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Gabaritos.pdf GOVERNO DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE SECRETARIA DE ESTADO DA ADMINISTRAÇÃO E DOS RECURSOS HUMANOS SUBSECRETARIA DE RECURSOS HUMANOS CONCURSO PÚBLICO EDITAL No 001/2011 - SEARH/SEEC GABARITO Prova realizada em 20/11/2011 DIDÁTICA GERAL E LEGISLAÇÃO 1 - C 2 - B 3 - A 4 - C 5 - A 6 - D 7 - A 8 - A 9 - E 10 - D 11 - D 12 - E 13- C 14 - B 15 - D CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS PROVA PROVA PROVA PROVA PROVA PROVA PROVA PROVA 01 02 03 04 05 06 07 08 PROFESSOR - ARTE PROFESSOR - BIOLOGIA E CIÊNCIAS PROFESSOR - EDUCAÇÃO FÍSICA PROFESSOR - FILOSOFIA PROFESSOR - FÍSICA PROFESSOR - GEOGRAFIA PROFESSOR - HISTÓRIA PROFESSOR – LÍNGUA ESPANHOLA 16 - E 16 - C 16 - A 16 - D 16 - C 16 - D 16 - A 16 - D 17 - A 17 - E 17 - B 17 - B 17 - A 17 - D 17 - B 17 - C 18 - D 18 - C 18 - C 18 - D 18 - C 18 - E 18 - D 18 - B 19 - A 19 - C 19 - B 19 - C 19 - E 19 - B 19 - A 19 - B 20 - C 20 - E 20 - A 20 - A 20 - B 20 - C 20 - D 20 - A 21 - C 21 - A 21 - B 21 - D 21 - B 21 - A 21 - A 21 - A 22 - A 22 - D 22 - D 22 - E 22 - E 22 - D 22 - C 22 - A 23 - D 23 - A 23 - D 23 - B 23 - D 23 - E 23 - E 23 - C 24 - C 24 - C 24 - E 24 - A 24 - D 24 - D 24 - E 24 - E 25 - B 25 - A 25 - B 25 - C 25 - B 25 - A 25 - D 25 - C 26 - B 26 - E 26 - C 26 - E 26 - D 26 - B 26 - C 26 - A 27 - C 27 - B 27 - E 27 - A 27 - E 27 - B 27 - B 27 - D 28 - B 28 - B 28 - A 28 - D 28 - A 28 - B 28 - A 28 - A 29 - C 29 - A 29 - B 29 - A 29 - C 29 - E 29 - E 29 - B 30 - A 30 - B 30 - A 30 - E 30 - C 30 - B 30 - C 30 - A 31 - D 31 - D 31 - D 31 - D 31 - A 31 - C 31 - B 31 - B 32 - E 32 - C 32 - A 32 - B 32 - D 32 - E 32 - A 32 - E 33 - A 33 - B 33 - E 33 - A 33 - A 33 - A 33 - B 33 - E 34 - E 34 - A 34 - D 34 - E 34 - C 34 - C 34 - D 34 - B 35 - B 35 - B 35 - C 35 - E 35 - B 35 - C 35 - C 35 - E 36 - A 36 - D 36 - A 36 - C 36 - E 36 - B 36 - E 36 - D 37 - C 37 - D 37 - B 37 - B 37 - B 37 - D 37 - E 37 - D 38 - E 38 - A 38 - E 38 - B 38 - C 38 - E 38 - D 38 - B 39 - B 39 - D 39 - C 39 - D 39 - E 39 - E 39 - D 39 - E 40 - C 40 - E 40 - D 40 - C 40 - A 40 - C 40 - C 40 - E 41 - B 41 - A 41 - D 41 - A 41 - B 41 - C 41 - C 41 - B 42 - A 42 - B 42 - A 42 - E 42 - B 42 - A 42 - A 42 - C 43 - E 43 - C 43 - D 43 - E 43 - B 43 - A 43 - B 43 - A 44 - B 44 - E 44 - D 44 - C 44 - E 44 - D 44 - E 44 - E 45 - B 45 - B 45 - E 45 - E 45 - D 45 - A 45 - B 45 - D 46 - C 46 - E 46 - C 46 - E 46 - B 46 - D 46 - D 46 - D 47 - D 47 - B 47 - D 47 - C 47 - B 47 - E 47 - A 47 - C 48 - A 48 - A 48 - B 48 - E 48 - E 48 - A 48 - B 48 - C 49 - E 49 - E 49 - E 49 - C 49 - C 49 - C 49 - E 49 - D 50 - D 50 - C 50 - C 50 - E 50 - D 50 - C 50 - A 50 - B www.pciconcursos.com.br GOVERNO DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE SECRETARIA DE ESTADO DA ADMINISTRAÇÃO E DOS RECURSOS HUMANOS SUBSECRETARIA DE RECURSOS HUMANOS CONCURSO PÚBLICO EDITAL No 001/2011 - SEARH/SEEC GABARITO Prova realizada em 20/11/2011 CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS PROVA PROVA PROVA PROVA PROVA PROVA PROVA 09 10 11 12 13 14 15 PROFESSOR - LÍNGUA INGLESA PROFESSOR - LÍNGUA PORTUGUESA PROFESSOR - MATEMÁTICA PROFESSOR - QUÍMICA PROFESSOR - SOCIOLOGIA PROFESSOR - PEDAGOGIA PARA ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL ESPECIALISTA - SUPORTE PEDAGÓGICO 16 - B 16 - B 16 - E 16 - C 16 - A 16 - B 16 - B 17 - D 17 - C 17 - A 17 - D 17 - B 17 - B 17 - B 18 - B 18 - E 18 - D 18 - B 18 - A 18 - A 18 - A 19 - C 19 - E 19 - C 19 - D 19 - B 19 - A 19 - C 20 - D 20 - A 20 - D 20 - D 20 - D 20 - B 20 - E 21 - C 21 - D 21 - C 21 - C 21 - D 21 - D 21 - A 22 - E 22 - D 22 - A 22 - B 22 - D 22 - D 22 - B 23 - A 23 - B 23 - B 23 - D 23 - E 23 - D 23 - E 24 - B 24 - C 24 - A 24 - A 24 - D 24 - E 24 - A 25 - E 25 - E 25 - C 25 - E 25 - C 25 - D 25 - A 26 - B 26 - A 26 - E 26 - E 26 - E 26 - E 26 - D 27 - D 27 - C 27 - A 27 - B 27 - C 27 - C 27 - E 28 - C 28 - A 28 - E 28 - D 28 - B 28 - A 28 - B 29 - E 29 - B 29 - C 29 - A 29 - C 29 - A 29 - A 30 - D 30 - C 30 - A 30 - E 30 - D 30 - E 30 - C 31 - A 31 - D 31 - E 31 - A 31 - A 31 - A 31 - A 32 - B 32 - B 32 - A 32 - E 32 - A 32 - C 32 - A 33 - C 33 - E 33 - D 33 - E 33 - C 33 - D 33 - C 34 - C 34 - B 34 - C 34 - B 34 - C 34 - A 34 - E 35 - B 35 - A 35 - B 35 - A 35 - E 35 - D 35 - C 36 - C 36 - E 36 - C 36 - E 36 - D 36 - E 36 - A 37 - A 37 - B 37 - E 37 - B 37 - E 37 - E 37 - C 38 - E 38 - C 38 - D 38 - D 38 - D 38 - A 38 - E 39 - D 39 - D 39 - D 39 - D 39 - B 39 - B 39 - A 40 - E 40 - A 40 - B 40 - A 40 - A 40 - B 40 - B 41 - D 41 - A 41 - D 41 - A 41 - B 41 - E 41 - B 42 - A 42 - C 42 - B 42 - B 42 - C 42 - E 42 - A 43 - D 43 - B 43 - B 43 - B 43 - B 43 - D 43 - E 44 - C 44 - D 44 - B 44 - C 44 - D 44 - A 44 - A 45 - D 45 - D 45 - E 45 - B 45 - A 45 - B 45 - C 46 - A 46 - C 46 - A 46 - C 46 - E 46 - B 46 - E 47 - B 47 - E 47 - D 47 - B 47 - C 47 - A 47 - A 48 - A 48 - C 48 - E 48 - D 48 - D 48 - E 48 - E 49 - D 49 - D 49 - C 49 - E 49 - E 49 - B 49 - E 50 - E 50 - D 50 - D 50 - B 50 - E 50 - D 50 - A www.pciconcursos.com.br 10_lingua_portuguesa.pdf PROFESSOR - LÍNGUA PORTUGUESA 1 GOVERNO DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE SECRETARIA DE ESTADO DA ADMINISTRAÇÃO E DOS RECURSOS HUMANOS SUBSECRETARIA DE RECURSOS HUMANOS 10 CO NC UR SO P ÚB LIC O ED ITA L N o 0 01 /20 11 SE AR H/ SE EC PROFESSOR - LÍNGUA PORTUGUESA LEIA ATENTAMENTE AS INSTRUÇÕES ABAIXO. 01 - Você recebeu do fiscal o seguinte material: a) este caderno, com o tema da REDAÇÃO (com valor de 10,0 pontos) e o enunciado das 50 (cinquenta) questões objetivas, sem repetição ou falha, com a seguinte distribuição: Questões Objetivas No das Questões Valor por questão Total Didática Geral e Legislação Educacional 1 a 15 1,00 ponto 15,00 pontos Conhecimentos Específicos 16 a 50 1,00 ponto 35,00 pontos Total: 50,00 pontos b) 1 folha para o desenvolvimento da REDAÇÃO grampeada ao CARTÃO-RESPOSTA destinado às respostas das questões objetivas formuladas nas provas. 02 - Verifique se este material está em ordem e se o seu nome e número de inscrição conferem com os que aparecem no CARTÃO-RESPOSTA. Caso contrário, notifique o fato IMEDIATAMENTE ao fiscal. 03 - Após a conferência, o candidato deverá assinar, no espaço próprio do CARTÃO-RESPOSTA, com caneta esferográfica transparente de tinta na cor preta. 04 - A REDAÇÃO deverá ser feita com caneta esferográfica transparente de tinta na cor preta. 05 - No CARTÃO-RESPOSTA, a marcação das letras correspondentes às respostas certas deve ser feita cobrindo a letra e preenchendo todo o espaço compreendido pelos círculos, com caneta esferográfica transparente de tinta na cor preta, de forma contínua e densa. A LEITORA ÓTICA é sensível a marcas escuras; portanto, preencha os campos de marcação completamente, sem deixar claros. Exemplo: 06 - Tenha muito cuidado com o CARTÃO-RESPOSTA, para não o DOBRAR, AMASSAR ou MANCHAR. O CARTÃO- -RESPOSTA SOMENTE poderá ser substituído se, no ato da entrega ao candidato, já estiver danificado em suas margens superior e/ou inferior - BARRA DE RECONHECIMENTO PARA LEITURA ÓTICA. 07 - Para cada uma das questões objetivas, são apresentadas 5 alternativas classificadas com as letras (A), (B), (C), (D) e (E); só uma responde adequadamente ao quesito proposto. Você só deve assinalar UMA RESPOSTA: a marcação em mais de uma alternativa anula a questão, MESMO QUE UMA DAS RESPOSTAS ESTEJA CORRETA. 08 - As questões objetivas são identificadas pelo número que se situa acima de seu enunciado. 