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AULA2PLACTI140625fim

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Pensamento Latino-Americano e Políticas de C,T&I
Aula 2: A Abordagem Cepalina: o estruturalismo nos anos 50 
Professor Adalberto Azevedo
São Bernardo do Campo, 24/06/2014
Economista Raúl Prebisch em 1930, nomeado subsecretário do Ministério da Fazenda da Argentina
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Plano de aula
Sobre a Cepal
As áreas temáticas focadas pela Cepal 
Idéias-força da Cepal
O método histórico-estruturalista
As idéias-força da Cepal: 1948-60 (Prebisch)- próxima aula (seminário)
Vídeos: 1. Programa Conta Corrente especial (Globo News), entrevista com o Professor Edgar Dosman, da York University (Canadá), autor de “Raúl Prebisch: a Construção da América Latina e do Terceiro Mundo”- https://www.youtube.com/watch?v=_1yxkFfYq9E 2. Vigencia del legado de Prebisch: Osvaldo Sunkel (Cepal, 2013)- https://www.youtube.com/watch?v=ZnXPJa6ggDw 
Semana que vem: comentários sobre a ficha conhecendo @s alun@s
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Comissão Econômica para a América 
Latina e o Caribe: 1948, sediada 
em Santiago do Chile
Uma das cinco comissões econômicas 
regionais criadas pela Organização 
das Nações Unidas no pós II Guerra 
Mundial (queixas de exclusão no plano Marshall)
Primeiro secretário executivo: Gustavo Martínez Cabañas, México (1948-1950), seguido de Raúl Prebisch (1950-1963)
Análises econômicas e sociais regionais com enfoques teóricos e metodológicos próprios: condição periférica
Público-alvo: fazedores de política da AL. Pouca divulgação acadêmica?
Alguns dos principais historiadores econômicos da AL (Furtado, Aníbal Pinto, etc.)
Sobre a CEPAL
http://www.eclac.cl/
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Análise da inserção internacional
Análise dos condicionantes estruturais internos: crescimento e progresso técnico, emprego, distribuição de renda)
Por exemplo: empregos de baixa qualidade no Brasil: Porquê (slides extra)?
Análise das necessidades e possibilidades de ação estatal (que depende do referencial teórico adotado- e dos interesses envolvidos...)
As áreas temáticas focadas pela Cepal
http://geografiaegeopolitica.blogspot.com.br/p/geopolitica-em-quadrinhos.html
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Correspondência com os momentos históricos da AL
50s: Industrialização
60s: Reformas para
Industrializar
70s: novo estilo de desenvolvimento 
(socialmente justo e exportador)
80s: endividamento externo, ajustes 
para retomar o crescimento
90s: reestruturação produtiva com 
Equidade
As idéias-força da Cepal
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Vulnerabilidade externa: presente nas cinco décadas da Cepal
50s: Industrialização
60s: Reformas para
Industrializar
70s: novo estilo de desenvolvimento 
(socialmente justo e exportador)
80s: endividamento externo, ajustes 
para retomar o crescimento
90s: reestruturação produtiva com 
Equidade
As idéias-força da Cepal
Dependência financeira e tecnológica
Exame do papel da multinacionais
Crises da dívida externa
Inserção competitiva deficiente, tendência ao endividamento externo de curto prazo
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Inserção internacional: deterioração dos termos de intercâmbio; desquilíbrio estrutural na balança de pagamentos; necessidade de integração regional
Condições internas: industrialização substitutiva; problemas da especialização e heterogeneidade estrutural; inflação estrutural e desemprego
Recomendações para a ação estatal: conduzir deliberadamente a industrialização
Motivação: transformação do modelo primário-exportador (hacia afuera) ao urbano industrial (hacia adentro), que se realizava em uma estrutura econômica e institucional (política) subdesenvolvida
As idéias-força da Cepal: 1948-60
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Método histórico-estruturalista: observação de fatos históricos (indutivo) + teoria estruturalista- caracteriza todas as etapas do pensamento Cepalino.
Observação da história regional, com base em uma teoria normativa (pode ser o liberalismo econômico, o keynesianismo, o socialismo, etc.): Economia Política
Teorias (normativas): explicações para o passado, recomendações para o futuro (desenvolvimento)
Futuro: importância da C,T&I (o que fazer?) 
Para a Cepal, o Estado tem papel central: desenvolvementismo latino-americano
 
