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Aula I Introdução a imunologia

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INTRODUÇÃO A IMUNOLOGIA CLÍNICA
Profª Dra Laura Bedin Denardi
2018
Conceitos
O que é IMUNOLOGIA?
Ciência que estuda os mecanismos de defesa do organismo, bem como as moléculas, células, tecido e órgãos envolvidos
Conceitos
Defesa contra quem?
Vírus
Bactérias
Fungos
Protozoários
Helmintos
Ectoparasitas
Conceitos
Defesa contra quem?
Reações alérgicas
Tumores
Transplantes
Queimaduras
Cicatrização
Traumatismos
NÃO HÁ NECESSIDADE DO ENVOLVIMENTO DE AGENTES INFECCIOSOS PARA QUE O SISTEMA IMUNE ENTRE EM AÇÃO!
Breve História
IMUNIDADE vem do latim immunitas:
Proteção de processo legal oferecida aos senadores romanos durante os seus mandatos
Breve História
“Aqueles que sentiam mais pena pelos doentes e pelos que morriam eram aqueles que haviam tido a praga eles próprios e não haviam morrido dela...eles se sentiam seguros, uma vez que ninguém adquiriu a mesma doença duas vezes, ou, se adquiriu, o segundo ataque nunca foi fatal. Estas pessoas se sentiam afortunadas... e imaginavam que elas poderiam nunca morrer de nenhuma outra doença no futuro.”
Tucídides, A guerra do Peloponeso, 430 a.C.
Breve História
Na China Antiga crianças eram inoculadas com pós feito das lesões de pele de pacientes em recuperação de varíola para se tornarem resistentes a doença.
Primeira vacinação- James Phipps 1796
Breve História
No século XIX, Robert Koch provou que as doenças infecciosas eram causadas por microrganismos patogênicos.
Teoria dos Germes, 1877
Breve História
	Em 1880, Louis Pasteur projetou com sucesso uma vacina contra a cólera aviária e desenvolveu uma vacina anti-rábica também bem sucedida na inoculação de uma criança mordida por um cão raivoso.
Breve História
Teoria dos fagócitos
Fagocitose
Imunidade celular
(Descrição dos leucócitos como importantes células no mecanismo da imunidade)
Breve História
Elie Metchnikoff
1883
	Em 1888, encontraram no soro de animais imunizados contra a difteria e o tétano, substâncias neutralizantes específicas.
 ANTICORPOS
Criação da soroterapia, a qual iniciou um processo de cura na Medicina em crianças com difteria em todo o mundo.
Von Behring 
Baron Kitasato Shibasaburō
Breve História
Em 1888, Von Behring e Kitassato encontraram no soro de animais imunizados contra a difteria e o tétano, substâncias neutralizantes específicas, as quais foram denominadas anticorpos. Eles demonstraram que a proteção contra estas duas doenças podem ser transferidas passivelmente de um animal doente (imune) para outro animal normal, quando transferimos soro deste contendo estas moléculas chamadas de anticorpos. Assim, estava criada a soroterapia, a qual iniciou um processo de cura na Medicina em crianças com difteria em todo o mundo.
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Primeira teoria de formação dos anticorpos
(Teoria da cadeia lateral)
Breve História
Paul Ehrlich
1898
“O microrganismo se liga a receptores pré-formados em células, levando então essa célula a produzir mais receptores (anticorpos), portanto a especificidade era determinada antes do encontro com o patógeno.”
Vários cientistas ganharam o prêmio Nobel na área de Imunologia durante o decorrer do século XX :
1907: Alfhonse Laveran pelos seus trabalhos evidenciando o papel dos protozoários como agentes causadores de doenças.
1908: Elie Metchnikoff pelos seus trabalhos sobre a Imunidade Celular. 
1919: Jules Bordet que colocou em evidência o papel dos anticorpos e complemento.
1928: Charles Nicole: colaborou com as pesquisas imunológicas em tifo.
1957: Daniel Bovet: descobriu os anti-histamínicos.
1965: Franços Jacob, André Lwoff e Jacques Monod: descobriram a regulação genética da síntese das enzimas e dos vírus. A Imunologia Moderna nasce imbricada no complexo processo de transformação da Ciência e da Medicina.