09 - SERÁ ELIMINADO do Concurso Público o candidato que: a) se utilizar, durante a realização das provas, de máquinas e/ou relógios de calcular, bem como de rádios gravadores, headphones, telefones celulares ou fontes de consulta de qualquer espécie; b) se ausentar da sala em que se realizam as provas levando consigo o CADERNO DE QUESTÕES e/ou o CARTÃO-RES- POSTA grampeado à folha para o desenvolvimento da REDAÇÃO; c) se recusar a entregar o CADERNO DE QUESTÕES e/ou o CARTÃO-RESPOSTA e/ou a folha para o desenvolvimento da REDAÇÃO, quando terminar o tempo estabelecido. d) não assinar a LISTA DE PRESENÇA e/ou o CARTÃO-RESPOSTA. Obs.: O candidato só poderá se ausentar do recinto das provas após 1 (uma) hora contada a partir do efetivo início das mesmas. Por motivos de segurança, o candidato NÃO PODERÁ LEVAR O CADERNO DE QUESTÕES e/ou o CARTÃO-RESPOS- TA e/ou a folha para o desenvolvimento da REDAÇÃO, a qualquer momento. 10 - Reserve os 30 (trinta) minutos finais para marcar seu CARTÃO-RESPOSTA. Os rascunhos e as marcações assinaladas no CADERNO DE QUESTÕES NÃO SERÃO LEVADOS EM CONTA. 11 - Quando terminar, entregue ao fiscal o CADERNO DE QUESTÕES E O CARTÃO-RESPOSTA grampeado à folha para o desenvolvimento da REDAÇÃO e ASSINE A LISTA DE PRESENÇA. 12 - O TEMPO DISPONÍVEL PARA ESTAS PROVAS DE QUESTÕES OBJETIVAS E DE REDAÇÃO É DE 4 (QUATRO) HORAS, incluído o tempo para a marcação do seu CARTÃO-RESPOSTA, findo o qual o candidato deverá, obrigatoriamente, entregar o CADERNO DE QUESTÕES E O CARTÃO-RESPOSTA grampeado à folha para o desenvolvimento da REDAÇÃO. 13 - As questões e os gabaritos das Provas Objetivas serão divulgados no primeiro dia útil após a realização das mesmas, no endereço eletrônico da FUNDAÇÃO CESGRANRIO (http://www.cesgranrio.org.br). PROFESSOR - LÍNGUA PORTUGUESA 2 RA SC UN HO ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ PROFESSOR - LÍNGUA PORTUGUESA 3 R E D A Ç Ã O Educadores contam como aprenderam com seus erros Professores têm a competência de verificar habilidades, testar a compreensão de conteúdos e ajudar cada estudante a reconhecer (e superar) os erros. Mas e quando o equívoco vem deles próprios? Fingir que nada ocorreu não é a melhor saída. Ao contrário: se ficar evidente que alguma atividade não deu certo em razão de uma falha pessoal, a autocrítica é fundamental para melhorar a atuação profissional. O ideal é que essa reflexão seja vivenciada de forma madura, sem culpa ou rigor excessivos (afastando o risco de mergulhar no perfeccionismo, que paralisa a ação) e complacência extremada (resvalando na atitude de quem a todo instante diz “tudo bem, deixa para lá”). Medo ou vergonha são outros sentimentos que não cabem nessa hora. Afinal - não machuca repetir essa obviedade -, todo mundo erra, mesmo grandes autoridades em Educação, profissionais respeitados que ocupam cargos centrais no governo, pesquisadores de Universidades influentes, formadores de professores e autores de livros que inspiram algumas de nossas melhores aulas. Alguns tropeços podem parecer familiares: falar demais e alongar a parte expositiva, despejar conteúdo sem levar em conta o ritmo dos jovens e seu universo cultural, desconsiderar as necessidades de alunos com deficiência e negar o próprio papel ao levar em conta somente os interesses das crianças. A lista de falhas é diversa, mas a postura para avançar é a mesma: analisar o que falhou, por que e como isso ocorreu. Muitas vezes, basta o distanciamento temporal do deslize para percebê-lo. Em outras ocasiões, são as conversas com os colegas que nos trazem o alerta e, em muitos casos, o estudo e a leitura são importantes aliados para a reflexão. Essa revisão de ideias, pensamentos e ações exige uma visão relativista do erro - isso significa ter em mente que o que não funciona em uma determinada classe, num determinado momento, pode muitas vezes dar certo em outro contexto. PAGANOTTI, Ivan. Revista Nova Escola. São Paulo: Abril. n. 230, mar. 2010. Tomando como ponto de partida as ideias apresentadas no texto, elabore um texto dissertativo-argumentativo, em que se DISCUTA A IMPORTÂNCIA DO PROCESSO DE AUTOAVALIAÇÃO DO PROFESSOR, COM BASE NA REFLEXÃO SOBRE SUA PRÁTICA PEDAGÓGICA. Justifique sua posição com argumentos. No desenvolvimento do tema, o candidato deverá: a) demonstrar domínio da escrita padrão; b) manter a abordagem nos limites da proposta; c) redigir o texto no modo dissertativo-argumentativo. Não serão aceitos textos narrativos nem poemas; d) demonstrar capacidade de seleção, organização e relação de argumentos, fatos e opiniões para defender seu ponto de vista. Apresentação da redação a) O texto deverá ter, no mínimo, 25 linhas e, no máximo 30 linhas, mantendo-se no limite de espaço para a Redação. b) O texto definitivo deverá ser passado para a Folha de Resposta (o texto da Folha de Rascunho não será considerado), com caneta esferográfica transparente de tinta na cor preta e em letra legível. c) A Redação não deve ser identificada, por meio de assinatura ou qualquer outro sinal. PROFESSOR - LÍNGUA PORTUGUESA 4 DIDÁTICA GERAL LEGISLAÇÃO EDUCACIONAL 1 Ao exercer o cargo de diretora de uma escola da rede estadual de Educação, Helena planejou com sua equipe as atividades para o ano letivo, considerando que a edu- cação tem por finalidade, conforme a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, Lei no 9.394, de 20 de de- zembro de 1996, (A) promover entre os educandos o fim das desigualda- des sociais. (B) possibilitar aos educandos o prolongamento de seus estudos até o ensino superior. (C) preparar os educandos para o exercício da cidadania. (D) habilitar os educandos à profissão ao final da educa- ção básica. (E) assegurar aos educandos o acesso aos benefícios do desenvolvimento social. 2 A legislação brasileira estabelece, como assinala a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, em seu art. 35, que a educação no ensino médio tem como uma de suas finalidades (A) promover a profissionalização desde a educação infantil. (B) consolidar e aprofundar os conhecimentos adquiridos no ensino fundamental. (C) habilitar para o ingresso no mercado de trabalho, vi- sando ao desenvolvimento social. (D) permitir o acesso às novas tecnologias de comunica- ção e informação. (E) possibilitar formação profissional de acordo com as demandas econômicas da região. 3 Apesar de todas as mudanças que ocorrem nas socieda- des contemporâneas, escola e família são duas institui- ções que continuam sendo apontadas pelos especialistas da área da educação como fundamentais para o sucesso dos processos educacionais porque (A) a interação mais intensa entre pais e professores pode contribuir para superação de dificuldades na es- colarização de crianças e adolescentes. (B) a mesma compreensão sobre educação pela família e pela escola assegura que os alunos desenvolvam as competências necessárias à sua escolarização. (C) a presença cotidiana de pais ou responsáveis nas escolas reduz possíveis diferenças de capital cultural entre alunos e professores. (D) os comportamentos socializados no espaço escolar são os mesmos que aqueles valorizados pela família. (E) os valores e comportamentos socializados no espaço familiar são reafirmados pela escola durante a escola- rização das crianças e dos adolescentes. 4 A frequência às aulas no ensino regular é obrigatória, se- gundo o estabelecido na Lei de Diretrizes e Bases da Edu- cação Nacional, promulgada em 20 de dezembro de 1996. Assim, para obter a aprovação em qualquer nível de ensi- no da educação básica, o aluno deve frequentar o percen- tual mínimo de horas letivas oferecidas igual a (A) 80% (B) 70% (C) 75% (D) 85% (E) 90% 5 A ampliação do Ensino Fundamental para nove anos, conforme a Resolução no 07, de 14 de dezembro de 2010, do Conselho Nacional de Educação / Câmara de Educa- ção Básica, que fixou Diretrizes Curriculares para o ensi- no fundamental de nove anos, teve como objetivo, dentre outros, favorecer a permanência de todos os alunos, em especial os que se encontram em situações sociais des- vantajosas, que nem sempre poderiam cursar as chama- das “classes de alfabetização”. Tendo em vista essa Resolução, o conteúdo do primeiro ano do Ensino Fundamental deve (A) assegurar, como os dois anos subsequentes, a alfa- betização e o letramento do aluno nele matriculado. (B) apresentar conteúdo idêntico ao trabalhado pelo alu- no em seu último ano da Educação Infantil. (C) apresentar conteúdo idêntico ao da primeira série (ano) do antigo Ensino Fundamental de oito anos. (D) voltar-se exclusivamente para o processo de alfabeti- zação do aluno que nele está matriculado. (E) voltar-se exclusivamente para os processos de alfa- betização e iniciação à matemática do aluno nele ma- triculado. 