Buscar

195057 Aula 4 MaqFlu

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

Máquinas de Fluxo e Deslocamento
Equação Fundamental
Instituto de Federal de Goiás - IFG
Professora: Thamise Vilela
Máquinas de Fluxo e Deslocamento
Métodos para os cálculos relativos às máquinas hidráulicas 
hipótese que o rotor tem número infinito de pás (infinitamente finas)
análise feita em uma única pá
Máquinas de Fluxo e Deslocamento
Equação fundamental
Equação de Euler
A equação de Euler é a equação básica para o desenvolvimento/estudo de bombas, ventiladores e turbinas. Expressa o intercâmbio de energia entre o rotor e o fluido.
considerando uma máquina ideal: 
Número infinito de pás 
Espessura infinitesimal das pás 
Fluido incompressível 
Sem atrito (fluido ideal) 
Isento de choque na entrada 
Regime permanente
Máquinas de Fluxo e Deslocamento
Principio da conservação da quantidade de movimento angular (QMA)
Desconsiderando os torques devido às forças de superfície e de corpo (do campo gravitacional), e considerando regime permanente, resulta: 
Máquinas de Fluxo e Deslocamento
Máquinas de Fluxo e Deslocamento
: 
Considerando uma máquina geradora e usando as relações do triângulo de velocidades na entrada (4): 
E a partir do triângulo de velocidades na saída (5):
Máquinas de Fluxo e Deslocamento
: 
E a partir do triângulo de velocidades na saída (5):
Máquinas de Fluxo e Deslocamento
Para rotor de uma máquina geradora
Considerando o módulo do torque, com Teixo>0 em máquinas geradoras
Lembrando que “θ” é o ângulo formado entre “r” e “C”
Máquinas de Fluxo e Deslocamento
O torque teórico para máquinas geradoras é
Para máquinas motoras 
Forma genérica para máquinas hidráulicas geradoras e motoras
“+” indica máquinas geradoras
 “-“ indica máquinas motoras 
Máquinas de Fluxo e Deslocamento
A potência hidráulica (Ph) é definida como o produto do torque (T) pela velocidade angular (ω)
A potência hidráulica também pode ser obtida pelo produto do peso específico (ϒ) pela vazão (Q) pela energia por unidade de peso (H) fornecida/recebida pelo rotor para/do fluido
Máquinas de Fluxo e Deslocamento
Logo (Equação de Euler ou equação fundamental das máquinas de fluxo)
válida para máquinas radiais e axiais
válida também para o caso em que a massa específica varie ao longo do rotor, pois a massa específica não aparece na equação.
Máquinas de Fluxo e Deslocamento
Casos especiais (simplificação)
Para máquinas axiais: u4=u5 e Cm4=Cm5 
Nas turbinas hidráulicas para reduzir as perdas por atrito no tubo de sucção busca-se Cu5=0 resultando α5=90º 
Para máquinas geradoras desprovidas de pás diretrizes, como bombas e ventiladores centrífugos, normalmente assume-se α4=90º e Cu4=0. Neste caso o escoamento entra no rotor na direção radial. 
Máquinas de Fluxo e Deslocamento
Outras formas da equação fundamental ideal das máquinas de fluxo
A partir do triângulo de velocidades pode-se tirar as seguintes relações: 
Máquinas de Fluxo e Deslocamento
Representa a energia teórica entregue/recebida ao/pelo fluido pelas pás (espessura desprezível) do rotor (com número infinito de pás).
Altura teórica com número infinito de pás usando Bernoulli no canal do rotor
Máquinas de Fluxo e Deslocamento
Fazendo z5≈z4: 
A energia de pressão estática, que o fluido recebe ao passar pelo rotor de uma máquina de fluxo pode ser expressa por:
Máquinas de Fluxo e Deslocamento
Termo “I” representa o aumento da pressão decorrente da ação da força centrífuga sobre as partículas fluidas, provocado pela diferença de velocidade tangencial na entrada e saída como consequência do movimento do rotor.
Obs.: no caso do rotor axial a velocidade tangencial na entrada e saída são iguais e este termo é nulo. 
O termo “II” deve-se a transformação de energia de velocidade em energia de pressão, decorrente da diminuição da velocidade relativa entre a entrada e a saída, no interior dos canais em forma de difusores, constituídos pelas pás do rotor. 
