Buscar

UFRJ EXEMPLO PARA ORGANIZAÇÃO DO DIAGNOSTICO E ESTABELECIMENTO DE ESTRATÉGIAS E DIRETRIZES DE PROJETO PARA UMA INTERVENÇÃO URBANA

Prévia do material em texto

1
Universidade federal do Rio de Janeiro 
Faculdade de Arquitetura e Urbanismo 
Departamento de Urbanismo e Meio Ambiente 
PROJETO PAISAGISTICO 1 
TRABALHO INTEGRADO 1 
 
2008-2 
 
 
 
 
EXEMPLO PARA ORGANIZAÇAO DO 
DIAGNOSTICO E ESTABELECIMENTO 
DE ESTRATEGIAS E DIRETRIZES DE 
PROJETO PARA UMA INTERVENÇAO 
URBANA 
 
2008-2
 2
DIAGNÓSTICOS E CENÁRIOS DA REVITALIZAÇÃO 
DA AREA CENTRAL DE TERESINA 
 
Análise 
Baseados em uma metodologia específica do planejamento estratégico, trabalhamos 
com a análise do Desenho Urbano, a qual constitui-se basicamente de três categorias: 
Morfologia urbana, Concepções e imagens , Comportamento ambiental. 
Analisamos ainda os aspectos referentes à atual forma de administração do Centro bem 
como à legislação em vigor para esta área. 
Fundamentados em tais categorias de análise, identificamos os pontos fortes e pontos 
fracos do Centro Histórico de Teresina. Em seguida, apontamos as ameaças e 
oportunidades ao seu desenvolvimento; e, posteriormente, traçamos os cenários inercial 
e desejável do nosso objeto de estudo. 
O cenário desejável constitui-se no aproveitamento dos pontos fortes e das 
oportunidades, ao tempo em que procura reduzir os pontos fracos e as ameaças. Ele 
corresponde à situação idealizada para 2015, ou seja, o Centro de Teresina 
Revitalizado. 
Assim, para cada item que se segue (pontos fortes e fracos, ameaças e oportunidades, 
cenários), serão abordados: 
 
Aspectos legislativos 
Aspectos Administrativos 
Categorias de análise do desenho urbano 
• Morfologia urbana 
• Concepções e imagens 
• Comportamento ambiental 
 
5.1. Pontos Fracos e Pontos Fortes 
 
Neste item serão identificados os pontos fracos e fortes referentes ao tema 
Revitalização do Centro de Teresina. Tais pontos correspondem, respectivamente, aos 
aspectos negativos e positivos relacionados à revitalização do centro da cidade. 
As estratégias a serem traçadas buscarão minorar e até mesmo superar os pontos 
negativos enquanto procurarão aproveitar e reforçar os aspectos positivos. 
 3
5.1.1. Aspectos Legislativos 
 
PONTOS FRACOS PONTOS FORTES 
Não há uma legislação específica para o A legislação beneficia o meio ambiente 
natural 
Llei nº1939 de 16 de agosto/1988 
Lei nº1942 de 16 de agosto/1988) 
A legislação urbana de Teresina referente 
ao e patrimônio ambiental, é pouco 
abrangente no que diz respeito ao 
ambiente construído. centro da Cidade; 
 
 
5.1.2. Aspectos Administrativos 
 
PONTOS FRACOS PONTOS FORTES 
• Inexistência de órgão gestor Municipal 
voltado especificamente para o Centro; 
• Iniciativas como o 
Planejamento Estratégico; 
• Inexistência de associação sem fins 
lucrativos, de “Amigos do Centro”; 
• Existência de pólo 
administrativo e financeiro; 
• Inexistência de departamento Municipal 
de Patrimônio Natural e Cultural; 
• Existência de serviços de 
segurança pública 
(Bombeiros, Polícia Militar e 
(Civil) na área. 
• Inexistência de ações integradas, inter 
e multidisciplinares, a nível Federal, 
Estadual e Municipal. 
 