6 Entender as causas do sucesso ou do fracasso dos alu- nos tem sido uma preocupação recorrente de professores e educadores em geral. As características culturais dos alunos vêm a ser um fator geralmente apontado como de- terminante para a aprendizagem de crianças, adolescen- tes ou jovens. Considerando as teorias educacionais contemporâneas, qual, dentre as afirmativas abaixo relacionadas, NÃO justifica essa situação? (A) As perspectivas de sucesso na vida escolar tendem a acompanhar as variações quanto à posse de capital cultural por parte dos alunos. (B) As possibilidades de sucesso escolar são maiores para alunos que possuem capital cultural idêntico ou similar ao de seus professores. (C) Os alunos das classes populares, devido às suas ca- racterísticas culturais, enfrentam maiores discrimina- ções dificultando alcançar o sucesso escolar. (D) Os alunos de segmentos sociais em situação de des- vantagem e possuidores de menor capital cultural es- tão fadados ao fracasso na escola. (E) Os alunos que sofrem atos de discriminação na esco- la em função de suas características culturais tendem a se evadir com maior frequência. PROFESSOR - LÍNGUA PORTUGUESA 5 9 Avaliações diagnósticas têm sido amplamente emprega- das para a análise da qualidade do ensino oferecido em redes públicas. No caso da Prova Brasil, o segmento no qual ela é aplica- da, constitui-se dos alunos (A) do 2o ano (1a série) e do 5o ano (4a série) do ensino fundamental (B) do 2o ano (1a série) e do 9o ano (8a série) do ensino fundamental (C) do 4o ano (3a série) e do 8o ano (7a série) do ensino fundamental (D) do 5o ano (4a série) e do 8o ano (7a série) do ensino fundamental (E) do 5o ano (4a série) e do 9o ano (8a série) do ensino fundamental 10 Estabelecido pela atual legislação brasileira, o Projeto Político-Pedagógico deve contemplar a questão da quali- dade de ensino, em todas as suas dimensões, ordenando institucionalmente o trabalho escolar em suas especifici- dades, níveis e modalidades. Nesse sentido, o Projeto Político-Pedagógico (A) compõe-se, exclusivamente, dos planos de ensino das disciplinas e do planejamento anual das ativida- des a serem desenvolvidas na escola. (B) constitui a proposta de trabalho da escola, cuja ela- boração compete, exclusivamente, ao Coordenador Pedagógico e ao Diretor. (C) define anualmente os níveis e as modalidades de en- sino a serem oferecidos pela escola e a abrangência da clientela escolar. (D) exige em sua construção a participação de todos os agentes do processo educativo: professores, funcio- nários, pais e alunos. (E) estabelece as formas como, autonomamente, a esco- la e seus professores se manifestarão frente a deci- sões governamentais. 11 Embora as práticas de avaliação acompanhem a história da educação escolar, contemporaneamente tem crescido a preocupação em fazer dessa um componente importan- te do processo de ensino e aprendizagem. Considerando-se a realidade das escolas brasileiras, uma das funções que a avaliação deve ter é ser um instrumen- to para (A) a escola apreender o grau de importância que os alu- nos atribuem às disciplinas escolares. (B) a coordenação delinear os diferentes tipos de provas a serem aplicadas. (C) os professores controlarem a ação das famílias na aprendizagem dos alunos. (D) os professores reconhecerem o progresso e as dificul- dades dos alunos na compreensão dos conhecimen- tos ensinados. (E) os diretores verificarem o entendimento dos professo- res sobre a proposta pedagógica da escola. 7 Acompanhando as transformações ocorridas no cenário mundial, o Estado brasileiro, desde os anos de 1990, tem tomado medidas de ordem legal objetivando a atualização das políticas educacionais a fim de possibilitar mudanças na realidade do ensino nacional. Dentre essas medidas, tem-se o estabelecimento de Di- retrizes Curriculares Nacionais Gerais para a Educação Básica, que têm como um dos seus objetivos (A) estimular a reflexão crítica dos participantes dos pro- cessos de formulação, execução e avaliação do projeto político-pedagógico das escolas de educação básica. (B) superar a necessidade de construção de competências e habilidades próprias à formação humana e cidadã dos estudantes das escolas de educação básica. (C) proporcionar aos alunos de escolas da educação bá- sica a qualificação para o trabalho e para o exercício da cidadania por meio do currículo nacional único. (D) incentivar a participação de voluntários nas atividades docentes das escolas de educação básica, sem exi- gências de formação e especialização acadêmicas. (E) promover o desenvolvimento cognitivo e, quando pos- sível, o psíquico e o social dos alunos de escolas de educação básica, considerando a realidade escolar. 8 A categoria de juventude foi construída ao longo da era moderna e está diretamente relacionada à educação nas sociedades contemporâneas. Embora não haja uma con- ceituação universalmente reconhecida sobre o que é ju- ventude, algumas características gerais são aceitas por especialistas de diferentes áreas de conhecimento, e as políticas educacionais promovidas durante o século XX buscaram contemplá-las. Nesse sentido, tem-se que (A) persistem os efeitos decorrentes da origem social, im- possibilitando uma total homogeneidade cultural dos jovens, o que legitima ações educacionais voltadas para jovens em desvantagem social. (B) há uma homogeneidade cultural na juventude que é resultado do fluxo das comunicações em um mundo globalizado, o que justifica a utilização das novas tec- nologias de informação nas escolas. (C) romper com as tradições culturais e políticas é um aspecto característico da juventude nas sociedades modernas, o que levou o tradicionalismo pedagógico a apregoar o disciplinamento dos jovens. (D) compartilhar hábitos de consumo e de estilo de vida similares é característica da juventude nas socieda- des modernas, o que justifica criar propostas pedagó- gicas com base no comportamento dos jovens. (E) criticar a xenofobia, o machismo e o racismo são ca- racterísticas políticas da juventude nas sociedades modernas, o que é um sinal do sucesso de propostas pedagógicas progressistas e democráticas. PROFESSOR - LÍNGUA PORTUGUESA 6 12 A produção e a definição de conteúdos curriculares esco- lares estão relacionadas a vários fatores, dentre os quais se destacam, por sua importância, as características cul- turais da sociedade em que esses conteúdos se consti- tuem e a cultura da escola onde eles são trabalhados. Considerando-se esses dois fatores, (A) a compreensão do processo de construção dos con- teúdos curriculares pelos professores não produz efei- tos sobre a aprendizagem dos alunos. (B) o fato de os conteúdos curriculares estarem relaciona- dos aos saberes científicos impede que professores legitimem preconceitos em sala de aula. (C) as formas como os professores se apropriam dos con- teúdos curriculares não têm implicações sobre suas relações com seus alunos em sala de aula. (D) os modos como os conteúdos curriculares são traba- lhados em sala de aula pelos professores não produ- zem efeitos no desempenho dos alunos. (E) os professores devem fazer adequações nos conteú- dos curriculares, conforme as características sociais de seus alunos e a cultura da escola. 