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CCJ0041-WL-D-AMMA-08-Procedimento Sumaríssimo

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AULA Nº 8 – PROCEDIMENTO SUMARÍSSIMO -
CONTINUAÇÃO 
PROCESSO PENAL II
PROCESSO PENAL II
Aula Nº 7
Procedimento sumaríssimo 
PROCESSO PENAL II
Aula Nº 7
2.3- Transação penal
Caso concreto da semana 6:
Daniele Duarte, fazendeira de vultosas posses, em virtude de 
uma viagem de longa data que fará para o exterior, resolve 
deixar, no terreno de seu vizinho Sandro Santos, sem o 
conhecimento deste, 2 (dois) cavalos da raça Mangalarga
para que o vizinho os cuidasse. Todavia, Sandro Santos 
percebeu que os referidos animais acabaram danificando 
toda sua coleção de orquídeas raras, gerando assim evidente 
prejuízo econômico. 
PROCESSO PENAL II
Aula Nº 7
Ante o exposto, Sandro comunicou o fato à autoridade policial 
circunscricional e uma vez lavrado o termo respectivo, foi 
encaminhado ao Juizado Criminal competente. Durante a 
primeira audiência, e presentes ambas as partes, não foi 
possível a conciliação entre as mesmas. Com base nos fatos 
apresentados, responda, de forma justificada: No caso em 
tela, é possível o oferecimento de transação penal? 
PROCESSO PENAL II
Aula Nº 7
A transação penal é medida despenalizadora da maior 
importância processual. O art. 76 da Lei 9099/95 dispõe que, 
nos casos de ação pública incondicionada e de ação pública 
condicionada à representação, cabe ao MP propor a 
transação penal, se não for caso de arquivamento. Isso 
significa que o promotor de justiça deve examinar o termo 
circunstanciado para verificar a presença ou não da justa 
causa (o mínimo suporte probatório sem o qual ninguém pode 
ser acusado). Se não houver justa causa, o MP deve pedir o 
arquivamento dos autos. Se houver justa causa, o MP deve 
propor a transação penal, se o suposto autor do fato cumprir 
os requisitos legais. 
PROCESSO PENAL II
Aula Nº 7
Obs: O oferecimento da transação penal e o princípio da 
obrigatoriedade.
A transação penal constitui, para a maioria, uma mitigação 
(atenuação) do princípio da obrigatoriedade. É que o MP 
conclui que existe justa causa e, ao invés de oferecer a 
denúncia, propõe a transação penal, cujo objetivo é 
justamente evitar o oferecimento da denúncia. 
A minoria (Afrânio Silva Jardim) entende que a transação 
penal é outro mecanismo através do qual se busca solucionar 
o conflito de interesses, não através de uma sentença de 
mérito, mas sim através de um “acordo” entre o MP e o 
suposto autor do fato. 
PROCESSO PENAL II
Aula Nº 7
Logo, se o objetivo da denúncia é o mesmo objetivo da 
transação penal, é possível afirmar que a transação penal 
não é uma mitigação ao princípio da obrigatoriedade. Ao 
contrário, a transação penal representa a própria 
materialização do cumprimento do princípio da 
obrigatoriedade. 
PROCESSO PENAL II
Aula Nº 7
Em que consiste a transação penal? Na aplicação imediata 
de uma pena não privativa de liberdade, ou seja, pena 
restritiva de direitos ou pena de multa. Cabe ao MP 
especificar qual a pena a ser cumprida pelo autor do fato. No 
caso de transação penal, o autor do fato não confessa a 
prática do crime, nem assume a sua culpa no ocorrido. Ele 
apenas concorda com a transação penal para ficar livre do 
processo criminal. Isso significa que ele mantém a sua 
primariedade, seus bons antecedentes, seu status de 
inocente. Mas cumpre a pena não privativa de liberdade para 
não responder ao processo criminal e não correr o risco de 
ser sentenciado e condenado. 