Máquinas de Fluxo e Deslocamento
Energia de pressão dinâmica
 Além do aumento da energia de pressão estática, há o aumento da energia de pressão dinâmica, devido à variação da energia cinética do fluido ao escoar da entrada para a saída do rotor. 
Máquinas de Fluxo e Deslocamento
Conceitos de ação e reação
A interpretação dos conceitos de ação e reação tem por base o conceito de energia de pressão estática. 
E as máquinas de ação e reação são classificadas conforme: 
Hest=0 → máquina de ação ou pressão constante Hest>0 → máquina de reação 
Máquinas de Fluxo e Deslocamento
Conceitos de ação e reação
 Existe um número adimensional chamado de grau de reação (degree of reaction): indica como cada uma destas máquinas transforma a energia.
 Quando a avaliação é feita sob o escoamento ideal, sem perdas, esta grandeza é denominada grau de reação teórico e é dada por, 
EXEMPLOS
Exemplo 1: Um rotor de bomba centrífuga de 200 mm de diâmetro de saída gira a 3500 rpm. O ângulo das pás na saída é igual a 22º e a componente meridiana da velocidade absoluta na saída é igual a 3,6 m/s. Determinar a altura teórica para número infinito de pás. Considere escoamento com entrada radial.
Exemplo 2: Uma bomba centrífuga opera a 2,0 m3 /min e rotação de 1200 rpm. A altura da pá na saída é de 20 mm. O ângulo construtivo das pás na saída é de 25º. A componente meridiana da velocidade absoluta na saída é de 2,5 m/s. Determine: a) as alturas e potência teórica para número infinito de pás; b) as expressões das alturas e potências em função da vazão
Exemplo 3: Uma bomba centrífuga opera a 0,005 m3 /s e rotação de 1500 rpm. O diâmetro do rotor na entrada é de 100 mm e na saída 200 mm. As alturas da pá na entrada e saída são 10 mm e 5 mm respectivamente. Determine a energia de pressão transmitida pelo rotor em termos de altura equivalente. O ângulo construtivo das pás na saída é de 30º.
Máquinas de Fluxo e Deslocamento
Equação fundamental – efeito do número finito de pás
 Das condições iniciais estipuladas, duas afetam o rendimento de forma mais significativa, o atrito e o número finito de pás. No caso do atrito atribui-se um rendimento hidráulico que considera estas perdas, já o número finito de pás altera o triângulo de velocidades devido ao fenômeno conhecido por “escorregamento“. 
Máquinas de Fluxo e Deslocamento
Escorregamento
 Gera uma redução na componente tangencial da velocidade absoluta, resultando em redução da carga do rotor. 
 Ao se deslocar pelo rotor a partícula, devido à sua inércia, tende a manter sua orientação com relação aos eixos fixos, criando um movimento circulatório em relação ao canal, conhecido como vórtice relativo (relative circulation). 
Máquinas de Fluxo e Deslocamento
Escorregamento
Devido à inexistência de atrito, a partícula atingirá a seção de saída do rotor (III) com a mesma direção que entrou (I). 
Enquanto a partícula atravessa o rotor, este está em movimento, arrastando a partícula tangencialmente. Um observador, solidário ao rotor, verá a partícula num movimento radial, mas com certa rotação ao se mover (vórtice relativo).
O vórtice relativo produz uma corrente radial com sentido centrípeto junto à face de ataque da pá, em sentido contrário à corrente de passagem, resultando em uma redução da velocidade relativa nesta região. No dorso da pá (nas costas da pá) o sentido das duas correntes é o mesmo, e ocorre um aumento da velocidade relativa nesta região. Isto gera um gradiente de pressão através do canal com sobrepressão na face de ataque e depressão no dorso.
Máquinas de Fluxo e Deslocamento
Máquinas de Fluxo e Deslocamento
A diferença de pressão gera um “tombamento” da velocidade relativa de saída do rotor na direção do dorso da pá, fazendo que a inclinação da velocidade relativa seja menor que o ângulo construtivo das pás do rotor
A consideração de número finito de pás aumenta a velocidade relativa (W5#) se comparada ao que haveria
se a consideração fosse com número infinito de pás (W5∞). Como a velocidade tangencial (u5) é a mesma e a vazão não se altera, ou seja Cm5#= Cm5∞, ocorre uma redução em C5∞ e consequentemente em Cu5∞. Reduzindo Cu5∞ ocorre automaticamente uma redução na altura (Ht∞) entregue ou recebida pelo rotor.