 
 
 
 
 4
5.1.3. Categorias de Análise do Desenho Urbano 
 
a) Morfologia Urbana 
 
PONTOS FRACOS PONTOS FORTES 
 
Solo 
 
Boa drenagem; 
Relevo plano. - 
Lote 
• Destruição do patrimônio 
arquitetônico para 
estacionamento. 
 
. 
 
Edifícios e Fachadas 
• Falta de segurança contra 
incêndios; 
• Poluição visual; 
• Descaracterização do patrimônio; 
• Desrespeito à legislação e ao 
patrimônio histórico. 
Existência de conjuntos arquitetônicos 
Traçado: Quarteirões e Logradouros 
• Quadras pequenas; 
• Ausência de ciclovias; 
• Escassez de estacionamento; 
• Sinalização urbana inadequada; 
• Descaracterização do calçadão; 
• Ruas estreitas; 
• Estrutura não-adequada a 
portadores de necessidades 
especiais; 
• Calçadas estreitas, mal 
Boa conservação; 
Traçado regular planejado; 
Existência de intervenções 
urbanísticas na beira-rio. 
 
 5
conservadas com ocupação 
inadequada 
Praça 
• Má conservação; 
• Pouca segurança 
• Barreiras com gradeamento; 
• Invasão de novos usos; 
Desvalorização dos marcos 
Grande quantidade; 
Boa cobertura vegetal, criando grandes 
áreas sombreadas. 
Monumentos 
• Desvalorização; 
• Pouca sinalização ; 
• Iluminação precária; 
• Necessidade de preservação.. 
Alguns conjuntos revitalizados (Praça 
Pedro II). 
Vegetação 
• Escassez de plantio em áreas da 
beira-rio, em calçadas e quintais 
Boa cobertura vegetal em praças. 
Mobiliário Urbano 
• Escassez de equipamentos 
urbanos (lixeiras, bancos, postes);
• Poluição da fiação aérea; 
• Reduzido número de boxes de 
segurança e inexistência de 
boxes para informações; 
• Depredação por vandalismo. 
Propostas recentes interessantes, como 
a Praça Pedro II e Praça Saraiva. 
Tráfego 
• Transporte coletivo: 
engarrafamento e 
congestionamento das paradas 
centrais; 
• Sistema viário: ruas estreitas e 
pequenos quarteirões, 
dificuldades de fluidez do tráfego; 
• Estacionamentos: inexistência de 
 
 6
edifícios garagens, subutilização 
de vagas disponíveis; 
• Área atacadista: concentração do 
comércio atacadista da Santa 
Rosa ( tráfego pesado); 
• Pavimentação: problemas 
técnicos de revestimento e 
caimento; Sarjetas: surgimento de 
“quebra molas” nas sarjetas 
transversais; 
• Ponte da Amizade: aumentará o 
fluxo de veículos na Av. 
Maranhão e na área do comércio 
atacadista da Santa Rosa; 
• Estação elevada do metrô: criará 
problemas estéticos e 
preservacionistas relacionados à 
imagem da paisagem urbana da 
Praça da Bandeira. 
b) Concepções e Imagens 
 
PONTOS FRACOS 
 
PONTOS FORTES 
• Desordenação e má-conservação 
do centro; 
• Subutilização dos monumentos; 
• Poluição visual e sonora; 
• Falta de conscientização quanto a 
valor histórico e cultural; 
• Má conservação de prédios 
públicos; 
• Situação de caos 
Referências históricas e culturais como: 
Theatro 4 de Setembro, Clube dos Diários, 
Praça Pedro II, Centro de Artesanato, 
Troca-Troca, Prefeitura Municipal, 
Mercado Velho, Praça Marechal Deodoro, 
Praça Rio Branco, Igreja São Benedito, 
Ponte Metálica. 
 