PROCESSO PENAL II
Aula Nº 7
O art. 76, § 2º, da Lei 9099/95, prevê os requisitos 
indispensáveis à transação penal, os quais podem ser 
classificados em objetivos (incisos I e II) e subjetivos (inciso 
III).
O primeiro requisito objetivo (art. 76, § 2º, I, da Lei 9099/95) 
exige que o autor do fato não tenha sido condenado pela 
prática de crime à pena privativa de liberdade. 
PROCESSO PENAL II
Aula Nº 7
O segundo requisito objetivo (art. 76, § 2º, II, da Lei 9099/95) 
exige que o autor do fato não tenha sido beneficiado, nos 
últimos cinco anos, pela transação penal. Tal prazo deve ser 
contado da sentença que homologou a transação penal 
anterior. 
Os requisitos subjetivos (art. 76, § 2º, III, da Lei 9099/95) 
exigem valoração individualizada de cada caso concreto. O 
MP deve examinar os antecedentes, a conduta social, a 
personalidade, os motivos e as circunstâncias. Depois de tal 
exame, o MP deve analisar se a transação penal é cabível. 
PROCESSO PENAL II
Aula Nº 7
Obs: E se houver discordância entre Ministério Público e juiz?
Se o MP propuser a transação penal e o juiz discordar, caberá 
ao MP impetrar mandado de segurança, sustentando que tem 
o direito líquido e certo de fazer a proposta, ou caberá ao 
autor do fato impetrar habeas corpus, sustentando que tem o 
direito à transação penal. Se o MP não propuser a transação 
penal e o juiz entender que o caso permite a transação penal, 
a maioria entende que o juiz deve aplicar, por analogia, o art. 
28 do CPP, para que o Procurador-Geral de Justiça se 
manifeste. 
PROCESSO PENAL II
Aula Nº 7
Há ainda dois entendimentos minoritários quanto ao tema: o 
primeiro deles é no sentido de que o próprio juiz proponha a 
transação penal; o segundo deles é no sentido de que o juiz 
deva rejeitar a denúncia oferecida pelo MP afirmando a falta 
de justa causa.
Se os requisitos objetivos e subjetivos não autorizarem a 
transação penal ou se a transação penal não for aceita, o rito 
segue com as seguintes fases. 
PROCESSO PENAL II
Aula Nº 7
2.4- Oferecimento da denúncia ou queixa-crime
O art. 77 da Lei 9099/95 afirma que, na audiência preliminar, 
se o autor do fato faltar ou se não couber a transação penal, 
caberá ao MP oferecer a denúncia oralmente.
Com o oferecimento da denúncia ou queixa, o suposto autor 
do fato (agora promovido ao status de réu ou querelado) será 
citado na própria audiência ou, se não estiver presente, será 
citado por oficial de justiça. 
No próprio ato citatório, o réu ou querelado fica notificado 
para a audiência de instrução e julgamento, que consiste no 
próximo momento processual. 
PROCESSO PENAL II
Aula Nº 7
3- Audiência de instrução e julgamento
A audiência de instrução e julgamento é prevista nos arts. 79 
e 81 da Lei 9099/95, sendo certo que se trata de ato 
processual composto de alguns momentos, os quais devem 
ser destacados para que sejam melhor compreendidos.
3.1- Renovação da proposta de composição dos danos 
civis
O art. 79, da Lei 9099/95, afirma que, no dia designado para a 
audiência de instrução e julgamento, “se não tiver havido 
possibilidade de tentativa de conciliação”, a composição dos 
danos civis será novamente tentada. 
PROCESSO PENAL II
Aula Nº 7
3.2- Representação da vítima
Se não for celebrada a composição dos danos civis, a vítima 
será de novo indagada quanto à sua pretensão de ver o réu 
processado. Se ela desistir, será extinta a punibilidade, por 
analogia ao art. 107, V, do CP. Se ela não desistir, seguem-se 
as fases seguintes. 
