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FUNDAMENTOS DAS CIENCIAS SOCIAIS Unidade III

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FUNDAMENTO DAS CIÊNCIAS SOCIAIS
Kátia Liliane Alves Canguçu
Centro Universitário da Faculdade Estácio de Sá
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Unidade III
Passeando pela História
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O Iluminismo
Surgido na França.
Os pensadores iluministas criticavam o Antigo Regime (Estado centralizado na monarquia absolutista), com forte intervenção do Estado (Mercantilismo) e forte influencia da Igreja Católica.
Teve o racionalismo como referência.
Os iluministas defendiam a construção de um Estado onde a liberdade e a igualdade (jurídica) fossem as características mais significativas.
O fortalecimento econômico da burguesia desde a crise do feudalismo favoreceu que a burguesia lutasse por um novo modelo de sociedade onde seus interesses fossem levados em consideração.
Os pensadores iluministas projetavam os interesses da burguesia criticando o absolutismo, o mercantilismo e a igreja o que transformaria o Estado e as relações sociais. 
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Lutavam para se libertarem da tutela do Estado tendo por princípios norteadores a organização do Estado, da economia e das relações sociais. 
Os pensadores iluministas: René Descartes, Isaac Newton e John Locke.
Descartes e Newton eram cientistas que no século XVII inauguraram o primado do racionalismo na Revolução Científica.
Rompia com as intervenções religiosas para explicar os fenômenos da natureza.
Utilizaram a base científica ara explicar a sociedade e suas relações como algo passível de mudanças.
Os pensadores iluministas puderam, construir novos modelos sociais, políticos e econômicos.
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Pressupostos do Iluminismo:
Razão como instrumento para alcançar qualquer tipo de conhecimento;
Crença nas leis naturais, como instrumento que regulam todas as transformações que ocorrem no comportamento humano, nas sociedades e na natureza;
Defesa da tese de que existe direitos naturais, que todos os indivíduos possuem em relação à vida, à liberdade, à posse de bens materiais;
Critica ao absolutismo, ao mercantilismo e aos privilégios de classe;
Defesa da igualdade jurídica;
Critica à igreja católica.
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René Descartes
Isaac Newton
Escritores iluministas
Montesquieu
John Locke
Pensadores Iluministas
Voltaire
Rousseau
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Do ponto de vista econômico, o pensamento iluminista deu origem a duas escolas econômicas liberais, orientadas pela lógica e não pelo Estado.
Liberalismo Clássico Inglês movido pela industrialização defendia que a economia deveria se organizar de forma natural, sendo regulamenta pela lei da oferta e da procura, tendo no trabalho a origem e fonte de toda riqueza.
Escola Fisiocrata na França defendia a tese de que a produção econômica era regulamentada por leis naturais e não pelo Estado. Entretanto, divergia da escola inglesa porque acreditava que a natureza era a origem e a fonte de toda riqueza.
Os ideais iluministas que a princípio estavam a serviço da burguesia aos poucos foi difundindo-se e mudou os rumos da sociedade francesa com desdobramentos em toda a Europa.
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A Revolução Francesa
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A Revolução Francesa
O ideal de liberdade e fraternidade marcou profundamente a vida dos franceses.
No final do século XVIII havia um cenário de crise econômica em toda a França.
O sistema agrícola não dava mais para suprir as necessidades básicas da sociedade.
A isto aliava-se o desemprego, a miséria e a fome.
O Estado Absolutista francês gastava mais do que podia arrecadar.
A burguesia francesa não aceitava mais pagar os altos impostos pra sustentar a nobreza.
O modelo de sociedade francês era o mesmo da época medieval.
1º Estado - Clero
2º Estado - Nobreza
3º Estado – povo: burguesia, artesãos e camponeses.
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A Revolução Francesa surgiu por conta do rompimento da burguesia (3º Estado) que não queria continuar pagando os altos impostos, com a assembléia (constituída pelo 1º e 2º Estado) para elaborar a Constituição da França.
As camadas populares invadiram a Bastilha e começou a Revolução Francesa. 
A Revolução Francesa tem três momentos:
Era das Instituições (1789 a 1792), tem inicio com a convocação da assembléia dos Estados e termina com a prisão e condenação do Rei Luis XVI, quando é escrita a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, com base na ideias iluministas e inicia a escrita de um novo Regime e da Constituição. O indivíduo deixa de ser súdito e passa a ser cidadão de direitos garantidos pelo Estado.
Era das Antecipações (1792 a 1794), radicalização de políticas e medidas populares. Dois grupos brigavam pelo poder os Girondinos e os Jacobinos. Os Jacobinos controlaram a convenção e empreenderam reformas econômicas populares e executaram que se opunham a elas.
Era das Consolidações (1794 a 1815), estabilizaram as conquistas, afastaram a monarquia.
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Após essas Eras foi consolidado o modelo de sociedade construído sobre as bases da burguesia.