13 A abordagem de temas abrangentes e contemporâneos tem sido uma preocupação dos educadores e objeto de normatização legal no Brasil, em especial quanto às pos- sibilidades do desenvolvimento dos conteúdos programá- ticos da base nacional comum do Ensino Fundamental. Tais conteúdos devem ser permeados por temas que (A) facilitem o apoio econômico dos educandos às suas famílias durante seu percurso escolar. (B) promovam a circulação de valores éticos pertinentes a credos religiosos em particular. (C) afetem a vida humana em escala global, regional e local, bem como na esfera individual. (D) contribuam para que os educandos concluam, em me- nor tempo, os seus percursos escolares. (E) permitam aos educandos ingressar, de forma imediata e com sucesso, no mercado de trabalho. 14 Uma das grandes preocupações da educação no sé- culo XXI é contribuir para a redução de toda forma de ex- clusão social. Nesse sentido, cabe aos profissionais da educação e à escola (A) promover ações que tornem a escola um espaço de afirmação de valores individualistas e da elevação da autoestima dos educandos. (B) empreender práticas institucionais que levem à refle- xão sobre discriminações com base em gênero, etnia, crença e classe social. (C) incentivar os educandos, no âmbito do espaço esco- lar, a ingressar em organizações e associações a que estejam vinculados. (D) possibilitar que os espaços da escola sejam utilizados pela comunidade local para realização de jogos e fes- tividades. (E) organizar com os pais dos educandos atividades que tenham por objetivo a crítica de comportamentos con- siderados incomuns. 15 A avaliação tem sido um tema constante nos debates sobre educação, em especial sobre sucesso e fracasso escolar. Nesse sentido, as mudanças na legislação brasi- leira sobre educação vêm refletindo esses debates, como demonstra a determinação sobre avaliação estabelecida na Lei de Diretrizes e Bases, Lei Federal no 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Essa Lei preconiza ter a avaliação do rendimento escolar (A) caráter classificatório, objetivando apontar os alunos que estejam mais propensos ao fracasso escolar. (B) propriedade formativa, possibilitando que os alunos se apropriem dos valores normativos implícitos à avaliação. (C) foco nas necessidades econômicas e sociais dos alunos, visando à sua futura inserção no mundo do trabalho. (D) prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quan- titativos, visando à percepção contínua do desempe- nho dos alunos. (E) prioridade no domínio momentâneo dos conteúdos programáticos, evitando que os alunos tenham de- sempenho insatisfatório. PROFESSOR - LÍNGUA PORTUGUESA 7 CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS Texto I O texto na era digital Houve um tempo em que o hábito de manter cadernos de anotações era algo bastante corriqueiro. Os chamados de “livros de lugares-comuns” eram utilizados pelos leitores para o registro de trechos e passagens interessantes com que se deparavam em suas leituras. Mas, além de transcrições, esses cadernos também reuniam apontamentos sobre a vida cotidiana. Essas informações eram agrupadas e reorganizadas à medida que novos excertos iam sendo acrescidos. O hábito espalhou-se e muitos escritores famosos cultivaram essa maneira não linear e fragmentada de veicular informações. Hoje, essa tradição de escrita parece mais viva do que nunca, impulsionada por novas tecnologias e pela comunicação em rede. Não é exagero afirmar que e-mails, blogues e redes de relacionamento já deixaram uma marca relevante na produção textual contemporânea. A internet tornou os textos mais naturais e coloquiais, embora não seja a única responsável por essas mudanças. Com cada vez mais usuários — o acesso a redes no Brasil aumentou 35% entre 2008 e 2009 — a internet está criando novos hábitos de comunicação entre as pessoas, que acabam se adaptando às facilidades da nova tecnologia. Isso vale tanto para a leitura, em vista da profusão de textos veiculados na rede, quanto para a escrita, principal meio de expressão do internauta (pelo menos até que as conversas “via voz” se tornem mais corriqueiras). Ao contrário da minha opinião, há quem veja nessa torrente de informações que jorra na internet um fator negativo, dificultando nossa concentração em textos de fôlego como romances. O crítico de tecnologia Nicholas Carr defende a tese de que a navegação na internet está interferindo em nossa capacidade de leitura, dando a entender que a experiência de ler proporcionada pela internet é bastante superficial. O escritor Michel Laub aprova os novos hábitos de leitura incutidos pela tecnologia. Para ele, a propensão a mensagens mais curtas em sites e blogues não nos tornou necessariamente mais dispersos ou desatentos. Ao contrário, lê-se mais do que antigamente: — Os que leem textos mais longos e difíceis são uma minoria como sempre foram. Mas o restante das pessoas, que há uma década não lia nada, hoje trabalha com o texto escrito boa parte do tempo, e isso cria um certo hábito de leitura, mesmo que diluído — afirma. Embora não se possa afirmar categoricamente que a internet favoreceu o desenvolvimento de uma “cultura letrada”, com ênfase em informações profundas e relevantes, ela reforçou o peso da palavra escrita no cotidiano das pessoas. MURANO, Edgard. Revista Língua. São Paulo: Segmento, ano 5, n. 64, fev. 2011. Adaptado. 16 Para justificar seu posicionamento favorável em relação à internet, o autor defende a ideia de que (A) a navegação na internet está prejudicando a capaci- dade de leitura das pessoas. (B) as novas tecnologias têm favorecido o hábito da leitura e o desenvolvimento da escrita. (C) as redes sociais, atualmente, se tornam mais acessí- veis à população de baixa renda. (D) as diversas classes sociais do mundo se beneficiaram com o advento da era digital. (E) os dados veiculados pelos sites dificultam a concen- tração para leituras complexas. 17 Vários recursos linguísticos podem ser utilizados para expressar uma opinião: adjetivos, advérbios, verbos opinativos são alguns deles. O trecho do Texto I em que o autor manifesta uma opinião pessoal a respeito do assunto abordado é: (A) “Mas, além de transcrições, esses cadernos também reuniam apontamentos sobre a vida cotidiana.” (l. 6-8) (B) “Essas informações eram agrupadas e reorganizadas à medida que novos excertos iam sendo acrescidos.” (l. 8-10) (C) “Não é exagero afirmar que e-mails, blogues e redes de relacionamento já deixaram uma marca relevante na produção textual contemporânea.” (l. 15-18) (D) “[...] o acesso a redes no Brasil aumentou 35% entre 2008 e 2009 [...]” (l. 21-22) (E) “O escritor Michel Laub aprova os novos hábitos de leitura incutidos pela tecnologia.” (l. 39-40) 18 O adjetivo desempenha importante papel no texto. É ele que nos permite configurar os seres ou objetos, nomeando-lhes as peculiaridades. O adjetivo corriqueiras no trecho do Texto I “(pelo menos até que as conversas “via voz” se tornem mais corriquei- ras).” (l. 28-29), empregado para caracterizar o substan- tivo “conversas”, pode ser substituído sem alteração de sentido por (A) alteradas (B) corrompidas (C) decifradas (D) modificadas (E) triviais 19 A expressão em destaque no trecho do Texto I “Hoje, essa tradição de escrita parece mais viva do que nunca,” (l. 13-14) refere-se (A) aos excertos que eram acrescentados nos romances. (B) aos termos informais frequentes nos textos digitais. (C) à superficialidade apresentada na leitura via internet. (D) à influência negativa da internet na escrita atual. (E) à maneira não linear e fragmentada de veicular infor- mações. 