DEMOCRACIA

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DEMOCRACIA.
Democracia é o regime político em que a soberania é exercida pelo povo.
A palavra democracia tem origem no grego demokratía que é composta por demos (que significa povo) e kratos (que significa poder). Neste sistema político, o poder é exercido pelo povo através do sufrágio universal.
Democracia tem como plataforma algumas característica básica, como por exemplo, a escolha dos governantes feita pelo povo. A democracia moderna tem como berço a Europa do século XVIII, que surgiu em oposição ao Absolutismo atuante. Democracia não é um conceito estático. 
A democracia das sociedades burguesas modernas e contemporâneas, desde seu início, foi simplesmente formal, era apenas um espaço administrativo e burocrático situado fora do corpo de cidadãos. Ainda hoje vigente esse modelo de governo, a participação de todos os cidadãos foi substituída pela eleição de representantes da maioria senadores, deputados, vereadores, políticos profissionais que decidem sobre a vida daqueles que são representados. Percebe-se assim que o ato de votar se torna meramente um ritual, um exercício limitado de democracia. Democracia envolve muito mais do que apenas votar, só o voto não garante para o caráter de cidadão e nem para o Estado o caráter democrático. Essa é a característica de democracia representativa, que hoje predomina na maioria das Nações soberanas e democráticas do mundo.
Há na verdade duas formas de democracia moderna: a que é liberal e a que é radical. A liberal dá prioridade à liberdade e resguarda os interesses privados da interferência da autoridade pública, e considera a igualdade como ama simples ausência de privilégios e condição que permite ao indivíduo a independência e a realização pessoal. Enquanto a democracia liberal depende do equilíbrio de poderes, a democracia radical tende a concentrar e simplificar o poder, reivindicando a existência de uma Assembleia única, por meio da qual o governo, que seria apenas um comitê executivo, pode ser revogado a qualquer momento. Entre os democratas radicais, há aqueles mais favoráveis ao Socialismo e aqueles que veem no Socialismo o “despotismo tutelar” da burocracia.
Ha uma tradição em comum nessas formas de democracia: a afirmação individualista e a desconfiança em relação aos governantes. Nesse preceito, os cidadãos julgam o que é bom ou ruim para a coletividade, e os que governam são prepostos da coletividade. A desconfiança e revolta quanto aos governantes é demonstrada nas eleições, que é momento em que elegem ou reelegem aqueles que são candidatos à nova equipe governamental.
Interessante notar é que todos os regimes contemporâneos, contraditoriamente, são mais ou menos democráticos. Fazem crer que há uma legitimação coletiva para suas ações, também que seus anseios representam os anseios da Nação. Alguns comunistas consideravam seus regimes, embora comunistas, que eram democráticos. 
Hoje a democracia tenta buscar a legitimação dos Estados e suas formas de governo. A democracia hoje é buscada por grande parcela da população mundial. 
Assim considerando democracia como se apresenta hoje e o projeto ideal que ela inspira, se mostra um regime aberto, porem incompleto e imperfeito, mas que se podem construir novas formas de sociabilidade mais democráticas. Lembrando que o Estado democrático é criticado por promover a exclusão social e ser um mecanismo a serviço e interesse dos poderosos. A democracia exacerba o individualismo e lucros indevidos. Raramente foram as vezes que ações autenticamente democráticas aconteceram. 
Os projetos contemporâneos de democracia tiveram forte influência do iluminismo do século XVIII. Para Rousseau a democracia era uma plataforma de governo perfeita demais para os homens, chegando mesmo a dizer que se houvesse um povo de deuses, ele seria governado democraticamente ele resume em outros termos que a democracia demanda virtudes que os homens não possuem, e diz também que nunca houve nem jamais existirá uma verdadeira democracia, aqui ele se referia à democracia direta, pois a democracia indireta ainda estava emergindo em seu tempo.
Do que foi dito aqui, se percebe que a democracia enfrenta numerosas dificuldades, tem como agravante a força muitas vezes sufocante do Estado. As instituições democráticas hoje são frágeis e precisa de cidadãos vigilantes para se aprimorar, eliminando os riscos de aventuras autoritárias e para que o Estado não se apodere da nossa autonomia é preciso criar instâncias que configurem espaços políticos públicos como, por exemplo: escolas, comunidades rurais, bairros etc. porque do contrário, continuaremos isolados, atomizados nas mãos de um Estado que é um falso democrata.
Nas escolas é difícil trabalhar com o conceito de democracia em sala de aula, mas, na verdade, a própria escola tem espaços de certa forma democráticos, estes são os conselhos escolares, grêmios estudantis, as associações de pais e mestres etc. são formas de participação política, um ponto de partida para a reflexão sobre democracia, o educador, seja ele um professor ou um profissional da educação, pode argumentar com a comunidade escolar a importância desses canais bem como o papel que eles deveriam exercer na construção da democracia escolar. Se no âmbito escolar não se consegue uma efetiva participação da maioria, então fica difícil falar de democracia em termos de Nação.