As ideias de liberdade e de igualdade ainda eram bastante limitadas para os cidadãos.
A burguesia era proprietária dos meios de produção e acumulava riquezas.
Surge um novo modelo de produção: Capitalismo.
A Revolução Francesa foi responsável pela formação política e ideológica do século XIX.
A Revolução Industrial foi a responsável pelas bases econômicas do século XIX. 
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A Revolução Industrial
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A Revolução Industrial
A revolução industrial nasce no século XVIII, na Inglaterra e se consolidou até os dias atuais.
A Inglaterra foi o primeiro país a conseguir acumular capital a ter mão-de-obra suficiente e se modernizou politicamente com uma economia Liberal.
Investiu na pesquisa aplicada para aumentar a produção e subordinar o trabalhador ao equipamento (maquinário).
O diferencial da Revolução Industrial foi transferir o saber fazer do indivíduo (artesão) para o maquinário.
Estou ao artesão vender sua mão-de-obra para o capitalista para poder sobreviver.
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A Revolução Industrial produziu diversos efeitos:
Marcou o início da sociedade capitalista
Estabeleceu novas classes sociais: burguesia (proprietária do capital) e proletariado (força de trabalho)
Utilização cada vez mais constante das máquinas para aumento da produção
Desaparecimento progressivo dos artesãos e das corporações de ofício
A sociedade passou a ser mais urbana, as cidades cresceram e a população do campo diminuiu
Provocou a busca de mercados externos
As péssimas condições de vida e de trabalho da classe trabalhadora fizeram surgir ideologias que defenderam o trabalhador (movimento operário).
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A situação das classes trabalhadoras no inicio da revolução industrial era grave devido a jornada de trabalho extensa, sem direitos trabalhistas, férias, licenças médicas ou aposentadoria.
Assim a classe trabalhadora procurou organizar–se para garantir seus direitos:
O Ludismo
Movimento de quebra das máquinas por causa do empobrecimento e das péssimas condições de trabalho.
O Cartismo
A ação buscava enviar um documento ao Parlamento Inglês a fim de regulamentar a legislação trabalhista.
Os Sindicatos
Vai culminar com o aparecimento dos sindicatos que representasse a classe trabalhadora.
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A industrialização expandiu por toda a Europa e produziu impactos sociais levando ao aparecimento de ideologias que procuravam conceber os interesses das classes trabalhadoras.
Socialismo Utópico = é a primeira critica ao sistema Capitalista e à exploração da classe trabalhadora. A utopia é derivada o dial da classe burguesa abrir mão dos privilégios em favor dos menos favorecidos e a não exploração do homem pelo homem.
Socialismo científico = entendia que a sociedade ideal seria construída partir da analise cientifica das realidades históricas e econômicas. A classe trabalhadora seria controlaria o Estado e a burguesia teria seus privilégios extintos.
Anarquismo = também contrário a classe burguesa, defendia a erradicação de qualquer forma de opressão, inclusive o Estado.
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A Segunda Revolução Industrial
A grande característica do século XIX foi o
acelerado desenvolvimento de equipamentos
e tecnologias, que aceleraram o fluxo de
informações. Que impactaram na atualidade.
A segunda revolução industrial é marcada pelas descobertas científicas aplicadas ao processo industrial, principalmente as matrizes energéticas (energia elétrica e petróleo) e novos materiais (aço, plástico).
O que gerou aumento significativo da produção industrial, grande concentração de capital, novos mercados consumidores, novos mercados fornecedores de matérias-primas o que gerou a expansão imperialista. Popularização do trem e do navio a vapor.
Esta foi uma época de crescimento sem precedentes na história da humanidade.
A utilização da ciência para o crescimento econômico foi avançando para outras áreas da vida e a crença que a ciência seria a solução de todos os problemas.
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Cresciam as tese da superioridade racial.
A Teoria das Espécies de Darwin” passou
a ser utilizada para explicar as diferenças sociais.
Darwinismo social.
A custa de muito sofrimento, exploração, extermínio
de culturas inteiras nas áreas exploradas.
O filósofo inglês Herbert Spencer foi o principal representante do evolucionismo nas ciências humanas. 
Ele especulava sobre a existência de regras evolucionistas na natureza antes de seu compatriota, o naturalista Charles Darwin, que foi o autor da teoria da evolução das espécies. 
É dele a expressão "sobrevivência do mais apto", muitas vezes atribuída a Darwin. Os princípios do darwinismo social foram construídos a partir da obra de Spencer. 
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A expansão imperialista deu-se principalmente na Ásia e na África onde populações inteiras foram dominadas e subordinadas aos interesses das potências econômicas.
A evolução do século XIX até a primeira década do século XX favoreceu o progresso das cidades, da ciência a serviço da indústria, do enriquecimento da burguesia (capitalismo monopolista financeiro), miséria e pobreza para a classe trabalhadora, dominação de populações inteiras. 
O que permaneceu inalterado foi o sistema produtivo e a exploração da classe trabalhadora.
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