 
 7
c) Comportamento Ambiental 
 
 
PONTOS FRACOS 
 
PONTOS FORTES 
• Inexistência de Educação 
Ambiental e Patrimonial voltada 
para os usuários da área; 
• Existência de equipamentos de 
cultura e lazer; 
• Inexistência de organização 
espacial; 
• Subutilização de espaços públicos; 
• Marginalização de áreas nobres; 
• Mudança de hábitos tradicionais, 
devido à falta de segurança e infra-
estrutura; 
• Abandono de áreas residenciais 
centrais; 
• Esvaziamento das classes A e B, 
no consumo comercial central; 
• Atividades diurnas desenvolvidas 
pelo comércio atacadista na região 
da Santa Rosa; 
• Invasão” de vendedores 
ambulantes: problemas no tráfego, 
dificuldade para os serviços 
públicos, problemas de segurança 
pública, depredação de 
equipamentos urbanos, inibição de 
investimentos. 
 
• Tradição de centro comercial 
atacadista e varejista; 
 
• Potencialidade do comércio 
informal; 
 
 
 8
5.2. Ameaças e Oportunidades 
Apresentaremos neste item as ameaças, que correspondem aos acontecimentos que 
estão ocorrendo ou possam vir a acontecer no futuro, influenciando negativamente o 
processo de Revitalização do Centro. Serão identificadas ainda situações que possam 
ser favoráveis ou exploradas de forma favorável ao futuro do tema, as oportunidades. 
 
5.2.1. Aspectos Legislativos 
 
AMEAÇAS 
 
OPORTUNIDADES• Inexistência de legislação específica 
para o Centro de Teresina, que 
venha a coibir ações danosas e 
irreversíveis aos vários segmentos 
ligados à área. 
 
• A legislação voltada à preservação 
ambiental é positiva, devendo ser 
cumprida, através de fiscalização 
constante; 
• Existe uma conscientização coletiva 
a respeito da necessidade de uma lei 
específica para o centro 
 
5.2.2. Aspectos Administrativos 
 
AMEAÇAS 
 
OPORTUNIDADES 
A falta de um órgão ou associação que 
esteja voltada, especificamente para o 
centro poderá acarretar problemas 
irreparáveis na área. 
Está havendo iniciativa por parte da 
administração municipal, bem como das 
comunidades como um todo, em criar 
órgão gestor para o centro de Teresina, no 
qual, possa ser desenvolvido um trabalho 
com parcerias entre a iniciativa pública, 
privada e os usuários. 
 
 9
5.2.3. Categorias de Análise de Paisagismo e Desenho Urbano 
a) Morfologia urbana 
 
AMEAÇAS 
 
OPORTUNIDADES 
Solo 
 
1. Utilização inadequada do solo 
2. Depredação dos revestimentos 
 
Edifícios/Fachadas 
 
1. Destruição do patrimônio 
arquitetônico; 
2. Descaracterização da paisagem 
urbana; 
3. Aumento da poluição visual; 
4. Ociosidade de áreas edificadas; 
5. Incêndio: descumprimento da 
legislação; 
1. Acervo arquitetônico, poderia ser 
preservado, melhorando a 
imagem da paisagem urbana, 
tornando a área uma 
potencialidade turística de 
Teresina; 
2. Implantação de edifícios -
garagens; 
3. Revitalização de antigas 
edificações para novos usos ; 
Traçado/Quarteirões/Ruas/Pisos 
 
1. Transtornos no trânsito; 
2. Caos nas ruas, devido a 
polifuncionalidade; 
3. Prejuízo na qualidade estética das 
ruas do centro devido à poluição 
visual; 
4. Abandono por parte do usuário 
devido à falta de infra-
estrutura(ruas sujas , mal 
iluminadas e sem segurança); 
5. Pequenos quarteirões criam 
transtornos no trânsito; 
1. Desenvolver projetos de 
interligação de quarteirões, 
através de pisos e praças, 
aumentando o tamanho dos 
mesmos; 
2. Desenvolvimento de uma política 
voltada para a educação no 
trânsito, tanto para o pedestre, 
quanto para o motorista; 
3. Desenvolvimento de projetos de 
melhoria do conforto ambiental 
dos logradouros da área central; 
4. Traçado regular, facilita algumas 
propostas de desenho urbano; 
Lote 1. Transformação dos lotes 
 10
 
