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DIREITO EMPRESARIAL AULA 08

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Você sabe o que significa Título de Crédito? Seu conceito clássico foi trazido pelo professor e jurista Cesare Vivante, que afirma ser o título de crédito todo documento necessário para o exercício de um direito literal e autônomo nele contido. Título de Crédito é todo documento que o portador necessita ter em mãos para poder exigir ou provar o seu direito de crédito contra aquele que assinou o título, dentro dos limites dos valores, datas e segurança de vícios contidos nesse título.
Os atributos do Título de Crédito são: literalidade, cartularidade e autonomia.
Saiba Mais Aula 08 – Títulos de Crédito A inserção do papel nas relações entre empresários e empresários e consumidores se deu na idade média como uma das formas de viabilizar o mercado de compra e venda de mercadoria nas grandes feiras da época bem como, amenizar a prática de saques àqueles que trafegavam entre as cidades para aquisição de mercadoria fora do seu município. Daquele período até os dias atuais, pode-se afirmar que o mundo não vive sem as relações cambiárias. A presença de documentos que venham temporariamente substituir o dinheiro em espécie propicia a realização do negócio atendendo assim, interesses das partes envolvidas.
Os Títulos têm três características: negociabilidade; força executiva; formalismo.
São classificados:
Quanto a estrutura: Promessa de Pagamento: o título apresenta duas relações jurídicas, o emitente – sacador – e o beneficiário – tomador. Exemplo: nota promissória.
Ordem de Pagamento: título em que há três relações jurídicas: a do sacador – que dá a ordem; a do sacado – destinatário da ordem; e a do tomador – beneficiário da ordem. Exemplos: cheque e duplicata.
Quanto ao modelo: Livres: não existe um padrão definido para sua confecção, podendo ser emitidos de forma livre, observados os requisitos da lei. Exemplos: nota promissória e letra de câmbio.
Vinculados: a lei atribuiu um padrão específico, não permitindo sua livre confecção. Exemplos: cheque e duplicata.
Quanto á emissão: Não causais: títulos cuja criação independe de uma origem específica. Exemplos: nota promissória e cheque.
Causais: necessitam de uma origem para sua criação. Exemplo: duplicata mercantil.
Quanto a circulação: Ao portador: títulos em que o emitente não identifica seu beneficiário. Estão praticamente abolidos desde o início dos anos 90.
Nominativos: títulos em que o emitente identifica o beneficiário, registrando-o em livro próprio. Exemplo: ações nominativas das S/A.
À ordem: títulos passíveis de endosso, em branco (lança-se a assinatura sem indicar a favor de quem se endossa) ou em preto (endosso com indicação do nome do beneficiário).
Saiba Mais Aula 08 – Títulos de Crédito 
Aceite – A letra de câmbio é uma ordem de pagamento dada pelo sacador em face no sacado. E este não é obrigado a obedecer à ordem contra sua vontade; somente após o ato do aceite o sacado estará vinculado ao cumprimento da obrigação cambial. 
Endosso – É o ato cambial pelo qual o credor de um título de crédito com cláusula “à ordem” transfere seus direitos a uma terceira pessoa. Dessa forma, produzem-se dois efeitos: transferência e coobrigação. O endosso pode ser em branco ou em preto, devendo ser puro e simples, sendo nulo o endosso parcial (art. 12, LU). 
Cessão de crédito – O portador do título cambial pode não permitir sua circulação por endosso, inserindo, assim, cláusula “não à ordem”. Com tudo, o título ainda poderá circular, utilizando-se da cessão civil, em que o cedente transfere o crédito a um terceiro, o cessionário. Aval – É o ato cambial pelo qual o avalista se compromete a garantir o pagamento do título de crédito em favor do avalizado. Ao contrário do endosso o aval pode ser total ou parcial, isto é, o avalista garante o pagamento de toda a importância avalizada ou apenas de uma parte. Vencimento – É o ato cambial pelo qual se opera a exigibilidade da letra, podendo ocorre: à vista – quando o sacado recebe o título, devendo honrar, imediatamente a obrigação; a certo termo da data – o vencimento começará a ser contado da emissão da letra; a certo termo da vista – o prazo para contagem do vencimento ocorrerá somente a partir do visto ou do aceite do sacado; a dia certo – quando as partes estipulam um dia certo e determinado para seu vencimento. A falta ou recusa de aceite, a falência do sacado ou a falência do aceitante poderão ensejar seu vencimento por antecipação. 
Protesto – É o ato solene e formal pelo qual se comprova o descumprimento de uma obrigação. Encontra-se regulado pela Lei 9.492/97. Os prazos para protesto da letra de câmbio poderão variar conforme a obrigação assumida pelo devedor: por falta de aceite – a letra deve ser entregue a protesto findo o prazo de apresentação para aceite, ou no dia seguinte, se o sacado a recebeu para aceite; por falta de pagamento – a letra deve ser apresentada a protesto no prazo de dois dias úteis após seu vencimento. 
Ação cambial e prescrição – A ação cambial é um meio processual pelo o qual o credor visa a satisfazer os direitos decorrentes de um título. O portador da letra deverá ingressar com a ação cambial em tempo hábil, sob pena de supressão do direito pelo decurso do tempo. Assim, o prazo prescricional será: contra o aceitante e seu avalista, de três anos a contar do vencimento; contra os endossantes e seus avalistas e contra o sacador, de um ano, a contar do protesto; dos endossantes, uns contra os outros, e contra o sacador, de seis meses, a contar do dia em que o endossante pagou a letra ou em que ele próprio foi acionado.
AGENTES CAMBIARIOS são as pessoas envolvidas nas relações cambiárias que, de acordo com a sua posição, apresentam direitos e obrigações diferenciadas.

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