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 55 PROFESSOR - LÍNGUA PORTUGUESA 8 20 Quanto à formação do plural de substantivos compostos, algumas normas devem ser observadas. O grupo de palavras compostas que seguem a mesma regra de flexão de número de lugares-comuns é (A) obra-prima, navio-petroleiro, água-marinha (B) amor-próprio, vice-presidente, beija-flor (C) salário-mínimo, cartão-postal, sempre-viva (D) segunda-feira, bate-boca, tenente-coronel (E) vitória-régia, amor-perfeito, abaixo-assinado 21 Na língua escrita culta, há casos em que o sinal indicativo da crase é proibido, como ocorre na expressão destacada no trecho do Texto I “Com cada vez mais usuários — o acesso a redes no Brasil aumentou [...] (l. 21-22) A mesma regra deve ser aplicada em: (A) “[...] a internet tornou os textos mais naturais e coloquiais, embora não seja a única responsável por essas mudanças.” (l. 18-20) (B) “Isso vale tanto para a leitura, em vista da profusão de textos veiculados na rede, quanto para a escrita,” (l. 25-27) (C) “[...] dando a entender que a experiência de ler propor- cionada pela internet é bastante superficial.” (l. 36-38) (D) “Para ele, a propensão a mensagens mais curtas em sites e blogues não nos tornou necessariamente mais dispersos.” (l. 40-43) (E) “Embora não se possa afirmar categoricamente que a internet favoreceu o desenvolvimento de uma ‘cultura letrada’,” (l. 51-53) 22 A regra geral para a formação do plural de substantivos e adjetivos em português é o acréscimo do –s ao singular. Mas a flexão de número apresenta regras especiais, como ocorre na palavra novos (l. 9). A palavra que apresenta a mesma característica do plural de novo é (A) broto (B) bolso (C) estojo (D) forno (E) rolo Texto II As regras de ouro do e-mail Anterior à internet, o correio eletrônico continua sendo uma das formas de comunicação mais eficazes Mais antigo do que a própria internet, o e-mail é uma das ferramentas mais importantes da comunicação virtual, e seu surgimento foi importante para que a rede mundial de computadores fosse aperfeiçoada e desenvolvida. A primeira troca de mensagens eletrônicas foi em 1965 e possibilitava a comunicação entre várias pessoas ao mesmo tempo. A velocidade dessas mensagens pode ser um prato cheio para desatenções por parte de redatores, resultando em erros muitas vezes constrangedores. Para que isso não ocorra, o texto de um e-mail deve ser simples, exigindo cuidados com sua releitura e acertos no tom da mensagem. No trabalho, em que a comunicação pode custar dinheiro ou mesmo o sucesso profissional, um e-mail deve ser redigido com toda a atenção para não dar margem a mal-entendidos. Deve priorizar três pontos: simplicidade, clareza e objetividade. • O vocabulário deve pertencer à linguagem usual, sem expressões rebuscadas que possam complicar a mensagem; • Simplicidade não pode ser sinônimo de descuido. É preciso estar atento à repetição de termos sem necessidade, abreviações obscuras ou construções truncadas; • Para um texto conciso e claro, basta relê-lo e cortar termos desnecessários, evitando dizer em muitas palavras o que se poderia dizer em poucas; • Ter em mente o receptor de sua mensagem e tentar adequar o tom, com o cuidado de reler no final o texto; • Cuidado com palavras mal colocadas e destinatários errados. Uma simples mensagem destinada à pessoa errada por engano pode causar grandes estragos. 23 De acordo com o texto, para que as mensagens eletrônicas sejam eficazes, é necessário que o emissor esteja atento à linguagem empregada. No trabalho, ao redigir um e-mail, devem-se utilizar deter- minados recursos, EXCETO (A) revisão do texto para que a mensagem seja adequada ao receptor. (B) palavras e expressões que apresentem mais de uma significação. (C) emprego apenas de termos que sejam necessários à compreensão. (D) usos linguísticos que façam parte do nosso dia a dia. (E) vocabulário preciso que não gere dúvidas. MURANO, Edgard. Revista Língua. São Paulo: Segmento, ano 5, n. 64, fev. 2011. Adaptado. 5 10 15 20 25 30 35 PROFESSOR - LÍNGUA PORTUGUESA 9 24 Muitas vezes, empregam-se palavras e expressões com sentidos que se estendem além do significado original. Ao abordar aspectos relativos ao e-mail, o Texto II emprega um exemplo próprio da linguagem figurada em (A) comunicação virtual (l. 3) (B) mensagens eletrônicas (l. 6) (C) prato cheio (l. 9) (D) sucesso profissional (l. 15) (E) mal-entendidos (l. 17) 25 Um verbo auxiliar modal é responsável pela expressão de desejo, probabilidade, dever, possibilidade, necessidade. No trecho “Uma simples mensagem destinada à pessoa errada por engano pode causar grandes estragos.”, a forma verbal destacada expressa (A) certeza (B) desejo (C) ordem (D) necessidade (E) possibilidade 26 A articulação lógica entre as ideias expressada pelo em- prego de conectivos em um texto é um fator de coerência. No trecho do Texto II “No trabalho, em que a comunicação pode custar dinheiro ou mesmo o sucesso profissional, um e-mail deve ser redigido com toda a atenção para não dar margem a mal-entendidos.” (l. 14-17), o termo em destaque introduz, em relação à parte inicial, a ideia de (A) alternância (B) comparação (C) conclusão (D) contraste (E) proporção 27 “Para um texto conciso e claro, basta relê-lo e cortar termos desnecessários, evitando dizer em muitas palavras o que se poderia dizer em poucas;” (l. 26-28) Na formação da palavra desnecessários, o prefixo des- indica negação. No Texto II, a palavra em que ocorre um prefixo com o mesmo sentido é (A) abreviações (B) aperfeiçoada (C) desatenções (D) destinatários (E) importantes 28 A palavra comunicação (l. 14) deriva do verbo comunicar, e seu sufixo (ÇÃO) segue o mesmo padrão ortográfico do substantivo derivado de (A) conter (B) conceder (C) compreender (D) demitir (E) verter Texto III O prazer da escrita Escrever bem nunca deve ser encarado como uma obrigação. Ao menos, por dois motivos - imagino eu. Em primeiro lugar, porque isso é uma necessidade da vida contemporânea. Uma dissertação ruim num concurso público, um texto livre mal escrito numa seleção de emprego ou uma confusa carta de reclamação ao Procon podem fazer toda a diferença quando o que está em jogo é uma conquista de fato desejada por seu redator. Em segundo lugar, porque é um prazer a ser cultivado. Um texto descuidado não chega a ser atestado de toda uma formação educacional frágil. Mas o é da forma como damos ênfase àquilo que fazemos (como diria Drummond: “Que triste! Que triste são as coisas, consideradas sem ênfase.”). Na prática, não há garantia de que aprender uma dada quantidade de técnicas de escrita nos faça escrever melhor. Escrever, como ler, só será efetivamente um hábito qualificado se feito com prazer. É ao esculpir um texto que se percebe o quanto é insuficiente decorar regras de português ou macetes rápidos de construção retórica. Certamente, um bom texto denuncia o quanto a sério levamos o prazer de ler e escrever. O quanto a sério levamos tudo o que fazemos com efetiva entrega e delícia. Haverá, evidentemente, coordenadas a serem seguidas por um texto conceitual e argumentativo. Mas toda redação deve ser pensada como um processo de descobertas, um modo de articular o que se sabe para alcançar o que não necessariamente está dado desde o início. Não se trata de padronizar o próprio texto, mas fazer aflorar o melhor de nosso raciocínio. PEREIRA JUNIOR, Luiz Costa. O prazer da escrita. Revista Língua. São Paulo: Segmento, ano 5, n. 69, p. 4. jul. 2011. Adaptado. 5 10 15 20 25 30 35 PROFESSOR - LÍNGUA PORTUGUESA 10 29 Para defender a opinião de que escrever bem é um pra- zer a ser cultivado, o autor do Texto III desenvolve várias ideias, entre elas a de que (A) um texto mal escrito é consequência de uma forma- ção educacional ineficiente. (B) a produção de um texto deve configurar-se como um processo de descobertas. (C) o aprendizado de macetes de construção retórica é essencial ao bom redator. (D) o hábito da leitura deve ser desenvolvido desde as primeiras séries escolares. (E) o texto padronizado garante sucesso em concursos públicos e seleções de emprego. 