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Caso Concreto Aula 8

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Faculdade Estácio de Sá. 
Curso: Direito. 
2° Período 
Noturno. 
Aluna: Adriano Carneiro dos Santos 
RA: 201307389856 
Matéria: Sociologia Jurídica e Judiciária. 
Professora: Gislaine. 
 
Caso Concreto 08. 
 
CASO 1 
‘Toda a sociedade brasileira está empenhada em procurar alternativas para melhorar a 
resposta do Estado a quem comete um crime, seja maior ou menor de idade, 
buscando dessa forma coibir a impunidade. Contudo, a sociedade não tem tido muito 
êxito e as propostas para soluções se avolumam nos escaninhos das autoridades 
competentes. Embora necessitemos de medidas eficazes para conter a violência, 
temos registrado uma série de medidas paliativas como forma de responder a crimes 
de comoção nacional, como o do menino João Hélio, de 6 anos, assassinado de forma 
brutal, ao ser arrastado pelas ruas do Rio de Janeiro, preso ao cinto de segurança do 
carro da família, por delinquentes juvenis’ (Luiz Flávio Borges D’Urso - advogado 
criminalista, mestre e doutor pela USP, é presidente reeleito da OAB-SP - Publicado 
no jornal Correio Braziliense do dia 4/3/07). 
 
Em relação ao controle da criminalidade em nosso país, que problemas 
podemos identificar relacionados aos efeitos negativos da norma? De que forma 
a impunidade se relaciona com estes efeitos? 
R: Podemos destacar 3 efeitos negativos: ineficácia da norma, omissão da 
autoridade em aplicá-la e falta de estrutura adequada à aplicação da lei. A 
impunidade se relaciona com esses efeitos negativos porque a lei ineficaz 
produz efeitos negativos e não tem força para governar os fatos sociais. Ainda 
existe uma parte que compete à autoridade que por incompetência ou 
irresponsabilidade não aplica sanção e com isso vai se enfraquecendo a 
disciplina que a norma impõe a todos. Citamos ainda que a falta de estrutura 
para uma eficiente aplicação do Direito faz com que a norma não atinja seus 
objetivos sociais, tornando-se impossível aplicar a lei sem recursos humanos e 
materiais necessários. 
 
CASO 2 
“Muito se comenta quanto à demora da prestação jurisdicional, mas pouco se fala 
quanto aos motivos dessa possível morosidade, quando e porque acontece, até para 
que sejam observados e analisados pelo grande público, pelos meios de comunicação 
e pelos litigantes. Na verdade, a Carta Magna, ao tratar dos direitos e deveres 
individuais e coletivos, prescreve que a todos devem ser assegurados a razoável 
duração do processo. Sim, mas a mesma norma constitucional também garante que 
devem ser destinados os meios para garantir a tão falada celeridade, tais como as 
condições de trabalho, a demanda compatível com a estrutura existente, pessoal 
suficiente e qualificado e o pronto oferecimento de elementos e cumprimento de 
diligências pelos advogados, incluindo ai os defensores públicos e procuradores 
fazendários, Ministério Público, Polícia e outros órgãos públicos e privados. Ora, ao 
magistrado compete conduzir/processar e julgar o feito e para tanto ser provocado 
para que ele se desenvolva e isto depende muitas vezes das partes, por seus 
patronos ‘os advogados’, que devem oferecer os elementos para tal, inclusive cumprir 
as diligências, pois se isto não acontece com a presteza necessária, pode até resultar 
em extinção do processo, frustrando e prejudicando as partes, na expectativa da 
resolução de suas pretensões. E ainda, o magistrado não pode decidir sem cumprir 
determinadas formalidades impostas pela legislação, a começar pela Carta Magna, 
que no mesmo capítulo dos direitos e deveres individuais e coletivos já em comento, 
assegura aos litigantes e aos acusados em geral, o contraditório e a ampla defesa, 
com os meios e recursos a ela inerentes”. (EVERTON, Marcelino Chaves - Juiz de 
Direito. Publicado no jornal ?O Estado do Maranhão? coluna Opinião, 24/02/2008). 
 
A que este magistrado atribui a demora da prestação jurisdicional? Que efeitos 
negativos da norma encontramos neste caso? 
R: Atribui a falta de celeridade ao processo pela falta de condições de trabalho, 
além de ter uma demanda incompatível com a estrutura do judiciário existente, 
bem como o pessoal de apoio ser insuficiente e muitos sem qualificação 
adequada. Ademais, tanto advogados, quanto defensores públicos, 
procuradores fazendários, ministério público, polícia precisam e devem 
provocar o judiciário oferecendo elementos para tal, cumprindo as diligências, 
para que o processo se desenvolva, pois se não for observado todos os 
procedimentos necessários, pode resultar na extinção do processo 
prejudicando as partes na resolução da lide. Mesmo o magistrado podendo 
decidir livremente apoiado pelo princípio do livre convencimento, ele não pode 
decidir sem cumprir as formalidades impostas pela Constituição Federal.

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