Máquinas de Fluxo e Deslocamento
Máquinas geradoras
Máquinas de Fluxo e Deslocamento
Correção da altura (Ht) devido ao número finito de pás 
Como o número finito de pás pode alterar o triângulo de velocidades na saída, deve-se considerar estas variações para o cálculo da altura teórica para número finito de pás (Ht). 
Para máquinas motoras (turbinas) essas alterações podem ser desconsideradas e a altura teórica para número finito de pás (Ht) resulta: 
Os cálculos para definição da carga serão feitos considerando o escoamento congruente com as pás, ou seja,
com número infinito de pás. Enquanto para as turbinas este procedimento é geralmente adequado e este valor pode
ser usado como aproximação, no caso de bombas e ventiladores devem ser realizados alguns procedimentos para
correção. A não correção neste último caso poderia levar a erros de até 35%.
29
Máquinas de Fluxo e Deslocamento
Já nas geradoras (bombas e ventiladores) estes efeitos diminuem a altura teórica sendo necessária uma correção: 
Onde o fator “a” é um termo de correção, que Henn (2012) chama de fator de deficiência de potência (slip fator).
Deve-se observar que não é um rendimento, pois não considera as perdas energéticas, mas sim a impossibilidade de atingir a situação idealizada, ou seja, a máquina teórica com número finito de pás entregará (ou receberá) menos energia que o quantificado para máquina teórica ideal (teórica com número infinito de pás).
Os cálculos para definição da carga serão feitos considerando o escoamento congruente com as pás, ou seja,
com número infinito de pás. Enquanto para as turbinas este procedimento é geralmente adequado e este valor pode
ser usado como aproximação, no caso de bombas e ventiladores devem ser realizados alguns procedimentos para
correção. A não correção neste último caso poderia levar a erros de até 35%.
30
Máquinas de Fluxo e Deslocamento
Um dos métodos para definir o fator de deficiência de potência é dado por Pfleiderer
Exemplo
Exemplo 4: Um rotor de bomba centrífuga tem diâmetros de 150mm e 300mm na entrada e saída respectivamente. As alturas das pás são de 75 mm e 50 mm na entrada e saída. Os ângulos construtivos das pás na entrada e saída são 20º e 25º. A bomba gira a 1450 rpm e opera com água. Pede-se: a) altura teórica para número infinito de pás; b) considerando que a bomba tem 7 pás determine a altura teórica para número finito de pás (bomba sem pás guias). 
(R. Ht∞=37,41 e Ht=27,77mca)
Máquinas de Fluxo e Deslocamento
Efeito da espessura das pás
Considerando pás de espessura finita (espessura não desprezível), a área da seção transversal disponível para a passagem do escoamento é reduzida, se comparada à área existente antes das pás do rotor. Como isto não implica em variação de energia, a componente tangencial da velocidade absoluta (Cu) não varia. A componente da velocidade que será afetada é aquela relacionada à vazão, que é a velocidade meridiana (Cm).
33
Máquinas de Fluxo e Deslocamento
34
Máquinas de Fluxo e Deslocamento
35
Máquinas de Fluxo e Deslocamento
36
Máquinas de Fluxo e Deslocamento
Linha cheia para o caso em que o escoamento é congruente com a pá (uma das consequências da hipótese de número infinito de pás), e a velocidade meridiana (Cm) foi calculada descontando a área ocupada pelas pás (pá com espessura não desprezível).
Linha tipo “traço-ponto” para o caso em que o escoamento sofre o efeito do escorregamento e não é congruente com a pá (uma das consequências da hipótese de número finito de pás) e a velocidade meridiana foi calculada descontando a área ocupada pelas pás (pá com espessura não desprezível).
Linha tracejada para o caso do escoamento já fora do rotor, onde não há a restrição de área devido à presença das pás, o que reduz a velocidade meridiana (Cm).
37
Máquinas de Fluxo e Deslocamento
Perdas e rendimentos
Na transformação da energia hidráulica em trabalho mecânico, ou vice-versa, uma parcela da energia é perdida em processos irreversíveis, que degradam formas de energia mais nobres (mecânica) em formas de energia de qualidade inferior (calor e energia interna). 
38
Máquinas de Fluxo e Deslocamento
Perdas e rendimentos
As perdas são classificadas como internas e externas. 