PROCESSO PENAL II
Aula Nº 7
3.3- Renovação da proposta de transação penal
Se não houver composição dos danos civis, o art. 79, da Lei 
9099/95, autoriza que seja novamente tentada a transação 
penal, “se não tiver possibilidade” na audiência preliminar.
PROCESSO PENAL II
Aula Nº 7
Obs: O princípio da indisponibilidade e o oferecimento da 
transação penal em AIJ.
o princípio da indisponibilidade, previsto no art. 42 do CPP, 
não permite que o MP desista da ação penal. Isso significa 
que, havendo oferecimento da denúncia, o MP deve levar o 
processo até a sentença de mérito, mesmo que, em 
alegações finais, ele peça a absolvição do acusado. A 
transação penal oferecida após a denúncia mitiga (atenua) o 
princípio da indisponibilidade porque, de certa forma, ao 
propô-la,o MP admite a possibilidade do processo ser extinto 
sem o julgamento do mérito, caso o autor do fato aceite a 
proposta e cumpra as condições fixadas.
PROCESSO PENAL II
Aula Nº 7
3.4- Defesa preliminar
A defesa tem oportunidade de manifestar-se antes do juiz 
fazer o juízo de admissibilidade da acusação. Normalmente, 
tal manifestação é feita oralmente, mas nada impede que o 
defensor a traga por escrito.
Vale mencionar que nesta fase, aplica-se o in dubio pro 
societate, ou seja, na dúvida, a denúncia é recebida para que 
os fatos sejam apurados.
PROCESSO PENAL II
Aula Nº 7
3.5- Recebimento da denúncia ou queixa
Após a apresentação da defesa preliminar, cabe ao juiz fazer 
o juízo de admissibilidade da acusação.
PROCESSO PENAL II
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3.6- Proposta de suspensão condicional do processo
Exercício suplementar da semana 6:
Sobre o procedimento dos Juizados Especiais Criminais, 
considere as seguintes assertivas:
I. A transação penal poderá ser ofertada em relação aos 
delitos cuja pena máxima não seja superior a 2 (dois) anos, e 
a suspensão do processo nos delitos cuja pena mínima for 
igual ou inferior a 1 (um) ano.
PROCESSO PENAL II
Aula Nº 7
II. Segundo entendimento sumulado do Supremo Tribunal 
Federal, admite-se a suspensão condicional do processo por 
crime continuado, se a soma da pena mínima da infração 
mais grave com o aumento mínimo de um sexto for superior a 
um ano.
III. Embora se aplique o procedimento previsto na Lei no 
9.099/95 aos crimes previstos no Estatuto do Idoso nas 
hipóteses em que a pena máxima privativa de liberdade não 
ultrapasse a 4 (quatro) anos, a transação penal e a 
suspensão do processo não lhes são aplicáveis.
PROCESSO PENAL II
Aula Nº 7
Quais estão corretas?
a) I;
b) I e II;
c) III;
d) I e III;
e) II e III
PROCESSO PENAL II
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O art. 89 da Lei 9099/95 prevê a suspensão condicional do 
processo ou sursis processual. As infrações que permitem a 
aplicação do sursis processual são chamadas de infrações de 
médio potencial ofensivo. São aquelas cuja pena mínima não 
seja superior a um ano. 
A suspensão condicional do processo, embora prevista na Lei 
9099/95, não se aplica apenas aos crimes de competência do 
juizado especial criminal. Qualquer crime cuja pena mínima 
não ultrapasse um ano permite o sursis processual, mesmo 
que o crime não seja da competência do juizado especial 
criminal.
PROCESSO PENAL II
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Obs: A suspensão condicional do processo ou sursis 
processual (art. 89 da Lei 9099/95) não se confunde com a 
suspensão condicional da pena ou sursis penal (arts. 77 e 
segs. do CP). 
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O art. 89, da Lei 9099/95, exige que a pena mínima fixada 
para o delito não ultrapasse um ano e que o réu não esteja 
sendo processado, não tenha sido condenado por outro crime 
e que os requisitos do art. 77 do CP estejam presentes.