30 O termo em destaque funciona, no Texto III, como um elemento de coesão referencial em relação ao termo entre colchetes em: (A) “Em primeiro lugar, porque isso é uma necessidade da vida contemporânea.” (l. 4-5) [obrigação] (B) “... quando o que está em jogo é uma conquista de fato desejada por seu redator.” (l. 9-10) ([bom texto] (C) “Mas o é da forma como damos ênfase àquilo que fazemos.” (l. 14-15) [atestado] (D) “O quanto a sério levamos tudo o que fazemos com efetiva entrega e delícia.” (l. 26-27) [regras de portu- guês] (E) “Não se trata de padronizar o próprio texto, mas fazer aflorar o melhor do nosso raciocínio.” (l. 34-35) [texto] 31 Para que a leitura do Texto III seja bem sucedida, é preciso reconhecer sua progressão temática, ou seja, a sequência em que os conteúdos foram apresentados, explicados, retomados, dentre outras estratégias. Assim, pode-se afirmar que (A) o segundo e o quarto parágrafos explicam os dois motivos pelos quais o autor considera que o ato de escrever deve ser considerado uma obrigação. (B) o quarto parágrafo do texto retoma o conteúdo do se- gundo parágrafo, porque os dois se referem ao prazer de escrever como um sentimento a ser cultivado. (C) o quinto parágrafo explica que o ato de escrever é uma necessidade da vida contemporânea por causa dos concursos públicos e seleções de emprego. (D) o quinto e o sexto parágrafos apresentam os argu- mentos que justificam a ideia de que escrever é um prazer a ser cultivado, contida no quarto parágrafo. (E) o sétimo e o oitavo parágrafos apresentam a proposta de que os estudantes devem decorar regras de portu- guês para escrever melhor. 32 Um dos aspectos responsáveis por garantir a coerência textual é a relação lógica que se estabelece entre as ideias. Essa relação pode ser explicitada por conectores ou estar implícita na sequência textual. No trecho as seguir, estabelece-se uma relação lógica implícita entre os dois períodos. Na prática, não há garantia de que aprender uma dada quantidade de técnicas de escrita nos faça escrever melhor. Escrever, como ler, só será efetivamente um hábito qualificado se feito com prazer. (l. 17-21, Texto III) Essa relação lógica entre os dois períodos pode ser expressa por (A) embora (B) por conseguinte (C) à medida que (D) a fim de que (E) sempre que 33 Um dos empregos da vírgula é a separação de elementos que exercem funções sintáticas diferentes, geralmente com a finalidade de realçá-los, como acontece com os adjuntos adverbiais antecipados na estrutura da oração. As frases a seguir, extraídas do Texto III, são exemplos desse tipo de uso, EXCETO: (A) “Ao menos, por dois motivos - imagino eu.” (l. 2-3) (B) “Em primeiro lugar, porque é uma necessidade da vida contemporânea.” (l. 4-5) (C) “Na prática, não há garantia de que aprender uma dada quantidade de técnicas [...]” (l. 17-19) (D) “Certamente, um bom texto denuncia o quanto a sério levamos o prazer de ler e escrever.” (l. 24-26) (E) “Não se trata de padronizar o próprio texto, mas fazer aflorar o melhor de nosso raciocínio.” (l. 34-35) PROFESSOR - LÍNGUA PORTUGUESA 11 Texto IV Crianças on-line A onda da virtualização e da mobilidade via tecnologias digitais não é uma novidade da “nossa Era”. É, sim, a possibilidade da materialização de algo que a humanidade vem fazendo há milhares de anos, desde que precisou sobreviver e viver melhor em ambientes diversos e com condições nem sempre favoráveis. Virtualizar-se é expandir-se, é promover um movimento de autocriação e de brincar com dimensões de tempo e espaço de uma forma mais “palpável”. É proporcionar a ampliação de conhecimentos e de relações de todos os tipos. Estamos imersos em um contexto em que viver é estar também virtualmente presente, o que produz os multicenários e as sincronias midiáticas de criação e de exposição que vemos diariamente. A Era do Virtual é um caminho para essa perspectiva múltipla, e a mobilidade é um meio para o alcance da liberdade de expressão que pode ocorrer a qualquer tempo, em qualquer lugar e com qualquer pessoa. Segundo pesquisas, as crianças brasileiras, as nossas crianças, estão passando cada vez mais tempo on-line, cerca de 73 horas por mês. Esses dados revelam que há uma nova cultura nascendo em todos os âmbitos, que vai desde o simples brincar ao crescer, estudar, trabalhar e se relacionar. Tal comportamento independe do que pensamos estar certo ou errado, pois este binômio não é mais aplicável com uma solução razoável. As instituições de ensino que incorporarem os meios digitais (tablets, notes, celulares 3G) estarão dando um passo à frente na possibilidade de realizar o seu papel de formação na educação, ampliando o espectro de conhecimentos dos alunos - uma vez que as instituições físicas, apenas mundo real, não serão mais capazes de fazer. No sentido de alargamento do contingente cognitivo, o segredo para uma educação eficaz está em permitir que as pessoas possam extrair e ao mesmo tempo “gerar” conteúdo nesse novo contexto. Estamos em um momento no qual todos somos criadores e consumidores críticos de informações diversas. Isso significa podermos compilar aquilo que desejamos e transformarmos em novas informações. A geração de novos conhecimentos já está acontecendo dessa forma. Nesse novo modelo, os conteúdos não são mais simplesmente empacotados do professor para os alunos; mas são conteúdos que permitem a produção de contribuições pelo estudante, geradas por meio de buscas ou de interações com qualquer parte do mundo ou da História, e expressos nas mais diversas formas midiáticas que fomos, até ontem, capazes de conhecer. GARRIDO, Susane. Crianças on-line. O Globo, Opinião. p.7, 25 set. 2011. Adaptado. 34 O Texto IV, que é um artigo de opinião, defende a ideia de que (A) a experiência no mundo virtual é a única possibilidade de garantir a liberdade de expressão na escola do futuro. (B) a tecnologia digital permite que as pessoas sejam também criadoras de conteúdo, além de meras consumidoras. (C) a virtualização da informação obrigou a humanidade a abandonar antigas práticas de relacionamento inter- pessoal. (D) o tempo que as crianças brasileiras passam conec- tadas tem repercussões negativas na sua formação escolar. (E) os multicenários criados pela tecnologia digital ofere- cem a possibilidade de retomar experiências passadas. 35 De acordo com as regras de concordância nominal do uso padrão da Língua Portuguesa, o adjetivo deve concordar em gênero e número com o substantivo a que se refere. No seguinte trecho do Texto IV, a flexão dos adjetivos expressos e geradas segue esse uso padrão. Nesse novo modelo, os conteúdos não são mais simplesmente empacotados do professor para os alunos; mas são conteúdos que permitem a produção de contribuições pelos estudantes, geradas por meio de buscas ou de interações com qualquer parte do mundo ou da História, e expressos nas mais diversas formas midiáticas que fomos, até ontem, capazes de conhecer. (l. 46-53) A flexão desses adjetivos pode ser justificada porque eles se referem, respectivamente, a (A) conteúdos e contribuições (B) conhecimentos e interações (C) alunos e contribuições (D) conteúdos e interações (E) estudantes e contribuições 36 A seguinte palavra pode ser considerada um neologismo formado por derivação sufixal e relacionado às descober- tas científicas e técnicas da atualidade: (A) mobilidade (B) multicenários (C) on-line (D) tablets (E) virtualizar-se 37 “As instituições de ensino que incorporarem os meios digitais (tablets, notes, celulares 3G) estarão dando um passo à frente na possibilidade de realizar o seu papel de formação na educação [...]” (l. 30-33) No trecho, os parênteses são utilizados com a função de (A) acrescentar uma informação crítica sobre o tema do texto. (B) detalhar uma informação oferecida no contexto anterior. (C) corrigir uma informação contida no corpo do parágrafo. (D) explicar o sentido de uma palavra utilizada anterior- mente. (E) introduzir um comentário do autor sobre o conteúdo apresentado. 