1. Vazios urbanos com fins 
especulativos, destruindo o 
patrimônio arquitetônico local; 
2. Criação de improvisados 
estacionamentos 
 
devidamente desocupados em 
edifícios -garagens, ou “pulmões 
verdes”; 
 
Praças 
 
1. Praças descaracterizadas e 
destruídas, tornando-se áreas 
marginalizadas devido à falta de 
infra-estrutura, segurança, 
limpeza e educação ambiental; 
2. Diminuição de áreas verdes, 
afetando o clima do centro; 
3. Diminuição da oferta de áreas de 
lazer e contemplação para os 
usuários; 
1. Resgatar, através de uma política 
ambiental, o título de “Cidade 
Verde” para Teresina; 
2. Revitalização das 10 (dez) praças 
existentes no centro ; 
3. Desenvolver novos projetos de 
áreas verdes para as margens do 
Rio Parnaíba; 
 
Monumentos 
 
1. Descaracterização dos 
monumentos existentes na área; 
2. Criação de novos marcos e 
monumentos, valorizando a 
história urbana de Teresina; 
1. Desenvolvimento de campanhas 
de Educação Patrimonial em 
escolas da rede pública e privada, 
bem como, na mídia, visando 
conscientizar os usuários sobre a 
importância do acervo; 
2. Valorização dos bens tombados 
através de projetos de 
restauração; 
3. Incremento do turismo cultural na 
área; 
 
Vegetação 
 
1. Erosão das margens ribeirinhas; 
2. Escassez de plantio de novas 
árvores, poderá acarretar graves 
problemas climáticos no 
centro(altas temperaturas, 
desconforto climático, poluição); 
1. Boa cobertura vegetal em praças, 
calçadas e nos quintais; 
2. Criação de mais áreas verdes nas 
margens dos rios, calçadas, 
criando um microclima que 
amenize as altas temperaturas da 
área; 
 11
Mobiliário Urbano 
 
Escassez de lixeiras, postes, bancos, 
paradas de ônibus, cabines telefônicas, 
boxes de segurança, poderão acarretar 
em problemas graves como: 
 
1. Surgimento de doenças em 
aspecto devido à falta de limpeza 
urbana e de coletores de lixo; 
2. Insegurança: falta de policiamento 
e escuridão noturna; 
3. Desconforto ambiental: falta de 
bancos e sombreiros; 
1. Desenvolver projetos de design 
de mobiliário urbano adequado e 
apropriado ao centro de Teresina, 
visando dotar área de 
equipamentos básicos 
necessários; 
2. Criar “programas de adoção” das 
áreas públicas pela iniciativa 
privada, a fim de se incrementar a 
melhoria das mesmas; 
 
 
b) Concepções e imagens 
 
 
AMEAÇAS 
 
OPORTUNIDADES 
1. A imagem da paisagem urbana, 
devido à ocupação indevida de 
ruas, calçadas, calçadões e 
praças, tende cada vez mais a 
criar uma situação caótica no 
centro, prejudicando o uso dos 
espaços, bem como, a 
valorização das edificações, 
praças e monumentos, que vêm 
sendo prejudicados pela “invasão” 
de vendedores ambulantes; 
2. A desvalorização de monumentos 
naturais e culturais (artísticos e 
arquitetônicos) vem fazendo com 
que a cidade perca sua memória 
coletiva, e conseqüentemente, 
sua identidade cultural; 
3. A tendência comercial e histórica, 
1. Desenvolver estudos e projetos 
específicos voltados para os 
camelôs, vislumbrando soluções 
que incrementam tal atividade 
econômica, sem prejudicar a 
imagem da paisagem central; 
2. Resgatar o patrimônio cultural e 
natural do Centro, “área-coração” 
da cidade de Teresina, que serve 
de referencial histórico e cultural; 
3. Incrementar a tendência comercial 
da área, através de melhoria nos 
setores de transportes, segurança 
pública, limpeza urbana, entre 
outros; 
4. Criação de programas de 
reabilitação urbana, a fim de 
 12
caso não seja reformulada, no 
sentido de manter o usuário 
utilizando o Centro, poderá vir a 
entrar em decadência, tornando a 
área, marginalizada; 
4. A falta de habitação na área 
poderá tornar a área abandonada, 
sem maiores investimentos; 
revitalizar a área; 
5. Construir a imagem do Centro, 
como o local ideal para trabalhar, 
morar, viver e ter lazer; 
 
