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H is tó ri a • Com a descoberta dos raios X em fins de 1895 e da radioatividade no início de 1896, iniciou-se o uso desenfreado das radiações ionizantes. • Mas muito pouco se sabia sobre essas radiações e era impossível assegurar a integridade física das pessoas expostas. • Somente em 1925, quase 30 anos após sua descoberta, foi criada a International Commission on Radiation Units and Measurements (ICRU). • Era formada por 41 participantes, sendo os radiologistas a grande maioria. História • Em 1928 foi criado o International X Ray and Radium Protection Committee com a missão de estabelecer limites de exposição aos trabalhadores potencialmente expostos e à população em geral. • Posteriormente seu nome foi mudado para International Commission on Radiological Protection (ICRP). História • A recomendação mais recente da ICRP é a publicação 103, de 2007. História • No Brasil a norma que regulamenta o uso das radiações ionizantes é a CNEN- NN-3.01, intitulada “Diretrizes Básicas de Proteção Radiológica”, de 2005, que foi baseada na ICRP-60, de 1990. História • O objetivo principal dessas recomendações é proteger a saúde humana e o ambiente contra os efeitos deletérios causados pela exposição à radiação ionizante. • A proteção radiológica tem como meta: – Evitar os efeitos determinísticos – Reduzir a probabilidade de ocorrência de efeitos estocásticos Unidades e Grandezas da Radioproteção Há dois tipos de grandezas utilizadas na proteção radiológica: atividade e dose. • Determina a quantidade de radiação emitida por uma determinada fonte radiativa. ATIVIDADE • Descreve a quantidade de energia absorvida por um determinado material ou por um indivíduo. DOSE Atividade (A) É utilizada para expressar a quantidade de material radioativo. A atividade de um material radioativo é medida em termos de desintegrações por unidade de tempo.. A unidade atual da grandeza atividade é o becquerel (Bq) e 1 Bq corresponde a uma desintegração por segundo (dps). A unidade antiga, ainda empregada, é o curie (Ci) que corresponde a 3,7x1010 desintegrações por segundo. As relações existentes entre o becquerel e o curie são: U n id ad e s e G ra n d ez as d a R ad io p ro te çã o U n id ad e s e G ra n d ez as d a R ad io p ro te çã o Unidades e Grandezas Mas como medir a radiação ionizante?? A primeira tarefa da ICRU foi encontrar uma unidade de radiação para ser utilizada na terapia de câncer. Unidades e Grandezas • Grandezas Físicas: – Exposição – Kerma – Dose absorvida • Grandezas de Proteção: – Dose equivalente – Dose efetiva • Grandezas Operacionais: – Equivalente de dose pessoal Unidades e Grandezas Unidades e Grandezas • As grandezas físicas estão relacionadas com os fenômenos físicos que acontecem da interação da radiação com a matéria. • As grandezas de proteção foram introduzidas para o estabelecimento de limites de exposição à radiação, mas não podem ser medidas com nenhum equipamento. Elas foram determinadas a fim de limitar o aparecimento de efeitos estocásticos. • As grandezas operacionais podem ser relacionadas com as respostas de equipamentos e são utilizadas para estimar os valores das grandezas de proteção para radiação externa. G ra n d ez as Unidades e Grandezas Unidades e Grandezas Unidades e Grandezas Unidades e Grandezas Unidades e Grandezas Unidades e Grandezas Unidades e Grandezas Unidades e Grandezas Unidades e Grandezas Unidades e Grandezas Unidades e Grandezas Unidades e Grandezas Dose Absorvida A interação da radiação com a matéria transfere energia mas nem sempre é totalmente absorvida, devido as possibilidades de interação e ao tipo de material. A manifestação de efeitos biológicos depende principalmente da quantidade de energia absorvida. Unidades e Grandezas Dose Absorvida A energia transferida absorvida corresponde às ionizações dos átomos e quebra de ligações químicas dos compostos. Unidades e Grandezas Dose Absorvida Dose absorvida é a relação entre a energia absorvida e a massa do volume de material atingido . A unidade original da dose absorvida é o rad (radiation absorbed dose). No Sistema Internacional a unidade é o J/kg (Joule por quilograma), que em Física das Radiações tem o nome especial Gray (Gy) em homenagem a Louis Harold Gray. 1Gy = 100 rad 1 rad = 0,01 Gy Unidades e Grandezas Dose Equivalente É a dose média absorvida em determinado órgão ou tecido humano. Unidades e Grandezas Dose Equivalente Se uma fonte emite raios X ou gama, a dose equivalente é numericamente igual à dose absorvida: 1 mGy de dose absorvida = 1 mSv de dose equivalente pois o fator de ponderação é igual a 1 para fótons de raios X ou gama e elétrons. Unidades e Grandezas Dose Equivalente Se uma fonte emite radiação alfa, a mesma dose absorvida resultaria em uma dose equivalente 20 vezes maior: 1 mGy de dose absorvida = 20 mSv de dose equivalente Pois o fator de ponderação para a radiação alfa é 20 vezes maior. Unidades e Grandezas Dose Equivalente Avaliando apenas a dose absorvida, poderíamos concluir que o risco radiobiológico é o mesmo. Considerando o tipo de radiação através da dose equivalente, percebemos um risco 20 vezes maior para a exposição à radiação alfa. Unidades e Grandezas Dose Equivalente Fonte: TAUHATA, Luiz; SALATI, Ivan; DI PRINZIO, Renato; DI PRINZIO, Antonieta R. Radioproteção e dosimetria: Fundamentos Unidades e Grandezas Dose Efetiva Está relacionada com a absorção média de energia no corpo todo. É definida como a somatória das doses equivalentes em cada tecido ou órgão do corpo, ponderada pela sensibilidade do órgão ou tecido à radiação. Unidades e Grandezas Dose Efetiva É a grandeza utilizada para limitação de doses para indivíduos ocupacionalmente expostos e indivíduos do público. Unidades e Grandezas Dose Efetiva A sensibilidade do órgão ou tecido é também estimada por um fator de ponderação estabelecido pela ICRP a partir de estudos epidemiológicos. Unidades e Grandezas No Sistema Internacional, a unidade das grandezas de proteção também é dada em J/kg (Joule por quilograma), assim como a dose absorvida, porém, quando estamos medindo ou estimando a dose equivalente em um órgão ou tecido ou a dose efetiva, usamos o nome especial da unidade – Sievert (Sv), em homenagem a Rolf Maximilian Sievert. Unidades e Grandezas Unidades e Grandezas Referências • TAUHATA, Luiz; SALATI, Ivan; DI PRINZIO, Renato; DI PRINZIO, Antonieta R. Radioproteção e dosimetria: Fundamentos. 10º revisão. Rio de Janeiro: IRD/CNEN, 2014. • BUSHONG, Stewart C. Ciência radiológica para tecnólogos: física, biologia e proteção. 9.ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010. • BONTRAGER, K. L.; LAMPIGNANO, J.P; Tratado de posicionamento radiográfico e anatomia associada, tradução da 8º ed, Rio de Janeiro, Mosby Elsiever, 2015. • DIMENSTEIN, Renato; HORNOS, Yvone M. Mascarenhas. Manual de proteção radiológica aplicada ao radiodiagnóstico. 3.ed.rev. São Paulo: Senac, 2001. • SCAFF, Luiz A. M. Radiologia: Bases físicas para técnicos. São Paulo: Projeto Saber, 2004. • BITELLI, Thomaz. Física e dosimetria das radiações. 2º ed. São Paulo: Atheneu, 2006.
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