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CCJ0040-WL-D-AMMA-17-Jurisdição Penal

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DIREITO PROCESSUAL PENAL I
AULA 16
Competência por conexão ou continência:
A conexão e a continência são critérios que modificam a 
competência. Esta modificação é realizada para que dois ou 
mais crimes ou dois ou mais réus sejam julgados na mesma 
oportunidade.
O legislador criou critérios segundo os quais os crimes e os 
réus têm o mesmo processo e o mesmo julgamento. Dessa 
forma, cumprem-se dois objetivos principais: facilita-se a 
colheita da prova e evitam-se decisões contraditórias.
DIREITO PROCESSUAL PENAL I
AULA 16
A conexão pode ser classificada da seguinte 
maneira:
(a) conexão subjetiva por simultaneidade:
É o caso do art. 76, I, 1ª parte, do CPP: “se, ocorrendo duas 
ou mais infrações, houverem sido praticadas, ao mesmo 
tempo, por várias pessoas reunidas”. Aqui não se trata de 
concurso de agentes porque não há vínculo subjetivo entre os 
agentes. 
DIREITO PROCESSUAL PENAL I
AULA 16
(b) conexão subjetiva por concurso:
É o caso do art. 76, I, 2ª parte, do CPP: “se, ocorrendo duas 
ou mais infrações, houverem sido praticadas por várias 
pessoas em concurso, embora diverso o tempo e o lugar”. 
Neste caso, há vínculo entre os agentes, mas suas condutas 
são praticadas em locais distintos.
(c) conexão subjetiva por reciprocidade:
É o caso do art. 76, I, 3ª parte, do CPP: “se, ocorrendo duas 
ou mais infrações, houverem sido praticadas por várias 
pessoas, umas contra as outras”. Isso ocorre raramente e, 
nestes casos, a situação é curiosa porque os réus são, ao 
mesmo tempo, acusados e vítimas.
DIREITO PROCESSUAL PENAL I
AULA 16
(d) conexão objetiva para facilitar: 
É o caso do art. 76, II, 1ª parte, do CPP: “se, ocorrendo duas 
ou mais infrações, houverem sido umas praticadas para 
facilitar as outras”. 
(e) conexão objetiva para ocultar:
É o caso do art. 76, II, 2ª parte, do CPP: “se, ocorrendo duas 
ou mais infrações, houverem sido umas praticadas para 
ocultar as outras”.
DIREITO PROCESSUAL PENAL I
AULA 16
(f) conexão objetiva para conseguir impunidade:
É o caso do art. 76, II, 3ª parte, do CPP: “se, ocorrendo duas 
ou mais infrações, houverem sido umas praticadas para 
conseguir impunidade em relação a qualquer delas”.
(g) conexão objetiva para conseguir vantagem:
É o caso do art. 76, II, 4ª parte, do CPP: “se, ocorrendo duas 
ou mais infrações, houverem sido umas praticadas para 
conseguir vantagem em relação a qualquer delas”.
DIREITO PROCESSUAL PENAL I
AULA 16
(h) conexão probatória:
É o caso do art. 76, III, do CPP: “quando a prova de uma 
infração ou de qualquer de suas circunstâncias elementares 
influírem na prova de outra infração”.
DIREITO PROCESSUAL PENAL I
AULA 16
A continência pode ser classificada da seguinte 
maneira:
(a) continência por concurso de agentes:
É o caso do art. 77, I, do CPP: “duas ou mais pessoas forem 
acusadas pela mesma infração”.
(b) continência por concurso formal:
É o caso do art. 77, II, 1ª parte, do CPP: “no caso da infração 
cometida nas condições previstas no art. 51, § 1º, do CP”. 
Cabe ressaltar que o concurso formal, atualmente, é tratado 
no art. 70 do CP. 
DIREITO PROCESSUAL PENAL I
AULA 16
(c) continência por erro na execução ou aberratio
ictus com resultado múltiplo:
É o caso do art. 77, II, 2ª parte, do CPP: “no caso de 
infração cometida nas condições previstas no art. 
53, segunda parte, do CP”. Cabe ressaltar que o erro 
na execução ou aberratio ictus, atualmente, é 
tratado no art. 73 do CP.
DIREITO PROCESSUAL PENAL I
AULA 16
(d) continência por resultado diverso do pretendido 
ou aberratio criminis com resultado múltiplo:
É o caso do art. 77, II, 3ª parte, do CPP. Cabe 
ressaltar que o resultado diverso do pretendido ou 
aberratio criminis, atualmente, é tratado no art. 74 
do CP. 
DIREITO PROCESSUAL PENAL I
AULA 16
Foro atrativo 
(art. 78 do CPP)
(a) art. 78, I, do CPP: José pratica um homicídio e uma 
ocultação de cadáver, ambos em conexão; os dois crimes 
serão julgados no tribunal do júri.
(b) art. 78, II, a, do CPP: José pratica um roubo em Niterói e 
um furto em Maricá, ambos em conexão; os dois crimes serão 
julgados em Niterói. 
DIREITO PROCESSUAL PENAL I
AULA 16
(c) art. 78, II, b, do CPP: José pratica dois roubos em 
Miracema e um roubo em Cambuci, todos em conexão; os três 
crimes serão julgados em Miracema.