Internas: localizadas no interior da carcaça da máquina, resultado da movimentação do fluido nesta região.
Externas: encontradas fora da carcaça, como o atrito do eixo com mancais, anéis de vedação e outras, que não estão relacionadas com o movimento do fluido em seu interior.
As perdas mais significativas são:
Hidráulicas (perda interna)
Volumétricas (perda interna)
Mecânicas (perda externa)
39
Máquinas de Fluxo e Deslocamento
Perdas e rendimento hidráulicos
É a principal perda 
Fontes: atrito e variações de seção e de velocidade, que em geral reduzem a pressão. 
Conhecidas por “perdas nas pás”, pois as perdas ocorrem principalmente nos canais. 
Representadas aqui por “Jh”, tendo por unidade a energia por unidade de peso.
Nas bombas/ventiladores o trabalho dessa perda deve ser fornecido pelas pás ao fluido de trabalho, 
turbinas esse trabalho é fornecido pelo fluido.
40
Máquinas de Fluxo e Deslocamento
As perdas ocorrem desde a seção de entrada até a de saída e são provocadas pelo:
atrito de superfície entre o fluido e as paredes da máquina (canais de rotor e sistema diretor);
deslocamento de camada limite provocado pela forma dos contornos internos das pás, aletas e outras partes constitutivas;
pela dissipação de energia por mudança brusca de seção e direção dos canais que conduzem o fluido através da máquina; 
pelo choque do fluido contra o bordo de ataque das pás, que ocorre quando a máquina funciona fora do ponto nominal (ponto de projeto).
41
Máquinas de Fluxo e Deslocamento
Estas perdas devem ser consideradas nos cálculos das alturas de elevação/queda (H),
Rendimento hidraulico
Esse rendimento varia de 0,5 em bombas pequenas até 0,90 em grandes bombas. Em geral, para efeitos de projeto considera-se esse valor entre 0,85 e 0,88. Quando trabalham no ponto de projeto, as máquinas de fluxo têm esse rendimento entre 0,85 e 0,93 (orientativo).
42
Máquinas de Fluxo e Deslocamento
Perdas e rendimento volumétricos
Ocorrem devido à “fuga” de fluido pelos espaços entre o rotor e a carcaça, e entre a carcaça e o eixo (nos labirintos das turbomáquinas). 
Não afetam muito a altura de elevação.
43
Máquinas de Fluxo e Deslocamento
Os labirintos são os espaços entre o rotor/carcaça e eixo/carcaça da máquina, sendo sua função evitar o atrito sólido (contato) entre estas partes e ao mesmo tempo minimizar a fuga de fluido. São formados por anéis de desgaste renováveis, alojados na parte fixa da máquina ou no rotor, ou em ambos. Estes anéis permitem diminuir afolga e substituição destas partes quando gastos, sem que esse desgaste afete diretamente as partes fixas e móveis da máquina. Os anéis de desgaste são em geral de materiais menos resistentes que o da máquina.
44
Máquinas de Fluxo e Deslocamento
 ‘qe’ se dá pelo labirinto “Lae” para fora da máquina (eixo/carcaça), podendo ser muitas vezes desprezada. 
‘qi’ se dá pelo labirinto “Lai” entre o rotor e a carcaça. Esta fuga ocorre no sentido da região de alta pressão para a de baixa pressão,.
Desta forma a vazão que realmente passa pelo rotor (Figura 4.13) e participa efetivamente das trocas de energia:
Rendimento volumétrico: 
Máquinas de Fluxo e Deslocamento
Perdas e rendimento mecânicos
São as perdas externas e representam principalmente as perdas por atrito em mancais, gaxetas e atrito do ar nos acoplamentos e volantes de inércia. 
As perdas nos mancais são função do peso da parte rotativa
que ele suporta, da velocidade tangencial do eixo e do coeficiente de atrito entre as superfícies de contato. 
No caso das gaxetas deve-se considerar a velocidade tangencial do eixo, o coeficiente de atrito, da superfície de atrito e do grau de aperto da sobreposta da gaxeta, quanto maior este aperto maiores as perdas mecânicas.
Máquinas de Fluxo e Deslocamento
Rendimento mecânico
Seu valor varia de 0,92 a 0,95 nas bombas mais recentes, sendo maiores nas de maior dimensão. Quando trabalham no ponto de projeto, as máquinas de fluxo têm rendimento mecânico na ordem de 0,99 (valor orientativo).