Breve História
IMUNIDADE INATA
Imunidade inata = natural = nativa
Defesa presente em indivíduos 
saudáveis, desde o nascimento
Resposta imediata a invasões estranhas. 
Seus componentes tratam todos os invasores estranhos basicamente do mesmo modo. 
A imunidade inata, não possui memória dos encontros, não se lembra de antígenos estranhos específicos e não oferece qualquer proteção contínua contra infecções futuras.
IMUNIDADE INATA
Compõem o sistema inato:
Barreiras físicas e químicas (epitélios, substâncias bacterianas – criptinas, lactoferrinas, defensinas)
Células com poder fagocítico (neutrófilos, macrófagos, células dendríticas e células natural killer - NK)
Proteínas do sistema complemento (C1, C2, C3, C4, C5...)
Proteínas de fase aguda ( proteína C reativa, fibrinogênio, haptoglobina)
Enzimas (lisozima – suór, saliva, lágrimas) (pepsina – estômago)
IMUNIDADE INATA
Células do sistema imune inato
Células natural killer (NK)
 Citocinas
Monócitos - Macrófagos
Neutrófilos
Eosinófilos
Basófilos
Sistema de complemento
IMUNIDADE INATA
Células do sistema imune inato
Monócitos 
Macrófagos
Os monócitos se tornam macrófagos quando passam da corrente sanguínea para os tecidos
 Produzem grânulos cheios de enzima - digestão
 Fagocitose dos microrganismos e outras células estranhas
 Produção de substâncias que atraem outros glóbulos brancos
 Ajudam as células T a reconhecer os invasores 
IMUNIDADE INATA
Células do sistema imune inato
Neutrófilos
 Glóbulo branco mais comum na corrente sanguínea.
Primeiras células imunológicas na defesa contra infecções.
Fagocitose de microrganismos e outras células estranhas.
Liberam enzimas.
Atraídos para os tecidos (microrganismos, proteínas do complemento, tecidos danificados).
 Liberam substâncias que produzem fibras no tecido circundante (prendem bactérias, evitando sua propagação).
IMUNIDADE INATA
Células do sistema imune inato
Eosinófilos
 Fagocitose de microrganismos e outras células pequenas.
Contêm grânulos que liberam enzimas e outras substâncias tóxicas quando se deparam com células estranhas.
 Menos ativos contra as bactérias do que os neutrófilos e os macrófagos.
Função de aderência aos parasitas e ajudando a imobilizá-los e a destruí-los.
Podem ajudar na destruição de células cancerígenas.
Produzem substâncias envolvidas na inflamação e reações alérgicas.
Indivíduos com alergias, infecções parasíticas, ou asma, normalmente possuem mais eosinófilos na corrente sanguínea. 
IMUNIDADE INATA
Células do sistema imune inato
Basófilos
 Fagocitose de células estranhas.
Contêm grânulos repletos de histamina.
Liberam histamina quando se deparam com alérgenos.
A histamina aumenta o fluxo sanguíneo dos tecidos danificados.
Produzem substâncias que atraem os neutrófilos e os eosinófilos ao foco do problema.
IMUNIDADE INATA
Células do sistema imune inato
Células NK
 Chamadas de "matadoras naturais" .
Reconhecem e aderem às células infectadas ou às células cancerígenas.
Liberam enzimas e outras substâncias que danificam as membranas externas destas células.
 Importantes na defesa inicial contra as infecções virais.
Produzem citocinas que regulam algumas das funções das células T, das células B e dos macrófagos.
IMUNIDADE INATA
Células do sistema imune inato
Sistema complemento
Matar os microrganismos diretamente
Ajudar a destruir os microrganismos aderindo a eles
Atrair os macrófagos e os neutrófilos ao foco do problema
Neutralizar os vírus
Ajudar as células imunológicas a lembrar os invasores específicos
Estimular a formação de anticorpos
Intensificar a eficácia dos anticorpos
Ajudar o organismo a eliminar as células mortas e os complexos imunológicos
Composto por mais de 30 proteínas que atuam em seqüência
IMUNIDADE INATA
Células do sistema imune inato
 Citocinas
As mensageiras do sistema imunológico
Muitas citocinas diferentes
Estimulam a atividade
- Matadores mais eficazes
Inibem a atividade
- Conclusão da resposta
Interferons: inibem a replicação viral
IMUNIDADE ADQUIRIDA
Não se
encontra presente desde o nascimento.