c) Comportamento ambiental 
 
 
AMEAÇAS 
 
OPORTUNIDADES 
1. O usuário abandona a área, 
deixando de utilizar seus serviços, 
devido à falta de uma política de 
melhoria urbana; 
2. Os vendedores ambulantes 
ocuparem áreas de uma forma 
indevida; 
3. Aumento da marginalidade: furtos, 
prostituição, drogas; 
4. Ocupação indevida de áreas por 
usos inadequados; 
1. Realizar programa de Educação 
Ambiental e Patrimonial, a fim de 
se melhorar a auto estima do 
teresinense, em relação ao 
Centro; 
2. Trazer novos moradores para o 
Centro; 
3. Incrementar o crescimento sócio-
cultural e econômico da área, 
realizando estudos e projetos, a 
fim de fortalecer as tendências do 
centro histórico e comercial de 
Teresina (comércio atacadista, 
varejista e informal, pólo saúde e 
pólo informática); 
 
 13
 
5.3. Cenários Inercial e Desejável 
 
Um cenário inercial para um tema é aquele em que os pontos fracos e as ameaças 
predominam, enquanto a cidade não se aproveita dos pontos fortes e das 
oportunidades que acontecimentos externos a trazem. 
Desta forma, neste item procuraremos mostrar as consequências no futuro da não-
solução de problemas e da falta de um plano adequado para o Centro de Teresina. 
Por outro lado, apresentaremos o cenário desejável para o tema, onde acidade 
aproveita-se dos seus pontos fortes e das oportunidades que acontecimentos 
externos trazem para ela, ao mesmo tempo em que procura reduzir seus pontos 
fracos e contornar ou minimizar as ameaças, conforme dito anteriormente. 
Seria a visão da cidade que gostaríamos, a situação desejável para o centro de 
Teresina no ano de 2015. 
É importante que tenhamos um ideal, para traçarmos estratégias que nos levem na 
direção de tal sonho ainda que seja muito difícil atingi-lo no espaço de tempo do 
plano. 
 
5.3.1. Aspectos Legislativos 
 
CENARIO INERCIAL 
 
CENARIO IDEAL 
Legislação municipal não abrangente, nem 
específica à área acarretando problemas 
de uso do solo, de preservação natural e 
cultural; 
A legislação de uma legislação voltada 
exclusivamente para a área central , 
procurando abranger os vários aspectos 
ligados à mesma, de forma integrada, inter 
e multidisciplinarmente; 
 
 14
5.3.2 Aspectos Administrativos 
 
CENARIO INERCIAL 
 
CENARIO IDEAL 
Um cenário desarticulado , inoperante, 
devido à falta de gestão da área, por 
instituição específica e competente, que 
possa desenvolver estudos, projetose 
programas para a melhoria da área. 
Associação composta por atores de 
instituições privadas, públicas e 
comunidade, sem fins lucrativos,com uma 
gestão participativa, integrada, que realize 
parcerias para a melhoria da área; 
 SDU/CENTRO, a nível municipal, voltada 
especificamente para os problemas 
urbanos da área,com técnicos capacitados 
em relação aos aspectos interligados à 
área (transporte, segurança, meio 
ambiente); 
 Departamento de Patrimônio Histórico e 
Natural que seja responsável por política 
preservacionista do acervo cultural, 
desenvolvendo campanhas de educação 
patrimonial. 
 
