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4- ÓRGÃOS DAS RELAÇÕES ENTRE OS ESTADOS: Órgãos pelos quais os Estados são representados: 1.CHEFES DE ESTADO ou SOBERANOS; 2.MINISTROS DAS RELAÇÕES EXTERIORES; 3.AGENTES DIPLOMÁTICOS; 4.CÔNSULES; 1- CHEFES DE ESTADO: É o mais alto órgão de representação do Estado, e é o que verdadeiramente representa nas relações internacionais, os demais são delegados. O direito interno determina quem vai fazer a representação internacional. São prerrogativas e imunidades: INVIOLABILIDADE: 2. ISENÇÃO DE DIREITOS ADUANEIROS E IMPOSTOS DIRETOS; 3. IMUNIDADE DE JURISDIÇÃO: 2- MINISTRO DAS RELAÇÕES EXTERIORES: Chefia um organismo político e administrativo. Político porque trata da relação entre diferentes países e administrativo porque se encarrega dos funcionários diplomáticos. Esse organismo é chamado de Ministério das Relações Exteriores (Brasil) ou dos Negócios Externos. Dependem dele funcionários: diplomáticos; consulares: enviados para o exterior na representação do país e proteção ou defesa dos interesses nacionais. São prerrogativas e imunidades: 1.INVIOLABILIDADE: 2.ISENÇÃO DE DIREITOS ADUANEIROS E IMPOSTOS DIRETOS; 3.IMUNIDADE DE JURISDIÇÃO: ATRIBUIÇÕES: Conferenciar com agentes diplomáticos estrangeiros, receber pessoas, trocar idéias, discutir com eles. Negociar. Designar os representantes do país no exterior (dar-lhes instrução para velarem pelos interesses do país no estrangeiro). Representar o Chefe de Estado na assinatura de tratados. 3- MISSÕES DIPLOMÁTICAS: 3.1 Conceito: Destinam-se a assegurar a manutenção de boas relações entre os Estados, bem como proteger os direitos e interesses dos Estados e de seus nacionais. A missão diplomática é integrada pelo: Chefe de missão (embaixador ou Ministro Residente); Pessoal diplomático; Pessoal administrativo; Pessoal técnico; Pessoal de serviço. Todo o Estado soberano tem o direito de estabelecer relações diplomáticas com outros Estados. Esse direito é denominado de: Direito de Legação: É o direito que tem o Estado de estabelecer relações diplomáticas com outros Estados, bem como de enviar missões por consentimento mútuo. Pode ser: ATIVO: quando se envia; PASSIVO: quando se recebe. 3.2 Agente Diplomático: Abrange o chefe da missão diplomática, quando qualquer agente (membro) do pessoal diplomático, isso foi consignado em 1961 pela Convenção de Viena, antes era só o chefe da missão que era agente diplomático. Classificação dos agentes diplomáticos: Embaixadores, legados ou núncios . Enviados, Ministros; Encarregados de negócios: são acreditados junto as Ministro das Relações Exteriores. 3.3 Escolha e Nomeação dos Agentes Diplomáticos: Não existem regras internacionais, cada Estado determina o modo de designação, a qualificação e as condições de idoneidade que seus agentes devem possuir. Há países que o pessoal diplomático constitui um corpo de funcionários de carreira. **PEDIDO DE AGRÉMENT ou AGREATION: é uma solicitação que um Estado faz ao outro antes de efetuar a nomeação de um agente diplomático, para saber se a pessoa escolhida será “persona grata”, naquele país. A consulta é sigilosa, se o nome da pessoa não for bem recebido não é divulgado. A pessoa pode ser considerada “persona não grata”. 3.4 Documentos Que o Agente Diplomático leva quando vai assumir seu posto: a) PASSAPORTE DIPLOMÁTICO: difere dos outros porque é cotado de prerrogativas . Identifica o agente. CREDENCIAL: tem forma de carta de chancelaria. É assinada pelo Chefe de Estado e referendada pelo Ministro das Relações Exteriores. Ela contém pedido para que seja dado crédito a tudo quanto o agente disser em nome de seu governo. Ele acredita o agente. Atribuições e Deveres dos Agentes Diplomáticos: 3.5.1 - JUNTO AO SEU ESTADO: DE REPRESENTAÇÃO: fala em nome de seu governo e negocia; DE OBSERVAÇÃO: observa e informa o seu Estado sobre o que está acontecendo; DE PROTEÇÃO: defende direitos e interesses do seu Estado e seus nacionais. 