Discute-se a constitucionalidade da parte em que se exige 
que o réu não esteja sendo processado por outro crime. É 
que, em razão do princípio da inocência, previsto no art. 5º, 
LVII, da CF, a presunção da inocência só pode ser afastada 
diante de uma condenação irrecorrível. Por isso, é possível 
que o réu não seja beneficiado com o sursis processual e, 
depois, no outro processo, ele seja inocentado. 
PROCESSO PENAL II
Aula Nº 7
Entretanto, há quem afirme que o sursis processual é um 
benefício legal e, por isso, o legislador pode fixar requisitos 
para a sua concessão e, dentre eles, é possível exigir que o 
réu não esteja respondendo por outro processo. 
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Logo, para a concessão da suspensão condicional do 
processo, são necessários os seguintes requisitos: 
(a) a pena mínima prevista para o crime não pode ser 
superior a um ano; 
(b) o réu não pode estar respondendo por outro processo; 
(c) o réu não pode ter sido condenado por outro crime; 
d) os requisitos do art. 77 do CP sejam favoráveis à 
concessão do benefício. 
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O art. 89, §§ 1º e 2º, da Lei 9099/95, prevê as condições a 
serem cumpridas pelo réu durante o período de prova.
Se o réu não cumprir as condições impostas, a suspensão 
condicional do processo será revogada e o processo seguirá 
normalmente até a prolação da sentença. Se o réu cumprir as 
condições, o juiz declarará extinta a punibilidade, com base 
no art. 89, § 5º, da Lei 9099/95. 
PROCESSO PENAL II
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Obs: A suspensão condicional do processo e o princípio da 
indisponibilidade.
A suspensão condicional do processo mitiga (atenua) o 
princípio da indisponibilidade porque, de certa forma, ao 
propô-la, o MP admite a possibilidade do processo ser extinto 
sem o julgamento do mérito, caso o réu aceite a proposta e 
cumpra as condições fixadas. 
PROCESSO PENAL II
Aula Nº 7
3.7- Oitiva da vítima
Se for inviável o sursis processual, a instrução tem início com 
a oitiva da vítima, a qual deve ser ouvida antes das 
testemunhas.
3.8- Oitivas das testemunhas de acusação
Depois da oitiva da vítima, são ouvidas as testemunhas de 
acusação. A maioria entende que a acusação pode ouvir até 
cinco testemunhas, por analogia ao art. 538 do CPP. A 
minoria afirma que a acusação pode ouvir até três 
testemunhas, por analogia ao art. 34 da Lei 9099/95. Este 
número de testemunhas deve ser multiplicado pelo número 
de réus e pelo número de crimes imputados. 
PROCESSO PENAL II
Aula Nº 7
3.9- Oitivas das testemunhas de defesa
Em seguida, são ouvidas as testemunhas de defesa, valendo, 
quanto ao número de testemunhas, a controvérsia acima.
3.10- Interrogatório
Por fim, encerra-se a instrução com o interrogatório do réu, 
aplicando-se os arts. 185 a 196 do CPP.
PROCESSO PENAL II
Aula Nº 7
3.11- Alegações finais
Finda a instrução, iniciam-se os debates. A acusação 
manifesta-se oralmente em alegações finais e, depois, a 
defesa, também oralmente, manifesta-se em alegações 
finais. 
PROCESSO PENAL II
Aula Nº 7
3.12- Sentença
O legislador previu a prolação de sentença oral. Quando o 
processo não tem grande complexidade, o juiz geralmente 
profere a sentença oralmente, consignando-a na assentada 
da audiência. Mas, quando se exige certa cautela no exame 
das provas, o juiz encerra a audiência e determina que os 
autos sejam conclusos, a fim de que profira a sentença por 
escrito. O art. 81, § 3º, da Lei 9099/95, dispensa o relatório na 
sentença a ser proferida no juizado especial criminal.

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