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 PROFESSOR - LÍNGUA PORTUGUESA 12 38 No processo de leitura, é preciso que o leitor identifique as marcas de continuidade que o texto apresenta. As refe- rências a pessoas, coisas, lugares, fatos são introduzidas e, depois, retomadas, para se relacionarem, à medida que o texto vai progredindo. Os recursos linguísticos que ga- rantem essa progressão são chamados de “recursos co- esivos referenciais”: pronomes, sinônimos, hiperônimos, expressões resumitivas, expressões metafóricas, formas metadiscursivas, numerais, advérbios, artigos são alguns deles. No Texto IV, no trecho “Nesse novo modelo, os conteúdos não são mais simplesmente empacotados do professor para os alunos...” (l. 46-48), o mesmo processo de referenciação pode ser exemplificado pela palavra ou expressão destacada em: (A) “É, sim, a possibilidade da materialização de algo que a humanidade vem fazendo há milhares de anos [...]” (l. 3-5) (B) “Estamos imersos em um contexto em que viver é estar também virtualmente presente [...] (l. 13-14) (C) “A Era do Virtual é um caminho para essa perspectiva múltipla [...]” (l. 16-17) (D) “[...] a mobilidade é um meio para o alcance da liberdade de expressão que pode ocorrer a qualquer tempo, em qualquer lugar e com qualquer pessoa.” (l. 18-20) (E) “[...] uma educação eficaz está em permitir que as pessoas possam extrair e ao mesmo tempo “gerar” conteúdo [...] (l. 38-40) 39 A relação lógica estabelecida entre as ideias do Texto IV, por meio da palavra ou da expressão destacada, está exemplificada corretamente em: (A) conclusão: “[...] algo que a humanidade vem fazendo há milhares de anos, desde que precisou sobreviver e viver melhor em ambientes diversos [...]” (l. 4-6) (B) temporalidade: “A Era do Virtual é um caminho para essa perspectiva múltipla, e a mobilidade é um meio para o alcance da liberdade de expressão [...]” (l. 16-19) (C) comparação: “Tal comportamento independe do que pensamos estar certo ou errado, pois este binômio não é mais aplicável com uma solução razoável.” (l. 27-29) (D) causalidade: “[...] ampliando o espectro de conheci- mentos dos alunos - uma vez que as instituições físi- cas, apenas mundo real, não serão mais capazes de fazer.” (l. 33-36) (E) condição: “[...] os conteúdos não são mais simples- mente empacotados do professor para os alunos; mas são conteúdos que permitem a produção de parcelas enormes de contribuições pelo estudante.” (l. 46-49) 40 A progressão temática é a forma como se encadeiam as ideias que contribuem para o desenvolvimento do tema. A partir de um tema, é preciso que os tópicos mantenham um encadeamento entre si, uma relação de continuidade para dar andamento ao texto. Para que um texto seja considerado coerente, é preciso que apresente continuidade tópica, sem rupturas definitivas nem digressões excessivamente longas. Para compreender um texto, portanto, o leitor deve ser capaz de (re)construir o caminho traçado pelo autor e estabelecer as relações marcadas no texto. O Texto IV, antes de defender a necessidade de as ins- tituições de ensino incorporarem os recursos digitais no processo educacional, aborda (A) a virtualização e a mobilidade alcançadas pelas tec- nologias digitais e a mudança nos hábitos das crian- ças brasileiras. (B) a proposta de um novo modelo de ensino marcado por maior participação dos alunos no processo de ensino- -aprendizagem. (C) a importância de as pessoas se tornarem também criadoras de conteúdo, além de meros consumidores de informações via rede. (D) as características da era virtual e a crítica ao modelo de ensino em que o professor passa conteúdos pron- tos aos alunos. (E) as pesquisas sobre o tempo de uso da rede pelas crianças brasileiras e a afirmação de que é possível compilar e transformar informações. 41 Para atender às possibilidades de aprendizagem dos alunos no processo de leitura e de escrita, o professor deve escolher gêneros textuais que apresentem grau crescente de complexidade, tanto do ponto de vista do conteúdo, quanto em relação aos recursos linguísticos utilizados. Uma sequência de gêneros textuais que contempla essa exigência é: (A) carta de leitor, artigo de opinião, tese acadêmica (B) crônica, artigo de opinião, piada (C) editorial, verbete, anúncio classificado (D) entrevista, notíciário de TV, tirinha (E) notícia de jornal, artigo científico, carta pessoal 42 Para realizar, em sala de aula, atividades que contribuam para que os alunos desenvolvam a habilidade de reco- nhecer e utilizar os procedimentos de coerência textual, o professor de Língua Portuguesa deve explorar, preferen- cialmente, (A) a definição das classes de palavras de base lexical e gramatical. (B) a função sintática dos substantivos e adjetivos em di- ferentes frases. (C) as relações lógicas que se estabelecem entre as ideias em um texto. (D) as estruturas sintáticas típicas do uso padrão formal da língua. (E) os processos de composição e derivação de palavras. PROFESSOR - LÍNGUA PORTUGUESA 13 43 A variação é constitutiva das línguas humanas, ocorrendo em todos os níveis. Assim, quando se fala em “Língua Portuguesa” está se falando de uma unidade que se constitui de muitas variedades. Embora no Brasil haja relativa unidade linguística e apenas uma língua nacional, notam-se diferenças de pronúncia, de emprego de palavras, de morfologia e de construções sintáticas. [...] Para cumprir bem a função de ensinar a escrita e a língua padrão, a escola precisa livrar-se de vários mitos: o de que existe uma forma “correta” de falar, o de que a fala de uma região é melhor do que a de outras, o de que a fala “correta” é a que se aproxima da língua escrita, o de que o brasileiro fala mal o português, o de que é preciso “consertar” a fala do aluno para evitar que ele escreva errado. BRASIL, Parâmetros curriculares nacionais: terceiro e quarto ciclos do ensino fundamental: introdução. Brasília: MEC/SEF, 1998. p. 29 e 31. Adaptado. De acordo com os PCN, é essencial que o professor esteja consciente de que essa variação existe para que ele possa ajudar os alunos a ampliar sua competência discursiva, sem desvalorizar os usos que fogem à língua padrão. A mistura de tratamento entre as formas de 2a e 3a pessoas no uso dos pronomes pessoais é um dos aspectos em que se evidencia essa variação. Nas letras de canções populares brasileiras, apresenta- das a seguir, são observados exemplos dessa natureza, EXCETO em: (A) Se você pensa que vai / Fazer de mim O que faz com todo mundo / Que te ama CARLOS, Roberto; CARLOS, Erasmo. Se você pensa. O inimitá- vel (1968). Disponível em: <www.robertocarlos.com>. Acesso em: 28 out. 2011. Adaptado. (B) Quando olhaste bem nos olhos meus E o teu olhar era de adeus Juro que não acreditei, eu te estranhei HOLLANDA, Chico B.; HIME, Francis. Atrás da porta. Chico e Caetano ao vivo (1972). Disponível em: <www.chicobuarque. com.br>. Acesso em: 28 out. 2011. Adaptado. (C) Você pensa que eu tenho tudo / E vazio me deixa Mas Deus não quer que eu fique mudo E eu te grito essa queixa. VELOSO, Caetano. Queixa. Circuladô ao vivo (1992). Disponí- vel em: <www.caetanoveloso.com.br>. Acesso em: 28 out. 2011. Adaptado. (D) Quando eu te invado de silêncio Você conforta a minha dor com atenção E quando eu durmo no seu colo SANTA CRUZ, Tico. Você me faz tão bem. Psicodeliamor sexo&distorção. (2006). Disponível em: <www.detonautas. com.br>. Acesso em: 28 out. 2011. Adaptado. (E) Basta de clamares inocência Eu sei todo o mal que a mim você fez. Você desconhece consciência Só deseja o mal a quem o bem te fez. (Cartola) CARTOLA. (Agenor de Oliveira). Basta de clamares inocên- cia. Intérprete: Elis Regina. In: ELIS REGINA. Elis, essa mu- lher. WEA, p1979. 1CD. Faixa 4. Adaptado. 