À medida que o sistema imunológico se depara com substâncias estranhas os componentes da imunidade adquirida aprendem a melhor forma de os atacar.
Formação de memória imunológica.
Específica  planeja um ataque a um antígeno específico previamente encontrado.
Capacidades de aprender, adaptar e lembrar.
Leva tempo para se desenvolver após a primeira exposição a um novo antígeno.
IMUNIDADE ADQUIRIDA
 Participantes da imunidade adquirida:
Células
Sistema Complemento
Células dendríticas 
Linfócitos T
Linfócitos B
Citocinas
IMUNIDADE ADQUIRIDA
LINFÓCITOS
 Permitem ao organismo lembrar os antígenos e distinguir o que próprio do que não é próprio do corpo e é prejudicial.
Circulam através da corrente sanguínea e do sistema linfático.
Alguns linfócitos desenvolvem-se em células de memória.
Reconhecimento dos antígenos pela 2ª vez é imediato com resposta rápida, enérgica e específica.
Motivo pelo qual a vacinação pode evitar determinadas doenças.
IMUNIDADE ADQUIRIDA
Linfócitos T
Produzidas no timo.
Armazenadas nos órgãos linfóides secundários (linfonodos, baço, amígdalas, apêndice e intestino delgado).
Circulam na corrente sanguínea e no tecido linfático.
Reconhecem um número ilimitado de antígenos distintos.
Existem 3 tipos diferentes de linfócitos T : citotóxicas, auxiliares e reguladoras.
IMUNIDADE ADQUIRIDA
Linfócitos T
CITOTÓXICAS  aderem aos antígenos e matam estas células fazendo furos em suas membranas e injetando enzimas nas células.
AUXILIARES  ajudam outras células imunológicas. 
Células B a produzirem anticorpos contra antígenos estranhos.
Ativar as células T citotóxicas para matar células infectadas ou anormais 
Ativar os macrófagos, permitindo que eles ingiram células infectadas ou anormais de forma mais eficaz.
 REGULADORAS produzem substâncias que ajudam a encerrar a resposta imunológica ou por vezes, evitam que ocorram certas respostas prejudiciais.
As células T, por vezes, por motivos não totalmente compreendidos, não distinguem o que é próprio do que não é próprio do corpo. Essa disfunção pode resultar em uma doença autoimune, em que o organismo ataca seus próprios tecidos.
IMUNIDADE ADQUIRIDA
Linfócitos B
Formadas na medula óssea
Possuem locais específicos na sua superfície (receptores), aos quais os antígenos podem aderir.
Podem aprender a reconhecer um número ilimitado de antígenos.
Resposta aos antígenos por parte das células B tem duas fases:
FASE PRIMÁRIA
FASE SECUNDÁRIA
IMUNIDADE ADQUIRIDA
Linfócitos B
RESPOSTA IMUNOLÓGICA PRIMÁRIA: 
Células B se deparam com um antígeno  o antígeno adere ao receptor  algumas células B se transformam em células de memória  outras se transformam em plasmócitos.
Plasmócitos produzem anticorpos que são específicos para os antígenos 
Após o primeiro encontro com um antígeno, a produção de anticorpos específicos demora alguns dias. 
IMUNIDADE ADQUIRIDA
Linfócitos B
Resposta imunológica secundária: 
Sempre que as células B se depararem com o antígeno novamente, as células B de memória rapidamente reconhecem um antígeno, se multiplicam, se transformam em plasmócitos e produzem anticorpos.
  Esta resposta é rápida e eficaz.
Apesar da função principal das células B ser produzir anticorpos, 
elas também podem apresentar os antígenos às células T.
IMUNIDADE ADQUIRIDA
Células Dendríticas
 Presentes na pele, nos linfonodos e nos tecidos de todo o organismo.
Ingerem e destroem os antígenos em fragmentos (PROCESSAMENTO DE ANTÍGENO), permitindo que as células T auxiliares reconheçam os antígenos.
Apresentam fragmentos de antígenos às células T nos linfonodos.
Dendrítica folicular: apresenta antígenos brutos (intactos) que foram ligados com um anticorpo (complexo anticorpo-antígeno) às células B.

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