O método histórico-estruturalista
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Relação centro-periferia: argumento da condição periférica (herança)
Método histórico, observa a evolução das condições e as compara, método indutivo- trajetórias econômicas a princípio são desconhecidas e dependem das estruturas (periféricas)
Teoria econômica “universal” (abstrata e dedutiva): pode ser empregada incorporando especificidades históricas e regionais
Indução (particular para o geral) X Dedução (geral para o particular)
O método histórico-estruturalista
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Análise de mercados ( e suas imperfeições) e agentes em condições históricas específicas
Interpretações continuamente revisadas: reflexividade (auto-análise crítica)- metamorfose ambulante?
Inserção na economia mundial: especializada em bens e serviços com demanda internacional pouco dinâmica, importando os mais dinâmicos
Importações: inadequadas aos recursos (capital humano e físico) e nível de renda da periferia
Periferia: industrialização diferente dos países centrais, devido à heterogeneidade estrutural
O método histórico-estruturalista
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Heterogeneidade estrutural: introdução do progresso técnico, absorção da força de trabalho e geração/distribuição de renda diferentes dos países centrais
Economia pouco diversificada e tecnologicamente heterogênea (diferentes níveis de produtividade)
Criação e difusão tecnológica: importação
Absorção de MO: pouca qualificação (e renda)
Distribuição da renda gerada: desigual, acentua a heterogeneidade econômica, industrial e social
Processo inédito, não apenas “uma etapa” de um processo de desenvolvimento universal
O método histórico-estruturalista
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Celso Furtado: legitimação histórica das teorias cepalinas (textos de história econômica da AL mais lidos no mundo)
Subdesenvolvimento: não é uma etapa de formação de uma economia capitalista moderna- resulta da entrada de instituições e empresas capitalistas em estruturas arcaicas
Uso do excedente cultural: padrões de consumo e tecnológicos absorvidos pelas elites, mas com lenta propagação à maior parte da população (desigualdade de renda e produtividade)
Desigualdades: industrial e social, intimamente conectadas
O método histórico-estruturalista
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Contexto: rápidas industrialização e urbanização
Economias latino-americanas: crescimento de 5,8% ao ano entre 1945 e 1954
Expansão nas importações: 7,5% ao ano
Inadequação das teorias liberais dos anos 30 (teoria das vantagens comparativas/divisão internacional do trabalho)
“Vazio teórico” para os defensores da industrialização, ocupado pela Cepal: adequação aos projetos políticos de vários governos latino-americanos
Versão regional das teorias heterodoxas do desenvolvimento (Keynesianismo): Estado como indutor da industrialização (tom cauteloso, frente às pressões externas)
O método histórico-estruturalista
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Prebisch: fundamental para a autonomia do pensamento cepalino
O desenvolvimento econômico da América Latina e seus principais problemas (1949)
Estudo Econômico da América Latina (1949, 1950)
Problemas teóricos e práticos do crescimento econômico (1951)
Referências ideológicas e analíticas para os desenvolvementistas latino-americanos
Industrialização: possibilidade da AL desfrutar do progresso técnico até então exclusivo do 1º mundo (divisão internacional do trabalho)
porém...
Inserção internacional da AL: vulnerabilidade
Crescimento: perverso
Insuficiência do mercado para resolver esses poréns: Estado
As idéias-força da Cepal: 1948-60 (Prebisch)
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Obrigado pela atenção!
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Brasil: 7º PIB Mundial, mas 84º entre 187 países em termos de Índice de Desenvolvimento Humano (IDH): má distribuição da riqueza
C,T, I e seus impactos sobre o trabalho: Brasil
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C,T, I e seus
impactos sobre o trabalho: Brasil
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Brasil: 3,3% dos maiores de 18 anos (4,3 milhões em 2007, segundo o IBGE) frequentavam curso profissionalizante (21% no nível médio e 2% graduação tecnológica)
53% dos trabalhadores não possuíam 2º grau completo
Empregos no Brasil requerem pouca qualificação
 
37,4% dos empregos Brasileiros em 2009 eram informais (sem carteira assinada ou autônomos): salários 60% menores, em média 
C,T, I e seus impactos sobre o trabalho: Brasil
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C,T, I e seus impactos sobre o trabalho
Obs: Dados de 2008
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C,T, I e seus impactos sobre o trabalho: Brasil
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C,T, I e seus impactos sobre o trabalho: Brasil
http://geografiaegeopolitica.blogspot.com.br/p/geopolitica-em-quadrinhos.html
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