Máquinas de Fluxo e Deslocamento
Rendimento total
A potência efetiva relaciona-se com a potência hidráulica através do rendimento total (total efficiency ou gross efficiency) da instalação.
Máquinas de Fluxo e Deslocamento
Nas grandes bombas centrífugas esse rendimento passa de 85%. Nas pequenas, dependendo do tipo e condições de operação pode baixar a menos de 40%. Um valor razoável para o caso de estimativas é 60% para bombas pequenas e 75% para bombas médias. Quando trabalham no ponto de projeto, as máquinas de fluxo têm esse rendimento entre 80% e 90% (orientativo).
Potências
A potência é efetivamente a grandeza mais importante em termos de custos envolvidos em uma instalação, tanto de máquinas geradoras como máquinas motoras. Esta grandeza define a quantidade de energia por unidade de tempo (taxa de energia) consumida por máquinas geradoras (bombas e ventiladores).
Máquinas de Fluxo e Deslocamento
Potência efetiva (eficaz ou total)
Nem toda energia cedida ou recebida pelo fluido pode ser transformada em trabalho mecânico no eixo da máquina, tem se então a potência eficaz ou efetiva, que expressa pela potência entregue/recebida do fluido, mais as potências perdidas no processo.
Máquinas de Fluxo e Deslocamento
“Pef“ é a potência eficaz no eixo da máquina
“Pi“ é a potência interna
 “Ppm” é a potência mecânica perdida
Para o caso de bombas, a potência efetiva ou eficaz (Pef) é definida como sendo a potência entregue pelo motor ao eixo da bomba. Também conhecida por potência motriz e BHP (Break Horse Power).
Todas as perdas internas e externas produzem uma perda de potência que reduz a entrega, ou aumenta a necessidade, de potência eficaz das máquinas.
Máquinas de Fluxo e Deslocamento
Potência interna
Considerando somente as perdas internas (hidráulica e volumétrica) obtêm-se a potência interna, que é a potência no eixo de entrada da bomba/ventilador, ou a potência no eixo de saída da turbina. Têm a propriedade de transmitir calor ao fluido de trabalho.
Máquinas de Fluxo e Deslocamento
Considerando o atrito nas paredes externas do rotor, que gera uma potência de atrito no rotor (Pr), e a perda por troca de fluido, que gera uma potência Pa, então a potência interna é dada por
A perda por troca ocorre devido à troca de fluido entre a região atrás do rotor e os canais das pás, que ocorre devido a desaceleração do escoamento, pois nesse caso a camada limite na região de saída deve fluir contra pressão crescente. Esta perda ocorre somente nas bombas e não nas turbinas.
Máquinas de Fluxo e Deslocamento
Potência hidráulica
Define-se a potência hidráulica como sendo o produto do peso de fluido que passa através da máquina, na unidade de tempo, pela altura de queda ou elevação. Conceito é útil tanto para bombas como para turbinas hidráulicas.
Máquinas de Fluxo e Deslocamento
γ: peso específico em [N/m3]
Q: vazão em volume [m3/s]
H: altura de queda ou elevação [m]
Ph: potência hidráulica [W]
g: gravidade (adota-se nesta apostila o valor de 9,81 [m/s2]
ρ: massa específica [kg/m3]
Máquinas de Fluxo e Deslocamento
Potência hidráulica é a potência fornecida pela máquina geradora (bomba) para o fluido. Esta potência difere da potência efetiva devido a perdas que ocorrem nas transformações de energia.
A potência perdida interna é a produzida pelas perdas de pressão e por fuga de fluido:
“Ph“ é a potência hidráulica
“Ppi” é a potência perdida interna
Máquinas de Fluxo e Deslocamento
Exemplo: Uma bomba trabalha com uma altura manométrica igual a 22m e uma vazão igual a 20 l/s. O impelidor gira a 1500rpm. O diâmetro do rotor na entrada é de 135mm e na saída de 270mm. A largura da pá saída é de 10mm. O ângulo da pá na saída é de 30º. Considere um rotor com 7 pás. A espessura da pá é de 3mm. Determinar: 
a) a potência teórica da bomba.
Máquinas de Fluxo e Deslocamento

Teste o Premium para desbloquear

Aproveite todos os benefícios por 3 dias sem pagar! 😉
Já tem cadastro?

Continue navegando