5.3.3. Categorias de Análise do Desenho Urbano 
 
 
CENARIO INERCIAL 
 
CENARIO IDEAL 
Solo 
 
Revestimentos inadequados, mal 
conservados, sem boas soluções técnicas, 
trazendo problemas a área; 
Revestimentos adequados para a melhoria 
climática e drenagem; 
Traçado: ruas e quarteirões 
Traçado com quadras pequenas, ruas 
estreitas, mal sinalizadas, com problemas 
de tráfego e trânsito 
Traçado preservado, mas com soluções 
para o aumento da dimensão das quadras, 
e projetos específicos na área de trânsito e 
tráfego; 
 15
Edificações 
Edificações mal preservadas, subtilizadas, 
sem segurança, descaracterizadas e mal 
projetadas; 
Edificações revitalizadas , reabilitadas, 
conservadas, seguras, embelezando a 
paisagem urbana, tendo como função as 
questões ligadas à arquitetura: beleza e 
funcionalidade espacial; 
Monumentos 
 
Monumentos esquecidos , depredados, 
sem importância simbólica para os 
teresinenses; 
Os monumentos servindo de marcos 
históricos, culturais da população local, 
preservados e valorizados; 
 
Praças 
 
Abandonadas, sujas, gradeadas e vazias, 
com seu mobiliário mal conservado, 
perdendo suas funções de lazer e 
contemplação; 
 
Iluminadas, lindas, conservadas, 
retornando a sua função original, com 
pisos, monumentos e equipamentos 
preservados bem como, manutenção 
constante de sua cobertura vegetal; 
 
Vegetação 
 
Árvores sendo derrubadas, havendo o 
aumento da temperatura, devido também 
à pavimentação de antigas áreas verdes; 
 
O “Centro Verde”, incentivando 
campanhas de plantio de árvores, nas 
áreas ribeirinhas, praças, calçadas e 
quintais, através de programas especiais 
de educação ambiental e do cumprimento 
da legislação referente às áreas verdes; 
 
Mobiliário Urbano 
 
Espaços públicos sem mobiliário urbano 
adequado para os cidadãos comuns, e 
portadores de necessidade especiais, 
causando problemas das mais diversas 
ordens (limpeza urbana, infra-estrutura), 
segurança, saneamento, transporte, etc.). 
 
Mobiliário urbano projetado para atender 
às necessidades da realidade local 
(climática, social e econômica), sem deixar 
de lado, os cidadãos, portadores de 
deficiência física. 
 
 
 16
b) Concepções e imagens 
 
 
CENARIO INERCIAL 
 
CENARIO IDEAL 
1. O centro configurado por uma 
imagem feia, suja, desordenada, 
má conservada, caótica, com 
calçadas quebradas; 
2. Praças e rua invadidas por 
camelôs; com edificações 
históricas descaracterizadas e 
abandonadas, e um setor 
comercial em franca decadência, 
do qual o usuário se afasta cada 
vez mais, devido à inexistência de 
política eficaz 
1. O centro como “cartão-postal” de 
Teresina, berço da história e 
cultura local; cenário dos mais 
significativos fatos da cidade, 
composto por suas belas praças, 
marcantes edificações e o seu 
tradicional comércio; 
2. Um centro seguro, limpo, 
preservado, dinâmico, uno e 
pulsante 
 
c) Comportamento ambiental 
 
CENARIO INERCIAL CENARIO IDEAL 
1. Os cidadãos teresinenses 
continuarão sem a consciência do 
bem público e coletivo, não 
havendo uma preocupação da 
construção da cidadania, 
acelerando o processo de perda da 
identidade cultural e da memória 
coletiva, acarretando uma 
marginalização da área central, 
havendo assim, o esvaziamento da 
mesma, devido ao afastamento dos 
usuários, por falta de uma política 
mais atuante e direcionada para o 
centro, que incentive o 
desenvolvimento sóciocultural-
econômico. 
 
1. Os cidadãos teresinenses 
orgulhosos do seu Centro Histórico 
e Comercial, devido à bela imagem 
da paisagem urbana local, com 
praças, ruas, edificações e 
monumentos preservados, bem 
como o seu setor comercial, 
organizado, seguro, limpo e 
dinâmico, podendo atender melhor 
à população e contribuindo para o 
desenvolvimento econômico da 
Capital; um centro revitalizado e 
reabilitado, graças à parceria entre 
a iniciativa pública e privada e à 
participação da população.

Continue navegando