2 - JUNTO AO ESTADO QUE O RECEBE: Observar as leis do Estado ; Tratamento de respeito e consideração; Não participar da política interna; Não intervir nos negócios internos. Prerrogativas dos Agentes Diplomáticos: FUNDAMENTO: Assegurar a liberdade de ação, para executar sua função; Respeito à independência do país que representa. PRERROGATIVAS: Imunidade de Jurisdição; Inviolabilidade: Isenção de Impostos; 1º IMUNIDADE DE JURISDIÇÃO: Consiste que os agentes diplomáticos estão imunes da jurisdição do Estado para poder tratar com liberdade e independência dos negócios referentes às suas missões. ** Sempre há reciprocidade. ** É tão ampla que compreende o direito do indivíduo não se apresentar perante tribunais estrangeiros, mesmo que seja como testemunha. Ele pode se negar a comparecer perante os tribunais, e admitir de prestar testemunho na sede da missão diplomática. I – JURISDIÇÃO CRIMINAL: é mais ampla que a civil, ela admite uma exceção, isto é, quando o próprio governo renuncia a imunidade de seu agente. II – JURISDIÇÃO CIVIL: comporta mais exceções, que são: quando o agente expressamente renuncia; quando ele recorre a jurisdição como autor; quando se trata de ações referentes a bens imóveis de sua propriedade em território estrangeiro; ações resultantes de outra profissão que exerça. 2º INVIOLABILIDADE: o agente deve gozar proteção especial do Estado que o recebe. Compreende sua pessoa, suas residências (oficial e particular), seus carros, sua correspondência e documentos (qualquer violação pode gerar a responsabilidade do Estado). O governo deve abster-se de qualquer ato contra a segurança, e deve punir os particulares que praticarem estes atos. A inviolabilidade não é absoluta: se o agente praticar ato de muita gravidade contra a segurança e a ordem pública do Estado e que este o considere indesejável ou inconveniente sua permanência no país, pode exigir sua retirada. Se o Estado não for atendido nesta exigência, pode expulsá-lo. 3º ISENÇÃO DE IMPOSTOS: Refere-se a: Impostos Diretos: são impostos que incidem diretamente sobre a pessoa. Imposto sobre o edifício da legação: quando este pertencer ao Estado estrangeiro. Impostos aduaneiros: questão de cortesia. É para objetos de uso oficial e de uso particular. 4 . REPARTIÇÕES CONSULARES: Servem para: Cuidar dos interesses comerciais dos Estados. Prestar assistência e proteção aos nacionais. Legalizar documentos. Policiamento da navegação com portos nacionais. Fornecer informações que sejam de natureza econômica e comercial. Vendo as ações que podem ser praticadas pelos consulados percebe-se que é inferior que as embaixadas, é de amplitude menor. A função consular é de natureza local , por isso existem vários cônsules no território de um mesmo Estado. Os Estados não são obrigados a receber consulados, mas normalmente recebe. 2 . CORPO CONSULAR – conjunto de agentes consulares de um país,. 3 . AGENTES DE CARREIRA – são funcionários efetivos do Estado de nacionalidade e são pagos por ele. Presume-se com isso que existam agentes que não sejam funcionários efetivos do Estado e não sejam seus nacionais. 4 . CLASSIFICAÇÃO DOS SEUS AGENTES CONSULARES – Com base na Convenção de Viena sobre relações consulares de 1965, os CHEFES DE REPARTIÇÕES CONSULARES são de quatro tipos: Cônsules – Gerais, mais importantes; Cônsules Vice - Cônsules Agentes Consulares **geralmente estão na capital e nas cidades grandes da fronteira; 5 . ESCOLHA DO AGENTE CONSULAR: é prevista de acordo com as normas do direito interno do Estado; 6 . NOMEAÇÃO E ADMISSÃO: depende do consentimento expresso ou tácito do Estado onde vai exercer a função. Normalmente é de forma expressa. 7 . EXEQUATUR: É a aceitação do Cônsul, por parte do Estado ondevai exercer a função. Aceitar significa que o Estado: reconhece sua autoridade; dá permissão para exercer suas funções. *** sem o exequatur (demora de tramitação), o Estado pode conceder licença especial para o Cônsul exercer suas atividades e admitir seu ingresso. O exequatur pode ser CESSADO ou RETIRADO: A admissão não quer dizer que ele permanece definitivamente, pode ser cassado ou retirado, por motivos graves: (mau procedimento do Cônsul (ruptura de relações diplomáticas; 8 . DEVERES E ATRIBUIÇÕES: ( Junto ao Estado onde exerce suas funções: respeitar às leis e autoridades; não praticar atos ofensivos ao Estado, ou as suas instituições ( Junto ao seu Estado: observação do que acontece na esfera de ação (informar); proteção de direitos nacionais e do Estado; execução: - funções administrativas; - funções notariais: registros que os cartórios fariam, inclusive de nascimento; 9 . PRERROGATIVAS: IMUNIDADE DE JURISDIÇÃO: só no exercício das funções; INVIOLABILIDADE PESSOAL: no exercício das funções; INVIOLABILIDADE DOS LOCAIS CONSULARES: menor que a dos diplomatas, pois esta abrange a residência particular também; ISENÇÃO FISCAL: impostos diretos e aduaneiros. *** As repartições consulares não podem dar ASILO, mesmo rendo inviolabilidade dos locais consulares.
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