(d) art. 78, II, c, do CPP: José pratica um latrocínio em 
Queimados e outro latrocínio em Nova Iguaçu, ambos em 
conexão; o juiz de Queimados decreta a prisão temporária; 
os dois crimes serão julgados em Queimados.
DIREITO PROCESSUAL PENAL I
AULA 16
(e) art. 78, III, do CPP: José, promotor de justiça, e João, 
porteiro, praticam roubo, em continência; ambos serão 
julgados no tribunal de justiça.
(f) art. 78, IV, do CPP: José pratica um crime eleitoral e um 
furto, ambos em conexão; os dois crimes serão julgados na 
justiça eleitoral (a “jurisdição especial” abrange as 
jurisdições trabalhista, militar e eleitoral; a trabalhista não 
tem competência criminal; a militar é referida no art. 79, I, 
do CPP; logo, o termo “jurisdição especial” usado no art. 78, 
IV, do CPP, apenas se refere à jurisdição eleitoral). 
DIREITO PROCESSUAL PENAL I
AULA 16
Causas de separação obrigatória do processo (art. 
79, CPP):
(a) art. 79, I, do CPP: José pratica um roubo e um crime 
militar; o roubo será julgado na justiça comum, enquanto o 
crime militar será julgado na justiça militar.
(b) art. 79, II, do CPP: José pratica um roubo na companhia 
de um menor; José responderá na vara criminal pelo crime de 
roubo; o menor responderá na vara da infância e da 
juventude pelo ato infracional análogo ao crime de roubo. 
DIREITO PROCESSUAL PENAL I
AULA 16
(c) art. 79, § 1º, do CPP: José e João são denunciados por 
roubo; no curso do processo, José torna-se inimputável; o 
processo ficará suspenso com relação a José, mas João será 
julgado normalmente.
(d) art. 79, § 2º, 1ª parte, do CPP: José e João são 
denunciados por homicídio; José foge da prisão; o processo 
ficará suspenso com relação a José, mas João será julgado 
normalmente.
DIREITO PROCESSUAL PENAL I
AULA 16
(e) art. 79, § 2º, 2ª parte, do CPP: José e João são 
denunciados por homicídio; no dia do julgamento, a defesa 
de José recusa um jurado; o julgamento será desmembrado; 
João será julgado; posteriormente, José será julgado.
O art. 80 do CPP trata de hipóteses de separação facultativa 
de processos.
DIREITO PROCESSUAL PENAL I
AULA 16
Competência por prevenção:
O art. 83 do CPP trata da prevenção, a qual constitui um 
critério de desempate quando dois ou mais juízos são 
igualmente competentes, nos casos do art. 70, § 3º, do CPP, 
do art. 71 do CPP, do art. 72, § 2º, do CPP, e do art. 78, II, c, 
do CPP.
Prevalece a competência do juiz que se antecipa aos outros.
DIREITO PROCESSUAL PENAL I
AULA 16
Competência pela prerrogativa da função:
Exercício suplementar da semana 9:
1- Municípios, estabelecendo que “os prefeitos serão julgados 
pelo Tribunal de Justiça”. José, Prefeito do Município Y, 
pertencente ao Estado X, está sendo acusado da prática de 
corrupção ativa em face de um policial rodoviário federal. 
Com base na situação acima, o órgão competente para o 
julgamento de José é:
a) a Justiça Estadual de 1ª Instância.
b) o Tribunal de Justiça.
c) o Tribunal Regional Federal.
d) a Justiça Federal de 1ª Instância.
DIREITO PROCESSUAL PENAL I
AULA 16
Nestes casos, a denúncia não é oferecida na primeira 
instância. O seu oferecimento é feito diretamente nos 
tribunais. 
A competência do STF é fixada no art. 102, I, b e c, da CF.
A competência do STJ é fixada no art. 105, I, da CF.
A competência do TRF é fixada no art. 108, I, da CF.
A competência do TJ é fixadanos arts. 29, X (prefeito), 96, III 
(juiz e MP), e 125, § 1º, (simetria) da CF. 
DIREITO PROCESSUAL PENAL I
AULA 16
No entanto, vale mencionar que as pessoas que têm foro 
fixado na CR, em praticando um crime doloso contra a vida 
devem ser julgados onde o foro determina, mas se as regras 
estão nas constituições estaduais o júri, por estar previsto na 
CR, prevalecerá. 
DIREITO PROCESSUAL PENAL I
AULA 16
O art. 85 traz uma situação curiosa, que é esclarecida com o 
seguinte exemplo.
Exemplo: José pratica o crime de calúnia contra o juiz Marco; 
Marco oferece queixa-crime contra José na primeira 
instância; José, em sua defesa, utiliza a exceção da verdade 
prevista no art. 138, § 3º, do CP; na exceção da verdade, 
José é o excipiente, enquanto o juiz Marco é excepto; por 
isso, a exceção é deslocada para o tribunal de justiça, já que 
Marco tem prerrogativa da função, conforme o art. 96, III, da 
CF; o tribunal de justiça julgará a exceção da verdade; 
depois, a primeira instância julgará José.

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