípios da Teoria Dinâmica influenciam um novo tipo de Classificação Bibliográfica, a Classificação Facetada, que não será refém da "emergência de novos assuntos", mas, ao contrário, possibilitará hospitalidade. A Colon Classification é considerada o primeiro esquema facetado. Suas edições posteriores apresentam aperfeiçoamentos que levam Ranganathan a classificar as primeiras edições (a 1ª em 1933, a 2ª em 1939 e a 3ª em 1950) em Rigidamente Facetadas e as posteriores, em Livremente Facetadas (4ª ed. em 1952 em diante).” (CAMPOS, 2001, p. 36)
	
“O Universo Original de Ideias, também chamado de Universo do Conhecimento, não só é o local onde as ideias conservadas estão agrupadas, mas também o local onde existe um movimento que propicia um repensar constante sobre a apreensão das observações feitas pelo ser humano, a partir do mundo que o cerca.” (CAMPOS, 2001, p. 40)
	
“No Universo de Trabalho da Classificação, Ranganathan demarca três planos de trabalho: Plano Ideacional, Plano Verbal e Plano Notacional” (CAMPOS, 2001, p.44)
	
No Plano das Ideias está o conceito, independente do código ou termo que será usado na Classificação, no Plano Verbal é onde a linguagem entra como mediadora para comunicar ideias ou conceitos, e no Plano Notacional estão os códigos que representam os conceitos.
	
“Qualquer teoria deve ser baseada em princípios normativos. Na Teoria da Classificação Facetada, os princípios normativos são postulados em vários níveis, desde o processo de pensar que o homem desenvolve sobre o mundo fenomenal que o cerca, e que interfere no seu conhecimento da realidade, até o trabalho de elaboração das tabelas de classificação” (CAMPOS, 2001, p. 48)
	
Na Teoria da Classificação Facetada, para a elaboração de uma estrutura classificatória é necessário definir quais unidades vão fazer parte dessa classificação. As unidades são o assunto básico e a ideia isolada, onde um depende do outro, é necessário que os dois sejam definidos juntos.
	
“Na sua Teoria, Ranganathan propõe que identifiquemos elementos formadores do assunto do documento, para poder distribuí-las na tabela (processo de análise), de forma a agrupá-Ias de novo (processo de síntese) através da notação, que deve representar o assunto do documento [...] Nos assuntos dos documentos, alguns são formados por um ou mais assuntos básicos, enquanto outros são formados pela combinação de assunto básico e isolados. Quando o assunto do documento possui dois assuntos básicos, diz-se que é um assunto complexo; quando é formado por um assunto básico e um ou mais isolados, é denominado assunto composto” (CAMPOS, 2001, p. 50)
	
As características são atributos que existem nos assuntos e são utilizadas para comparar as unidades que serão classificadas e criar classes e renque e cadeias dentro dessas classes.
	“Os renques e cadeias revelam a organização da estrutura classificatória que é totalmente hierárquica, evidenciando as relações hierárquicas de gênero-espécie e de todo-parte. Ranganathan desenvolve uma série de regras (cânones) para estabelecer uma conduta uniforme na formação dos renques e cadeias. Os cânones para a formação dos renques são os da Exaustividade, da Exclusividade, da Sequência útil e da Sequência consistente.” (CAMPOS, 2001, p.51)
	
“A faceta básica agrupa assuntos básicos (áreas do conhecimento) e a faceta isolada agrupa isolados(conceitos). A faceta básica é o primeiro elemento do contexto especificado [...] A faceta isolada pode ser uma manifestação das categorias fundamentais, por exemplo, Ensino (categoria Energia). Como um elemento da formação da estrutura classificatória, ela tem a função de agrupar os renques, dentro de cada categoria [...] Facetas da mesma categoria podem manifestar-se dentro do mesmo assunto. Quando isto acontece, é necessário o estabelecimento de alguns princípios para auxiliarem na determinação de uma ordem que garanta consistência na organização dos livros nas estantes.” (CAMPOS, 2001, p. 53)
	
A classificação é marcada por ter muitos assuntos e é necessário um Mapeamento do Universo de Assuntos e existem cinco categorias para dividir esse universo, as Categorias fundamentais: 
Tempo - ideias de milênios, séculos, anos, etc. 
Espaço - ideias manifestadas em continentes, estados, países, etc. 
Energia - ideias que ocorrem em entidades: problema, processo, técnica, método. 
Matéria - manifestação de material de todas as espécies.
Personalidade – categorial que segundo Ranganathan é indefinível, vista como os resíduos de todas as outras categorias.
	
“Para finalizar, cabe evidenciar dois pontos fundamentais na construção de sistemas de conceitos no âmbito da Teoria da Classificação Facetada. O primeiro ponto a salientar é que Ranganathan, ao enfocar o documento como um registro de conhecimento, traz para o ambiente da documentação a preocupação com o Universo de Conhecimento. Desta forma, na estrutura elaborada a partir de sua Teoria, as unidades que a constituem não são mais os assuntos dos documentos, mas os conceitos, que ele denomina de isolados. Estes, reunidos por um processo de arranjo ou combinação, permitem formar qualquer assunto.
Outro ponto a salientar é que ele elabora uma série de princípios que visam a permitir que esses conceitos possam ser estruturados de forma sistêmica, isto é, os conceitos se organizam em renques e cadeias, estas estruturadas emclasses abrangentes, que são as facetas, e estas últimas dentro de uma dada categoria fundamental. A reunião de todas as categorias forma um sistema de conceitos de uma dada área de assunto e cada conceito no interior da categoria é também a manifestação dessa categoria.” (CAMPOS, 2001, p.58)

Continue navegando