44 Analise o trecho abaixo, retirado dos Parâmetros Curricu- lares Nacionais: Os textos organizam-se sempre dentro de certas restrições de natureza temática, composicional e estilística, que os caracterizam como pertencentes a este ou aquele gênero. Desse modo, a noção de gênero, constitutiva do texto, precisa ser tomada como objeto de ensino. Nessa perspectiva, é necessário contemplar, nas atividades de ensino, a diversidade de textos e gêneros, e não apenas em função de sua relevância social, mas também pelo fato de que textos pertencentes a diferentes gêneros são organizados de diferentes formas. BRASIL, Parâmetros curriculares nacionais: terceiro e quarto ciclos do ensino fundamental: introdução. Brasília: MEC/SEF, 1998. p. 23 e 24. Os PCN recomendam a prática de escuta e leitura de textos dos diferentes gêneros que o aluno precisa dominar para sua efetiva participação social: literários, jornalísticos, publicitários, didáticos, tanto na modalidade oral como na escrita. Para que esse trabalho seja produtivo, espera-se que o aluno consiga depreender o objetivo comunicativo predominante de cada gênero textual e a forma como cada um deles se organiza. Nesse sentido, são os seguintes os gêneros de base expositiva cujo objetivo predominante é ensinar: (A) artigo de opinião, entrevista pessoal e instrução de uso de aparelho (B) discurso oficial, manual de instalação de aparelho e artigo científico (C) explicação técnica, conferência acadêmica e carta comercial (D) conferência acadêmica, artigo de divulgação científica e manual escolar (E) parecer em processo, relatório técnico-científico e editorial de jornal PROFESSOR - LÍNGUA PORTUGUESA 14 45 A compreensão de um texto envolve os seguintes conhe- cimentos prévios: o conhecimento do sistema linguístico envolve os vários níveis da organização linguística utiliza- dos na compreensão e produção de enunciados (vocabu- lário, formação e flexão de palavras, organização dessas palavras em estruturas mais complexas – sintagmas, ora- ções, períodos); o conhecimento da organização textual diz respeito à forma como a informação é organizada para atingir o objetivo comunicativo pretendido em cada gêne- ro textual; o conhecimento de mundo, construído ao longo das experiências de vida, é decisivo no processo de apre- ensão do sentido, por meio das inferências despertadas pelas informações veiculadas pelos textos. QUINO. Mafalda. São Paulo: Martins Fontes, 1992. Para entender a tirinha acima, entre os conhecimentos prévios, o leitor deve ativar seu conhecimento de mundo. Essa ativação se faz por meio de (A) depreensão das características próprias do gênero textual tirinha com base nas informações gráficas. (B) identificação das regras de concordância verbal e nominal para recuperar as relações sintáticas internas aos enunciados. (C) observação do vocabulário utilizado pelas persona- gens para reconhecer palavras primitivas e formas derivadas. (D) realização de inferências para entender o caráter hu- morístico da fala final de Mafalda, que revela sua des- crença em um mundo melhor. (E) reconhecimento das características narrativas do gê- nero textual tirinha, que conta uma conversa entre Mafalda e a mãe. Texto V Aprender a escrever é, em grande parte, se não principalmente, aprender a pensar, aprender a en- contrar ideias e a concatená-las, pois, assim como não é possível dar o que não se tem, não se pode transmitir o que a mente não criou ou não aprovisio- nou. Quando os professores nos limitamos a dar aos alunos temas para redação sem lhes sugerirmos ro- teiros ou rumos para fontes de ideias, sem, por assim dizer, lhes ‘fertilizarmos’ a mente, o resultado é quase sempre desanimador: um aglomerado de frases des- conexas, mal redigidas, mal estruturadas, um acúmu- lo de palavras que se atropelam sem sentido e sem propósito; frases em que se procuram fundir ideias que não tinham ou que foram mal pensadas ou mal digeridas. Não podiam dar o que não tinham, mesmo que dispusessem de palavras-palavras, quer dizer, palavras de dicionário, e de noções razoáveis sobre a estrutura da frase. É que palavras não criam ideias; estas, se existem, é que, forçosamente, acabam corporificando-se naquelas, desde que se aprenda como associá-las e concatená-las, fundindo-as em moldes frasais adequados. Quando o estudante tem algo a dizer, porque pensou, e pensou com clareza, sua expressão é geralmente satisfatória.... Escreve realmente mal o estudante que não tem o que dizer porque não aprendeu a pôr em ordem seu pensa- mento, e porque não tem o que dizer, não lhe bas- tam as regrinhas gramaticais, nem mesmo o melhor vocabulário de que possa dispor. Portanto, é preciso fornecer-lhe os meios de disciplinar o raciocínio, de estimular-lhe o espírito de observação dos fatos e en- siná-lo a criar ou aprovisionar ideias: ensinar, enfim, a pensar. GARCIA, Othon Moacyr. Comunicação em Prosa Moderna. Rio de Janeiro: FGV, 1976. p. 275. Adaptado. 46 Este trecho do Texto V refere-se ao trabalho preliminar em sala de aula para preparar o processo de produção textual. Quando os professores nos limitamos a dar aos alunos temas para redação sem lhes sugerirmos roteiros ou rumos para fontes de ideias, sem, por assim dizer, lhes ‘fertilizarmos’ a mente, o resultado é quase sempre desanimador. (l. 6-10) A seguinte atividade NÃO é adequada a esse fim: (A) Apresentar aos alunos um conjunto de textos de diferentes gêneros que abordem o tema sob variados pontos de vista. (B) Discutir com os alunos os aspectos do tema a ser abordado, com base nos conhecimentos de mundo que eles apresentam. (C) Oferecer aos alunos uma proposta de produção textual com tema livre para que eles escolham a melhor forma de abordagem. (D) Promover uma atividade de pré-leitura para ativar os conhecimentos prévios dos alunos a respeito do tema a ser desenvolvido. (E) Realizar em conjunto o planejamento das etapas a serem cumpridas para o desenvolvimento da redação. 5 10 15 20 25 30 PROFESSOR - LÍNGUA PORTUGUESA 15 47 Segundo o Texto V, para que a produção textual dos alunos seja de boa qualidade, é preciso que o professor (A) crie tarefas para desenvolver moldes sintáticos corretos. (B) desenvolva exercícios de ampliação de vocabulário. (C) desperte o conhecimento das regras gramaticais da língua. (D) escolha um tema de redação sem discussão prévia. (E) proponha atividades que estimulem o espírito de observação. 48 Para desenvolver nos alunos a habilidade de identificar as características dos gêneros textuais, o professor pode trabalhar com atividades de reescritura textual. Ao solicitar que os alunos reescrevam um conto, mantendo o enredo e as demais características desse gênero textual, o professor avalia que a proposta foi atendida se os alunos (A) criarem uma história em quadrinhos mantendo apenas os personagens originais da história anterior. (B) reescreverem o conto com alteração da ordem dos acontecimentos e mudança de conflito gerador. (C) reproduzirem os principais acontecimentos da narrativa seguindo a mesma ordem do enredo original. (D) refizerem o texto do conto com acréscimo de personagens e detalhamento do enredo. (E) transformarem a história em uma notícia de jornal com análise das atitudes dos personagens. 49 Conforme o novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, que só entrará plenamente em vigor a partir de 1o de janeiro de 2013, o hífen NÃO deve ser utilizado em (A) formas compostas que designam espécies botânicas e zoológicas, estejam ou não ligadas por preposição ou qualquer outro elemento. (B) palavras formadas com o acréscimo de prefixos como anti-, sub-, em que o segundo elemento começa por h. (C) palavras formadas por prefixo que termina na mesma vogal em que se inicia o segundo elemento. (D) palavras formadas por prefixo terminado em vogal quando o segundo elemento começa por r ou s. (E) topônimos iniciados pelos adjetivos grã, grão. 50 Segundo o novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, “Não se acentuam graficamente os ditongos representados por ei e oi da sílaba tônica das palavras paroxítonas, dado que existe oscilação em muitos casos entre o fechamento e a abertura na sua articulação.” Segundo essa regra, portanto, as palavras que eram acentuadas por terem o ditongo aberto ei ou oi não o são mais. São exemplos dessa mudança as palavras (A) assembleia, aldeia, proteico (B) cadeia, paranoico, introito (C) heroi, boina, epopeico (D) heroico, onomatopeico, plateia (E) jiboia, comboio, papeis
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